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Prefeitura adia inauguração de maternidade em Aparecida de Goiânia

Wildes Barbosa
Município pagou R$ 36 milhões por Hospital Garavelo, a nova maternidade

A inauguração da Maternidade Municipal de Aparecida, antigo Hospital Garavelo, anteriormente prevista para quinta-feira (4) foi adiada após acordo por nova data entre o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Local será primeira unidade pública de saúde com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal no município.

Com a expansão do atendimento obstetrício, Aparecida de Goiânia passa a contar com mais 60 leitos, sendo 10 de UTI. Anteriormente, Vilmar Mariano havia anunciado a inauguração, até o final do ano, de 100 leitos.

A nova instalação desapropria o antigo Hospital Garavelo, reaberto em março de 2020. Apesar de ter composto a rede privada de saúde, em fevereiro de 2022, o hospital começou a realizar partos pela rede pública a partir de uma parceria com a prefeitura do município, os procedimentos eram realizados mediante encaminhamento da Superintendência de Regulação, Avaliação e Controle (SRAC). Durante a pandemia da Covid-19 a unidade também recebeu via Sistema Único de Saúde (SUS) pacientes infectados.

A escritura de desapropriação foi assinada em 22 de março deste ano no valor de R$ 36 milhões, a transferência garantiu à prefeitura, além do terreno, a estrutura clínico-hospitalar, acessórios e mobiliários já utilizados anteriormente. Até então não há discussão sobre a privatização da gestão da unidade. Caso permaneça sobre a administração pública, servidores de outras unidades devem ser realocados dentro da rede municipal.

O município já possuí 23 leitos disponíveis 24 horas na Maternidade Marlene Teixeira, na Vila Brasília, na unidade é ofertado serviços de urgência obstetrícia para gestantes de baixo risco, ultrassonografias e exame de cardiotocografia. Caso a unidade mantenha o atendimento, Aparecida de Goiânia contará com 83 leitos. Ainda não se sabe se haverá mudanças na maternidade.

Ao Daqui, a Secretaria de Saúde informou que a nova unidade surge a partir das demandas do crescimento populacional do município - de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, o número de habitantes chegava a 601.844. A expansão atravessa também uma necessidade de urgência quanto às UTIs, de acordo com a pasta até então Aparecida não conta com esses leitos especializados.

Além da abertura dos novos leitos, é previsto lançamento de um programa de ações, em andamento e prontas, em benefício à saúde da mulher. E até o fechamento da reportagem, a Secretaria de Saúde não havia informado uma nova data para a cerimônia de inauguração da unidade.

Foi aprovado na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, na segunda-feira (1º), o projeto de lei do vereador Fábio Ideal que solicita a mudança do nome da unidade para Maternidade Maria da Cruz Gomes Santana. A proposta precisa ser sancionada pelo prefeito Vilmar Mariano.

Com a mudança do hospital para o setor público, a iniciativa do vereador busca homenagear uma figura importante para a comunidade de Aparecida de Goiânia, principalmente no Setor Garavelo. “Além de ter sido uma dedicada profissional, foi também reconhecida por sua generosidade, empatia e incansável compromisso com o bem-estar das mães e recém-nascidos da região”, conta na justificativa do projeto. Caso a proposta seja sancionada por Vilmar, a alteração deve ser realizada até 90 dias a partir da publicação oficial.

João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG

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