A Prefeitura de Goiânia anunciou nesta terça-feira (14) que vai ampliar o Plano Diretor de Drenagem Urbana em 40% para evitar estragos da chuva. Segundo a gestão, o último plano elaborado é de 2005 e não abrange toda a capital. Atualmente, apenas 60% do município conta com o sistema. De acordo com o secretário Denes Pereira, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), uma licitação deverá ocorrer nos próximos dias para contratar uma empresa ou instituição especializada para elaborar o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) de Goiânia. "Esse projeto necessita ser atualizado para nova realidade de ocupação do solo. O restante da capital precisa ser contemplado", afirma Denes.A prefeitura destaca que a iniciativa será implementada ainda na gestão do prefeito Rogério Cruz. No momento, a elaboração do termo de referência da licitação está sendo feita pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e a Agência de Regulação (AR) em parceria com o Instituto Federal de Goiás (IFG). O presidente da AR, Hudson Novais, diz que a agência coordenou a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, em 2019. A partir do diagnóstico que identifica a necessidade de estruturar e ampliar o sistema de drenagem, foi criado o grupo técnico para elaboração do termo de referência.“O termo de referência traz todos os critérios técnicos a serem cumpridos pela empresa ou entidade especializada em serviços de engenharia que será contratada para, mediante rigorosa fiscalização e acompanhamento, elaborar o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia”, afirma Hudson Novais.Estragos da chuva em GoiâniaO engenheiro civil e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), doutor Alexandre Garcês de Araújo, diz que o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), além de ser uma exigência do Marco Legal do Saneamento Básico, é um instrumento norteador do uso e ocupação do solo para evitar enchentes e inundações.“Por meio do PDDU, é possível realizar ações mais efetivas do ponto de vista do aumento das áreas permeáveis, de aplicação mais eficaz dos recursos públicos que visem reduzir o impacto da urbanização na drenagem urbana”, pontua o professor.“Em determinados locais, por exemplo, a drenagem convencional pode não ser eficaz, sendo necessário, neste caso, que a drenagem por infiltração e retenção seja mais incentivada. Essa visão técnica direcionada é um dos vários estudos presentes no Plano Diretor de Drenagem Urbana”, conclui Alexandre Garcês.