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Primeiro dia de vacinação para comorbidades em Goiás foi confuso

Diomício Gomes/O Popular
Equipes da Secretaria de Saúde de Goiânia utilizaram a vacina da Pfizer pela primeira vez

O primeiro dia de vacinação de pessoas com comorbidades em Goiânia foi marcado pela dúvida de quem está ou não dentro do grupo apto para ser imunizado e quais os comprovantes são necessários e válidos para garantir a dose nesta etapa.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Yves Mauro Ternes, explica o que é imprescindível para conseguir a vacina e reforça que, para as pessoas com comorbidades, é necessário fazer agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas.

Ternes detalha que apenas quem tem diabetes poderá apresentar receita de medicamentos como comprovante, já que a lista inclui todos os tipos da doença. Nos outros casos é preciso um laudo médico que ateste a comorbidade.

“O Plano Nacional de Imunização prevê, por exemplo, que hipertensos sejam vacinados se estiverem dentro do estágio três ou quatro. Neste caso, não será aceito apenas a receita ou documento sem detalhamento”, alerta.

Ele acrescenta que o laudo deve ser assinado exclusivamente por médicos com registro no Conselho de Medicina e destaca que o paciente não precisa levar o documento impresso para seu médico assinar.

“O protocolo já foi alinhado entre a Secretaria Estadual de Saúde, a municipal e o Cremego (Conselho Regional de Medicina de Goiás). O ideal é que os médicos preencham os dados, atestem a comorbidade e carimbem. Esse documento ficará retido no local de vacinação.”

Ele diz que, em breve, a pasta fará avaliação dos documentos apresentados. “Caso seja encontrada alguma fraude, ela será apurada e se for confirmada má-fé, quem executou poderá ser responsabilizado, seja médico ou paciente.”

Aparecida

Em Aparecida de Goiânia a campanha para pessoas com comorbidades começa nesta quinta-feira (6) sem necessidade de agendamento nos drive thrus da Cidade e do Centro de Especialidades. Outros locais exigem agendamento.

A coordenadora de Imunização Renata Cordeiro reforça que receitas não serão aceitas, mas que formulário disponível no site da prefeitura visa facilitar, mas que qualquer laudo médico simples será aceito para validar a vacinação, desde que emitido há no máximo um ano e conste o nome completo do paciente, descrição da comorbidade e assinatura do médico, com o respectivo carimbo.

Dúvida sobre documentos

Nos postos de vacinação, profissionais que iniciaram a imunização do novo grupo precisaram se adaptar à nova rotina e aos protocolos. O movimento ficou tranquilo na maioria do tempo, com poucos pontos de aglomerações.

A ausência de fila se deve à exigência de agendamento prévio, item que causou dúvidas. A apresentação de documentos também esteve entre as incertezas de pessoas que procuraram as unidades.
 
Deivid Cruz, enfermeiro responsável pela coordenação da imunização no Centro de Saúde do Setor Leste Universitário, diz que 400 pessoas foram autorizadas a serem vacinadas nesta quarta-feira (5) na unidade. Desses, ele relata que o registro de faltas foi quase inexistente. 

Enelice Milhomem, de 55 anos, chegou ao local por volta das 15 horas e, apesar de já ter agendado pelo aplicativo, ainda não tinha certeza sobre os documentos que seriam exigidos. 

No Cais Novo Mundo, Francisco Silva, de 59 anos, chegou ao local e disse ter comorbidade, mas não havia agendado a vacinação pelo aplicativo. Francisco contou que foi informado que deveria realizar o agendamento, mas que não sabia de que forma o faria. 

Novidade na vacinação do grupo, a vacina da Pfizer tem forma de manipulação diferente para os aplicadores, com dosagem e exigência de “hidratar” cada dose. Mas profissionais relataram que a carga chegou com manual, não impondo grandes dificuldades.

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