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Projeto de asfalto avança média de 880 metros ao dia em Goiânia

Wildes Barbosa
Máquinas e trabalhadores na realização das obras do asfalto da Rua 235, no Setor Leste Universitário

Lançado no final de agosto deste ano pela Prefeitura de Goiânia, o Projeto 500 km, em 83 dias, pavimentou 77 vias da capital, chegando a 73,69 quilômetros (km) de extensão de ruas com asfalto novo. A média do andamento do trabalho é de 880 metros por dia, um pouco abaixo do que seria o ideal ao pensar na necessidade de realizar os 500 km prometidos até o final de 2024, o que geraria uma média de 1.020 metros a cada dia corrido. O projeto é uma promessa desde o início do mandato de Rogério Cruz (Republicanos) como uma continuidade do Projeto 630 km, lançado na gestão Iris Rezende (MDB), e que ainda não foi finalizado.

Ressalta-se, no entanto, que apesar de ser anunciado como 500 km em alusão à extensão das vias a serem pavimentadas, a medição das obras é realizada em metros quadrados (m²), por serem programadas por área, levando em consideração a extensão e a largura da via a ser pavimentada. Logo, a média de execução da obra é variável a depender de qual via será executada. Por exemplo, o serviço em avenidas, que são mais largas, tem um ritmo mais lento quando se considera a execução da extensão das vias do projeto, enquanto que nas vias locais esse ritmo passa a ser mais rápido.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) informa que as empresas contratadas realizam as obras na Avenida Independência, no Setor Central, e na Avenida T-9, no Jardim Planalto. Além disso, nesta quinta-feira (23) foram iniciados os serviços na Avenida Rio de Janeiro, do Parque Industrial João Braz, com interdição total da via, e na Rua RIT 1, do Residencial Itamaracá, também com a proibição do fluxo de veículos na via. Segundo a Seinfra, “as ruas são definidas por critérios técnicos, de acordo com as prioridades das vias do município de Goiânia”.

Esta escolha das vias que receberão as obras é a principal diferença entre os projetos de 500 km e 630 km. No mais antigo, a ideia era definir as ruas que receberiam o benefício desde a licitação, após identificar as vias que tivessem a situação mais degradada dentre aquelas com maior fluxo de veículos. Já no projeto 500 km, a licitação previu apenas a área a ser pavimentada, sem a definição das vias, o que é realizado ao longo da execução da obra, de acordo com a necessidade apontada pelo Paço Municipal. Ao todo, o Projeto 500 km vai custar R$ 357,3 milhões, divididos para as empresas Consórcio Recape Gyn, que faz as obras nas regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste, e Consórcio CFJ, responsável pelos serviços nas regiões Central, Sul, Norte e Leste da capital.

Recursos

A realização do Projeto 500 km é com recursos do Tesouro Municipal e faz parte do Programa Goiânia Adiante, lançado em outubro do ano passado como principal ação para a infraestrutura da cidade. Já o Projeto 630 km foi planejado ainda na gestão Paulo Garcia (PT) e seria realizado por um empréstimo internacional, mas Iris Rezende, que o sucedeu, rechaçou essa ideia e utilizou de recursos de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal, via Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). Ao todo, o Projeto 630 km já soma custos de R$ 201,85 milhões e a projeção é que termine em R$ 288,4 milhões.

As obras foram iniciadas em maio de 2020, com a promessa de serem encerradas até o final do mesmo ano, apesar de os contratos com as empresas Engefort e Construservice ter tido prazo até maio de 2022. No entanto, até então o projeto ainda não foi finalizado. Ao longo do tempo, ele foi modificado no sentido de troca das ruas que seriam pavimentadas, o que ocorreu desde a gestão Iris. Segundo a Seinfra, foram executados até então 85% do contrato, ou seja, 535,5 km, sendo que 421,97 km foram feitos já na gestão atual.

A última previsão era que o projeto se encerrasse ao final deste mês, já com um ano e meio de atraso do prazo contratual inicial, com a pavimentação da Avenida Perimetral Norte, entre a Praça do Expedicionário, no Setor Santa Genoveva, e a GO-070, na saída para Inhumas. A obra era prevista para durar 150 dias, mas a Seinfra informa que, agora, terceiro trecho, entre o Setor Goiânia 2 e a Avenida Goiás Norte, está em fase de finalização. Com as mudanças realizadas no projeto e a finalização da Perimetral Norte, não será realizada a pavimentação dos 630 km de extensão viária, embora será cumprida a metragem da área contratada. Em extensão, o Projeto 630 km vai se encerrar em 560 km.

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