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Promessa de Caiado de vacinar professores em Goiás depende de autorização do PNI

Divulgação/Governo de Goiás

O início da vacinação contra o coronavírus (Sars-CoV-2) em profissionais da educação no Estado, anunciado para maio pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) na manhã de segunda-feira (26), depende do resultado de discussões da área técnica da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) com o Programa Nacional de Vacinação (PNI). Somando profissionais do ensino básico e superior, o grupo tem cerca de 106 mil pessoas.

Somando profissionais do ensino básico e superior, o grupo soma 106 mil pessoas. Ainda nesta segunda, o governador anunciou que o retorno das aulas presenciais em Goiás pode ocorrer em julho. “Antes do fim do mês de maio vocês já vão entrar na vacinação, para voltar a ter uma vida normal nas escolas no segundo semestre.”

O titular da SES-GO, Ismael Alexandrino, esclarece que ainda não existe definição sobre como ocorrerá a logística de vacinação destes profissionais. “Estamos na expectativa. Aguardando essa resposta do PNI”, pontua Alexadrino que explica que a área técnica da pasta iniciou comunicação com o programa federal ainda nesta segunda. 

Com isso, ainda não se sabe se a imunização deste grupo será por ordem decrescente de idade ou se eles serão divididos por grupos de, por exemplo, trabalhadores da rede pública e depois da privada ou então entre ensino básico e superior. Também não foi definida qual a porcentagem de doses que chegarem ao Estado que serão destinadas para o grupo.

Alexandrino destaca que existe um pedido da SES-GO junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para que os professores sejam incluídos como prioridade, mas que ainda não existe devolutiva do PNI sobre o assunto.

“Há ainda uma recomendação do Ministério Público e do Ministério Público Federal que não façamos a inserção de nenhum grupo que não esteja listado no PNI, nem mesmo pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB)”, explica.

Pelo Plano Nacional de Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da Campanha contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, depois dos idosos e profissionais da saúde, outros grupos prioritários aparecem na frente dos profissionais da educação como, por exemplo, pessoas com deficiência grave, quem tem comorbidades, população de rua, forças de segurança e salvamento e a população carcerária.

Segurança Pública
A CIB foi o meio pelo qual o governo estadual conseguiu viabilizar a vacinação dos profissionais das forças de segurança e salvamento, que conta com cerca de 24 mil pessoas, antes mesmo das pessoas com comorbidades, que fazem parte do grupo de risco da doença e devem começar a ser vacinados em maio.

A imunização do grupo da segurança começou no fim de março. A inclusão foi feita por meio de um decreto estadual, que apontava que a medida foi aprovada em uma reunião do Centro de Operações de Emergência de Goiás (COE-GO). 

Na época, tanto Caiado quanto o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) fizeram várias declarações e esforços em prol da vacinação do grupo. Miranda chegou a afirmar que em Goiás nenhum detento iria se vacinar antes dos servidores.

“Nossos heróis da segurança pública não pararam suas atividades em nenhum momento nesta pandemia. Tudo isso para garantir a integridade física de nossa gente. Dessa maneira, nada mais justo do que imunizá-los contra essa doença que já ceifou tantas vidas.”, tweetou o governador no dia 25 de março. 

Atualmente, no Estado, 5% das doses que chegam nas remessas enviadas pelo Ministério da Saúde são destinadas para as forças de segurança e salvamento e outros 30% para os profissionais da saúde. O restante das doses deve ser aplicado em pessoas com idade superior a 60 anos. A expectativa é de que o grupo seja completamente imunizado até o fim de abril.

No Estado de São Paulo a vacinação de professores é realizada desde o dia 10 de abril. 

 

SMS projeta maiores de 60 vacinados no início de maio

A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia é que a vacinação de pessoas com mais de 60 anos na capital termine na primeira semana de maio. É o que afirma o superintendente de Vigilância em Saúde da capital, Yves Ternes. 

A previsão é um pouco depois do que tem sido projetado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), que vinha trabalhando com a intenção de finalizar a vacinação dos idosos no Estado no fim deste mês.

A SMS trabalha com a estimativa de que existem 167 mil idosos na capital. A base do cálculo é a campanha da vacinação contra a Influenza de 2020. Entretanto, Ternes acredita que o número de pessoas é maior. 

Prova disso é que o número de idosos que já recebeu a primeira dose da vacina já se aproxima dos 167 mil e a capital ainda está fazendo a vacinação de pessoas com 61 anos. “Estamos fazendo isso com cautela e chamando por letras para evitar aglomerações, pois temos recebido poucas doses. Pedimos que a população se informe e tenha calma”, diz Ternes.
 
O superintendente da capital explica que ainda nesta semana a pasta deve ter uma reunião com o Estado para acertar os detalhes sobre o início da vacinação das pessoas com  de comorbidades, que deve ter início em maio, e finalização dos profissionais da saúde.

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