O quiropraxista Paulo Ricardo Teixeira de Farias Goes, de 37 anos, foi preso suspeito de violar sexualmente duas pacientes durante o atendimento, em Mozarlândia, na região noroeste de Goiás. Segundo a delegada responsável pelo caso, Brunna Karla, o suspeito tocava nas partes íntimas das vítimas e alegava fazer parte do procedimento. Ao Daqui, a defesa do quiropraxista, o advogado Paulo Alves Oliveira, informou que irá representar um pedido de revogação da prisão do suspeito.À reportagem, a Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ) informou que a profissão não é regulamentada, por isso, não há um Conselho. Sobre o profissional, a ABQ disse que ele não é um quiropraxista bacharel e não possui registro com a associação, pois somente são aceitos os graduados nas faculdades reconhecidas pela Federação Mundial de Quiropraxia (World Federation of Chiropractic) e que possuem requisitos aceitos pela Organização Mundial de Saúde.A prisão ocorreu nesta terça-feira (27) enquanto o profissional atendia em uma clínica localizada em Britânia, no oeste goiano. Os crimes teriam acontecido em junho e em agosto deste ano, segundo a delegada. As vítimas procuraram a delegacia para denunciar o suspeito após tomarem ciência de que tinham sido abusadas sexualmente, informou a investigadora. "Durante os atendimentos, ele tocou nas partes íntimas das vítimas e pedia para elas se acalmarem, pois fazia parte do procedimento”, explicou Brunna Karla.A Polícia Civil apurou que o suspeito atende há 15 anos em várias cidades nos estados de Goiás, Mato Grosso e Pará, o que levanta a suspeita de que existam mais vítimas nesses locais. Segundo a delegada, o profissional poderá responder pelo crime de violação sexual mediante fraude. A divulgação da imagem do suspeito foi permitida de modo que a divulgação possa contribuir para o aparecimento de novas vítimas. Além desse crime, tramita na Justiça um processo contra o quiropraxista relacionado ao crime de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescentes, desde 2020, confirmou a delegada. O Daqui entrou em contato com a defesa do suspeito para que pudesse se posicionar sobre esse caso, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.