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Recuperação do Eixo Anhanguera, em Goiânia, chega a 15% no primeiro mês

Wildes Barbosa
Asfalto da linha do Eixo Anhanguera, na Avenida Anhanguera, em Goiânia, precisa de manutenção

Um mês após o início do trabalho de recuperação asfáltica do corredor exclusivo de ônibus da Avenida Anhanguera, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) cumpriu o serviço em 15% de toda a extensão, calculada em 28 quilômetros (km). Até agora, o asfalto foi recuperado em 4 km, na distância entre o Terminal Praça da Bíblia e a Praça Botafogo, na altura da Marginal Botafogo. O Paço Municipal contabiliza a necessidade de recuperar o dobro da extensão do trecho entre os terminais Novo Mundo e Padre Pelágio por se tratar das duas pistas exclusivas, no sentido leste e oeste.

O serviço iniciado em junho ocorreu após um acordo judicial entre a Prefeitura de Goiânia e a Metrobus, depois de a empresa concessionária responsável por operar o Eixo Anhanguera conseguir na Justiça que o Paço seja responsável pela manutenção do asfalto. Até então e desde 2018, a Prefeitura e a empresa disputavam na Justiça quem seria o responsável pela manutenção do asfalto da via e o Poder Judiciário determinou no ano passado que as obras deveriam ser feitas pela administração municipal.

Na época, a alegação do Paço era que a detentora da concessão, como usuária única da via, deveria arcar com a manutenção, o que foi contrário ao entendimento judicial. O acordo finalizado no dia 9 de maio atendeu as determinações judiciais, já que inicialmente a Seinfra tinha apresentado um cronograma de obras que começariam em dezembro deste ano, mas a juíza Patrícia Carrijo estabeleceu um prazo máximo de início em junho. A Seinfra tinha até o final do referido mês para começar as obras, que iniciaram no dia 7, e tem até o final de novembro para terminar. Ou seja, serão quatro meses para fazer os demais 85% do serviço.

Este trabalho é descrito pela própria Seinfra como intermediário e a primeira etapa, já que corresponde a uma recuperação do asfalto que existe na via. Até então já foram utilizados quase 938 toneladas de massa asfáltica, segundo a Seinfra. O serviço foi iniciado no Terminal Praça da Bíblia e segue em direção ao Terminal Praça A, onde se realizou o fresamento, que é uma técnica utilizada antes da aplicação da massa asfáltica que está sendo de cinco centímetros de espessura. A intenção é finalizar o trecho central da Avenida Anhanguera, considerado o mais problemático e que também deve necessitar de mais tempo, devido o maior fluxo de trânsito no local.

Sem desvios

Não foram feitos desvios nos entornos, mas onde há obra os ônibus dividem as pistas com os demais veículos. A Seinfra informa que também “construiu capa asfáltica e fez nivelamento do pavimento de duas estações: Universitária e Botafogo”. “Diariamente, cerca de 17 profissionais trabalham nessa obra com o auxílio de máquinas fresadoras, mini escavadeiras, caminhão trucado, rolo de pneus, rolo compactador, motoniveladora, vibroacabadora, pá carregadeira, caminhão espargidor e caminhão-pipa”, relata a secretaria sobre a obra.

Após o término desta primeira etapa em novembro, a obra terá continuidade apenas no segundo semestre do próximo ano. “A segunda etapa acontecerá entre agosto de 2023 e julho de 2024, quando a Seinfra fará a reconstrução do pavimento em toda a extensão do Eixo Anhanguera, conforme solução técnica determinada em decisão judicial.” Até lá, no entanto, a Seinfra “realizará, de modo permanente, ações de manutenção rotineiras mediante solicitação da Metrobus, órgão responsável por monitorar o pavimento”, informa a pasta.

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