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Salões de beleza de Goiânia são multados por produtos vencidos

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Mais de 3 mil produtos vencidos, entre esmaltes, tintas, hidratantes e pomadas foram apreendidos pelo Procon Goiânia. Muitos destes itens estavam com informações em língua estrangeira. Além disso, fiscais encontraram uma variação de preço que chega a 700%.

O órgão municipal visitou 30 estabelecimentos do ramo da beleza, todos reprovados, voltados para os públicos das classes A e B, entre os dias 20 de abril e 3 de maio

A operação, o superintendente do Procon de Goiânia, José Alício de Mesquita, foi motivada pelo aumento do número de clientes nos salões de beleza nesta época do ano. “Maio é considerado o mês das noivas. Neste período, esses locais recebem um grande número de clientes. Diante disso, o Procon decidiu realizar um trabalho educativo e uma ampla pesquisa de preços. Durante o trabalho dos agentes, no entanto, o órgão apreendeu milhares de produtos vencidos e impróprios para a comercialização”, afirma.

O superintendente explica que um dos direitos básicos de quem consome é adquirir produtos dentro do prazo de validade. “Além de não fazer mais o efeito desejado, a utilização de produtos vencidos pode provocar alergias e irritação na pele e no cabelo dos clientes. Por isso entendemos que a data de validade é um atestado na qualidade do produto”, salienta José Alício.

Os salões de beleza no qual os fiscais encontraram irregulares foram autuados pelo Procon Municipal. Os estabelecimentos têm dez dias para apresentar defesa junto ao órgão. As empresas autuadas poderão ser multadas com valores entre R$ 600 e R$ 6 milhões.

Variação de preço

Durante a operação, o Procon realizou um levantamento de preços em 16 tipos de serviços oferecidos pelos salões, como corte de cabelo, depilação, escova progressiva, hidratação e selagem. A diferença de preços chega a 700% no serviço de luzes e mechas em cabelos compridos, com valores que variam entre R$ 100 e R$ 700.

Os serviços de hidratação, por sua vez, podem ser encontrados de R$ 40 a R$ 200, uma variação que chega a 400%. Se não pesquisar, o consumidor da capital também pode encontrar uma grande diferença de preço em depilações. Neste caso, o serviço custa entre R$ 25 e R$ 105, ou seja, uma variação que chega a 320%.

O gerente de cálculo e pesquisa do órgão, Rafael Gouveia, explica que o consumidor pode ter acesso a um serviço de qualidade e ainda economizar caso se atente aos preços. “Em meio à crise econômica, fazer pesquisa é a medida mais simples e eficaz para economizar na hora da contratação de um serviço. Vale ressaltar também que os consumidores precisam estar alerta com a capacitação dos funcionários e com a higiene desses locais. Observando todos esses pontos, é possível ter acesso a um trabalho de qualidade”, orienta.

O superintende José Alício explica que o consumidor goianiense que se sentir lesado com a compra ou aquisição de qualquer produto ou serviço ou que queira realizar denúncias pode procurar a sede do órgão para registrar a reclamação. “As denúncias que chegam são todas apuradas e averiguadas. Para que isso ocorra, a população deve procurar a nossa sede, que fica localizada na Avenida Tocantins, número 191, no Setor Central, ou entrar em contato pelo telefone 3524-2949”, informa.

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