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Secretária de educação de Goiás diz que melhorar segurança não é suspender aulas, mas fazer ações co

Weimer Carvalho
Fátima Gavioli, secretária estadual de educação

Os ataques em escolas que ocorreram recentemente no Brasil causaram sentimentos de medo e angústia em muitas famílias brasileiras, pois a cada episódio de violência em escolas uma cicatriz é deixada na Educação brasileira.

Diante das ameaças recorrentes não só em Goiás, mas no Brasil inteiro, a secretária estadual de educação, Fátima Gavioli contou ao Daqui da contratação em massa de psicólogos e assistentes sociais para ações que vão integrar escuta, acolhimento e outras práticas de atenção aos estudantes e familiares de forma regional.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) tem um núcleo de saúde que trabalha as questões emocionais, de escuta e acolhimento. “Os psicólogos e assistentes sociais que vão atuar no trabalho emocional devem ser contratados com a proposta que haja uma equipe em cada uma das 40 regionais da educação em Goiás. Será um atendimento regionalizado, com palestras, com ações, com atividades para trazer de volta esta cultura de paz para a escola”, esclareceu a secretária.

Dessa forma, as ações de resposta ao problema devem cobrir diferentes aspectos. “Precisamos chamar a atenção das famílias, não é só responsabilidade só das escolas, temos que ter as famílias do nosso lado nos ajudando”, completou o presidente do Conselho Estadual de Educação, Flávio Roberto.

“Ficamos desesperados quando soubemos que algumas prefeituras estavam suspendendo as aulas, porque aí sim seria o caos. Por isso a Seduc vai em peso para as escolas no dia 20, estamos pensando em dinâmicas, ações e outras diversas atividades para mostrar que estamos presentes”, finalizou Fátima Gavioli.
Detector de metal

O Governo de Goiás deve investir ao menos R$ 1,8 milhão para a compra de detectores de metais que serão utilizados nas escolas da rede estadual. A implantação do mecanismo de segurança é prevista no projeto de lei que institui a Política Estadual de Prevenção e Combate à Violência Escolar. A intenção é fazer uso da ferramenta durante o ingresso de alunos nas unidades de ensino para prevenir novos ataques. Cada uma das 1.049 escolas vai adquirir um bastão a cada 150 alunos.

A implantação de mecanismos de segurança que, além de detectores de metais, envolvem as câmeras de segurança, é apenas um dos pontos que serão instituídos caso o projeto de lei seja aprovado na Alego, o que já é dado como certo pelo governo.

Grupo

Durante as tratativas para dar uma resposta ao clima de insegurança na comunidade escolar, foi proposto pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) a criação de um grupo de trabalho. Este colegiado será formado também pelos conselhos tutelares que vão apoiar a tarefa de chamar a atenção dos pais para a responsabilidade dos mesmos para com os filhos.

Integram o grupo de trabalho MP-GO, Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Conselho Estadual de Educação (CEE), Ordem dos Advogados Seção Goiás (OAB-GO), secretarias municipais e o Conselho Tutelar.

O governo estadual tem sido enfático ao informar que não haverá suspensão das aulas. O argumento é que isto atinge os objetivos de quem faz circular os boatos de supostos ataques planejados nas unidades de ensino.

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