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Seinfra recebe 33 reclamações por dia de buracos em Goiânia

Diomício Gomes
Buraco na Rua José G. Bailão, no Setor Morada Nova

Entre 1º de dezembro de 2022 e o último dia 9, os motoristas em Goiânia já enviaram 1.329 solicitações para que a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) realizasse a manutenção asfáltica em vias da capital, ou seja, são mais de 33 buracos com pedidos de conserto a cada dia.

O número mostra que os condutores passam por problemas ao se locomoverem pela cidade devido a quantidade de danos nas ruas que prejudicam a mobilidade e também causam prejuízos com as avarias aos automóveis ou motocicletas. A situação tem ficado pior, com relatos de locais que estão estragados há quase um mês.

Representante dos profissionais de aplicativos em Goiás, Miguel Veloso conta que os motoristas verificaram um aumento dos buracos nas ruas nos últimos meses. “Tem bem mais agora. Nos grupos a gente sempre avisa onde tem algum buraco, para os outros trabalhadores já prestarem atenção e tem muito mesmo”, diz.

Em dezembro, ele sofreu ao passar por um dano no asfalto de uma rua próxima ao Parque Mutirama, no Setor Central. “A situação está terrível, caí em um que danificou o assoalho e o para-lama do carro e foram 250 reais para consertar”, conta.

Veloso relata que ao saber de algum buraco nos grupos de mensagens dos motoristas por aplicativo ou quando encontra pelas ruas, ele fotografa e encaminha para a Seinfra via aplicativo Prefeitura24H. “Tem uns que eu vejo que foram arrumados no dia seguinte, mas tem alguns que demoram mais de semanas”, avalia.

Um desses locais que foram relatados para os motoristas da capital é na Marginal Botafogo, logo abaixo do Viaduto da Avenida Jamel Cecílio, no trecho de quem trafega no sentido Centro para o Setor Pedro Ludovico Teixeira, na pista mais localizada à direita.

De acordo com a Seinfra, desde o começo de dezembro e até a segunda-feira (9), foram solicitados 719 pedidos de manutenção asfáltica pelo aplicativo Prefeitura 24H e 610 demandas no serviço de atendimento da própria secretaria. A pasta informa que as solicitações são para todos os bairros da capital, não tendo uma região específica que se destaque.

“A Seinfra tem até 21 dias para atender as ordens de serviço. Porém, o tempo médio de atendimento das demandas é de até uma semana. A ordem de prioridade no atendimento vai de acordo com o tráfego: vias com linhas de ônibus, avenidas e ruas.”

No entanto, há buracos na cidade com mais tempo do que o informado, como na Rua C-165, entre as ruas C-154 e C-155, em que o problema já existe há um mês. Não há informações, em contrapartida, se os moradores próximos ou algum motorista realizaram a solicitação de conserto para a Prefeitura.

A reportagem apurou que as vias locais, em bairros mais residenciais, costumam ficar mais tempo com o problema, o que acarreta no aumento do buraco, especialmente em razão das chuvas, por elas retirarem o solo que fixa o asfalto, fazendo com que o mesmo ceda e o dano se alargue.

Situação semelhante ocorre no Residencial Campos Dourados, onde mora Miguel Veloso. Ele conta que na Avenida Vila Rica há um trecho com pelo menos dez buracos formados no começo de dezembro. Desse mesmo período, há danos verificados na Rua C-250 do Setor Nova Suíça, na Rua 200 do Setor Vila Nova, e Rua 102, do Setor Sul.

A reportagem também verificou a existência de problemas no asfalto em ruas dos setores Rodoviário, Cidade Jardim, Morada Nova, ambos na Região Oeste de Goiânia, Marista, Bueno e Parque Amazônia, na Região Sul.

De acordo com a Seinfra, há um aumento natural de demandas em período chuvoso, mas que não foi constatado um maior número de problemas em relação a outros períodos chuvosos, até o momento. A secretaria informa que realiza investimento de R$ 30 milhões para o serviço de tapa-buracos.

O serviço é feito, em média, com 14 equipes no período chuvoso e cerca de cem servidores todos os dias. No período de seca, as equipes variam entre 12 e 14. “Está aumentando o número de equipes este ano para o atendimento das demandas em menor tempo possível”, assegura a Seinfra. Em janeiro de 2022, foram utilizadas 2.750,12 toneladas de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) em tapa-buracos, e em dezembro passado, 2.473,86 toneladas.

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