Geral

Sem acordo com a prefeitura, greve da educação continua em Goiânia

Wildes Barbosa
Servidores da educação municipal continuam em greve, confirma Sintego

A greve dos servidores administrativos da educação municipal de Goiânia continua, pelo menos, até a próxima terça-feira (31), quando será realizada uma nova assembleia. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), após a assembleia realizada no Paço Municipal na manhã desta sexta-feira (27). Com a decisão de hoje, a greve dos servidores chegou ao 26º dia. 

A presidente do Sintego, Bia de Lima, detalhou que a proposta da Prefeitura nesta sexta-feira (27), só veio após o término da reunião realizada no Paço, quando os trabalhadores e os representantes do Sintego foram ao encontro do Prefeito Rogério Cruz em um mutirão realizado pela Prefeitura.

“Na assembleia nós não tínhamos ainda uma proposta, motivo que a categoria decidiu pela continuidade da greve com uma nova assembleia na próxima terça-feira (31). Só que, logo após a reunião, o Sintego se dirigiu ao mutirão em que o prefeito estava e foi recebido por ele. Na ocasião, ele fez outra proposta, a de melhorar um pouco mais o auxílio locomoção para o valor de R$ 500 e de realizar uma audiência com o Sintego no dia 12 de dezembro para apresentar o Plano de Carreira dos servidores”, afirmou. 

Em entrevista à TV Anhanguera no início da tarde desta sexta-feira (27), o prefeito Rogério Cruz confirmou que uma nova proposta foi apresentada ao Sintego. “A reunião está marcada para esta data de 12 de dezembro, devido a nós termos que nos basear em algum índice. Normalmente nós nos baseamos no índice do Governo Federal, para que possamos ter um compromisso com os cidadão, no caso os administrativos para o seu plano de carreira do ano que vem”, afirmou. 

Os servidores administrativos da Educação Municipal de Goiânia estão em greve desde o último dia 2 de outubro. Entre as reivindicações da categoria, estão o pagamento da Data-Base, a equiparação ao auxílio locomoção dos servidores administrativos com o dos professores e a estruturação do plano de carreira. 

Justiça
Também nesta sexta-feira (27), uma decisão liminar assinada pelo desembargador Fernando Braga Viggiano indeferiu a Ação Declaratória de Ilegalidade da Greve, ajuizada pela Prefeitura de Goiânia em desfavor do Sintego. Ainda cabe recurso à decisão.

Na decisão o desembargador afirma que no caso da greve, o prazo de 72 horas foi inegavelmente observado, já que o movimento paredista teve início em 02 de outubro de 2023, enquanto sua comunicação ao ente público ocorreu em 26 de setembro de 2023. O desembargador também destaca que houve a garantia de atendimento mínimo das necessidades da comunidade. 

A reportagem procurou a Prefeitura de Goiânia no início da tarde desta sexta para verificar se o Município irá recorrer da decisão e aguarda retorno.

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