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Servidores municipais da Educação de Goiânia seguem em greve, diz Sintego

Wildes Barbosa

Os servidores administrativos da educação municipal de Goiânia seguem em greve. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). A decisão foi tomada nesta sexta-feira (6), após assembleia realizada em frente à Câmara Municipal de Goiânia. Segundo o Sintego, uma nova assembleia foi marcada para o próximo dia 16 de outubro.

“Infelizmente ontem (5), que era pra ter tido a negociação, acabou que a resposta que veio pra nós é de que não houve mudança na proposta inicial, que é de pagar a Data Base só em Dezembro. A greve continuou e vamos buscar uma resposta durante a semana que vem”, afirmou Bia de Lima, presidente do Sintego.

De acordo com Bia de Lima, nos próximos dias o Sintego buscará ter uma audiência com o prefeito Rogério Cruz. “Acreditamos que agora o diálogo não é mais com o secretário de Finanças e nem com o secretário de Educação. Entendemos que o diálogo tem que ser com o prefeito”, destacou.

Segundo a presidente do Sintego, até o presente momento, não houve uma proposta por parte da Prefeitura. “Queremos que a Prefeitura apresente agora o plano de carreira, encaminhe esse plano para a Câmara Municipal e equipare o auxílio locomoção com o mesmo valor pago aos professores”, ressaltou. 

Ao todo, o Sintego estima que estejam parados mais de 2 mil servidores, os quais atuam em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e em escolas municipais da capital. 

Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que  a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação. “

A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria”, diz um trecho do comunicado. 

Ministério Público
Bia de Lima pontuou ainda que após a assembleia realizada nesta sexta-feira (6), os servidores municipais da educação de Goiânia presentes no ato realizaram uma carreata até o Ministério Público de Goiás (MPGO) para pedir que o órgão intervenha na questão dos servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) estarem atuando dentro dos CMEIs.  

“Para nós é muito séria essa medida que a Prefeitura adotou de colocar o pessoal da Comurg dentro dos CMEIs, enquanto que a nossa preocupação é com as crianças. São pessoas que não tem experiência com a escola, alheias a escola. Existe uma questão educativa. Já protocolei uma representação em meu nome junto à deputada Adriana Accorsi por conta dessa situação. O Ministério Público não pode ficar alheio a isso, a Prefeitura não está garantindo o direito legítimo de ter a revisão salarial conforme a constituição determina”, frisou.  

Nota da Prefeitura de Goiânia na íntegra

“A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria. 

O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do Governo Federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.

A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.

A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que a paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.”

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