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Suspeito de envolvimento no assassinato de Cadu é morto em confronto com a PM, em Goiânia

Divulgação/PM
Adriano morreu em confronto com a Rotam dentro de uma casa em Goiânia

Um dos suspeitos da morte de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, morreu em confronto com a Polícia Militar (PM), em Goiânia, nesta quarta-feira (3). Adriano Silva Guimarães cumpria pena por roubo e estava em regime semiaberto desde de 2021. 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), por e-mail, mas até a última atualização deste texto não obteve resposta. 

Adriano teria matado Cadu dentro do Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, com a ajuda de Nilson Ferreira de Almeida, em 2016. O crime, segundo investigações da época, teria sido cometido após um deles descobrir que a vítima tinha planos de matá-lo. 

Segundo a polícia, Cadu foi morto durante um banho de sol. A Polícia Técnico-Científica concluiu que ele sofreu 23 golpes de chucho, uma espécie de faca artesanal. Cadu cumpria pena por roubo seguido de morte, receptação e porte de arma de fogo. Os dois suspeitos foram indiciados por homicídio.

Nilson foi encontrado com marcas de disparos de arma de fogo em uma avenida do etor Jardim Cristal, em Aparecida de Goiânia, em julho de 2019. 

Confronto 

De acordo com a Polícia Militar (PM), por meio da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), foram até uma casa em Goiânia, onde um foragido da justiça de Minas Gerais, estaria escondido. 

Chegando lá, os militares escalaram o muro e viram Adriano na sala da casa. Ao perceber a presença dos agentes, ele teria corrido para o fundo da casa. Quando os policiais conseguiram entrar no local, disseram terem sido recebidos a tiros por Adriano, o que teria feito a equipe revidar. 

Logo em seguida, segundo os agente da Rotam, o suspeito foi “neutralizado, sendo retirada dele uma pistola TH9 Taurus calibre 9mm, com numeração suprimida, colocada em segurança, com um cartucho deflagado na câmara devido a uma pane na arma”, relataram. 

Ainda conforme os policiais, o socorro médico foi acionado, mas a morte de Adriano foi constatada ainda no local. 

Segundo a polícia, Adriano contava com uma extensa ficha criminal, somando mais de 60 anos de reclusão, incluindo crimes como roubo a bancos e participação em organização criminosa. 

Quem era Cadu 

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, tinha 30 anos quando foi preso no Núcleo de Custódia em setembro de 2014, um ano depois de ter deixado uma clínica psiquiátrica de Goiânia, onde estava internado após matar o cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas, em Osasco, no dia 12 de março de 2010. 

O acusado frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que seguia a doutrina religiosa do Santo Daime. No dia do crime, Cadu estaria sob efeito de maconha e haxixe, quando invadiu o sítio das vítimas e atirou contra elas. 

Mesmo após cometer o duplo homicídio contra o cartunista e o filho dele, Cadu ficou em liberdade após receber alta porque possuía esquizofrenia e a Justiça o considerou inimputável, ou seja, incapaz de perceber a gravidade de seus atos. A doença psicológica não tem cura, mas tem controle, desde que seja tratada.

Em território goiano, Cadu matou duas pessoas em agosto de 2014, o que teria levado ele a ser detido e condenado a 61 anos de prisão. As vítimas são o agente prisional Marcos Vinícius Lemes da Abadia, 45 anos, e o estudante de direito Mateus Pinheiro de Morais, 21 anos. Ambos morreram durante assaltos.

Reprodução
Cadu Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, morto em abril de 2016
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