A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que os dois homens presos nesta segunda-feira (13), suspeitos de participarem do duplo latrocínio (roubo seguido de morte) do auditor fiscal Carlos Alberto Barbosa, de 63 anos, e da mãe dele, Sebastiana Aparecida Barbosa, de 85, em Goiânia, relataram que receberiam R$ 50 mil, cada um, pelo crime. Com eles, a polícia já prendeu cinco suspeitos. Porém, mais duas pessoas podem estar envolvidas no crime.À reportagem, o delegado Carlos Fernandes informou que os homens de 19 e 20 anos foram presos em Uberlândia. Segundo ele, a dupla teria sido contratada por Luciene Soares Theodoro de Andrade e Eduardo José de Andrade, filho dela, para ajudarem a matar Carlos Alberto e Sebastiana, tia de Luciene. “Eles foram contratados para realizar o transporte da vítima Carlos Alberto de Goiânia para Ituiutaba, e seriam responsáveis por tentar o acesso às contas das vítimas para sacar o dinheiro”, detalhou Fernandes, que destacou que a dupla chegou a Goiânia no dia 18 e saiu da cidade no dia 19 de janeiro.Ainda segundo o delegado, a promessa de Luciene e Eduardo para a dupla era de que, se eles conseguissem sacar o dinheiro, receberiam R$ 100 mil divididos entre os dois.O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias, mas conforme Fernandes, mais duas pessoas podem ter envolvimento no crime, chegando a sete no total.Relembre o casoEm 26 de janeiro deste ano, três membros de uma mesma família – pai, mãe e filho – foram presos suspeitos de terem matado para roubar o auditor Carlos Alberto e sua mãe, Sebastiana Aparecida.Segundo a PCMG, o corpo de Sebastiana foi encontrado abandonado em Professor Jamil, em Goiás, e o corpo do filho dela carbonizado em um canavial em Ituiutaba.Os suspeitos revelaram à polícia que planejaram ir para Goiânia, saindo de Ituiutaba, para cometer “o duplo latrocínio contra mãe e filho, com a finalidade de roubar pertences de valores de ambos”.Luciene Soares Theodoro de Andrade, de 52 anos, Eduardo José de Andrade, de 25, filho de Luciene; e José Eterno de Andrade, de 59 anos, marido de Luciene, foram recebidos como visitas no apartamento do auditor e sua mãe, onde ficaram alojados. Lá, narra a PCMG, eles passaram a usar remédios para dopar as vítimas para tirar delas as senhas de contas bancárias. O objetivo, segundo as investigações, era o roubo de R$ 180 mil.Como houve resistência por parte do auditor fiscal, o trio resolveu levar todos os objetos e quantias em dinheiro que havia no apartamento, entre joias, dinheiro, roupas e uma arma de fogo registrada.Segundo a polícia, após o roubo, dois dos suspeitos voltaram para a cidade de Ituiutaba levando Carlos Alberto com eles, na expectativa de que a vítima concedesse acesso às suas contas. Enquanto isso, a idosa ficou no apartamento em Goiânia, sob vigilância do terceiro suspeito.Por causa das altas doses de medicamentos controlados, o auditor fiscal não resistiu e morreu. Seu corpo foi encontrado carbonizado em um canavial na divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais.Ainda de acordo com a PC de Minas Gerais, os suspeitos retornaram a Goiânia para informar a idosa sobre a morte do filho, alegando problemas de saúde. Devido ao sofrimento e das doses de medicamentos ansiolíticos que vinha recebendo, a idosa também não resistiu e morreu.