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Três regiões têm piora e quatro melhoram no mapa de calor da Covid-19 em Goiás

Mário Oliveira – SEMCOM

Goiás apresentou melhora nos índices da pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2) em quatro regiões do Estado, mas houve piora em três, segundo o último mapa de calor, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta sexta-feira (21). Apenas as regiões Norte, que tem como polo Porangatu; Serra da Mesa, que tem como polo Uruaçu e Sudoeste I, que tem como polo Rio Verde, estão em situação de alerta, que é a classificação menos grave, de acordo com cálculo desenvolvido por técnicos da SES-GO. Todas as outras regiões estão em estado crítico ou de calamidade. 

O mapa de calor de Goiás foi criado em fevereiro deste ano, um mês antes do pico de mortes por Covid-19 da segunda onda. O objetivo inicial foi o de orientar as prefeituras sobre o tipo de medida de restrição de circulação de pessoas que deveriam tomar, para diminuir a disseminação do vírus. Cidades com classificação como de “calamidade” deveriam adotar medidas mais rígidas, com o fechamento de atividades consideradas não essenciais. Um novo mapa é divulgado a cada semana, com índices e classificações atualizados.

As regiões que apresentaram melhora no último mapa foram Sudoeste I e Norte, que passaram de estado crítico para alerta, e as regiões Estrada de Ferro, polo Catalão, e Entorno Sul, polo Luziânia, que saíram do estágio mais grave de calamidade, para o nível intermediário crítico. Registraram piora o Entorno Norte, polo Formosa, Nordeste II, polo Posse, e Sudoeste II, polo Jataí, que saíram do nível crítico para calamidade. 

Considerando a população de cada região do Estado, a maior parte dos habitantes de Goiás vive em regiões que estão com classificação intermediária. São 5,1 milhões em locais com nível da Covid-19 crítico. Já 1,2 milhão estão em áreas de situação mais agravada, de calamidade. A minoria (741,1 mil pessoas) vive em áreas de alerta, com números menos graves da pandemia. 

O cálculo criado por técnicos da SES-GO para definir a situação em cada região do Estado foi elaborado a partir de uma assessoria da organização Comunitas. Os indicadores definidores são velocidade de contágio, pedidos de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), variação de mortalidade e dois tipos de taxa de ocupação de leitos de UTI.

Decretos

Em Caldas Novas, a prefeitura autorizou a realização de shows, formaturas e solenidades, desde que com alvará Covid-19, emitido pelo Departamento de Vigilância Sanitária após avaliação. A cidade turística está dentro da Região Estrada de Ferro, que no mapa de calor desta sexta saiu da situação mais grave de calamidade, para a intermediária: crítica. No entanto, segundo as orientações de quando o mapa foi criado e que ainda estão no site da SES-GO, mesmo com a melhora dos índices, a cidade deveria permanecer mais sete dias seguindo decreto 

“A região que na semana anterior estava com situação de ‘calamidade’ e nesta semana melhorou para ‘crítica’ ou ‘alerta’, precisa manter as medidas de ‘calamidade’ por mais uma semana”, diz orientação na página inicial do painel Covid-19, localizada no site da SES-GO. Reportagem do POPULAR já mostrou que as cidades não têm seguido as recomendações definidas no mapa de calor. 

Na cidade de Goiás, que está na região Rio Vermelho, onde a fase é considerada crítica há duas semanas, a prefeitura publicou um novo decreto com medidas restritivas. Foi estipulado toque de recolher e foi restringido o funcionamento de diversas atividades entre sexta-feira (21) e sexta-feira (28). Quem  descumprir o toque de recolher pode pagar multa de R$ 2,2 mil e ter de assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Mapa mostra situações distintas entre as regiões
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