O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as vacinas contra Covid para crianças devem ser distribuídas para os estados na segunda quinzena de janeiro."Na segunda quinzena elas começam a chegar e serão distribuídas como nós temos distribuído", disse em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (3).Segundo membros do Ministério da Saúde, as vacinas começam a chegar a partir do dia 10 de janeiro, mas elas precisam passar pelo processo de segurança antes de serem distribuídas. Ainda não há um cronograma definido.Em nota recente, a pasta afirmou ser favorável à vacinação desse público. Porém, ressaltou que a decisão depende do desfecho da consulta pública que está em andamento."No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", diz o comunicado.A intenção da pasta é recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19, desde que mediante a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais.De acordo com o ministro da Saúde, a decisão final será dos pais, prática que já ocorre hoje. "Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina", afirmou em coletiva de imprensa.A data coincide com o prazo estabelecido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), para o governo prestar informações sobre a vacinação infantil. Lewandowski é relator de um pedido do PT relacionado ao assunto.A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou em nota técnica enviada ao STF que a vacina contra Covid-19 desenvolvida para crianças é segura, que o imunizante é uma ferramenta de proteção e que a vacinação vai atenuar interrupções de aulas na pandemia."Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada", afirmou a secretária em nota técnica concluída no último dia 19.A posição de Melo, que integra a equipe de Queiroga, contraria questionamentos sobre a segurança da vacina feitos pelo ministro e principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).