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Vazão do Rio Meia Ponte se aproxima do nível crítico em Goiânia

Diomício Gomes

A vazão do Rio Meia Ponte alcançou 5,5 mil litros por segundo, chegando bem próximo do nível crítico 1. O Meia Ponte é a principal fonte de abastecimento de água da capital e Região Metropolitana. Para o presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, é uma questão de dias para que isso ocorra.

“No nível crítico 1 a gente intensifica a fiscalização e a propaganda de redução do consumo da água. Já no nível 2 começamos a cortar o consumo”, explica. A redução do nível da água, segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), se deve ao calor e a baixa umidade do ar. 

“A bandeira que tem que ser hasteada é a do consumo racional da água. Devemos evitar desperdícios. Quem mora nos municípios acima de Goiânia também devem se manter conscientes”, alerta

“As altas temperaturas e a baixa umidade do ar baixa forçam o consumo maior e a tendência natural é baixar mais [a vazão]. O produtor rural e a indústria têm que colaborar”, reiterou.

Sem previsão de chuva

Ao todo, já são 95 dias sem chuvas na capital e o prognóstico é que apenas no sudoeste do Estado caiam águas no mês de agosto. “A previsão de retorno agora [para as chuvas] é só para meados de outubro”, lembra Amorim.

Ele ressalta que o monitoramento do Meia Ponte é realizado 24 horas por dia todos os dias. “Estamos com motobombas instaladas e sempre monitorando. A partir dos níveis, adotamos medidas relacionadas a cada situação. Por enquanto estamos melhor que no ano passado”, ressalta.

Já Fábio Camargo lembra que, apesar de os níveis estarem melhores que no ano passado, estamos piores que em 2020. 

“No que pesa termos essa folga, o estado ainda é crítico e todos precisam entender e fazer sua economia de água”, alerta. “No ano passado não precisamos racionar, mas é possível que se continuar assim teremos que fazer rodízio de água, cortar 25% do consumo do setor produtivo... Precisamos do esforço de todos e reduzir os desperdícios”, diz Camargo.

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