Geral

Wi-fi livre chega a 31 pontos da capital

Wesley Costa
Praça do Moreirinha, no Setor Coimbra, foi um dos 24 pontos de wi-fi público gratuito verificados pelo jornal O POPULAR nesta semana na capital

JOÃO GABRIEL PALHARES

Lançado pela Prefeitura de Goiânia há cerca de um mês, pelo menos 24 pontos de wi-fi gratuito distribuídos pela capital não estão sinalizados. Serviço de conectividade faz parte de 31 pontos do Programa Goiânia Conecta que, por meio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia de Goiânia (Sictec), busca atender locais com grande concentração de pessoas, câmera de monitoramento e disponibilidade para recebimento de rede de fibra óptica.

A reportagem esteve, na terça (16) e quarta-feira (17), em 24 locais em que estão disponíveis o wi-fi gratuito, segundo anúncio da Prefeitura em junho. Durante a visita, quatro estavam inativos, sendo dois no Terminal Hailé Pinheiro, no Setor Urias Magalhães; um próximo à Rua do Lazer, no Setor Central; e outro nas proximidades da Praça das Mães, no Setor Oeste. De acordo com a Prefeitura de Goiânia, o problema teria ocorrido por conta do rompimento de fibra óptica na região e já teria sido resolvido no terminal, mas ainda estaria sendo resolvido nos demais pontos.

Em conversa com populares que passam pelos locais, maior parte disse à reportagem não ter conhecimento sobre a possibilidade de acesso gratuito, ou ter visto alguma placa sinalizando sobre. Apenas no Parque Vaca Brava, no Setor Bueno, e no Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, algumas pessoas disseram ter conhecimento sobre o wi-fi gratuito, mas questionaram sobre dificuldade para acessar e dúvida quanto “a veracidade e segurança da rede”.

De acordo com dados enviados pela Sictec, desde o início do mês, 15.550 conexões foram realizadas pela capital, 13 mil são visitantes que voltaram a utilizar a rede e outros 2 mil são pessoas que entraram pela primeira vez. Os dois pontos no Terminal Isidória são os mais acessados entre os disponíveis, chegando a ter juntos 8,5 mil conexões. Os períodos de maior utilização são às 9h e às 21h.

A secretaria informou ainda que R$ 885 mil foram investidos para o programa Goiânia Conecta, sendo cerca de 78% para compra de 50 equipamentos para ponto de acesso wi-fi e 22% para “controladora wi-fi”. Os equipamentos foram adquiridos pela secretaria e estão sendo conectados à rede da Prefeitura por meio de uma fibra óptica adquirida pela pasta. Há a informação de que outros 16 outros pontos estão em implementação.

Os ajustes técnicos e a instalação dos pontos foram realizados a partir do dia 10 de junho e entraram em funcionamento a partir do dia 24 no último mês. À época, o prefeito Rogério Cruz (SD) visitou os pontos e disse que a capital contava com “mais de 30 pontos de internet grátis da Prefeitura de Goiânia”. No entanto, em própria lista divulgada pelo Paço na mesma semana, foram divulgados apenas 24 pontos com wi-fi.

Na tarde desta quarta-feira (17), a Prefeitura de Goiânia disponibilizou uma lista ao jornal em que aparecem outros sete pontos pela capital. No entanto, dado o momento do compartilhamento da informação, não foi possível fazer a checagem para a edição. Os acessos estariam localizados também no Setor Marechal Rondon, Parque Amazônia, Faiçalville e Residencial Celina Park.

Dúvidas

Em alguns pontos mais cheios, como os terminais, o jornal verificou certa instabilidade para conectar na rede. De acordo com a servidora da Sictec Jordana Vilela, são disponibilizados 1.021 acessos simultâneos em toda rede de wi-fi da capital. A cada 15 minutos o acesso das pessoas conectadas é revisto e, caso não seja verificado tráfego, o sistema libera para outra pessoa. A explicação, talvez, justifique o problema para conectividade. No entanto, de acordo com a servidora, a quantidade “está atendendo a demanda” e passa por aumento a cada novo ponto criado.

Apesar do nome da rede, e a falta de sinalização, não apontarem para existência do serviço do Paço, há dentro da área de login um pequeno logo da Prefeitura de Goiânia. A falta de informação, que tem levado algumas pessoas a questionarem a segurança do serviço, pode ser vista nos termos e condições que é preciso aceitar ao criar a conta.

No documento é possível verificar para onde os dados solicitados, como CPF e e-mail, são direcionados. Segundo a apuração da reportagem, eles são encaminhados para uma contratada da Sictec, a empresa goiana Tecno It Tecnologia e Serviços. A coleta dessas informações, segundo a servidora da pasta, é de uso restrito apenas ao Paço e serve para que eles tenham controle, e autuação, dos usuários que “realizarem atividades ilícitas na rede”. Apesar da informação, a reportagem verificou que a falta de cadastro de uma senha durante o primeiro acesso pode fazer com que qualquer pessoa possa utilizar o e-mail de uma conta cadastrada para acessar a rede e navegar.

Ao ser questionada sobre a sinalização dos pontos, a Prefeitura afirmou que as placas estão programadas para serem instaladas assim que todo projeto estiver concluído, mas não informou uma data.

(João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG)

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