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Morte de quase 9 milhões de abelhas é investigada pela polícia em Goiás

Segundo o delegado Luziano de Carvalho, elas morreram envenenadas após a pulverização em lavouras de fazendas vizinhas

Modificado em 17/09/2024, 15:40

Morte de quase 9 milhões de abelhas é investigada pela polícia em Goiás

(Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil investiga a morte de cerca de 8,9 milhões de abelhas em três apiários de Goiás. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), as abelhas morreram envenenadas após a pulverização em lavouras de fazendas vizinhas.

"Já encaminhando três procedimentos no qual apuramos a existência de crime ambiental que é exatamente a mortandade de abelhas através do uso inadequado de agrotóxicos", informou Luziano.

Como os nomes dos envolvidos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizá-los para pedir um posicionamento até a última atualização desta matéria.

De acordo com o delegado, os crimes aconteceram em dois apiários de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, e em um de Silvânia, no sudeste goiano. Porém, a preocupação é também com as abelhas que vivem na natureza e que são afetadas pelo veneno.

"Em Bela Vista, 26 colmeias foram atingidas e, em Silvânia, foram 32, mas a preocupação é também com as abelhas que vivem no mato o qual não temos registro", explica Luziano.

Outra preocupação, conforme o delegado, é o número de ocorrências envolvendo mortes de abelhas, que a Dema tem recebido nos últimos anos.

"Tivemos um número muito grande de ocorrências em 2023. Foram seis denúncias e agora três estão sendo encaminhadas. Quando se fala em proteger as abelhas estamos falando em proteção de culturas agrícolas. Não é só de apiários e colmeias. As abelhas são as mais importantes polinizadoras da terra", ressalta o delegado.

Conforme a Polícia Civil, a pena para esse tipo de crime é de até 4 anos de prisão e multa de até R$ 2 milhões.

Geral

Abelhas invadem ambientes urbanos em Goiânia

Diretoria de Vigilância em Zoonoses de Goiânia recebe até 20 solicitações por dia para retirada de enxames. Demanda cresceu muito com a estiagem

Modificado em 19/09/2024, 01:08

Francisca Maria da Conceição, moradora do Conjunto Vera Cruz 1, acionou o serviço público após identificar enxame de abelhas em árvore na sua calçada

Francisca Maria da Conceição, moradora do Conjunto Vera Cruz 1, acionou o serviço público após identificar enxame de abelhas em árvore na sua calçada
 (Wesley Costa)

A pensionista Francisca Maria da Conceição Reis, de 71 anos, estava na varanda de casa no último domingo (27), no Conjunto Vera Cruz 1, em Goiânia, quando ouviu o zumbido de um enxame de abelhas. Ao conferir a pequena árvore na parte frontal de sua casa, percebeu que uma colmeia de abelhas Europa estava se formando ali. A reação imediata da dona de casa foi pedir ajuda aos serviços públicos especializados temendo acidentes, mas até ontem à tarde, a remoção não tinha ocorrido. A Diretoria de Vigilância em Zoonoses de Goiânia está recebendo uma média de 15 a 20 solicitações diárias pelo mesmo motivo.

"É uma demanda extremamente alta", avisa o gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, Wellington Tristão da Rocha. Nesta época do ano, em média, o morador incomodado com a instalação inesperada de um enxame de abelhas em casa, precisa aguardar até cinco dias para ser atendido. "Até o final da semana precisamos atender 15 ocorrências", afirma o biólogo. Ele explica que as duas equipes responsáveis pelo trabalho atuam com equipamentos de proteção individual (EPIs) e se deslocam em veículos adaptados. O tempo de remoção não é o mesmo para todos os casos.

"Algumas colmeias são recolhidas rapidamente, mas outras exigem ações paralelas porque estão em locais de difícil acesso, como entre o telhado e o forro da residência, um trabalho que pode durar até duas horas e meia. São situações que o cidadão não reconhece", explica Wellington Tristão. A preocupação de Francisca Reis obedece a um padrão. "Tenho medo de as abelhas atacarem idosos, crianças ou pessoas alérgicas, por isso pedi a retirada logo". O biólogo entende que ela tem razão e reforça que o ideal é aguardar o atendimento, sem atear fogo ou fazer barulho.

A expansão da área urbana e a estiagem são as grandes responsáveis por essa intensa movimentação de abelhas em locais habitados. Com o fogo na área rural, elas tendem a migrar para as cidades. "E de forma estressada", avisa Wellington Tristão. "Algumas pessoas colocam fogo com o objetivo de fazer fumaça para espantar as abelhas, mas não vai dar certo." Segundo o biólogo, o maior número de chamadas é para retirar enxames de abelhas europeias, africanizadas, a espécie que oferece mais risco de acidentes e pode até mesmo levar a óbito se a pessoa for alérgica. "Estamos dando prioridades a esses casos", avisa.

No ano passado, as equipes da Diretoria de Zoonoses de Goiânia fizeram 898 atendimentos com remoção de abelhas. Este ano, eles somam 427, a maioria no período de estiagem. Além da fuga do fogo, conforme Wellington Tristão, o movimento migratório das abelhas para áreas urbanas pode ocorrer em função da enxameação, que é quando a rainha divide a sua colmeia e parte para outro lugar. "A nossa política é de proteger a espécie, nunca matá-la. Abelhas são importantes para o ecossistema. Recolhemos, encaixotamos e levamos para um lugar seguro".

Para isso, a Diretoria de Vigilância em Zoonoses fez um convênio com o apiário da Universidade Federal de Goiás, que recebe as colmeias. As abelhas da espécie Europa (Apis mellifera) são uma das mais importantes produtoras de mel. "Também estamos elaborando uma proposta de parceria para apresentar à Associação de Apicultores do Estado de Goiás com o objetivo de fornecer essas colmeias, assim aumentamos a proteção da espécie", salienta.

Estressadas, abelhas podem até matar

Em Goiânia, o serviço público de remoção de colmeias é uma atribuição do Departamento de Zoonoses. Entretanto, o Corpo de Bombeiros Militares também recebe muitas solicitações, mas atua na capital somente em casos específicos e que configurem urgência. Ou seja, ataques que coloquem em risco a vida de alguém ou em lugares de difícil acesso.

Em 2023, em todo o estado, o Corpo de Bombeiros registrou 3.028 ocorrências envolvendo abelhas. E este ano, até agora, 2.105. No sábado (26), um fazendeiro de Uruaçu, de 78 anos, sofreu um choque anafilático depois de um ataque e não resistiu. Não foi um caso isolado.

No mês de março deste ano, vários outros casos foram registrados, como o de um engenheiro civil de 32 anos que perdeu a vida depois de ser surpreendido por centenas de abelhas durante a reforma do prédio do Instituto de Previdência dos Servidores de Bela Vista de Goiás.

Geral

Homem morre após sofrer ataque de abelhas enquanto pescava, em Catalão

Vítima estava com um amigo em uma represa dentro da fazenda onde trabalhavam no momento que foram atacados

Modificado em 20/09/2024, 05:19

Imagem aérea de Catalão, a 262 km de Goiânia

Imagem aérea de Catalão, a 262 km de Goiânia (Divulgação/Prefeitura de Catalão)

Um homem de 58 anos morreu na noite desta segunda-feira (24) enquanto fugia de uma enxame de abelhas em uma fazenda na região do Distrito de Santo Antônio do Rio Verde, em Catalão, a 262 km de Goiânia. Segundo a Polícia Militar, ele estava acompanhado de um amigo, que sobreviveu ao ataque.

Donizete Bezerra da Silva era funcionário da fazenda e estava pescando em uma represa dentro da propriedade após o horário do trabalho. O tenente Joaquim Júnior, do 8º Batalhão da PM, conta que a vítima pulou na água para tentar fugir das picadas das abelhas, mas se afogou e morreu no local.

Ele e o amigo teriam amarrado uma canoa em uma das árvores e não perceberam que nela havia uma caixa de abelhas. "As suspeitas são de que se tratavam de abelhas africanas, pois elas atacam em enxames", afirmou Joaquim.

A Polícia Científica foi acionada e deve realizar uma perícia no local. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a retirada do corpo do Donizete. O nome do amigo dele não foi divulgado e, por isso, a reportagem não pôde localizá-lo.

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Famosos

Ivete Sangalo e o marido Daniel Cady criam abelhas sem ferrão na Bahia

O casal ainda ensinou a fazer uma receita de molho de mostarda com mel, para temperar saladas

Modificado em 21/09/2024, 01:23

Ivete Sangalo e o marido Daniel Cady criam abelhas sem ferrão na Bahia

(Globo)

Em uma área de Mata Atlântica, na Praia do Forte, que fica na cidade de Mata de São João, região metropolitana de Salvador, a cantora Ivete Sangalo e o marido, o nutricionista Daniel Cady, passam a maior parte do tempo desde o início da pandemia de Covid-19. É lá que a família Sangalo criou um meliponário para criar uma espécie de abelhas que não têm ferrão, e que logicamente ficaram famosas depois de aparecer num vídeo com a cantora.

Na Bahia, tem sido muito comum as pessoas criarem as chamadas Uruçu Nordestina em casa para fazer mel artesanal, que virou um produto valorizado. Na casa de praia de Ivete e Cady, as abelhas viraram os novos membros da família, e ganharam até um cantinho especial.

"Isso é um canto que é muito inspirador, poxa, pegar o violão, estar aqui com as crianças, cantando, isso é uma forma de agradecer e a sensação do privilégio vem imediatamente", disse Ivete em entrevista ao Fantástico deste domingo (31).

A relação de Daniel Cady com as abelhas, na verdade, é antiga. Ele conviveu com o avô e o tio, que eram amantes dos animais. O espaço onde o casal cuida das uruçus é cercado de reservas naturais.

As abelhas trabalham nas colônias instaladas em caixinhas, que ficam embaixo de uma castanheira. A construção do meliponário começou em maio do ano passado, com uma colônia que Daniel ganhou de um colega. Poucos meses depois, ele já tinha feito dois cursos e hoje o casal cuida de 50 colmeias.

Daniel Cady e Ivete Sangalo revelaram que as abelhas são mais uma opção de lazer para o filho Marcelo e as filhas gêmeas Helena e Marina. "Minhas filhas costumam me acompanhar nesse processo. É a parte que elas mais gostam que é colher o mel para fazer molho, fazer qualquer receita que seja. Se fosse abelha com ferrão ninguém estaria aqui agora", contou Cady.

O casal ainda ensinou a fazer uma receita de molho de mostarda com mel, para temperar saladas.

Geral

Bebê de grávida que postou foto no Facebook com 20 mil abelhas nasce morto

A mulher, que é mãe de três outras crianças, relatou que percebeu que algo estava estranho quando não sentiu mais o bebê chutar faltando apenas seis dias para dar a luz

Modificado em 27/09/2024, 00:47

Emily é uma apicultora e optou por deixar o corpo ser envolvido por milhares dos insetos para o ensaio porque eles fazem parte da vida dela

Emily é uma apicultora e optou por deixar o corpo ser envolvido por milhares dos insetos para o ensaio porque eles fazem parte da vida dela (Reprodução/Facebook)

Uma mulher que ficou famosa em todo mundo após fazer um ensaio fotográfico grávida com mais de 20 mil abelhas na barriga passa por um momento de luto. O bebê da norte-americana Emily Mueller, de 33 anos, nasceu morto. A mulher, que mora no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, usou a rede social nesta semana para compartilhar essa triste notícia.

"Muitas pessoas esperavam a chegada do nosso famoso e doce bebê que foi a estrela de uma sessão de fotos com abelhas. Jesus decidiu que ele precisava do próprio apicultor e o tirou de nós, levando Emersyn Jacob para o seu com ele", escreveu Emily.

Segundo o site Metrópoles , faltando seis dias para dar à luz, a mulher percebeu que algo estava estranho quando não sentiu mais o bebê chutar. "Eu pensei que ele estava dormindo, mas o tempo foi passando e nada", contou. Ao chegar no hospital, não era possível mais ouvir o coração do pequeno. "Nosso bebê estava morto. Ele nunca viria para casa conosco", disse.

"Cada detalhe daquele momento estará para sempre na minha mente e eu não paro de pensar nisso. O médico sentou ao meu lado e disse: 'Seu bebê se foi'", explicou Emily.

A equipe médica que acompanhou o caso acredita que tenha ocorrido um problema de coagulação. A placenta da mãe foi enviada para análise para se descobrir a causa da morte do bebê.

Emily é uma apicultora e optou por deixar o corpo ser envolvido por milhares dos insetos para o ensaio porque eles fazem parte da vida dela. O ensaio foi feito em agosto e as imagens ganharam repercussão mundial.