A associação atlética do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), a AAAMBC Vira-Lata e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) divulgaram uma nota em que denunciam uma situação ocorrida nesta quinta-feira (15), no campus da instituição. Conforme as entidades, um aluno do curso de Zootecnia teria atropelado e matado um cachorro que costumava ficar nas imediações e “dado risadas” após perceber o que havia feito. Em nota, a UFG informou já ter identificado o acadêmico e que averigua o caso.O cachorro era conhecido como Cleitinho e tinha aproximadamente 3 anos e morava no pátio da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EVZ) da UFG, no setor Itatiaia. De acordo com a associação atlética, o aluno passou com o carro em cima do animal e não prestou socorro, além de rir da situação.“Em tom de deboche, soltou a seguinte frase: ‘É só um cachorro’. Nós repudiamos de toda forma a fala, a conduta e inacreditavelmente as risadas. Não é só um cachorro, é uma vida e todas as vidas importam!”, diz a nota.À reportagem, uma aluna de Medicina Veterinária, que não quis se identificar, contou que o estudante teria minimizado a situação. “Ele disse que não precisava disso, que era só um cachorro, e se negou a levar o animal para o hospital, que ficava ao lado”, relatou.Ainda segundo a estudante, quem tentou socorrer o cão foram alunos de Veterinária e duas professoras. Infelizmente, o cachorro estava muito ferido e foi necessário ser feita uma eutanasia humanitária no mesmo. Em nota publicada nas redes, a Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFG disse compreender a gravidade do acidente e informou que “está dispensando a atenção necessária para que os fatos sejam esclarecidos”. Além disso, a instituição destacou que se compromete a “implantar medidas que minimizem a ocorrência de novos episódios” como o registrado.À reportagem, o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFG, Marcos Soares explicou que muitos estudantes ficaram tristes e que o DCE já está pedindo um esclarecimento da própria Universidade. “Não sei o que pode acontecer, mas nós questionamos sobre até uma possível, não se sabe o que pode acontecer, mas nós perguntamos”, explicou Marcos. O que diz o alunoEm suas redes sociais, o aluno admite ter atropelado o cachorro e pediu desculpas.Na nota divulgada, ele afirma que, em um primeiro momento, não conseguiu visualizar o cachorro “que se encontrava deitado na via”. “Só percebi sua presença quando senti a bacada e escutei o grito do animal, parando logo em seguida e descendo para ver a situação”.O acadêmico disse ainda que pessoas se aglomeraram ao seu redor “com os ânimos exaltados” e ele, "infelizmente com o nervosismo, não soube se expressar”. “Com medo de represália por conta dos ânimos alterados depois de levarem o animal do lugar, preferi me retirar do local, não na intenção de fugir da cena, mas sim de evitar mais conflitos.”A reportagem entrou em contato com o aluno através de mensagem no instagram às 19h40 mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria, o espaço segue em aberto.