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Aos gritos de "assassino", lutadores de jiu-jitsu protestam em delegacia após campeão ser baleado

Campeão mundial Leandro Lo, teve morte cerebral confirmada neste domingo (7). Colegas e amigos do lutador ficaram na porta de delegacia durante protesto

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 04:02

O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo

O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo (@leandrolojj/Instagram)

Um grupo de mais de 40 lutadores, colegas e amigos do campeão mundial Leandro Lo ficaram durante o fim de tarde e parte da noite deste domingo (7) na porta do 17º Distrito Policial, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, à espera da chegada do tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira, 30 anos, suspeito de ter atirado na cabeça do campeão mundial de jui-jitsu.

Leandro Lo foi atingido com um tiro durante a madrugada em um show do grupo Pixote, no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo. O atleta teve a morte cerebral constatada.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, o tenente seria levando para o 17º DP para ser ouvido e, em seguida, ao Presídio Romão Gomes, da PM, na zona norte. Mais tarde, a polícia decidiu que ele iria direto para prisão. A partir desta segunda-feira (8), o caso será investigado pelo 16º DP.

O policial militar se entregou à Corregedoria da Polícia Militar depois de a Justiça decretar a sua a prisão temporária de 30 dias, no fim da tarde deste domingo.

A reportagem tentou contato durante todo o dia com a defesa do tenente. Na delegacia, um advogado que se apresentou como defensor do PM, na noite deste domingo, se recusou a falar com a imprensa e não deu informações sobre o caso.

O grupo em frente à delegacia começou a gritar frases como "justiça", "jiu-jitsu, unido, jamais será vencido". Também diziam "ele sujou a farda de vocês, ele não representa a PM" e pediam para que a polícia mostrasse o rosto do atirador.

Pouco antes, a multidão achou que uma viatura estava com o atirador e começou a urrar e gritar palavras como "vagabundo" e "assassino".

Enquanto isso, outros pediam calma. A polícia chegou a disparar gás de pimenta para conter o grupo, mas em pouco tempo a situação foi tranquilizada.

Durante todo o dia, lutadores, associações do esporte e fãs se manifestaram nas redes sociais por causa da violência contra o atleta.

Segundo conhecidos do campeão mundial, o atirador era faixa roxa de jiu-jitsu e, na teoria dos colegas, sabia quem era Lo.

HISTÓRICO DO POLICIAL

O tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, apontado pela polícia e por testemunhas como autor do tiro contra Leandro Lo, tinha no histórico o envolvimento em outra confusão há cinco anos. Na época, ele foi acusado por outros policiais de agressão e desacato em uma casa noturna da capital.

Segundo a denúncia recebida pela 1ª Auditoria da Justiça Militar, no dia 27 de outubro de 2017, por volta das 4h20, Velozo estava na The Week, na Lapa, zona oeste, de folga, quando praticou violência contra outro oficial de nível hierárquico inferior, ao desferir socos em um soldado que havia sido chamado para atender a uma ocorrência no local.

De acordo com a acusação, PMs foram acionados ao endereço após Velozo se envolver em uma confusão no interior da balada. Ele alega que apenas agiu para separar sete pessoas que agrediam a um primo seu.

"Em dado momento, o soldado [a reportagem suprimiu o nome do policial] se afastou do denunciado e esticou o braço, em nítida intenção de mantê-lo a distância. Neste instante, o tenente Velozo desferiu um soco no braço do soldado. Em seguida, o denunciado desferiu outro soco, visando acertar o rosto soldado", cita trecho da denúncia.

Se mostrando "exaltado" e "nervoso", Velozo teria então passado a agredir verbalmente um outro tenente que chegou ao local, dizendo: "você é meu recruta", "seu covarde", além de diversos palavrões.

O Ministério Público optou pela condenação de Velozo por ter praticado violência contra inferior, pelos socos dados contra o soldado, e por desacato. No entanto, o tenente Velozo foi absolvido das duas acusações. Houve recurso da decisão, e o processo está em análise na segunda instância no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.

Geral

Eletricista morre após levar choque enquanto trabalhava em galeria de lojas em Palmas

Dyourykassyo Pereira Miranda, de 29 anos, foi declarado morto pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Corpo foi levado para o IML e liberado para a família

Modificado em 24/04/2025, 13:04

Acidente aconteceu em loja de galeria em Palmas

Acidente aconteceu em loja de galeria em Palmas (Reprodução/Google Street View)

Um eletricista morreu após levar choque elétrico enquanto trabalhava em uma loja dentro de uma galeria de lojas em Palmas. Ele foi identificado como Dyourykassyo Pereira Miranda de 29 anos, conforme a Secretaria da Segurança Pública.

O acidente aconteceu na quadra 208 Sul. O eletricista foi declarado morto pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no início da noite desta quarta-feira (23). A Polícia Militar informou que foi chamada e encontrou a equipe médica atendendo a vítima.

Foi informado à polícia que o eletricista realizava serviços no local quando choveu o choque elétrico. A perícia foi chamada e depois o Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo. A PM ainda orientou que as partes envolvidas registrassem o caso na delegacia.

A administração da galeria Open Mall informou que Dyourykassyo foi chamado pelo locatário de uma das lojas e não tinha vínculo com a administração do local. Também afirmou que acompanhou os desdobramentos e prestou o suporte necessário (veja nota completa abaixo).

O corpo de Dyourykassyo foi levado para o IML de Palmas, passou pelos exames necroscópicos e foi liberado para os familiares.

Íntegra da nota do Open Mall

Com profundo pesar, o Open Mall manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do prestador de serviços que veio a óbito na noite da última quarta-feira, 23 de abril, após sofrer uma descarga elétrica durante a execução de um serviço em uma das lojas da galeria.

Esclarecemos que o profissional não possuía vínculo com a administração do Open Mall, sendo contratado diretamente pela referida loja para a realização de um serviço pontual. O ocorrido trata-se de um caso isolado, registrado dentro das dependências internas da loja contratante.

Desde o momento do acidente, a administração do Open Mall acompanhou os desdobramentos e prestou todo o suporte necessário, respeitando o momento de luto e colaborando com as autoridades competentes, que seguem com a apuração dos fatos.

Reiteramos nosso compromisso com a segurança, o respeito e o bem-estar de todos que frequentam e atuam no Open Mall, e reforçamos nossos sentimentos à família e amigos da vítima.

Geral

Corpo de comerciante que se afogou no Rio Araguaia durante pescaria é encontrado, diz Corpo de Bombeiros

Ela foi localizada por voluntários a 7 km do local onde havia sido vista pela última vez, na região do Rancho da Viúva, em São Miguel do Araguaia

Nerica Monteiro tinha 34 anos e compartilhava as pescarias nas redes sociais

Nerica Monteiro tinha 34 anos e compartilhava as pescarias nas redes sociais (Reprodução/Rede social e divulgação/CBM-GO)

O corpo da comerciante de 34 anos que se afogou no Rio Araguaia durante pescaria foi encontrado na tarde de segunda-feira (21), informou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO). À corporação, Gabriel Castro, namorado de Nerica Monteiro, contou que os dois estavam às margens do rio, na região conhecida como Rancho da Viúva, em São Miguel do Araguaia, no norte de Goiás, quando foram arrastados pela correnteza.

O acidente aconteceu na tarde de domingo (20). Os bombeiros relataram que foram acionados para atender o desaparecimento de uma jovem. Segundo o Corpo de Bombeiros, populares conseguiram resgatar o homem com o auxílio de uma embarcação, porém a mulher não foi encontrada.

Diante da complexidade da ocorrência, uma equipe especializada de mergulhadores do CBMGO, deslocada de Goiânia, iniciou as buscas subaquáticas na manhã desta segunda-feira. Com uso de técnicas específicas de mergulho e varredura em áreas de correnteza intensa, o corpo da vítima foi encontrado no início da tarde", ressaltou o Corpo de Bombeiros.

O corpo da comerciante, conforme a corporação, foi localizado por voluntários. A vítima estava a 7 km do rio abaixo do ponto em que foi vista pela última vez. A equipe dos bombeiros foi ao local indicado, retirou o corpo da água para a margem e constatou que se tratava da empresária desaparecida.

Nerica Monteiro morava em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia, e gostava de pescar. Pelas redes sociais, o namorado dela lamentou a sua perda.

Meu amor, estávamos construindo uma história tão bonita de respeito, cumplicidade e amor. E papai do céu resolveu te levar só para ele. Meu coração está despedaçado agora. Mas sei que está em um lugar maravilhoso com muita fé", escreveu Gabriel.

À reportagem, a Polícia Técnico-Científica (PTC), unidade de Porangatu, informou que o corpo da empresária foi recolhido pelos peritos Fernando Reges e Agnaldo Mansano. E, após autópsia do médico legista Carlos Humberto, foi liberado na manhã desta terça-feira (22), por volta das 5h, para a família.

Segundo uma amiga de Nerica, Caroline Batista, o velório e o sepultamento acontecerão nesta terça em Hidrolândia, onde ela morava e administrava um supermercado.

Geral

Quem era Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP encontrada morta na zona leste de SP

A mais velha de três irmãos, pesquisadora de 28 anos viveu toda a vida em Itaquera e tinha o sonho de visitar a Europa

Modificado em 20/04/2025, 13:54

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta no dia 17 de abril, em São Paulo (Reprodução/Redes Sociais)

A estudante e pesquisadora Bruna Oliveira da Silva, 28, foi a primeira de sua família a chegar ao ensino superior. Era estudiosa desde a infância na zona leste de São Paulo, seguindo os conselhos da mãe, que dizia: "quando você estuda, você não deixa ninguém te manipular".

Bruna foi encontrada morta na noite de quinta-feira (17) em um estacionamento na região da Vila Carmosina, na zona leste. Estava desaparecida desde domingo (13), quando foi de metrô do Butantã, na zona oeste, até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha.

Na estação, Bruna disse que não tinha como chegar em casa e que estava com pouca bateria no celular. Seu namorado então fez uma transferência de dinheiro para que ela pudesse pedir uma viagem por aplicativo para completar o trajeto. A partir daí, a família não teve mais notícias de Bruna.

Eu tenho certeza que ela morreu lutando, porque ela falava 'mãe, ninguém põe a mão em mim'", diz Simone Silva. "Ela tinha pavor desse tipo de coisa, de feminicídio. E dizia: 'temos que lutar por essa causa."

Ela era formada em Turismo na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conhecida como USP Leste. Recentemente, Bruna havia sido aprovada no mestrado no programa de pós-graduação em mudança social e participação política da mesma unidade. Em nota, a direção da EACH-USP lamentou a morte de Bruna.

Tinha dois irmãos mais novos ---um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.

O último ano de Bruna na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou. Hoje, tem sete anos.

Segundo a mãe, ela deu aulas de inglês em colégios particulares e também dava palestras, inclusive fora de São Paulo. Morou em várias casas e apartamentos, sempre na região de Itaquera.

Há cerca de cinco anos, passou a morar com o pai, numa casa que ele havia acabado de comprar com as economias de uma vida inteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Devorava livros e tinha paixão por viagens. A última foi para o Espírito Santo ---uma promoção de passagens aéreas e uma decisão impulsiva a levaram até lá. Simone só ficou sabendo quando Bruna enviou uma foto da praia.

Voltou encantada com as praias e alimentando a ideia de se mudar para lá. Seu grande sonho era atravessar o Atlântico e conhecer a Europa.

Com o passar dos anos, virou uma conselheira da própria mãe. "Ela falava para mim: 'não abaixe a cabeça para ninguém, não deixe ninguém machucar você'", conta Simone.

"Ela nasceu para sorrir. Se você pegar qualquer foto dela desde bebê, é sempre sorrindo."

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte. Não há ainda informações sobre possíveis culpados ou o que teria ocorrido até a sua morte.

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Jovem morre após perder controle de carro e bater contra muro de empresa às margens da BR-060

Segundo Polícia Rodoviária Federal, motorista acessou rodovia por via marginal antes do acidente

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta

Segundo bombeiros, vítima foi encontrada morta (Divulgação/PRF)

Um jovem de 28 anos morreu após perder o controle do carro que estava e bater contra um muro de uma empresa às margens da BR-060, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu na madrugada desta sexta-feira (18)

De acordo com a polícia, o motorista tentou acessar a rodovia por via marginal no sentido Abadia para a capital quando perdeu o controle do veículo. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) atendeu a ocorrência.

Chegando ao local encontramos a vítima sentada, dentro do veículo, sem sinais vitais", relataram os bombeiros.

O Corpo de Bombeiros informou que um médico do Hospital de Abadia, que estava no local, atestou a morte do motorista. Uma equipe da Polícia Técnico-Científica (PTC) compareceu ao "local de crime" e fez uma perícia preliminar.

A princípio foi uma saída de pista seguida de colisão em um muro, não teve elementos que justificassem a saída de pista", disse a PTC.

O DAQUI entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) para obter mais informações sobre esse acidente, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.