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Deputados do RJ aprovam nome de Pelé para o Maracanã

Mário Filho, jornalista homenageado em 1966 com o nome oficial do estádio, deverá batizar o complexo esportivo que abrange também o ginásio Maracanãzinho

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:17

Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro

Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro (Arquivo/Reuters)

Considerado uma das grandes instituições do futebol brasileiro, o estádio do Maracanã pode trocar de nome aos 70 anos, completados em junho de 2020.

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira (9), em discussão única, projeto de lei que concede ao estádio o nome de Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé.

Mário Filho, jornalista homenageado em 1966 com o nome oficial do estádio, deverá batizar o complexo esportivo que abrange também o ginásio Maracanãzinho e o estádio de atletismo Célio de Barros.

O projeto do deputado estadual André Ceciliano (PT) agora segue para o governador Cláudio Castro (PSC), que tem prazo de 15 dias para sancionar ou vetar a mudança.

"O Brasil, em geral, só reconhece seus ídolos depois que eles morrem. Mas esse reconhecimento em vida ao rei Pelé, um dos brasileiros mais reconhecidos e admirados do planeta, é uma demonstração que o nosso país é tão generoso quanto grandioso", disse Ceciliano ao defender a proposta.

De acordo com o projeto, as placas com o novo nome do estádio devem mencionar o milésimo gol de Pelé, comemorado no estádio em 1969.

A intenção dos políticos do Rio de Janeiro, no entanto, pode esbarrar no primeiro artigo da lei federal 6.454/77, que não permite dar o nome de pessoas vivas a bens públicos.

"É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta."​

Em declaração à Agência Brasil, o jornalista Mário Neto criticou a troca do nome do estádio. Ele é neto de Mário Filho.

Imagem do Maracanã em dia de jogo de Flamengo e Vasco da Gama, em fevereiro de 2021 - Alexandre Loureiro / Reuters

"Lamentável essa atitude. Uma barbaridade. Tiraram com uma canetada. Eu não vou brigar com quem não conhece Mário Filho, não conhece nada de esportes. Tô chateado, mas não vou levar à frente", disse.

Nascido em Recife (PE), Mário Rodrigues Filho era irmão do dramaturgo e escritor Nélson Rodrigues e foi proprietário do Jornal dos Sports, onde liderou a campanha pela construção do Maracanã.

Com sua campanha, ele convenceu os cariocas sobre a construção do estádio no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio.

Inaugurado em 16 de junho de 1950, o Maracanã recebeu jogos da Copa do Mundo daquele ano e de 2014. Também sediou jogos da Copa das Confederações (2013), cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e dos Jogos Olímpicos em 2016 e Copa América em 2019.

O estádio também é conhecido por ser palco de grandes eventos, como shows de Frank Sinatra, Madonna, Rolling Stones, Paul McCartney, Tina Turner e missas campais do papa João Paulo 2º, em 1980 e 1997.

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Mulher é atingida por tiro enquanto tomava sol na Barra da Tijuca, no Rio; vídeo

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo

Modificado em 30/12/2024, 15:24

undefined / Reprodução

Uma mulher foi baleada de raspão na cabeça enquanto tomava de sol em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Rosangela da Silva, 58, estava deitada em uma espreguiçadeira, ao lado de uma piscina, quando foi atingida de raspão pelo disparo. O caso ocorreu na tarde deste domingo (29).

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (assista acima). Condomínio fica localizado a poucos metros da Avenida Ayrton Senna, uma das principais do bairro.

A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e, em seguida, encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Ela foi atendida e liberada horas depois. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que Rosangela realizou uma tomografia e passa bem.

Polícia Civil investiga a origem do projétil. O caso foi registrado na 32ª DP, em Taquara, na zona oeste. A Polícia Militar do Rio afirmou que nenhuma operação policial estava sendo realizada na região no momento do incidente.

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

Câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que Rosangela percebe o ferimento (Reprodução/Redes sociais)

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Turista argentino morre em acidente em Angra dos Reis

Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital

Modificado em 28/12/2024, 10:25

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino.

Lanchas envolvidas no acidente que resultou na morte do turista argentino. (Reprodução/g1)

Um turista argentino morreu nesta sexta-feira (27) após uma colisão entre duas lanchas em Angra dos Reis (RJ). O acidente ocorreu na Ponta de Jurubaíba, mais conhecida como Praia do Dentista.

Os Corpo de Bombeiros foi acionado no local às 11h40 da sexta. Outras três pessoas ficaram feridas, dois argentinos e um morador de Angra, e foram levadas ao Hospital Geral de Japuíba. Todos seguem em observação.

A Prefeitura de Angra dos Reis disse, em nota, que prestou suporte à Capitania dos Portos e que as embarcações envolvidas no acidente eram legalizadas pela agência de turismo local, a TurisAngra.

A Marinha informou que não há indícios de poluição hídrica nem riscos à segurança da navegação no local em que ocorreu o acidente.

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Ney Latorraca marcou o teatro e a televisão com seu humor

Ator morreu nesta quinta-feira (26) em decorrência de uma sepse pulmonar

Modificado em 26/12/2024, 09:28

Ney Latorraca em 'Vamp'

Ney Latorraca em 'Vamp' (Reprodução/ TV Globo)

O ator Ney Latorraca, que morreu nesta quinta (26) aos 80 anos, marcou o teatro e a televisão com seu humor. Antonio Ney Latorraca nasceu em Santos, no litoral paulista, em 27 de julho de 1944. Filho de cantores de cassino, ele começou a atuar aos seis anos, numa radionovela da rádio Record. Fez sua estreia nos palcos em 1964, aos 20, numa encenação de "Pluft, O Fantasminha", de Maria Clara Machado, também em Santos.

Pouco depois, Ney Latorraca partiu para São Paulo e procurou grandes nomes do teatro nos anos 60, como Flávio Rangel, Maria Della Costa, Cacilda Becker e Walmor Chagas. Participou de "Reportagem de um Tempo Mau", de Plinio Marcos, mas a peça foi censurada e teve só uma encenação, no Teatro de Arena, na região central de São Paulo.

Ao longo dos anos 60, fez pequenas participações em novelas como "Beto Rockfeller", "Super Plá", "Audácia, a Fúria dos Trópicos" e no teleteatro da TV Cultura, em produções como "Yerma".

Em 1967, entrou para a Escola de Arte Dramática da USP, onde se formou em 1969 e teve Marilia Pêra como madrinha. Naquele ano, encenou "O Balcão", de Jean Genet, dirigido por Victor Garcia. Nos anos 70, participou, nos palcos, do musical "Hair" e de "Jesus Cristo Superstar". Ainda no início da década, foi contratado pela TV Record, onde esteve em cinco novelas.

Em 1975, fez sua estreia na Globo, na novela "Escalada", de Lauro César Muniz, como o playboy Felipe. No ano seguinte, viveu o rebelde Mederiquis da novela "Estúpido Cupido". O personagem só se vestia de preto e circulava em uma lambreta batizada pelo ator de Brigitte.

Nos anos 80, participou das novelas "Chega Mais", "Coração Alado" e "Um Sonho a Mais" e nas minisséries "Avenida Paulista", "Rabo de Saia", "Anarquistas Graças a Deus", "Memórias de um Gigolô" e "Grande Sertão: Veredas".

No teatro, dedicou-se a "Rei Lear" em 1983 e, três anos depois, começou a participar do sucesso "O Mistério de Irma Vap". Ao lado de Marco Nanini e sob direção de Marilia Pêra, foram nove anos ininterruptos em cartaz. Em 1996, a peça voltou aos palcos para uma curta temporada.

No fim dos anos 80, Latorraca viveu um de seus personagens mais populares e marcantes: o velhinho Barbosa, de "TV Pirata". "Quando era o Barbosa, nunca imaginei que seria aquele sucesso. Ninguém esperava que aquilo fosse funcionar como uma mudança [no humor]", disse o ator em entrevista à Folha, em 2007.

Entre suas participações no cinema, destacam-se "O Beijo no Asfalto" (1980), "Ópera do Malandro" (1982), "Ele, o Boto" (1986), "Festa" (1989) e "Carlota Joaquina" (1995).

Nos palcos, protagonizou "O Médico e o Monstro" (1994), "Don Juan" (1995), "Quartett" (1996) e "O Martelo (1999). Em 2011, atuou em "A Escola do Escândalo".

Nos anos 90, fez sucesso como o Conde Vlad de "Vamp" (1991), em que contracenou com Claudia Ohanna. Antes e depois da novela, passou pelo SBT na minissérie "Brasileiras e Brasileiros" e em "Éramos Seis". De volta à Globo, participou de "Zazá" (1997), "O Cravo e a Rosa" (2000), "O Beijo do Vampiro" (2002), "Da Cor do Pecado" (2004), "Bang Bang" (2005) e "Negócio da China"

"Certa ocasião, Antônio Ney Latorraca foi convidado para apresentar a cerimônia de entrega de uma edição do Prêmio Sharp de Música. Momentos antes de entrar no palco, tentou colar um de seus dentes que havia quebrado com uma daquelas supercolas que colam tudo, até o dedo de quem a está usando. E foi exatamente isso o que aconteceu com o artista. Seu dedo ficou firmemente preso ao dente, mas nem por isso o ator se desesperou. Entrou no palco como se nada tivesse acontecido, com uma parte da mão dentro da boca e a outra apoiada no queixo, posando de intelectual a refletir. Fez o que tinha para ser feito e saiu do palco sem nenhum resquício de gafe. O público achou que era mais uma de suas graças.

Entretanto, o leonino, que nasceu rotundo, com seis quilos, em 1944 ""um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)"", em Santos, litoral de São Paulo, reinou em sua área por ter batalhado como um soldado determinado a vencer na arte de interpretar.

Dois anos depois de ter nascido, uma simples "canetada" do então presidente Eurico Gaspar Dutra (1883-1974) fez com que os pais de Latorraca perdessem o emprego. Ambos trabalhavam apresentando-se em cassinos, que foram extintos pelo decreto-lei 9.215, de 30 de abril de 1946, que proibia os jogos de azar no Brasil sob o argumento de que eram degradantes para o ser humano. Degradante, no entanto, ficou a situação financeira da família.

O pai do ator, Alfredo, era crooner, e a mãe, Nena, corista. Os dois escolheram o ator Grande Otelo (1915-1993) para ser o padrinho de batismo de Latorraca.

O ator contava que vivia em pensões e que seus pais nunca puderam dar a ele gibis ou brinquedos. "Meus pais eram pobres e deixavam isso claro. Não tinha essa de ficar magoado. Eu brincava com uma caixa de charutos e achava o máximo. Me sentia parte de um trio interessante e diferente", falou o artista para a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha, em 24 de setembro de 2017. Ainda em Santos, o artista ajudava os pais com o "dinheirinho" arrecadado com a entrega de marmitas no Instituto de Educação Canadá, escola onde estudou e repetiu de série três vezes por conta da matemática.

Com os cassinos fechados, os pais de Ney Latorraca mudaram-se para São Paulo. Foi na capital paulista que ele atuou pela primeira vez como profissional na peça "Reportagem de Um Tempo Mal", de Plínio Marcos (1935-1999). Uma curiosidade envolve sua estreia nos palcos: Latarroca, na ocasião com 20 anos, encenou essa peça apenas uma vez, no Teatro de Arena, pois a Censura Federal vetou as apresentações na sequência.

O ator cursou a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo, onde durante três anos aprendeu interpretação, mímica, maquiagem, expressão corporal e outras disciplinas fundamentais na formação de atores. Nunca faltou a nenhuma aula. Entre os mestres que ensinavam na instituição estavam o diretor Antunes Filho e o ator e diretor de teatro, cinema e televisão Ziembinski (1908-1978). Latorraca se formou tendo a atriz Marília Pêra (1943-2015) como madrinha.

Para se manter enquanto estudava e participava da montagem de algumas peças, o ator trabalhou em uma boutique feminina, além de ter sido funcionário em uma agência bancária."

TV E TEATRO

Ney Latorraca sempre se dedicou a atuar no teatro e TV ao mesmo tempo. O primeiro trabalho do ator na televisão foi fazendo figuração na extinta TV Tupi. As novelas "Beto Rockfeller" (1968) e "Super Plá" (1969) contaram com a participação do artista.

No auge do movimento hippie no Brasil, na década de 1970, o artista atuou nas montagens teatrais de "Hair" (1970) e "Jesus Cristo Superstar"(1972), entre outras. Na TV, por indicação da atriz Lilian Lemmertz (1937-1983), o ator foi contratado pela Record para participar de novelas.

Latorraca ingressou na TV Globo para fazer parte do elenco das novelas "Escalada" (1975) e "Estúpido Cupido" (1976), que lhe renderam notoriedade. Daí em diante, virou ator consagrado, com participação garantida em diversos folhetins. Em "Um Sonho a Mais" (1985), assegurou sua versatilidade ao interpretar cinco personagens diferentes, entre eles uma mulher, Anabela Freire, figura de grande sucesso na trama.

Segundo revelava frequentemente em entrevistas, seu comprometimento com o trabalho gerava uma ansiedade, que era controlada por meio de um concentrado trabalho de preparação, antes de gravar uma cena em estúdio ou interpretá-la no palco.

"Antes de dormir, deixo a roupa que irei vestir no dia seguinte em uma cadeira. Quando me levanto, visto a roupa e o personagem que tenho de interpretar", dizia o ator, que reconhecia a importância de trabalhar em equipe e fazia questão de passar o texto com os colegas antes de ouvir a palavra "ação".

Latorraca costumava dizer que "a turma toda" deveria estar sempre afiada com ele em um trabalho, desde o motorista que o apanhava em casa. "Pego o texto das mãos dele [motorista], marco, converso com o diretor batendo as cenas e amo gravar o ensaio, porque o primeiro sentimento é o mais autêntico", falava.

Para desempenhar personagens tão marcantes, o ator dizia trabalhar primeiro com sua intuição, antes de ler o texto ou saber de qualquer informação vinda do diretor ou autor. O nome do personagem já indicava como ele deveria ser.

Quanto a seu próprio nome, o artista costumava brincar que era Antônio Ney Latorraca e não "Neila", como alguns desavisados o chamavam nas ruas. "Quando me chamam de 'seu Neila', envelheço 200 anos", disse aos risos ao participar do programa de Jô Soares certa vez.

No teatro, Latorraca integrou com o ator, diretor e produtor teatral Marco Nanini o grande sucesso "O Mistério de Irma Vap" (1984), que teve produção de Marília Pêra. A peça permaneceu nos palcos cerca de 11 anos, entrando para o "Guinness Book of Records" em 2003 como a peça em cartaz por mais tempo no Brasil. Em 2006, a história foi adaptada para o cinema.

Em 1990, o ator se desligou temporariamente da Rede Globo para trabalhar na novela "Brasileiras e Brasileiros", produzida pelo SBT. Em 1991, de volta à Globo, o artista fez grande sucesso no papel de Conde Vlad, chefe dos vampiros da novela "Vamp", antes de retornar ao SBT para fazer o remake da novela "Éramos Seis", em 1994.

Mesmo com um intenso trabalho na TV, Latorraca nunca abandonou o teatro. Ele participou de vários espetáculos, entre os quais estão "O Médico e o Monstro" (1994) e "Don Juan" (1995), sucessos absolutos de público e bilheteria.

Antes de entrar em cena, Latorraca não deixava de cumprir um ritual: pedia sempre proteção à mãe, que, segundo ele, sempre estava a seu lado. Quando perdeu a amiga Marília Pêra, de quem sentia tremendamente a falta, passou a invocá-la também antes da ação. "Falávamos todo dia", comentava.

MUSICAIS

Versátil, além da participação na primeira montagem brasileira de "Hair", com Antônio Fagundes e Sonia Braga no elenco, dividiu o palco com seu padrinho, Grande Otelo, no musical "Lola Moreno" (1979).

Aos 73 anos, Ney Latorraca, ao lado da atriz Claudia Ohana, estreou no início de 2017, no Rio, o musical "Vamp", adaptação da novela da Globo de 1991, retomando o mesmo personagem para a alegria dos muitos fãs. O espetáculo também foi montando em São Paulo, repetindo o sucesso.

Foi nessa ocasião que Latorraca anunciou sua aposentaria dos palcos, mas logo em seguida a desmentiu por meio da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha, no dia 24 de setembro de 2017: "Foi uma frase de efeito, para chamar a atenção. Para o foco brilhar em mim. Para as pessoas me perguntarem justamente sobre isso", disse o ator.

Latorraca gostava de atenção e reconhecimento. "Viver é muito intenso. Falar é intenso, pagar boleto é intenso. Não consigo ficar só contemplando", dizia. "Representar é uma grande trepada. Talvez a melhor de todas. Porque tem o aplauso no fim. É o que me mantém, me dá tesão, é o aplauso. Eu adoro."

A complicação que enfrentou por causa de uma cirurgia na vesícula, em 2012, foi para o ator "um divisor de águas". "Todo mundo achava que eu ia morrer. Mas voltei. Poucas pessoas têm essa segunda vida", disse o ator em entrevista na qual afirmou que havia parado de fumar há 14 anos e que não bebia mais.

Latorraca também afirmava não ter medo da solidão. "Da morte, sim. Ela vai tirar de mim as coisas que eu tenho e que são lindas", falou o ator, morto nesta quinta (26), que pretendia deixar seu patrimônio para quatro instituições de amparo a artistas e a doentes.

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Despedida de Adriano Imperador no Maracanã tem choro e dois gols

Adriano se despediu oficialmente do futebol em uma grande celebração no Maraca

Modificado em 16/12/2024, 12:15

O Maracanã gritou "O Imperador voltou" justamente na sua despedida oficial dos gramados

O Maracanã gritou "O Imperador voltou" justamente na sua despedida oficial dos gramados (Paula Reis/CRF)

Adriano Imperador se despediu oficialmente dos gramados com dois gols numa lista festa no Maracanã neste domingo (15). O Imperador se emocionou antes, durante e depois do amistoso, com as diversas homenagens dos familiares e amigos.

O momento de maior emoção foi aos 30 minutos do segundo tempo, quando apareceu no telão um recado do falecido pai Almir gerado pela inteligência artificial. Almir disse que todos amam Adriano e pediu para o craque vestir a camisa do Flamengo para se despedir oficialmente. Adriano, com a camisa do seu clube do coração, deu uma volta olímpica para ser ovacionado antes da partida continuar.

Nomes como Romário, Ronaldo, Zico, Dida, Materazzi e muitos outros participaram da festa. O duelo foi bem jogado, com seriedade até o fim.

A última partida oficial de Adriano Imperador, que está com 42 anos, foi em 2016, pelo Miami United diante do Las Vegas City. O Maracanã gritou "O Imperador voltou" justamente na sua despedida oficial.

Como foi a pelada?

Adriano marcou uma vez para cada time nos 4 a 3 do Flamengo contra os companheiros que atuaram junto ou contra na Itália. Imperador jogou o primeiro tempo pelo Flamengo, 30 minutos pela Itália e os minutos finais novamente pelo Rubro-Negro.

O primeiro gol dos "italianos" foi de Adrianinho, filho de Adriano. O pai deu duas bitocas no filho na comemoração do gol, como o falecido Almir fazia com o pequeno Imperador.

O Flamengo virou com Athirson e Romário. Os torcedores presentes no Maracanã só deixaram de torcer para o Rubro-Negro quando Adriano fez o seu gol pela Itália no segundo tempo.

No fim, depois de Adriano sair, Ruy e Edilson Capetinha balançaram as redes. Adriano, de pênalti, recolocou o Flamengo à frente. 4 a 3.