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Espanha vence Suécia e vai à final da Copa do Mundo feminina pela primeira vez

Outra finalista sai do confronto entre Inglaterra e Austrália, que se enfrentam na quarta-feira (16) na outra semifinal.

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:45

Espanholas comemora classificação à final da Copa Feminina

Espanholas comemora classificação à final da Copa Feminina (Twitter / Fifa)

A Espanha venceu Suécia por 2 a 1, com gols marcados na reta final do jogo, fez história e disputará sua primeira final da Copa do Mundo feminina, em Sydney (Austrália), no domingo, contra a Inglaterra ou a Austrália, que se enfrentam na quarta-feira (16) na outra semifinal.

A partida, que terminou na manhã desta terça-feira (15), no horário do Brasil, marcou a despedida das craques suecas da competição.

A atacante Salma Paralluelo marcou o primeiro gol espanhol aos 35 do segundo tempo, com um chute de direita após cruzamento de Jennifer Hermoso.

Rebecka Blomqvist empatou para a Suécia nos últimos minutos da partida, mas em seguida a lateral esquerda Olga Carmona recuperou a vantagem para as espanholas e fez o segundo gol. As espanholas vibraram muito após a vitória, com abraços e gritos. Deitadas no chão, as suecas choraram ao verem o final do sonho de disputar a final.

A Espanha, que está em sua terceira Copa, nunca havia chegado a essa etapa. Caiu na primeira fase em 2015 e foi eliminada nas oitavas de final em 2019. A equipe teve o melhor ataque da competição, com 16 gols em seis jogos.

Nas oitavas de final, as espanholas surpreenderam os Estados Unidos, eliminados nos pênaltis após empate por 0 a 0, nas oitavas de final.

A Suécia foi a única equipe semifinalista que já esteve em uma final: perdeu por 2 a 1 para a Alemanha, em 2003. Em outras três ocasiões, em 1991, 2011 e 2019, foi até as semifinais.

O jogo foi apitado pela árbitra brasileira Edina Alves, assistida pelas também brasileiras Neuza Back e Leila Cruz . Edina já havia apitado três jogos na Copa, um deles no mata-mata, a vitória por 3 a 1 do Japão sobre a Noruega, nas oitavas de final.

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Anápolis decide conquista inédita contra o Retrô-PE

Após vitória na ida, Galo da Comarca visita o Retrô-PE e pode conquistar primeiro troféu nacional em sua história

Modificado em 04/11/2024, 08:47

Longe de casa, em um palco de Copa do Mundo, o Anápolis busca seu primeiro título nacional. Neste domingo (29), a partir das 16 horas, o Galo da Comarca enfrenta o Retrô-PE pelo jogo de volta da decisão da Série D. O duelo será disputado na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata-PE

Após vitória de 2 a 1 na partida de ida, o Anápolis joga pelo empate para conquistar o que pode ser o título mais importante da história do clube.

Ambos garantiram o acesso à Série C 2025, ao lado dos semifinalistas (Itabaiana-SE e Maringá-PR) e terão outro calendário no próximo ano, na Terceirona nacional, com pelo menos 19 partidas a serem disputadas.

No futebol goiano, o Anápolis é o terceiro clube que garante acesso e chega à final da Série D: antes, foram o Crac (vice em 2012) e a Aparecidense (campeã em 2021).

Como ganhou a partida em casa, o Anápolis tem três opções para garantir o título: a vitória, o empate ou até uma derrota, desde que seja por um gol de diferença e que, depois, na disputa por pênaltis, possa garantir o triunfo.

O Retrô-PE, conhecido como Fênix, foi fundado em 2016 e já se estabelece como um clube emergente no futebol pernambucano, capaz de medir forças com Sport, Santa Cruz e Náutico.

Para reforçar esta condição, nada melhor do que ser campeão nacional. Para isso, precisa de um triunfo por dois ou mais gols de diferença, para tirar a diferença goiana, ou bater o Galo da Comarca por um gol de frente, para levar a decisão às penalidades e nela também superar o adversário visitante.

A possibilidade de pênaltis é única -- será necessária caso o Retrô-PE vença por um gol de diferença.

Na Série D, que começou com 64 clubes, as penalidades fizeram parte da trajetória dos dois finalistas a partir da 2ª fase (mata-mata).

O Anápolis, para garantir a principal meta (o acesso), venceu o Iguatu-CE (5 a 4 nas quartas de final). Para obter o direito de ser finalista, eliminou o Maringá-PR (5 a 4). Nas duas situações, as vitórias se deram fora de casa. O Galo da Comarca aprendeu a cantar no terreiro alheio, a ser um visitante que gosta de aparecer sem avisar o dono da casa.

Os jogos distantes de Anápolis foram decisivos para o clube na Série D. Além de superar fora o Iguatu-CE e o Maringá-PR, o Galo da Comarca viveu duas situações fundamentais na condição de visitante.

No revés (1 a 0) para o Itabuna-BA, demitiu o técnico Hemerson Maria e efetivou o auxiliar ngelo Luiz como treinador, que liderou o Galo da Comarca até a final. Nas oitavas de final, venceu o Cianorte-PR (2 a 1) e fora e teve de jogar pelo empate em Anápolis (1 a 1) para passar de fase.

As decisões por pênaltis marcaram mais ainda o Retrô-PE. Na 2º fase, superou o campeão da Série D de 2022, o América-RN (7 a 6). Nas oitavas, eliminou o Manauara-AM (4 a 1), depois carimbou o acesso com outro triunfo nas penalidades sobre um dos favoritos, o Brasiliense-DF 3 a 2) e passou à final com vitória nos pênaltis (4 a 3) no Itabaiana-SE (4 a 3).

Foram quatro fases, quatro decisões na bola parada nas quais brilharam a estrela e a competência do goleiro Darley, enquanto o Anápolis primou pelo aproveitamento nas cobranças (não errou nenhuma vez) e a presença do goleiro Wellerson.

O campeão neste domingo vai festejar o título da Série D depois de cinco meses de caminhada -- o Retrô-PE começou o torneio no dia 27 de abril, quando ficou no empate sem gols com o CSE-AL. No dia seguinte (28 de abril), o Anápolis perdeu para o Brasiliense-DF (1 a 0).

No princípio, eram 64 participantes e só restaram os dois. Isso é uma prova da dimensão de ser finalista e lutar por um título nacional.

Neste domingo, é o dia de saborear a cereja no bolo. Ou melhor, ao vencedor cabe a honra de bordar sobre o escudo uma estrela, que pode ser dourada, de campeão da Série D. É a ambição do Anápolis, que conquistou um Goianão (1965), a Copa Goiás (1967), duas vezes a Divisão de Acesso (1990 e 2012), alguns torneios menores. Um troféu, com a chancela da CBF, cairá muito bem no espaço vazio da galeria do clube.

A missão está com a comissão técnica, o treinador ngelo Luiz e os 22 jogadores que estão relacionados para a final.

ngelo Luiz não terá dois jogadores importantes: o lateral Léo Azevedo e o atacante Gonzalo Fornari, suspensos. O meia Pedro Thomas, opção em boa parte da competição, está contundido e só deve voltar em 2025.

Os substitutos devem ser o experiente artilheiro Marcão (autor de 110 gols no futebol goiano, marca que faz dele o maior goleador em atividade em Goiás) e o volante e o meia Matheus Vinícius, novamente improvisado na lateral.

Pela primeira vez, Anápolis jogará em Pernambuco

O Anápolis, à medida que se tornou um dos participantes da Série D do Brasileiro nos últimos anos, foi conhecendo novos centros do futebol nacional, onde enfrentou adversários até então inéditos e que fez também o clube ter um calendário de jogos não só em nível regional como, ainda, nacional. A final deste domingo (29), na Arena Pernambuco, marca a primeira presença do Galo da Comarca em terras pernambucanas.

Assim, o time tricolor expande a marca, mostra que está vivo e que pretende ser um clube acostumado a jogar fora.

A partir da 2ª fase da Série D de 2024, o Galo da Comarca enfrentou adversários da Bahia (Itabuna), Paraná (Cianorte e Maringá), Ceará (Iguatu) e, neste domingo, fecha o roteiro diante do Retrô-PE -- ambos nunca haviam se enfrentado, até domingo passado (22), quando o Anápolis venceu por 2 a 1 no Estádio Jonas Duarte.

Na 1ª fase, a disputa foi regional: times do Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e Goiás (Iporá e Crac).

A primeira participação do Anápolis, em torneios de nível nacional, foi em 1966. Campeão do Estadual do ano anterior (1965), o Galo da Comarca se tornou o primeiro clube do interior goiano a disputar a Taça Brasil, depois reconhecida pela CBF como Campeonato Brasileiro. A equipe tricolor enfrentou o Rabello-DF e o Americano-RJ.

Na década de 1980, o clube disputou o Brasileiro 1981, a chamada Taça de Prata -- a Anapolina, arquirrival local, foi vice-campeã. No Grupo 6, o Anápolis não passou de fase e enfrentou Anapolina, União-MT, Gama-DF, Leônico-BA, Bahia e Atlético-GO.

Alguns anos depois, em 1986, o Galo ficou no Grupo 6 do que seria a Série B daquela época, jogando contra os paulistas Internacional-SP, Juventus e Santo André, Mixto-MT, Ubiratan-MS, Uberlândia e América (ambos de Minas Gerais) e Itumbiara.

No próximo ano, na Série C, o Anápolis mudará a logística. Terá de disputar 19 jogos na 1ª fase da competição -- já sabe que enfrentará o Retrô-PE, Maringá-PR, Itabaiana-SC, além dos clubes que não estão na fase final da Série C nem foram rebaixados.

Entre eles, estão Náutico, CSA-AL, Figueirense-SC, Tombense-MG, Confiança-SE, ABC-RN, Caxias-RS, Floresta-CE e quatro equipes que vão sobrar da fase semifinal da Série C (as que não conquistarem o acesso à Série B).

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Taça das Favelas Goiás define os campeões de 2024

Decisões da 5ª edição do torneio terá clássico Quilombola no masculino e duelo entre times de Goiânia na decisão feminina

Modificado em 04/11/2024, 08:56

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema (Fábio Lima)

Vitrine entre jovens que tentam realizar o sonho de jogarem futebol, a Taça das Favelas Goiás define neste sábado (21) os campeões dos torneios masculino e feminino. Com transmissão da TV Anhanguera, a 5ª edição da competição terá suas decisões disputadas no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), a partir das 14 horas. A entrada é gratuita e os portões vão ser abertos a partir das 12 horas.

Neste ano, do lado feminino há um confronto entre equipes de Goiânia. O Gentil Meireles busca o tricampeonato consecutivo. O desafio será diante do Novo Mundo, que busca seu primeiro caneco. Este duelo será disputado a partir das 14 horas.

No masculino, o campeão será inédito. Pela primeira vez, inclusive, o confronto na decisão será entre comunidades quilombolas. A partir das 15h15, o Quilombola Boa Nova enfrenta o Quilombola Diadema na segunda final do dia.

A Taça das Favelas é um torneio que reúne sonhos e histórias de pessoas apaixonadas pelo futebol. Lucigleise Lima, de 28 anos, é lateral direita e uma das fundadoras do Novo Mundo, que está em sua primeira final na competição.

Ela trata o esporte como diversão, neste momento. Mãe de seis filhos, com idades entre 3 e 13 anos, a atleta do Novo Mundo disputou a Taça das Favelas de 2022, quando defendeu o Jardim Guanabara, e está em sua segunda participação no torneio.

"Eu moro no Novo Mundo há sete anos e, junto com a Milka (companheira de time), nos juntamos com algumas meninas do Vila Morais e montamos o time. O Alex (treinador da equipe) é primo da Milka e conversamos com ele sobre a ideia de assumir o comando da equipe, deu certo", comentou Lucigleise Lima sobre a criação da equipe.

Algo em comum em destaques do Gentil Meirele e Novo Mundo é a rotina pesada que não envolve apenas futebol. Thais Vitória, de 19 anos, é meia-atacante da equipe bicampeã da Taça das Favelas.

Ela, assim como Lucigleise, não vive exclusivamente do futebol. As duas trabalham e conciliam rotina profissional e esportiva, com treinos e jogos.

Thais Vitória, por exemplo, mora em São Luís de Montes Belos e treina no Aliança, que também disputa o Campeonato Goiano feminino. Pelo menos duas vezes por semana, ela encara 1h30 de carro para vir a Goiânia treinar e disputar jogos pela equipe, que forma a base do finalista Gentil Meirelles.

"Treino todos os dias. Segunda, quarta e sexta na minha cidade com um treinador particular, terça e quinta no Aliança", explicou Thais.

A atleta ainda concilia sua rotina de treinos e jogos com o emprego na prefeitura da cidade do interior e tem o sonho de ser jogadora de futebol profissional.

Ambas dizem que o sentimento é de orgulho por disputarem a decisão do torneio neste ano. "Hoje, poder representar o setor que eu moro, minha comunidade, é algo sem palavras. Não consigo descrever a emoção que sinto neste momento", declarou Lucigleise Lima.

Final Quilombola

Pela primeira vez em cinco edições, a Taça das Favelas terá um clássico quilombola na decisão. O duelo vai ocorrer na disputa masculina, entre Quilombola Diadema, de Teresina de Goiás, e Quilombola Boa Nova, de Professor Jamil. Este duelo tem previsão de ocorrer, a partir das 15h15, depois da decisão feminina.

As comunidades estão separadas por quase 600 km e possuem jovens que carregam a vontade de um dia atuarem profissionalmente no futebol. Ariel Ribeiro da Costa, do Quilombola Diadema, e Vitor Siqueira de Souza, volante do Quilombola Boa Nova, são exemplos.

Ariel começou a jogar futebol há oito anos (ele tem 16) e sonha em seguir carreira como profissional.

Ele estava na van da equipe Quilombola Diadema que há um mês se envolveu em um acidente, que resultou na morte de duas pessoas.

A tragédia ocorreu no dia 23 de agosto e envolveu a van que levava o time para Goiânia e uma picape, na GO-118, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Os dois motoristas morreram e três jogadores da equipe ficaram feridos.

Por esta razão, o troféu da final masculina desta edição será intitulado como "Natal Pereira da Silva", em homenagem ao motorista da van que levava a equipe do Quilombola Diadema.

Antes dos jogos, o time costuma fazer um minuto de silêncio antes das partidas, em homenagem ao motorista. Após o acidente, dois atletas deixaram a equipe, por receio das viagens longas e frequentes.

Ariel Ribeiro comentou que a equipe sentiu muito a perda de Natal Pereira, de 62 anos, e que isso incentiva a equipe a conquistar o troféu. "Nós perdemos um amigo, um companheiro. Ele nos deu força para continuar com o nosso objetivo e honrar ele", frisou o jogador.

Vitor Siqueira de Souza também sonha com uma oportunidade de viver do esporte. Com 15 anos, o atleta do Quilombola Boa Nova chega a sua terceira participação na competição -- em 2022 ele foi banco e titular no ano passado e neste ano.

Essa será a segunda final da Taça das Favelas consecutiva do jogador pela comunidade Quilombola Boa Nova. Em 2023, a equipe foi vice-campeã após ter sido superada pelo Orlando de Morais, no estádio Antonio Accioly.

O jogador garantiu que a equipe está preparada e confiante para a decisão deste ano. "Dessa vez será diferente e vamos trazer o título", afirmou o jovem da comunidade Quilombola Boa Nova.

Para Vitor, participar da Taça das Favelas é uma oportunidade de visibilidade, não só para os atletas que estão em campo, mas para a própria comunidade.

Ariel concorda que a Taça das Favelas se tornou uma vitrine no Estado. "Um impacto de nível nacional, onde nós todos podemos ter uma grande oportunidade de ser visto no esporte", opinou o jogador do Quilombola Diadema.

A Taça das Favelas em 2024 teve 324 partidas entre as séries A e B, nas categorias masculino e feminino. Mais de 25 mil atletas participaram da competição desde as fases iniciais. Ao todo, 232 comunidades estiveram envolvidas.

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema (Fábio Lima)

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Seleção feminina de futebol terá nova chance de revanche contra os Estados Unidos

Brasil passa pela Espanha com show de bola e vai enfrentar Estados Unidos na decisão olímpica do futebol feminino

Modificado em 17/09/2024, 17:22

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico
 (Gaspar Nóbrega/COB)

Pela terceira vez na história, Brasil e Estados Unidos vão se enfrentar na decisão do torneio olímpico de futebol feminino. Em Paris, as brasileiras terão uma nova chance de revanche, já que as americanas estão em vantagem: elas venceram as finais nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.

A possível vingança das brasileiras teria um sabor especial para Marta, de 38 anos, única jogadora do atual plantel canarinho que disputou as duas finais anteriores.

Em sua possível despedida da seleção brasileira, a jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo busca o que seria seu primeiro título no maior palco do esporte. Além das duas medalhas de prata, ela também foi vice-campeã mundial em 2007, numa campanha em que o Brasil eliminou os EUA na semifinal, e acabou derrotado na decisão pela Alemanha.

Marta torceu muito por essa classificação, afinal só assim para ela ter a chance de se despedir em grande estilo já que ela acabou expulsa na última partida da fase de grupos, justamente contra a Espanha, e não pôde atuar contra França e Espanha, respectivamente, pelas quarta de final e pela semifinal.

Há 20 anos, na primeira vez em que brasileiras e americanas duelaram na final olímpica, o Brasil perdeu por 2 a 1. Quatro anos depois, a derrota foi pelo placar mínimo, 1 a 0.

Só de avançar à final, contudo, a equipe canarinho conseguiu manter uma escrita neste século. Desde os Jogos de Atenas-2004, o futebol sempre voltou para casa com, pelo menos, uma medalha: Atenas-2004 (prata no feminino), Pequim-2008 (prata no feminino e bronze no masculino), Londres-2012 (prata no masculino), Rio-2016 (ouro no masculino) e Tóquio-2020 (ouro no masculino).

Jogadoras

As jogadoras da seleção brasileira exaltaram a força do elenco montado por Arthur Elias após conquistarem a vaga para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024. O Brasil goleou a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6), e voltou à decisão após 16 anos.

Angelina afirmou que o grupo "fez acontecer". A meio-campista parabenizou o restante da equipe e destacou a confiança que o time adquiriu após se classificar contra a França nas quartas de final.

Duda Sampaio destacou o "desafio" que veio desde a primeira fase complicada. A jogadora do Corinthians afirmou que, mesmo diante dos desafios, o elenco sempre acreditou que poderia chegar à final.

Tarciane também citou a importância da fase de grupos complicada. A zagueira falou sobre a imposição do Brasil contra França e Espanha no mata-mata.

Como foi a semi

O Brasil não tomou conhecimento e atropelou a Espanha por 4 a 2, na semifinal. Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin marcaram os gols brasileiros. Paralluelo (duas vezes) descontou para as espanholas.

Marta, suspensa, não jogou. A jogadora cumpriu o segundo jogo de suspensão após a expulsão contra a mesma Espanha, na fase de grupos. Ela já não havia jogado contra a França, nas quartas de final.

O Brasil passou da fase de grupos como um dos melhores terceiros colocados. A seleção venceu a Nigéria, mas perdeu para Japão e Espanha nos outros dois jogos. Nas quartas de final, as comandadas de Arthur Elias despacharam a França, dona da casa, vencendo por 1 a 0. Agora, passaram pela Espanha.

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Brasil faz 4 a 2 na Espanha e avança à final olímpica após 16 anos

Decisão contra os Estados Unidos será no próximo sábado (10), às 12h (de Brasília)

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Kerolin salta após marcar o 4º gol do Brasil na vitória sobre a Espanha

Kerolin salta após marcar o 4º gol do Brasil na vitória sobre a Espanha (Rafael Ribeiro/CBF)

O Brasil não tomou conhecimento da Espanha, atual campeã mundial, goleou por 4 a 2, nesta terça-feira (6), se classificou para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024 e manteve vivo o sonho do ouro inédito.

Gabi Portilho foi o nome do jogo. A atacante foi às redes e ainda deu uma assistência para Adriana marcar o terceiro gol brasileiro. Paredes (contra), Kerolin e Paralluelo (duas vezes) marcaram os outros tentos da partida.

O Brasil não contou com Marta. A camisa 10 da seleção recebeu dois jogos de suspensão por causa da expulsão justamente contra a Espanha, na última rodada da fase de grupos - ela cumpriu o primeiro contra a França, nas quartas de final.

A CBF chegou a apelar ao CAS (Justiça Esportiva) pela retirada da punição do segundo duelo, mas o pedido não foi aceito. A atleta acompanhou ao jogo diretamente das tribunas do Vélodrome.

O Brasil volta à final olímpica no futebol feminino após 16 anos. Em Pequim-2008, a seleção foi derrotada pelos EUA por 1 a 0. Quatro anos antes, em Atenas-2004, a equipe também foi derrotada pelas americanas na decisão. Marta esteve presente em ambos os jogos.

Os Estados Unidos, inclusive, serão os adversários da final em Paris. As duas seleções se enfrentam no próximo sábado (10), às 12h (de Brasília). Espanha e Alemanha disputam a medalha de bronze na sexta-feira (9), a partir das 10h.

A final marcará a despedida de Marta das Olimpíadas após seis participações. A atacante, que tem 38 anos, afirmou, no começo do ano, que não representará mais a seleção brasileira após 2024.

COMO FOI O JOGO
Sob os olhares de Marta, o Brasil fez o primeiro tempo dos sonhos. Com a camisa 10 nas tribunas, seleção brasileira, primeiro, contou com a sorte em uma trapalhada da goleira Cata Coll na saída de bola para abrir o placar ainda nos primeiros movimentos. Mesmo à frente no placar, as comandadas de Arthur Elias não recuaram e seguiram dando muito trabalho para a equipe adversária, principalmente nas bolas longas.

A seleção empilhou chances perdidas e só conseguiu ampliar o placar já nos acréscimos, com Gabi Portilho. O 2 a 0 ficou barato para as espanholas, que mal conseguiram atacar e só fizeram a goleira Lorena trabalhar em um chute de fora da área e nas saídas após cruzamentos de escanteio.

O Brasil seguiu jogando bem, passou apuros no fim do jogo, mas goleou. O Brasil continuou seguro até a reta final do jogo, teve chances claras de ampliar o placar, mas só chegou ao terceiro gol na metade final do segundo tempo. Após o 3 a 0, a seleção relaxou um pouco e viu uma blitz espanhola após Paralluelo diminuir o placar.

Lorena foi fundamental com, pelo menos, duas defesas, e assegurou que as adversárias não encostassem no placar. As defesas foram "recompensadas" quando Kerolin, após novo erro espanhol e sacramentou a goleada. Ainda deu tempo para Paralluelo, novamente, diminuir o placar.

FICHA TÉCNICA BRASIL 4 X 2 ESPANHA

BRASIL: Lorena; Lauren (Kerolin), Tarciane, Thaís e Yasmim; Yaya, Angelina (Duda Sampaio) e Ludmila (Adriana); Gabi Portilho, Jheniffer (Ana Vitória) e Priscila (Gabi Nunes). Técnico: Arthur Elias

ESPANHA: Cata Coll; Batlle, Paredes (Laia López), Codina e Carmona (Hernández); Teresa Abelleira (Guijarro), Bonmati e Hermoso; Caldentey, Navarro (Del Castillo) e Paralluelo. Técnico: Montserrat Tomé

Estádio: Stade Vélodrome, em Marselha, na França

Juíza: Rebecca Welsh (ING)
Assistentes: Emily Carney (ING) e Franca Overtoom (HOL)
VAR: Jérome Brisard (FRA)

Cartões amarelos: Teresa Abelleira, Cata Coll (ESP), Gabi Portilho (BRA)

Gols: Paredes (contra, 5'/1°T), Gabi Portilho (48'/1°T), Adriana (27'/2°T), Paralluelo (39'/2°T), Kerolin (45'/2°T), Paralluelo (56/2°T)