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Final da Superliga B coloca vôlei goiano no holofote

Goiás Vôlei e Neurologia Ativa buscam título inédito em jogo único no Goiânia Arena

Modificado em 17/09/2024, 16:23

Léo Alexander, ponteiro da Neurologia Ativa, em jogo pela semifinal da Superliga B

Léo Alexander, ponteiro da Neurologia Ativa, em jogo pela semifinal da Superliga B
 (@fitacrepe)

O vôlei goiano viverá na noite desta quarta-feira (23) um momento único e especial. Saneago/Goiás Vôlei e Neurologia Ativa, dois clubes goianienses, disputam, em jogo único, quem ficará com o inédito título da Superliga B masculina. A partida decisiva será no ginásio Goiânia Arena, a partir das 20 horas.

(Confira, no fim do texto, onde assistir e informações de ingressos)

Os lados esmeraldino e azulino não escondem o momento de felicidade por fazerem parte da primeira final de clubes goianos na competição nacional. Motivação e sintonia foram criadas pelas equipes e cresceram ao longo das campanhas dos clubes na Superliga B.

Desde a 1ª rodada da fase de classificação, em janeiro, Goiás Vôlei e Neurologia Ativa quase sempre ocuparam as duas primeiras colocações da tabela. Com o passar dos jogos, representantes das equipes viram que seria possível que as duas conquistassem o principal objetivo, que era o acesso. Deu certo com a classificação do time esmeraldino sobre o Brasília Vôlei e do avanço azulino após superar a Rede Cuca-CE. Agora, resta saber quem ficará com a taça.

"O Estado e a cidade têm que entender que este feito é único e entrará para história do esporte. Não foi fácil chegar até aqui. Nós trabalhamos muito e superamos inúmeras dificuldades para viver este momento", comentou o técnico da Neurologia Ativa, Derivaldo Mota.

Uma curiosidade que conecta as equipes é que elas surgiram entre 2018 e 2019. Parcerias foram criadas e desfeitas ao longo dos anos, e conquistas passaram a surgir nas trajetórias de Goiás Vôlei e Neurologia Ativa.

A equipe esmeraldina se tornou, na temporada 2021/22, o primeiro clube goiano a disputar a Superliga A. Na época, a vaga pertencia ao JF Vôlei-MG, que desistiu de competir na elite. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) convidou o extinto Anápolis Vôlei, que teve projeto transferido para Goiânia com parceria com o Goiás.

O clube foi rebaixado na ocasião e, agora, poderá retornar À elite em 2024/25. "Os meninos se entregaram e evoluíram muito durante a trajetória. Lembro do começo da temporada, todo mundo magro, não conseguia atacar forte e hoje sobem e arrebentam a bola. Foi uma evolução como grupo em nove meses, com muito crescimento técnico. Isso refletiu em quadra para suportar jogos pesados", comentou o ponteiro e destaque do Goiás Vôlei, Henrique Batagim.

No mesmo ano em que o Goiás Vôlei jogava na elite pela primeira vez, a Neurologia Ativa conquistava o título da Superliga C. Na temporada seguinte, o clube bateu na trave do acesso (foi semifinalista) e agora estará entre os 12 melhores do vôlei nacional pela primeira vez.

Representantes das equipes goianas esperam jogo equilibrado. Na fase de classificação, o Goiás Vôlei venceu a Neurologia por 3 sets a 1.

"O equilíbrio será mantido, pois os times estão em alto nível de desempenho e chegaram onde chegaram por méritos. Procuramos estudar cuidadosamente o jogo do Goiás, identificar pontos fracos e encontrar maneiras de explorá-los", avisou o técnico Derivado Mota.

"Vamos manter nossa mentalidade forte e determinada, acreditando na nossa capacidade de vencer e manter o foco. Vamos minimizar os erros e aproveitar as oportunidades que surgirem. Temos que estar preparados para fazer ajustes táticos conforme necessário. Com coesão e comunicação entre os nossos jogadores e procurando trabalhar juntos, alcançaremos o objetivo comum de conquistar o título", completou o treinador da Neurologia Ativa.

O mando de quadra é do Goiás Vôlei, que é o detentor da melhor campanha da Superliga B com 13 vitórias e uma derrota, contando as fases de classificação e eliminatórias. A Neurologia aparece na sequência com 11 vitórias e duas derrotas.

Por ter mando de quadra, o Goiás Vôlei terá maior presença de ingressos. São 10.289 lugares disponíveis no Goiânia Arena, sendo 80% dos bilhetes destinados para a torcida esmeraldina e o restante, 20%, para a Neurologia Ativa.

"Chegou um momento na temporada que nós percebemos que estávamos falando a mesma língua na quadra. O entrosamento passou a ser no olhar. Construímos uma confiança que foi primordial para a gente. Essa sintonia também ocorreu com a torcida. Até ouso falar que o entrosamento entre nós tem parte dos torcedores, eles nos passam muita energia", contou o central do Goiás Vôlei, Rômulo.

Goiás Vôlei ou Neurologia Ativa se juntará ao Montecristo como equipe campeã da Superliga B pelo Estado de Goiás. O extinto clube foi campeão nacional em 2013, mas, por causa de apoio financeiro, levou o projeto para Minas Gerais e não disputou a Superliga A por Goiás.

Em 1973, times goianos decidiram outro torneio nacional, mas no basquete

Goiás Vôlei e Neurologia Ativa fazem final inédita na Superliga B, mas não são os primeiros representantes do Estado que disputam, entre eles, uma decisão nacional. Em 1973, os times de basquete do Vila Nova e Jaó decidiram o Torneio Ivan Raposo. O time colorado venceu o jogo único na final por 87 a 62 e ficou com o título.

A histórica partida foi disputada no dia 15 de setembro de 1973, no lendário ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

O Vila Nova começou "a partida jogando na base do abafa e o Jaó tinha velocidade". Aos poucos, o time colorado cresceu no duelo e administrou a decisão. "Fausto (Giannecchini, ex-armador) se transformou no grande homem da partida", registrou a reportagem.

O Vila Nova criou o projeto de basquete em 1972, mas só no ano seguinte teve suas primeiras conquistas. Além do Torneio Ivan Raposo, o Tigre foi campeão goiano, após bater o Goiânia por 112 a 20.

Ainda em 1973, o time colorado ganhou a Taça Brasil, que na época era equivalente ao Campeonato Brasileiro. O Vila Nova superou os paulistas do Trianon por 59 a 55. A equipe ainda participou do Sul-Americano (sem inscritos, clube foi declarado campeão) e foi 3º lugar no Mundial antes do fim do projeto, já em 1974.

INGRESSOS E ONDE ASSISTIR

Final - Superliga B
Jogo: Goiás Vôlei x Neurologia Ativa
Local: Goiânia Arena
Horário: 20 horas
Onde assistir: Sportv 2

Ingressos
Cadeira Verde: esgotados
Cadeira Azul Goiás: 40 reais (meias estão esgotadas)
Arquibancada Goiás e Neurologia Ativa: 30 reais (inteira) e 15 reais (meia)
Cadeira Azul Neurologia Ativa: 40 reais (inteira) e 20 reais (meia)
Meia: camisa do Goiás ou da Neurologia, camisa azul e para torcedores que doarem 1kg de alimento não perecível
Bilheteria no ginásio: a partir de 18 horas
Venda on-line: ingresso.goiasec.com.br

Léo Alexander, ponteiro da Neurologia Ativa, em jogo pela semifinal da Superliga B

Léo Alexander, ponteiro da Neurologia Ativa, em jogo pela semifinal da Superliga B
 (@fitacrepe)

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Ex-deputado é condenado a 30 anos de prisão e terá que pagar R$ 600 mil por tentar matar ex-mulher e o namorado dela

Uma das vítimas sofreu lesões graves em órgãos vitais e vive com limitações. Crime aconteceu em Augustinópolis e ainda cabe recurso da decisão

Modificado em 21/03/2025, 18:07

Fórum da Comarca de Augustinópolis

Fórum da Comarca de Augustinópolis (Divulgação/Cecom-TJTO)

O ex-deputado Antônio Alexandre Filho, de 71 anos, foi condenado a mais de 30 anos de prisão por tentar matar a facadas sua ex-companheira o então namorado dela. Além disso, também deverá indenizar os dois em R$ 600 mil. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O caso foi a júri popular nesta terça-feira (18), mais de 14 anos após o crime. Os jurados decidiram que os crimes ocorreram por motivo fútil e com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

A sentença é assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, e ainda cabe recurso. A defesa do réu informou que vai buscar a anulação do julgamento, pois "a decisão dos jurados foi manifestadamente contraria à prova dos autos" (veja nota completa abaixo) .

As tentativas de homicídio aconteceram em um bar da Praça Augusto Cayres, no centro de Augustinópolis, no norte do estado, em setembro de 2010. De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes aconteceram porque o réu não aceitava o fim do relacionamento e nem que a mulher se relacionasse com outras pessoas.

Segundo o processo, o casal estava sentado no bar, quando Antônio Alexandre chegou e os esfaqueou. As duas vítimas sobreviveram após passarem por tratamento hospitalar.

Após fixar as penas de reclusão, o juiz ainda estabeleceu a indenização de R$ 100 mil para a mulher. Conforme a sentença, o réu não prestou assistência financeira para a vítima, que precisou mudar de estado e transferir sua faculdade.

O então companheiro da mulher deverá receber uma indenização de R$ 500 mil. O juiz cita que ele ficou mais de três meses em coma induzido em um hospital e vive com limitações pelas lesões em órgãos vitais, sem que o réu jamais o tenha procurado para verificar qualquer necessidade financeira.

Ao determinar o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena, o juiz citou o Tema 1068, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a imediata execução da condenação imposta pelos jurados, para decretar a prisão do acusado.

Antônio Alexandre Filho foi deputado estadual entre 1991 e 1994 e exerceu mandato como vereador em Augustinópolis de 2001 a 2004.

Íntegra da defesa de Antônio Alexandre Filho

Vem esclarecer a parte, Antônio Alexandre Filho, irresignado com a sentença que o condenou, pela prática delitiva do art. 121, § 2º, inc. I e IV c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, tentativa de homicídio por motivo Fútil, fixando-lhe pena de 30 anos e 11 meses de reclusão, em cujas razões pretende a anulação do julgamento ao argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em pleitos subsidiários, bate pela ausência da qualificadora de motivo fútil, bem como a desclassificação para o crime de lesão corporal e desistência voluntária.

No âmbito da dosimetria da pena requer a exclusão da valoração desfavorável da culpabilidade e a aplicação da atenuante de confissão.

Advogado Ubirajara Cardoso Vieira

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Homem é condenado a 78 anos de prisão por torturar e assassinar jovens no sul do Tocantins

Homicídios foram registrados em setembro de 2023 durante disputa entre facções. Vítimas foram encontradas dentro de uma casa, amordaçadas e amarradas.

Fórum de gurupi (TJ/Reprodução)

Fórum de gurupi (TJ/Reprodução)

Fabricio Kenner Pereira dos Santos foi condenado a mais de 78 anos de prisão pelos crimes de tortura e homicídios. Segundo a Justiça, ele teria praticado os crimes em razão de disputa de poder entre as organizações criminosas.

A decisão foi assinada pelo juiz de direito Jossanner Nery Nogueira Luna, que presidiu o Tribunal do Júri na comarca de Gurupi. Segundo o documento, Fabricio foi condenado pelos homicídios e tortura de Eduardo Correia Lima, de 19 anos, e Marcelo Santos Silva, de 16 anos.

A advogada Ludmila Borges Soares, que representa Fabricio Kenner, disse que ele reconheceu a participação nos homicídios, assumindo a responsabilidade pelos atos. No entanto, negou a prática dos crimes de tortura e de participação em organização criminosa que, no entendimento da defesa, não encontram respaldo nos autos. A defesa informou que recorreu da sentença. (Veja a íntegra completa no fim da reportagem)

Os crimes aconteceram no dia 15 de setembro de 2023. Conforme a sentença, Fabrício Kenner foi sentenciado a uma pena de 78 anos e oito meses de reclusão e ao pagamento de dias-multas de 35 anos. O juiz também determinou ao réu pagar uma indenização de R$ 100 mil às famílias de Eduardo e Marcelo, pelos danos morais.

O julgamento aconteceu na tarde desta segunda-feira (17), na comarca de Gurupi. Fabricio Kenner irá responder em regime fechado na Unidade Penal de Gurupi, onde está preso desde o dia 21 de setembro de 2023.

Torturados e mortos

O corpos foram encontrados na tarde desta sexta-feira (15) (Divulgação/ Polícia Civil)

O corpos foram encontrados na tarde desta sexta-feira (15) (Divulgação/ Polícia Civil)

Eduardo Correia Lima, de 19 anos, e Marcelo Santos Silva, de 16, foram encontrados mortos dentro de uma casa em Gurupi, após os dois terem fugido do Centro de Internação Provisória do município.

Na época, PM disse que realizava um patrulhamento pelo setor Bela Vista, quando foi informada de que integrantes de uma facção criminosa haviam saído correndo de uma casa. A suspeita era de que havia alguém ferido ou morto na residência, frequentada por usuários de drogas.

Os policiais foram ao local, chamaram os moradores, mas ninguém respondeu. A equipe entrou na casa e viu que a porta estava aberta. No quarto dos fundos, foram encontrados os dois corpos.

Os corpos de Eduardo e Marcelo estavam amordaçados e amarrados, com ferimentos no tórax e no pescoço.

A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) disse também que dia antes do crime, três adolescentes havia fugido do cumprimento de medida socioeducativa no Centro de Internação Provisória (Ceip-Sul),

Porém, apenas um dos jovens envolvidos na fuga se entregou e os outros dois foram encontrados mortos, pela Polícia Militar.

Prisão

Fabricio Kenner Pereira dos Santos foi preso, suspeito de torturar e matar dois adolescentes que haviam fugido do Centro de Internação Provisória de Gurupi. A Polícia Civil disse que Fabricio filmou as mortes e postou o vídeo na internet.

A prisão foi feita no dia 21 de setembro, pela equipe da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Gurupi), em uma casa no centro da cidade.

Segundo o delegado José Júnior, responsável pelas investigações, outro homem suspeito de participar do crime, já tinha sido preso logo depois do crime.

O delegado ainda afirmou que o motivo seria por causa de uma briga entre facções criminosas.

As investigações indicam que a motivação foi em decorrência da rivalidade entre organizações criminosas, já que as vítimas, que eram de uma facção rival, foram capturadas pelos autores depois de terem se evadido das dependências do CEIP/SUL, onde cumpriam medida socioeducativa de internação".

Íntegra completa da nota da defesa

A defesa de Fabrício Kenner Pereira dos Santos vem a público manifestar seu posicionamento acerca da sentença proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Gurupi/TO, que impôs a ele uma pena de 78 anos e 8 meses de reclusão.

Durante todo o julgamento, Fabrício colaborou de forma respeitosa e transparente, respondendo a todas as perguntas formuladas tanto pelo Ministério Público quanto pelo Juízo, sem se furtar a esclarecer os fatos. No plenário, reconheceu sua participação nos homicídios, assumindo a responsabilidade por seus atos. No entanto, negou veementemente a prática dos crimes de tortura e de participação em organização criminosa, imputações que, no entendimento da defesa, não encontram respaldo nos autos.

A sentença proferida impôs uma pena excessiva e desproporcional, desconsiderando aspectos fundamentais da individualização da pena e impondo um rigor punitivo exacerbado e dissociado da razoabilidade que deve nortear o sistema penal. A defesa entende que a pena aplicada extrapola os limites da proporcionalidade, ultrapassando o necessário para cumprir a função da Justiça, que deve ser pautada pelo equilíbrio entre responsabilização e equidade.

Diante disso, a defesa já manifestou formalmente seu interesse em recorrer, buscando corrigir as distorções na dosimetria da pena e, principalmente, afastar as condenações que não se sustentam diante das provas produzidas no processo.

Reiteramos nossa confiança nas instâncias superiores para que realizem uma análise criteriosa do caso, garantindo que Fabrício seja punido de maneira justa, pelos atos que efetivamente cometeu, sem penalizações exacerbadas ou acréscimos indevidos que comprometam a lisura do julgamento.

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Times goianos terminam ano na zona de rebaixamento da Superliga

Saneago/Goiás Vôlei e a Neurologia Ativa ocupam as duas últimas colocações da competição nacional

Modificado em 23/12/2024, 22:56

Goiás Vôlei foi superado pelo líder Cruzeiro no encerramento do 1º turno da Superliga (Divulgação / CBV)

Goiás Vôlei foi superado pelo líder Cruzeiro no encerramento do 1º turno da Superliga (Divulgação / CBV)

Saneago/Goiás Vôlei e Neurologia Ativa, representantes do vôlei goiano na Superliga masculina, terminaram o 1º turno da competição e vão iniciar o ano de 2025 na zona de rebaixamento (Z2) do torneio nacional. Neste domingo (22), as equipes perderam mais uma vez na elite do vôlei nacional.

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O Goiás Vôlei, que vinha de derrota no confronto direto para o Joinville Vôlei, foi superado pelo líder Sada Cruzeiro. O time mineiro, que é o atual campeão mundial no esporte, venceu a equipe esmeraldina por 3 sets a 0 - as parciais foram de 25-21, 25-22 e 25-21.

Logo depois, a Neurologia Ativa perdeu mais uma vez na Superliga e segue sem vencer após 11 rodadas. O time goiano perdeu para o Praia Clube, que ganhou por 3 sets a 0, com parciais de 25-23, 25-20 e 25-15.

Os resultados deixam as equipes goianas nas duas últimas colocações da Superliga. A Neurologia, que ainda não venceu, é a lanterna com apenas dois pontos. Foram seis sets vencidos pelo time, que tem sete pontos de distância para o São José-SP, primeiro time fora do Z2. O Goiás Vôlei é o 11º colocado, com oito pontos (três triunfos), um ponto atrás da equipe paulista.

Dos dois clubes goianos, a Neurologia Ativa é a que mais encontrou problemas ao longo do 1º turno. A equipe convive com crise financeira, que resultou na saída de cinco jogadores - Johan Marengoni, Rodrigo Telles, o Alemão, Eduardo Wurster, Murilo Sgorlon e Eduardo Diniz -, na demissão do técnico Pedro Moska e na troca na presidência com a saída de Sávio Beniz para Danilo Santos assumir o cargo.

Neurologia Ativa perdeu para o Praia Clube na despedida da temporada de 2024 (Bruno Cunha / Praia Clube)

Neurologia Ativa perdeu para o Praia Clube na despedida da temporada de 2024 (Bruno Cunha / Praia Clube)

Posteriormente, Pedro Moska voltou ao comando da Neurologia Ativa, pouco mais de 20 dias depois de ter sido demitido.

Em comunicado, a Neurologia Ativa informou que fez um pedido de desculpas ao profissional e acertou o retorno do treinador, que assume a equipe no lugar de Derivaldo Mota.

Antes do jogo contra o Praia Clube, no domingo, o treinador, em entrevista ao Sportv, explicou que o acerto ocorreu após pedido do novo presidente Danilo Santos. Pedro Moska comentou que tem uma forte relação com o elenco da Neurologia Ativa e quer que a equipe termine a competição com dignidade.

A mais recente crise foi a suspensão preventiva do central Renan Levandoski, por suspeita de doping. O jogador de 32 anos passou por exame de doping no dia 28 de novembro e o resultado do exame apontou a presença de substância proibida, classificada como "esteróide androgênico anabolizante". Essa substância é utilizada para finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora do desempenho esportivo. O clube organiza a defesa do atleta.

Do lado esmeraldino, o Goiás Vôlei não conviveu com problemas perto dos enfrentados pela Neurologia Ativa, mas também encontra dificuldades para deslanchar na Superliga.

Na análise da comissão técnica e de jogadores, o time goiano tem errado demais durante os jogos, como saques e lapsos em momentos das partidas em que o Goiás Vôlei "desliga" e vê adversários abrirem vantagens.

Em 11 jogos, o Goiás Vôlei venceu em três ocasiões - 3 a 2 diante da Neurologia Ativa (2ª rodada); 3 a 2 sobre o Praia Clube (6ª rodada); e 3 a 0 no São José-SP (8ª rodada). O clube não ganhou partidas consecutivas e perdeu confrontos diretos nas últimas rodadas, resultados que mantêm o time esmeraldino na zona de rebaixamento.

Recesso

Os elencos de Goiás Vôlei e Neurologia Ativa foram liberados para o recesso de final de ano e voltam às atividades após a virada. A partir de janeiro, os clubes terão 11 partidas no 2º turno para buscar a permanência na Superliga.

O próximo compromisso do Goiás será no dia 9 de janeiro de 2025, a partir das 18h30. No ginásio Sesi Vila Canaã, em Goiânia, o clube esmeraldino desafia o Vôlei Renata-SP, que é o 3º colocado da Superliga.

No mesmo dia, a partir das 20 horas, a Neurologia Ativa desafia o Sesi Bauru-SP, no ginásio Rio Vermelho, também em Goiânia. Os dois jogos são válidos pela 12ª rodada.

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Pela primeira vez, goianos se enfrentam na elite da Superliga masculina

Neurologia Ativa e Saneago/Goiás Vôlei fazem o primeiro clássico goiano na principal Divisão do vôlei nacional, neste sábado (2), no Ginásio Rio Vermelho

Modificado em 04/11/2024, 08:48

Rodrigo Telles, o Alemão, durante ataque do Neurologia Ativa contra o Sesi-Bauru

Rodrigo Telles, o Alemão, durante ataque do Neurologia Ativa contra o Sesi-Bauru (Felipe Wiira/Sesi-SP)

Um momento histórico para o vôlei goiano será escrito neste sábado (2), a partir das 11 horas, no tradicional ginásio Rio Vermelho. Pela primeira vez, um clássico goiano será disputado em uma edição da Superliga masculina. Neurologia Ativa e Saneago/Goiás Vôlei reeditam a decisão da Superliga B da última temporada no primeiro encontro entre eles na elite nacional, no encerramento da 2ª rodada.

Palco do duelo, o tradicional ginásio Rio Vermelho é a casa adotada pelo Neurologia para a disputa da edição de estreia do clube na Superliga e já recebeu grandes eventos, como a própria elite do vôlei goiano e jogos do NBB (basquete), além de jogos representativos de futsal e competições nacionais de outras modalidades.

Ingressos estão à venda com valor de 40 reais, inteira, com meia concedida com a doação de 1kg de alimento. O fato do clássico ser o primeiro a ser disputado na elite da Superliga foi levado em consideração pelos clubes ao longo da preparação para o jogo deste sábado.

"Esse clássico traz uma emoção diferente para todos nós. Sabemos que não é só mais um jogo, é história sendo escrita. Para mim e para os jogadores, isso vai além da quadra. É sobre representar Goiás, sobre levar o nosso vôlei ao nível que sempre sonhamos", comentou o técnico da Neurologia Ativa, Pedro Moska.

O clube convive com salários atrasados e optou por não dar entrevistas sobre o tema antes do jogo deste sábado, mas afirma que tem trabalhado para sanar os problemas financeiros e se tornar competitivo na Superliga.

Como o Goiás, a Neurologia Ativa busca reabilitação na competição. Os times goianos perderam na 1ª rodada, ambos fora de casa, e buscam a primeira vitória na Superliga.

"Ao longo da nossa preparação, já sabíamos que o início da competição seria bem difícil, mas o nosso grupo vem trabalhando forte no dia a dia. Vencer o clássico nos trará uma motivação ainda maior para as rodadas seguintes", afirmou o técnico do Goiás Vôlei, Hítalo Machado.

Neurologia Ativa e Goiás Vôlei são os principais clubes do vôlei goiano neste momento. Os clubes reeditam a final da Superliga B, disputada no final de abril, que terminou com título esmeraldino após vitória por 3 sets a 1 na decisão.

"Acredito que será uma partida histórica para o nosso estado. Embora tenhamos nos enfrentado em várias oportunidades na Superliga B, as duas equipes tiveram várias mudanças em seus elencos, mas o fato de ser a primeira partida das duas equipes em Goiânia, e termos nosso torcedor presente, torna ainda mais especial (a partida)", reforçou Hítalo Machado.