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Jogos da Seleção Brasileira Feminina alteram funcionamento de serviços em Goiás; veja quais

Copa do Mundo Feminina de 2023 teve início nesta quinta-feira (20)

Modificado em 19/09/2024, 00:47

Seleção brasileira feminina estreia na Copa do Mundo dia 24 de junho, contra o Panamá

Seleção brasileira feminina estreia na Copa do Mundo dia 24 de junho, contra o Panamá (Thais Magalhães/CBF)

A Copa do Mundo Feminina de 2023, sediada na Austrália e Nova Zelândia, teve início nesta quinta-feira (20). Apesar de o Brasil só estrear na próxima segunda-feira (24), alguns órgãos públicos decretaram ponto facultativo durante as partidas da seleção brasileira.

Em Goiânia, o horário de expediente dos órgãos municipais nos dias úteis em que houver partidas da seleção brasileira foi alterado da seguinte forma: para os dias em que as partidas tiverem início às 8h, o horário de expediente será das 12h às 18h. Quando iniciarem até as 7h30, a jornada de trabalho na começará às 11h.

É importante ressaltar que o decreto destaca que as alterações não se aplicam aos órgãos e entidades da administração pública municipal que exijam plantão permanente, ou seja, os serviços considerados essenciais, como saúde e segurança pública, por exemplo.

A administração pública de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, informou que o expediente terá início às 12h nos dias em que os jogos acontecerem pela manhã. A prefeitura informou, ainda, que um novo decreto pode ser publicado caso a equipe passe para a próxima fase e os horários sejam alterados.

Governo do Estado

O governo de Goiás ainda não informou se seguirá a flexibilização do governo federal quanto à alteração de horários do expediente nos dias em que a seleção brasileira feminina jogar. No ano passado, durante o mundial masculino, o Estado publicou um decreto com alteração no expediente nos dias úteis em que houvesse jogos da Seleção Brasileira de Futebol pela Copa do Mundo Fifa 2022, no Catar.

Legislativo

A Câmara Municipal de Goiânia informou que os servidores terão jornada diferenciada de expediente nos dias de partidas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina da Fifa. Os horários de funcionamento durante a competição foram estabelecidos em portaria assinada nesta quarta-feira (19/7) pelo presidente do Legislativo, vereador Romário Policarpo (Patriota).

Dessa forma, nos dias de jogos da Seleção Brasileira com previsão de início às 8h, o expediente terá início ao meio-dia, com encerramento às 18 horas. Quando as partidas começarem às 7h30, o horário de funcionamento da Câmara Municipal será das 11 horas às 18 horas. A portaria observa que as áreas administrativas do Legislativo que prestam serviços essenciais funcionarão com os servidores em regime de plantão.

Judiciário

O Tribunal de Justiça de Goiás informou que não haverá alteração no horário de trabalho durante as partidas da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina.

Tribunal Regional do Trabalho

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiás alterou seu horário de funcionamento durante os dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2023, por meio de portaria assinada pelo presidente do TRT-18, desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento.

O TRT ressalta que essa é uma iniciativa inédita, já que, até então, o ponto facultativo era adotado apenas nos mundiais masculinos.

O expediente funcionará da seguinte forma:

I -- das 12h às 19h, no dia 24 de julho de 2023, quando a partida Brasil x Panamá tem início às 8 horas;
II -- das 11h às 18h no dia 2 de agosto de 2023, quando a partida Jamaica x Brasil tem início às 7 horas.

A portaria também recomenda que as audiências designadas para os dias de jogos sejam remanejadas para o próximo dia útil possível, "observadas a conveniência e as respectivas pautas das Varas do Trabalho", e mediante intimação das partes. Os prazos processuais que se iniciarem ou terminarem em dias de jogos ficarão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, conforme a portaria.

Ministério Público

Já o Ministério Público de Goiás explicou que não há necessidade de ponto facultativo, pois os horários dos jogos nesta primeira fase não coincidem com o horário de funcionamento da instituição, que é das 12h às 19 h.

Datas e horários dos jogos

24 de julho: Brasil x Panamá - 8h

29 de julho: França x Brasil - 7h

2 de agosto: Jamaica x Brasil - 7h

Portaria federal

O Ministério da Gestão e Inovação anunciou a publicação de uma portaria para permitir a adoção de ponto facultativo para servidores públicos federais nos dias de jogos da Seleção Brasileira Feminina de futebol durante a Copa do Mundo. A estreia da seleção brasileira feminina ocorre no próximo dia 24, contra o Panamá.

Com a flexibilização, os servidores poderão se ausentar do trabalho para assistir aos jogos, como já acontece na Copa do Mundo masculina de futebol. Conforme a portaria, nos dias que os jogos começarem até 7h30, o expediente terá início às 11h; e nos dias de jogos iniciados às 8h, o expediente começará ao meio-dia.

A decisão de autorizar o ponto facultativo partiu de um pedido da ministra do Esporte, Ana Moser, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão é que a portaria seja publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (18).

Geral

Prefeitura de Palmas anuncia ponto facultativo de fim de ano e servidores terão dez dias de descanso

Prefeita Cinthia Ribeiro fez o anúncio do ponto facultativo de quatro dias nas redes sociais. Folga será nos dias 23, 24, 30 e 31 de dezembro, além do fim de semana e feriados de Natal e Ano Novo.

Modificado em 16/12/2024, 17:01

Prédio da Prefeitura de Palmas

Prédio da Prefeitura de Palmas (Djavan Barbosa)

Os servidores municipais de Palmas vão ter dez dias de descanso festas de fim de ano. Isso porque a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) anunciou ponto facultativo nas datas que antecedem Natal e Ano Novo.

Não haverá expediente nas repartições públicas nos dias 23, 24, 30 e 31 de dezembro. O anúncio foi feito pelas redes sociais da gestora, nesta segunda-feira (16). Juntando com o fim de semana e os feriados do dia 25 e 1º e janeiro, a folga totaliza os dez dias.

O governo do Tocantins determinou a mesma medida para os servidores estaduais. O ponto facultativo no Tocantins para o mesmo período foi decretado no dia 13 de dezembro.

Mas, assim como no estado, o decreto do município não se aplica aos serviços essenciais, como de saúde, segurança e que atuam em caráter de plantão.

Transporte público

Com relação ao transporte público, a prefeitura informou que a Agência de Transporte Coletivo de Palmas (ATCP) vai garantir a gratuidade da passagem somente nos feriados do dia 25 (Natal) e no dia 1º de janeiro (Ano Novo).

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Seleção feminina de futebol terá nova chance de revanche contra os Estados Unidos

Brasil passa pela Espanha com show de bola e vai enfrentar Estados Unidos na decisão olímpica do futebol feminino

Modificado em 17/09/2024, 17:22

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico
 (Gaspar Nóbrega/COB)

Pela terceira vez na história, Brasil e Estados Unidos vão se enfrentar na decisão do torneio olímpico de futebol feminino. Em Paris, as brasileiras terão uma nova chance de revanche, já que as americanas estão em vantagem: elas venceram as finais nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.

A possível vingança das brasileiras teria um sabor especial para Marta, de 38 anos, única jogadora do atual plantel canarinho que disputou as duas finais anteriores.

Em sua possível despedida da seleção brasileira, a jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo busca o que seria seu primeiro título no maior palco do esporte. Além das duas medalhas de prata, ela também foi vice-campeã mundial em 2007, numa campanha em que o Brasil eliminou os EUA na semifinal, e acabou derrotado na decisão pela Alemanha.

Marta torceu muito por essa classificação, afinal só assim para ela ter a chance de se despedir em grande estilo já que ela acabou expulsa na última partida da fase de grupos, justamente contra a Espanha, e não pôde atuar contra França e Espanha, respectivamente, pelas quarta de final e pela semifinal.

Há 20 anos, na primeira vez em que brasileiras e americanas duelaram na final olímpica, o Brasil perdeu por 2 a 1. Quatro anos depois, a derrota foi pelo placar mínimo, 1 a 0.

Só de avançar à final, contudo, a equipe canarinho conseguiu manter uma escrita neste século. Desde os Jogos de Atenas-2004, o futebol sempre voltou para casa com, pelo menos, uma medalha: Atenas-2004 (prata no feminino), Pequim-2008 (prata no feminino e bronze no masculino), Londres-2012 (prata no masculino), Rio-2016 (ouro no masculino) e Tóquio-2020 (ouro no masculino).

Jogadoras

As jogadoras da seleção brasileira exaltaram a força do elenco montado por Arthur Elias após conquistarem a vaga para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024. O Brasil goleou a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6), e voltou à decisão após 16 anos.

Angelina afirmou que o grupo "fez acontecer". A meio-campista parabenizou o restante da equipe e destacou a confiança que o time adquiriu após se classificar contra a França nas quartas de final.

Duda Sampaio destacou o "desafio" que veio desde a primeira fase complicada. A jogadora do Corinthians afirmou que, mesmo diante dos desafios, o elenco sempre acreditou que poderia chegar à final.

Tarciane também citou a importância da fase de grupos complicada. A zagueira falou sobre a imposição do Brasil contra França e Espanha no mata-mata.

Como foi a semi

O Brasil não tomou conhecimento e atropelou a Espanha por 4 a 2, na semifinal. Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin marcaram os gols brasileiros. Paralluelo (duas vezes) descontou para as espanholas.

Marta, suspensa, não jogou. A jogadora cumpriu o segundo jogo de suspensão após a expulsão contra a mesma Espanha, na fase de grupos. Ela já não havia jogado contra a França, nas quartas de final.

O Brasil passou da fase de grupos como um dos melhores terceiros colocados. A seleção venceu a Nigéria, mas perdeu para Japão e Espanha nos outros dois jogos. Nas quartas de final, as comandadas de Arthur Elias despacharam a França, dona da casa, vencendo por 1 a 0. Agora, passaram pela Espanha.

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Brasil faz 4 a 2 na Espanha e avança à final olímpica após 16 anos

Decisão contra os Estados Unidos será no próximo sábado (10), às 12h (de Brasília)

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Kerolin salta após marcar o 4º gol do Brasil na vitória sobre a Espanha

Kerolin salta após marcar o 4º gol do Brasil na vitória sobre a Espanha (Rafael Ribeiro/CBF)

O Brasil não tomou conhecimento da Espanha, atual campeã mundial, goleou por 4 a 2, nesta terça-feira (6), se classificou para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024 e manteve vivo o sonho do ouro inédito.

Gabi Portilho foi o nome do jogo. A atacante foi às redes e ainda deu uma assistência para Adriana marcar o terceiro gol brasileiro. Paredes (contra), Kerolin e Paralluelo (duas vezes) marcaram os outros tentos da partida.

O Brasil não contou com Marta. A camisa 10 da seleção recebeu dois jogos de suspensão por causa da expulsão justamente contra a Espanha, na última rodada da fase de grupos - ela cumpriu o primeiro contra a França, nas quartas de final.

A CBF chegou a apelar ao CAS (Justiça Esportiva) pela retirada da punição do segundo duelo, mas o pedido não foi aceito. A atleta acompanhou ao jogo diretamente das tribunas do Vélodrome.

O Brasil volta à final olímpica no futebol feminino após 16 anos. Em Pequim-2008, a seleção foi derrotada pelos EUA por 1 a 0. Quatro anos antes, em Atenas-2004, a equipe também foi derrotada pelas americanas na decisão. Marta esteve presente em ambos os jogos.

Os Estados Unidos, inclusive, serão os adversários da final em Paris. As duas seleções se enfrentam no próximo sábado (10), às 12h (de Brasília). Espanha e Alemanha disputam a medalha de bronze na sexta-feira (9), a partir das 10h.

A final marcará a despedida de Marta das Olimpíadas após seis participações. A atacante, que tem 38 anos, afirmou, no começo do ano, que não representará mais a seleção brasileira após 2024.

COMO FOI O JOGO
Sob os olhares de Marta, o Brasil fez o primeiro tempo dos sonhos. Com a camisa 10 nas tribunas, seleção brasileira, primeiro, contou com a sorte em uma trapalhada da goleira Cata Coll na saída de bola para abrir o placar ainda nos primeiros movimentos. Mesmo à frente no placar, as comandadas de Arthur Elias não recuaram e seguiram dando muito trabalho para a equipe adversária, principalmente nas bolas longas.

A seleção empilhou chances perdidas e só conseguiu ampliar o placar já nos acréscimos, com Gabi Portilho. O 2 a 0 ficou barato para as espanholas, que mal conseguiram atacar e só fizeram a goleira Lorena trabalhar em um chute de fora da área e nas saídas após cruzamentos de escanteio.

O Brasil seguiu jogando bem, passou apuros no fim do jogo, mas goleou. O Brasil continuou seguro até a reta final do jogo, teve chances claras de ampliar o placar, mas só chegou ao terceiro gol na metade final do segundo tempo. Após o 3 a 0, a seleção relaxou um pouco e viu uma blitz espanhola após Paralluelo diminuir o placar.

Lorena foi fundamental com, pelo menos, duas defesas, e assegurou que as adversárias não encostassem no placar. As defesas foram "recompensadas" quando Kerolin, após novo erro espanhol e sacramentou a goleada. Ainda deu tempo para Paralluelo, novamente, diminuir o placar.

FICHA TÉCNICA BRASIL 4 X 2 ESPANHA

BRASIL: Lorena; Lauren (Kerolin), Tarciane, Thaís e Yasmim; Yaya, Angelina (Duda Sampaio) e Ludmila (Adriana); Gabi Portilho, Jheniffer (Ana Vitória) e Priscila (Gabi Nunes). Técnico: Arthur Elias

ESPANHA: Cata Coll; Batlle, Paredes (Laia López), Codina e Carmona (Hernández); Teresa Abelleira (Guijarro), Bonmati e Hermoso; Caldentey, Navarro (Del Castillo) e Paralluelo. Técnico: Montserrat Tomé

Estádio: Stade Vélodrome, em Marselha, na França

Juíza: Rebecca Welsh (ING)
Assistentes: Emily Carney (ING) e Franca Overtoom (HOL)
VAR: Jérome Brisard (FRA)

Cartões amarelos: Teresa Abelleira, Cata Coll (ESP), Gabi Portilho (BRA)

Gols: Paredes (contra, 5'/1°T), Gabi Portilho (48'/1°T), Adriana (27'/2°T), Paralluelo (39'/2°T), Kerolin (45'/2°T), Paralluelo (56/2°T)

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Após Brasil ser escolhido sede da Copa Feminina, dirigentes e técnicos cobram investimento em Goiás

Brasil receberá Mundial feminino de 2027 e serão dez cidades-sedes

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Christiane Guimarães, técnica do Aliança, comanda treino da equipe

Christiane Guimarães, técnica do Aliança, comanda treino da equipe (Wildes Barbosa)

++LUIZ FELIPE MENDES++

Após a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, pessoas ligadas ao futebol feminino em Goiás acreditam que o evento pode ajudar a fomentar a modalidade no País e no estado, mas há também ceticismo em relação ao apoio que pode surgir no cenário goiano, que ainda não encarou realidade consistente de apoio em termos de investimentos, planejamento, competições e formação de jogadoras.

Como na versão masculina da Copa do Mundo, sediada pelo Brasil pela segunda vez em 2014, o estado de Goiás não sediará partidas válidas pela competição. Na candidatura para o Mundial de 2014, houve trabalho para que a capital goiana fosse considerada, mas a cidade acabou não contemplada. Desta vez, não houve tentativa.

Presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), Ronei Freitas conta que a candidatura da CBF foi "muito em cima da hora" e, por isso, não houve viabilização de uma possível indicação de Goiás como uma das sedes. Além disso, a proximidade com Brasília é um dos fatores que tende a "atrapalhar" esse processo, segundo o dirigente.

Gestora do Aliança, clube mais vencedor do Goiano Feminino, Patrícia Menezes opina que há a expectativa de que a escolha do Brasil como sede faça com que as pessoas olhem mais para o futebol feminino, incluindo Goiás. Contudo, a dirigente demonstra preocupação.

"Acho que o Brasil não está preparado. Vemos tantos comentários machistas em relação ao futebol feminino, até dos nossos próprios dirigentes do esporte goiano. Eles têm uma postura muito polêmica de falar que mulher não sabe jogar, é muito ruim de se assistir, então as pessoas ainda têm esse preconceito. Enquanto houver, no Brasil, esse tipo de comentário, acho que não devia ter Copa do Mundo aqui, não", comentou.

A técnica do Aliança, Christiane Guimarães, vê o evento como oportunidade. "Acredito que seria uma grande oportunidade de realmente valorizar o futebol feminino no aspecto de produto a ser vendido, tendo em vista que muitos clubes ainda só desenvolvem devido à obrigatoriedade da CBF", analisou a treinadora do Aliança.

O técnico do Vila Nova/Universo, Robson Freitas, possui uma visão dividida em relação ao assunto. Em Goiás, ele afirma que o crescimento da modalidade ainda está longe. Para o treinador, o evento é chance de avançar, mas o desempenho da seleção pode trazer risco.

"Isso significa um marco importante. Entendemos que, pela Copa do Mundo ser no Brasil, algumas políticas voltadas para o apoio ao futebol feminino, de forma geral, devem surgir. É uma modalidade em constante crescimento, então (a Copa) vem para agregar muito em relação a visibilidade, mídia espontânea. Mas tem a probabilidade de, se a seleção não for bem, criar uma imagem negativa do futebol feminino e causar um retrocesso", avaliou.

Nélio Martins, técnico do Vasco de Itaberaí, falou que a Copa no Brasil vai ser uma chance para o futebol feminino ser mais valorizado em Goiás. Diana Camargos, presidente do River Trindade, acredita que a modalidade está crescendo, mas com um longo caminho pela frente.

"Com toda certeza, a Copa Feminina é um incentivo a mais, isso a gente não pode negar. Mas o que falta dentro do estado de Goiás para o futebol feminino crescer mais um pouco é mais oportunidade, visibilidade, incentivo. Sendo visto, será valorizado. Se eu invisto mais em uma categoria, ela vai ser vista", diz a dirigente.

Competições

Atualmente, o calendário da FGF para o futebol feminino tem apenas o Campeonato Goiano adulto. Na edição do ano passado, foram seis times participantes: Aliança, Vila Nova, Flugoiânia, Vasco de Itaberaí, Trindade e Abecat Ouvidorense.

Ronei Freitas afirma que a entidade pretende aumentar o calendário do futebol feminino goiano, através de projetos no segundo semestre deste ano. Em geral, esses projetos são de incentivos, tais como isenção de taxas de inscrição de atletas, filiação de clubes amadores e taxas de arbitragem, fornecimento de materiais esportivos e bolas.

"Nós estamos precisando muito ter essa valorização do futebol feminino. Eu, particularmente, gosto muito e estou com alguns projetos para serem desenvolvidos, para ver se damos uma alavancada. Acho que essa luta e conquista da CBF vai valorizar muito o futebol feminino em Goiás e, principalmente no Brasil, vai fortalecer muito", declarou o dirigente, sem detalhar os projetos para o segundo semestre.

Ronei Freitas ainda emenda que a falta de procura de clubes limita o número de competições de futebol feminino em Goiás, mas afirma que os incentivos podem ajudar para a criação de torneios de base no futuro.