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Léo Batista noticiou morte de Senna e suicídio de Getúlio Vargas

Ao longo de sua carreira, Léo foi responsável por comunicar inúmeras notícias aos brasileiros

Folhapress

Léo Batista morre aos 92 anos

Léo Batista morre aos 92 anos (Divulgação / Globo)

O jornalista esportivo João Batista Belinaso Neto, o Léo Batista, morreu neste doming o, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Com mais de 70 de carreira, o comunicador foi responsável por noticiar a milhões de brasileiros o suicídio do presidente Getúlio Vargas, na rádio Globo, e a morte de Ayrton Senna na TV Globo.

Ele estava internado em estado grave após complicações de um tumor no pâncreas. O jornalista foi em 6 de janeiro ao hospital em decorrência de "um quadro de desidratação e dor abdominal". Após a realização de exames, foi diagnosticado um tumor no pâncreas.

Voz marcante em notícias marcantes

Ao longo de sua carreira, Léo foi responsável por comunicar inúmeras notícias aos brasileiros. Ele comunicou em primeira mão tanto o suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954, na Rádio Globo, como a morte do piloto Ayrton Senna na TV Globo, em 1994, pouco depois do acidente em Ímola, na Itália.

Na época eu fazia o 'Globo no Ar', na Rádio Globo. Fui o primeiro locutor a dar essa notícia [do suicídio do Vargas]. Tinha acabado de fazer a primeira edição do programa, que terminou às 7h da manhã. Desci para tomar um café quando o nosso repórter que estava no Palácio do Catete veio com a notícia. Léo Batista, ao UOL, em 2020

Seu início na TV Globo foi em 1970, participando como freelancer da cobertura da Copa do Mundo de futebol. No ano seguinte, Léo Batista integrou a equipe de apresentadores do então recém-criado "Jornal Hoje".

Léo Batista acompanhou de perto a concepção de toda a programação esportiva da TV Globo, sendo uma das vozes mais marcantes do "Esporte Espetacular", do "Globo Esporte" e dos "Gols do Fantástico". Décadas depois, os programas e quadros seguem sendo um sucesso da TV.

Posso dizer que, em matéria de jornalismo esportivo, eu fiz de tudo na TV Globo. Alguma contribuição eu deixei pelo caminho. Uma vez, ouvi de uma menina de rua uma frase marcante: 'Só morre de verdade quem nunca mais é lembrado'. Fico orgulhoso e contente pela sementinha plantada. Léo Batista, ao UOL, em 2020

Rádio

Léo Batista nasceu em Cordeirópolis (160 km de São Paulo) em 22 de julho de 1932.

Ele começou no jornalismo atuando como locutor esportivo em rádios no interior de São Paulo e, em 1952, se mudou para o Rio de Janeiro, onde iniciou a carreira na Rádio Globo.

Geral

Walfredo Antunes: Arquiteto que morreu durante tratamento contra câncer planejou Palmas usando conceitos da antiguidade

Walfredo Antunes morreu na sexta-feira (14), em Goiânia (GO). O arquiteto morava em Palmas, onde atuou na prefeitura e foi professor durante 20 anos na Universidade Federal do Tocantins; ele deixa duas filhas

Modificado em 15/03/2025, 13:25

Arquiteto e urbanista, Walfredo Antunes

Arquiteto e urbanista, Walfredo Antunes (Edu Fortes)

Walfredo Antunes de Oliveira Filho foi uma das grandes personalidades que atuaram na criação de Palmas, utilizando conceitos aplicados na antiguidade. O arquiteto morreu aos 76 anos após passar algumas semanas internado em um hospital em Goiânia (GO) , onde tratava um câncer no pâncreas. Em conversa com o g1, a irmã Glacy Antunes de Oliveira relembrou das muitas qualidades do urbanista.

Pai amoroso, irmão encantador, inteligência privilegiada, personalidade multifacetada, amigo dos amigos, competentíssimo artífice do urbanismo, gostava de arte, de música clássica, de jazz, leitor inveterado. Um homem adiante do seu tempo", contou.

O arquiteto morreu na manhã desta sexta-feira (14) em decorrência de uma insuficiência respiratória, segundo a família. Ele morava em Palmas, mas será velado e enterrado no cemitério Santana, neste sábado (15), a partir das 13h. Walfredo deixa duas filhas.

Arquiteto, ele teve um papel essencial na instalação da capital tocantinense. Após 35 anos de sua criação, a cidade chama atenção pela simetria das ruas e avenidas, fruto de um trabalho urbanístico que desde o início prezou pela mobilidade da população.

Em agosto de 2024, Walfredo contou durante entrevista ao g1 como foi escolhido o território da capital e definido o planejamento urbanístico da cidade.

Walfredo Antunes deixa legado importante na construção de Palmas

Instalação da capital e simetria

No início dos anos 1990, Walfredo Antunes de Oliveira Filho e Luís Fernando Cruvinel Teixeira definiram o território onde seria instalada a capital tocantinense. Na época, eles tiveram a opção de escolher uma cidade existente ou um novo espaço para construir uma cidade do zero. Inicialmente Araguaína e Gurupi eram opções, mas foram descartadas devido a conflitos em áreas de mineração e influência de Goiás sobre o Tocantins.

"Era um quadro de 90 por 90 quilômetros em uma região que não tinha muitas cidades, era mais uma espécie de vazio urbano. E parecia, por dados técnicos e empíricos, que localizar a capital neste local provocaria um equilíbrio da região urbana e não o contrário", disse o urbanista.

A instalação da capital então ficou entre a margem direita do Rio Tocantins e a Serra do Lajeado, próximo ao antigo povoado de Canela. O espaço foi escolhido levando em consideração a cota de inundação.

"Nessas áreas, aprofundamos esse estudo até perceber esta área contínua no pé da Serra, uma topografia muito favorável, uma área plana/semiplana, ligeiramente inclinada da Serra para o rio. Nós já sabíamos que haveria uma represa, que a cota de inundação seria 212. Calculamos essa largura entre a serra e a cota 212 e achamos que poderia se estabelecer um plano urbanístico ali de forma linear", explicou Walfredo na época.

Durante entrevista a, Walfredo relembrou que após a escolha do território foi definido um traçado para dividir o espaço, prezando principalmente pela mobilidade. A ideia foi baseada em traçados usados na antiguidade.

"Nós escolhemos o traçado ortogonal. (...) Porque é um traçado que proporciona uma mobilidade mais conveniente entre todas as suas partes. É um traçado usado desde a mais longínqua antiguidade, pelos assírios, os egípcios. [Os romanos] projetavam as cidades com base em vias paralelas a essa passagem e em vias que cruzavam de modo ortogonal para dar acesso a todas elas. O que gerava um traçado mais quadriculado".

E justamente por causa dessas escolhas que a capital tem uma malha quadriculada. As quadras inicialmente foram projetadas para ter uma dimensão de 700 metros a partir do centro delas, mas acabou sendo reduzida pela metade por causa do clima.

"Reduzimos essa medida pela metade, porque uma coisa é você caminhar em um clima temperado e outra é você caminhar sobre o sol do equador e sobre as chuvas que temos aqui. Então, decidimos fazer o ponto médio com 350 metros", explicou Walfredo.

No planejamento feito por Walfredo e Luís também foram definidos os eixos principais da cidade, sendo a avenida Teotônio Segurado, que percorre a cidade de Norte a Sul e a avenida Juscelino Kubitschek, que percorre a cidade de Leste a Oeste. Elas foram projetadas para abrigar o comércio.

Os espaços para a construção das sedes dos poderes executivos, jurídicos e legislativo do estado e sede da Prefeitura de Palmas também tiveram seus locais escolhidos no plano urbanístico. São elas: Praça dos Girassóis e Praça do Bosque.

A região Sul de Palmas, área onde atualmente estão os Jardins Aurenys I, II, III e IV, Jardim Taquari e a região de Taquaralto, não fez parte do planejamento original da capital.

Geral

Walfredo Antunes, arquiteto que projetou Palmas, morre aos 76 anos em Goiânia

Velório e enterro serão realizados em Goiânia (GO). O arquiteto estava internado em um hospital particular, em tratamento contra um câncer de pâncreas

Modificado em 14/03/2025, 18:36

Walfredo Antunes

Walfredo Antunes (Divulgação/Prefeitura de Palmas)

O arquiteto Walfredo Antunes, de 76 anos, morreu nesta sexta-feira (14) em Goiânia (GO). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular, onde fazia tratamento contra um câncer no pâncreas. Walfredo foi um dos responsáveis pelo planejamento arquitetônico de Palmas e pioneiro no Tocantins.

O arquiteto faleceu na manhã desta sexta-feira, por volta das 10h30, deixando duas filhas. Segundo a família, Walfredo morreu em decorrência de uma insuficiência respiratória.

A Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde Walfredo atuou como professor durante 20 anos, publicou nota de pesar lamentando a morte do arquiteto e prestando solidariedade a familiares e amigos.

Walfredo morava em Palmas, mas será velado e enterrado no cemitério Santana neste sábado (15), a partir das 13h.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), emitiu uma nota lamentando a morte e decretou luto oficial de três dias.

Sua atuação foi fundamental na criação e no desenvolvimento da capital mais jovem do país, deixando um legado de projetos inovadores e um compromisso inabalável com a cidade que ajudou a construir e viu crescer", disse.

A Prefeitura de Palmas também decretou luto de três dias e lamentou o falecimento do urbanista. "O talento de Walfredo Antunes está intensamente ligado à história da capital do Tocantins. Os traços e projetos do profissional o fizeram um dos responsáveis pelo planejamento urbanístico de Palmas, na qual deixou sua marca em formas únicas".

Projetista de Palmas

Walfredo Antunes nasceu em 21 de março de 1948, em São Paulo (SP). Ele foi um dos arquitetos responsáveis pelo planejamento de Palmas, desde a escolha do local, até a organização das quadras e ruas. O projeto foi feito em parceria com Luís Fernando Cruvinel Teixeira, no início dos anos 1990.

Walfredo era graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás e mestre em Planejamento Regional e Urbano pela Escola de Economia da Universidade de Londres.

Em 2019, o arquiteto foi escolhido para presidir o Instituto de Planejamento Urbano da capital (Ipup).

Geral

Família vítima de acidente na BR-153 é velada no sul do Tocantins

Acidente aconteceu em Goiás, quando a família estava a caminho de Goiânia. Os corpos das vítimas serão velados e enterrados em Gurupi, onde moravam

Modificado em 24/02/2025, 20:32

Clovis Duarte, 77 anos, a esposa dele Maria José Turíbio Carlos Duarte, de 42 anos, e o filho dos dois Wenzzy José Carlos Duarte, de 9 anos (Arquivo pessoal)

Clovis Duarte, 77 anos, a esposa dele Maria José Turíbio Carlos Duarte, de 42 anos, e o filho dos dois Wenzzy José Carlos Duarte, de 9 anos (Arquivo pessoal)

Familiares e amigos se despedem do empresário Clovis Duarte, sua esposa Maria José Turíbio e o filho Wenzzy José Carlos durante velório realizado nesta segunda-feira (24), em Gurupi. Os três morreram após um acidente entre uma caminhonete e dois caminhões na BR-153, em Porangatu (GO) . Um outro filho do casal, de 12 anos, está internado em estado grave no hospital.

Segundo a família, o enterro deve ser realizado no cemitério de Gurupi nesta terça-feira (25), a partir das 10h. A Associação Comercial e Industrial de Gurupi (Acig) publicou nota de pesar nas redes sociais e se solidarizou com os familiares.

"Com enorme pesar, que soubemos do falecimento do empresário e ex-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Tocantins (Faciet), Clóvis Duarte (A Pioneira), sua esposa Maria José e de um de seus filhos".

Acidente mata dois adultos e uma criança na BR-153 em Goiás (Reprodução / TV Anhanguera)

Acidente mata dois adultos e uma criança na BR-153 em Goiás (Reprodução / TV Anhanguera)

O acidente aconteceu na tarde de domingo (23). Segundo a PRF de Goiás, o motorista da caminhonete bateu na lateral de um caminhão, que também seguia rumo ao estado de Tocantins. Em seguida, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e colidiu de frente com outro caminhão.

O marcador de velocidade da caminhonete travou em 163 km/h, quando o motorista perdeu o controle da direção e o veículo invadiu a pista contrária, batendo de frente com um caminhão, conforme a PRF.

O outro filho do casal, de 12 anos, está internado em um hospital de Porangatu (GO).

'Batalhador, justo e ético'

Clovis estava indo para Goiânia junto com a esposa e filhos para passar por exames médicos de rotina, segundo a filha do empresário, Kellen Rodrigues Duarte. Clovis era pecuarista em Gurupi, região sul do estado, onde morava. Ele nasceu em Goiânia (GO), e deixou um filho de 12 anos, além de duas filhas de outro casamento.

Em homenagem ao pai, Kellen relembrou com carinho a trajetória do pai. "Homem batalhador, exemplo de pessoa ética, justo, com amor muito grande por Gurupi, onde ele cresceu profissionalmente e finalizou a vida de uma forma muito próspera e com dedicação", contou.

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Atleta indígena é achado morto após desaparecer em rio na Ilha do Bananal

Vítima é Kalari Karajá, que nadava no Rio Araguaia quando sumiu. Caso aconteceu na Aldeia Fontoura, que fica na divisa entre Tocantins e Mato Grosso

Modificado em 16/02/2025, 17:33

Kalari durante visita a Palmas, em 2021

Kalari durante visita a Palmas, em 2021 (Arquivo Pessoal)

O corpo do jovem atleta Kalari Karajá de 25 anos foi encontrado, neste domingo (16), no Rio Araguaia, na Ilha do Bananal. Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), ele foi visto pelo última vez no sábado (15) quando estava nadando no rio próximo à Aldeia Fontoura, em São Félix do Araguaia (MT), na divisa com o Tocantins.

O corpo dele foi encontrado durante buscas realizadas por indígenas. Os bombeiros foram chamados e devem chegar no local na tarde deste domingo. A unidade do Corpo de Bombeiros Militar mais próxima fica a 510 km de distância da aldeia, conforme a Funai.

O jovem desapareceu na tarde deste sábado (15), quando nadava no rio. Ele teria entrado na água e depois não foi mais visto, informou a Funai.

Kalari é lutador desde os 12 anos e havia conquistado diversos campeonatos de Ijesu, luta corporal tradicional do povo Karajá.