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Marrocos e Croácia chegam motivados para jogo que define terceiro lugar da Copa

Penúltimo jogo do Mundial de 2022 será disputado neste sábado (17), a partir das 12 horas (de Brasília)

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 06:01

Modric disputará seu último jogo de Copa diante de Marrocos na disputa pelo 3º lugar

Modric disputará seu último jogo de Copa diante de Marrocos na disputa pelo 3º lugar (Fabio Ferrari/LaPresse/Folhapress)

O confronto pelo terceiro lugar em Copas do Mundo sempre provocou a discussão da sua real necessidade, uma vez que as seleções que o disputam vêm de derrotas nas semifinais e, muitas vezes, os jogadores vão a campo sem o ânimo habitual. Mas o duelo entre Marrocos e Croácia, às 12h (de Brasília) deste sábado (17), no Catar, deve ser diferente.

As duas nações chegam à partida com motivos de sobra para darem às torcidas um grande espetáculo no estádio Khalifa Internacional, em Doha.

Do lado croata, o grande incentivo é proporcionar ao meia e capitão Luka Modric a oportunidade de encerrar sua última Copa novamente no pódio, após o vice-campeonato no Mundial da Rússia, em 2018.

Aos 37 anos, o craque, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2018, ainda não anunciou se vai se aposentar da seleção, mas o seu treinador, Zlatko Dalic, espera convencê-lo a continuar até a Eurocopa de 2024, na Alemanha.

"Espero que ele esteja lá. Eu realmente acho que ele estará presente. Luka vai decidir por si mesmo, dependendo de onde ele estiver no futebol, na seleção. Claro, é uma decisão apenas dele", disse Dalic, um dia depois da derrota para a Argentina nas semifinais, na quarta-feira (14).

"Será uma pena para todos os torcedores do mundo se Luka disser adeus à seleção. Ele exibiu um futebol tão bom e mostrou que é um profissional de ponta. É difícil para ele. e para mim também, se ele decidir não continuar", acrescentou.

A vontade demonstrada por Modric ao longo do Mundial também é encarada pelo treinador marroquino, Walid Regragui, como um dos obstáculos para sua equipe ficar em terceiro no Catar.

"Tiro o chapéu para Modric. O que ele está fazendo aos 37 anos é monumental. Ele foi o vencedor da Bola de Ouro e eu entendo perfeitamente o porquê", disse o comandante. "Não sei se é o último jogo de Modric, ele é um guerreiro competitivo e vai querer terminar sua Copa do Mundo em grande estilo. Quando ele quer terminar em grande estilo, devemos ser cautelosos", finalizou.

Já com um resultado histórico, por ser o primeiro país africano e falante de árabe a chegar às semifinais da Copa do Mundo, Marrocos também demonstra muita fome para vencer o último duelo e terminar na terceira colocação.

Regragui afirma que ele e seus jogadores gostariam de disputar o histórico sétimo jogo em Mundiais no domingo, na decisão, mas reconhece que terminar em terceiro também é muito importante para o futebol do país, o que deixaria os fãs orgulhosos.

"O Marrocos disputou seis partidas da Copa do Mundo em 20 anos e agora jogamos seis partidas em um mês, isso não tem preço. É como se tivéssemos jogado duas Copas do Mundo ou até mais, isso é lindo do ponto de vista da experiência", destacou o treinador.

Tanto Dalic quanto Regragui esperam um confronto acirrado neste sábado. Muito mais do que o da fase de grupos, quando empataram sem gols e, no fim, os dois seguiram às oitavas de final, eliminando a até então favorita Bélgica e o Canadá.

"Será um adversário mais difícil do que na primeira fase. Eles não têm medo de ninguém. Será uma partida difícil. O Marrocos é a grande surpresa desta Copa do Mundo", disse Dalic.

"Houve muita hesitação para o primeiro jogo... As duas equipes vão querer ganhar (sábado) e vai ser um grande jogo", concordou o marroquino.

Apesar de estarem disputando a terceira posição na Copa do Catar, Croácia e Marrocos tiveram desempenhos bem diferentes durante o torneio. Os europeus venceram apenas uma partida no tempo regulamentar, 4 a 1 no Canadá, na fase de grupos. As outras duas foram empates sem gols, com Marrocos e Bélgica.

Nas oitavas de final, novo empate (1 a 1) com o Japão e vitória por 3 a 1 nos pênaltis. Nas quartas, a grande surpresa ao segurar o Brasil no tempo normal, empatar por 1 a 1 na prorrogação e ganhar nas penalidades por 4 a 2. E a derrota por 3 a 0 para a Argentina na semifinal.

Mais força no ataque

Já o rival africano demonstrou mais força no ataque desde o início, quando derrotou Bélgica (2 a 0) e Canadá (2 a 1) e empatou com os croatas. Na sequência, empatou sem gols com a Espanha no tempo normal e venceu na disputa de pênaltis por 3 a 0, eliminando um dos favoritos ao título. Nas quartas, outra vitória importante: 1 a 0 sobre Portugal, de Cristiano Ronaldo. E a derrota por 2 a 0 para a França na semifinal, que o levou ao reencontro com a Croácia.

Em relação aos times, os dois técnicos terão que fazer alterações no grupo que começa jogando. Regragui descartou a presença do capitão Romain Saiss, que tem uma lesão na coxa, situação parecida com a dos zagueiros Nayef Aguerd e Noussair Mazraoui e do atacante Youssef En-Nesyri.

Já Dalic não deve ter um dos seus principais jogadores de meio de campo, Marcelo Brozovic, que teve de deixar o jogo contra a Argentina aos 50 minutos com uma contratura muscular. Se ele não puder mesmo atuar, Lovro Majer deve ser o substituto. Outra ausência deve ser o lateral direito Josip Juranovic, que também sentiu uma lesão muscular e pode dar lugar a Stanisic, que ainda não atuou no Catar.

Assim, se o jogo será decidido no tempo normal, na prorrogação ou nos pênaltis, só saberemos depois, mas o certo é que o torcedor deve ter bons motivos para ficar ligado no gramado, já que as duas seleções estão prontas para dar espetáculo.

Estádio : Khalifa, em Doha (Catar)
Horário : Às 12h (de Brasília) deste sábado (17)
Árbitro : Abdulrahman Al Jassim (Catar)
VAR : Julio Bascunan (Chile)
Transmissão : Globo, SporTV, Globoplay e Fifa+

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Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

Futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer, que eram os outros dois campeões como técnico e jogador

Modificado em 17/09/2024, 15:38

Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e técnico ainda vivo

(Federação Francesa de Futebol)

Após as mortes de Mario Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer, o francês Didier Deschamps é o único campeão da Copa do Mundo como jogador e como treinador ainda vivo.

Ele é o único remanescente do trio que conquistou o feito, tendo vencido a Copa jogando, em 1998, e treinando a seleção francesa, em 2018. Zagallo levantou as taças como jogador (1958 e 1962), treinador (1970) e coordenador técnico (1994), enquanto Beckenbauer foi campeão atuando pela Alemanha Ocidental (1974) e comandando a seleção (1990).

O francês de 55 anos atuou como volante na carreira. Relevado pelo Nantes, ele também jogou por Olympique de Marselha, Juventus, Chelsea e Valencia antes de se aposentar, em 2001. Conquistou duas vezes a Liga dos Campeões como jogador, uma pelo Olympique (1992/93) e outra pela Juventus (1995/96).

É treinador da França desde 2012, tendo levado os Bleus às duas últimas finais da Copa. Além do título mundial, foi campeão da Liga das Nações da Uefa em 2020/21. Foi eleito treinador do ano pela Fifa em 2018, após o título da Copa sobre a Croácia na final.

LUTO NO ESPORTE
Em menos de três dias, o futebol perdeu Zagallo e Beckenbauer. A notícia da morte do ídolo brasileiro foi dada na noite de sexta-feira (5), enquanto a do alemão saiu nesta segunda-feira (8).

Eles são duas lendas do esporte. O brasileiro é o único tetracampeão do mundo, e o zagueiro alemão foi o capitão e comandou a seleção na conquista histórica de 1974, derrotando a Laranja Mecânica de Cruyff.

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Copa 2034 cai no colo da Arábia Saudita após definição da Fifa sobre 2030

Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia

Modificado em 19/09/2024, 01:17

Troféu da Copa do Mundo

Troféu da Copa do Mundo
 (Divulgação / Fifa)

O projeto da Arábia Saudita é sediar a Copa do Mundo de 2034. E o país surge como um dos favoritos para isso.

Os sauditas anunciaram nesta quarta-feira (4) a intenção de lançar a candidatura ao Mundial de 2034.

A Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia, confederação da qual a Arábia Saudita faz parte.

Entre os asiáticos, há um apoio amplo ao projeto dos sauditas. O movimento é similar ao que aconteceu com a candidatura do Qatar para 2022.

Assim, a Arábia Saudita larga como favorita na disputa para sediar a Copa 2034.

O QUE OS SAUDITAS QUEREM

O movimento saudita acontece após a Fifa confirmar que a Copa do Mundo de 2030 será majoritariamente em Portugal, Espanha e Marrocos ---com jogos de abertura em Uruguai, Argentina e Paraguai.

O projeto da Arábia Saudita para o futebol envolve a monarquia local. Neste ano, já houve o investimento volumoso nos clubes locais, resultando na contratação de vários jogadores que estavam no futebol europeu ---Neymar e Benzema são alguns deles. Cristiano Ronaldo já estava lá antes.

A Copa do Mundo é a meta para servir como auge do projeto chamado de Visão 2030, que pretende catapultar o país em diversas áreas, como economia e estrutura ---e o esporte cumpre o papel de trabalhar a imagem dos sauditas.

Os sauditas têm boa relação com a Fifa. O país será sede do Mundial de Clubes 2023 e vai receber a Copa da Ásia de 2027.

O plano da Arábia Saudita para a Copa envolve uma candidatura sem a parceria de outros países, como acontecerá em 2026 (Estados Unidos, México e Canadá) e no formato aprovado para 2030 (envolvendo seis países de três continentes).

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Seleção brasileira feminina embarca rumo à Copa do Mundo da Austrália

A delegação brasileira conta com as 26 atletas convocadas por Pia Sundhage e 31 membros da comissão técnica. A duração da viagem será de mais de 14 horas

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Seleção brasileira feminina embarca rumo à Copa do Mundo da Austrália

(Thais Magalhães/CBF)

A seleção brasileira feminina embarcou no final da madrugada desta segunda-feira (3) rumo à Austrália, país que sediará junto com a Nova Zelândia a Copa do Mundo 2023 da categoria, entre 20 de julho e 20 de agosto.

A seleção deixou o Brasil em voo fretado que saiu do Aeroporto Internacional de Brasília com destino à cidade de Brisbane.

A delegação brasileira conta com as 26 atletas convocadas por Pia Sundhage e 31 membros da comissão técnica.

Durante a viagem, o avião fará uma pausa para abastecer na Polinésia Francesa. O trajeto total entre Brasilia-Papeete tem previsão de duração de 14h35.

Na sequência, a delegação segue rumo à Brisbane, este último trecho conta com uma estimativa de 8h50 de duração.

Por fim, a seleção desembarca no Aeroporto Internacional de Brisbane às 18:35 (horário local) de terça-feira (04), e depois parte rumo a Gold Coast de ônibus, onde fará a preparação final para a Copa do Mundo Feminina FIFA 2023.

Pouco antes do embarque, a lateral da seleção brasileira, Thamires explicou o sentimento de estar finalmente viajando para o país-sede do Mundial.

"Estamos emocionadas e felizes. É um novo sonho, um novo processo. A gente vai pensar nessa preparação para se adaptar aos horários da Austrália. Já estamos tendo a melhor preparação possível para que a gente estreie bem no dia 24".

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'Mantenho o que a gente fez', diz árbitro goiano sobre decisões em França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio atuou em quatro partidas na Copa do Catar, entre elas o clássico europeu

Modificado em 20/09/2024, 05:33

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra

Wilton Pereira Sampaio apitou França x Inglaterra (Visionhaus/Getty Images)

O árbitro Wilton Pereira Sampaio disse que não mudaria as decisões tomadas por ele no clássico entre França e Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Os franceses venceram por 2 a 1, avançaram de fase, mas os dois lados do duelo criticaram a atuação do profissional goiano na partida.

Os ingleses deram tom mais pesado às críticas. A principal alegação é que Wilton Pereira Sampaio errou em decisões durante o jogo, não manteve nível de concentração que a partida exigia e não anotou uma possível falta no início da jogada do primeiro gol da França na vitória de 2 a 1. Outra crítica foi em relação a dois lances de pênaltis para a Inglaterra, um não marcado e outro em que deixou o lance seguir e sinalizou penalidade após orientação do VAR.

O goiano disse, em entrevista ao Jornal O POPULAR, que não mudaria as decisões, por terem sido feitas em um trabalho em conjunto com os demais profissionais da arbitragem da partida.

"Primeiramente, eu mantenho o que fizemos juntos. Foi uma equipe. A crítica é normal, temos que aceitar principalmente quando for uma crítica construtiva. O que vale para nós é a avaliação da comissão de arbitragem da Fifa", disse Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos.

Nesta partida, o profissional goiano foi auxiliado pelo conterrâneo Bruno Pires e pelo paranaense Bruno Boschilia. O quarto árbitro foi Mohammed Mohammed, dos Emirados Árabes. O VAR teve o comando do colombiano Nicolás Gallo, com os espanhóis Alejandro Hernández e Juan Martínez, além da brasileira Neuza Back.

Na opinião do goiano, a resposta da Fifa em manter na Copa os profissionais brasileiros envolvidos na partida entre França e Inglaterra é o que importa.

"Nós ficamos até o final da Copa, é sinal de que a Fifa teve avaliação positiva da nossa participação na partida. Se não tivéssemos feito um bom trabalho, teríamos sido liberados. A Fifa manteve os árbitros que poderiam seguir trabalhando. Essa avaliação é a que mais importa, nos deram oportunidade para seguir no torneio", completou o árbitro goiano.

Inglaterra x França foi o duelo 'mais pesado'

Wilton Pereira Sampaio trabalhou em quatro jogos na Copa do Catar. A mais "pesada" foi o duelo entre ingleses e franceses pelas quartas de final.

"Quando saiu a escala, vi que seria o clássico. Houve uma conversa entre a equipe para não nos cobrarmos muito. Sabíamos onde estávamos, a importância do jogo, mas o mais importante seria cumprir o que a Fifa nos pede e fazer o melhor no jogo. Estudamos tudo que envolve o jogo: esquemas táticos, comportamentos de jogadores, o histórico dos países, os confrontos entre as equipes, tudo. Nos preparamos bem", contou Wilton Pereira Sampaio.

Esse jogo foi o último do goiano na Copa. O assistente Bruno Pires, por sua vez, trabalhou como assistente do VAR na decisão do 3º lugar entre Croácia e Marrocos. Segundo Wilton Pereira Sampaio, não houve nenhum tipo de "geladeira" dele no Mundial após o duelo entre França e Inglaterra.

"Quando terminamos as quartas de final, houve uma seleção do grupo de árbitros que iam seguir. Nós seguimos. São critérios, entendemos a análise que a Fifa faz. Trabalhamos em quatro jogos e tratamos todos como finais", avaliou Wilton Pereira Sampaio sobre não ter sido mais utilizado nas fases seguintes da Copa do Catar.