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Rússia é suspensa pela Fifa e não disputará a Copa do Mundo do Qatar

A decisão da Fifa, endossada pela Uefa, afeta não só a equipe masculina, mas também as seleções de base, a equipe feminina e os clubes da Rússia em suas disputas internacionais

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 01:26

Artem Dzyuba, atacante da Rússia

Artem Dzyuba, atacante da Rússia (Reprodução/FifaTV)

A Fifa anunciou nesta segunda-feira (28) a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais de futebol. Com isso, os russos não poderão disputar a Copa do Mundo do Qatar este ano. A decisão foi tomada em conjunto com a Uefa.

A equipe nacional disputaria a repescagem europeia para o Mundial. O jogo contra a Polônia, pela semifinal, estava marcado para 23 de março. Os poloneses já haviam dito, por meio da federação de futebol do país, que não disputariam o duelo contra a Rússia.

"Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, cujas decisões previam a adoção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, quer sejam equipas representativas nacionais ou equipas de clubes, serão suspensas da participação em competições da FIFA e da UEFA até novo aviso", diz trecho de comunicado da entidade máxima do futebol mundial.

Caso os russos conseguissem avançar, enfrentariam na decisão por uma vaga o vencedor do confronto entre Suécia e República Tcheca. As duas federações nacionais também haviam tomado a posição de não enfrentar a seleção russa.

A decisão da Fifa, endossada pela Uefa, afeta não só a equipe masculina, mas também as seleções de base, a equipe feminina e os clubes da Rússia em suas disputas internacionais.

Federações e cartolas do futebol mundial pressionavam a entidade por medidas drásticas contra o esporte russo desde a eclosão da guerra na Ucrânia, iniciada na madrugada da última quinta-feira (24) com a invasão das tropas de Vladimir Putin no território ucraniano.

Nesta segunda, a FifPro, sindicato mundial de jogadores de futebol, pedia já pela manhã a suspensão da Rússia de qualquer torneio.

"Baseada nas ações da Rússia nas últimas semanas, a participação de suas equipes em competições da Uefa e da Fifa ou o cumprimento de suas funções executivas no futebol internacional não são uma possibilidade", afirmou o sindicato em nota.

"A Fifpro apoia todos os jogadores e entidades ao redor do mundo que optem por não enfrentar equipes russas no presente momento."

O Comitê Olímpico Internacional foi outra organização importante a se posicionar nesta segunda-feira, com o pedido pela exclusão de atletas da Rússia e da Belarus de torneios internacionais. Além da recomendação, informaram a retirada da Ordem Olímpica recebida por Putin em 2001.

A condecoração, em tese, premia contribuições efetivas ao movimento olímpico.

Até o anúncio da suspensão da Rússia, a Fifa tinha anunciado apenas que a seleção não poderia jogar no próprio país, além da proibição de uso do hino e da bandeira nacional em competições. A equipe também deveria competir sob o nome "União de Futebol da Rússia".

Agora, os russos estão suspensos da disputa da repescagem e não poderão participar do Mundial deste ano, no Qatar, pouco menos de quatro anos depois de sediarem a Copa do Mundo em seu país.

A edição de 2022 do torneio começará no dia 21 de novembro e terminará em 18 de dezembro.

Veja a íntegra do comunicado da Fifa Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, cujas decisões previam a adoção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, quer sejam equipas representativas nacionais ou equipas de clubes, serão suspensas da participação em competições da FIFA e da UEFA até novo aviso.

Essas decisões foram adotadas hoje pelo Bureau do Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, respectivamente os mais altos órgãos decisórios de ambas as instituições em assuntos tão urgentes. O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos.

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Marta vence primeira edição de prêmio no Fifa The Best 2024

Gol escolhido aconteceu durante amistoso contra a Jamaica, em junho. Homenagem anunciada em janeiro deste ano elege o tento mais bonito do futebol feminino na temporada

Modificado em 17/12/2024, 15:23

Jogadora Marta em partida com a camisa da Seleção Brasileira

Jogadora Marta em partida com a camisa da Seleção Brasileira (CBF/Divulgação)

Marta levou o Prêmio Marta do Fifa The Best, nesta terça-feira, que elege a autora do gol mais bonito da temporada 2023/24. O lance em questão aconteceu com a camisa do Brasil , na goleada por 4 a 0 sobre a Jamaica. O troféu foi criado no início do ano, como uma forma de homenagem à maior jogadora brasileira no futebol feminino.

Estou muito feliz com o resultado, de poder competir com tantas craques. Essa temporada e os gols dela foram maravilhosos. Foi incrível também receber um prêmio que tem o meu nome", celebrou Marta.

Marta concorria por um lance individual que terminou em golaço durante a vitória do Brasil em um amistoso contra a Jamaica, no dia 1 de junho. A jogada foi responsável pelo segundo gol de Marta na partida e por fechar a goleada de 4 a 0.

O Prêmio Marta é a versão feminina do Prêmio Puskas, de melhor gol do ano. Até então, mulheres e homens concorriam juntos, mas em 15 edições, desde 2009, todos os vencedores saíram do futebol masculino. Marta foi a primeira esportista, entre homens e mulheres, a receber uma homenagem semelhante em vida e é a maior vencedora entre as melhores jogadoras (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018).

Confira os outros gols que foram indicados:

  • Delphine Cascarino (Lyon) -- Lyon x Benfica -(27/3/24)
  • Marina Hegering (Wolfsburg) -- Essen x Wolfsburg (29/1/24)
  • Sakina Karchaoui (França) -- França x Suécia (12/7/24)
  • Paulina Krumbiegel (Hoffenheim) -- Duisburg x Hoffenheim (2/2/24)
  • Nina Matejic (Sérvia) -- Sérvia x Inglaterra (17/7/24)
  • Beth Mead (Arsenal) -- Arsenal x West Ham (26/11/23)
  • Giuseppina Moraca (Lazio) -- Lazio x Bologna (15/10/23)
  • Asisat Oshoala (Barcelona) -- Barcelona x Benfica (14/11/23)
  • Mayra Pelayo (México) -- México x Estados Unidos (27/2/24)
  • Trinity Rodman (Estados Unidos) -- Estados Unidos x Japão (3/8/24)
  • Cerimônia

    O The Best é uma cerimônia promovida pela Fifa desde 2001, que premia os destaques do futebol mundial masculino e feminino. A atual edição foi realizada na Aspire Academy, em Doha, no Catar.

    Para a eleição no Fifa The Best, um conselho técnico da entidade definiu uma lista de 10 finalistas em cada categoria. O colégio eleitoral da premiação é formado por jornalistas, capitães, técnicos das seleções nacionais e o público, por meio de votação na internet. Cada grupo tem peso de 25% na pontuação final. O período de análise das atuações para o The Best atual foi de 21 de agosto de 2023 a 10 de agosto de 2024, referente à temporada 2023/24.

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    Vinicius Junior, Gabi Portilho e Tarciane concorrem ao prêmio Bola de Ouro

    Modificado em 17/09/2024, 17:20

    Vinicius Junior, Gabi Portilho e Tarciane concorrem ao prêmio Bola de Ouro

    (Vitor Silva / CBF)

    A revista France Football divulgou nesta quarta-feira (4) os indicados ao prêmio Bola de Ouro 2024, com cinco brasileiros na disputa, em diferentes categorias: Vinicius Junior, Savinho, Gabi Portilho, Tarciane e Arthur Elias.

    Entre os homens, o atacante Vinicius Junior, do Real Madrid, é o único do Brasil entre os 30 jogadores indicados ao prêmio de melhor jogador. Seus companheiros de equipe Jude Bellingham, Federico Valverde, Toni Kroos, Dani Carvajal e Antonio Rüdiger também estão na disputa.

    O time de Madri é o que mais tem representantes na briga pelo prêmio, após uma temporada em que faturou o título do Campeonato Espanhol e o da Liga dos Campeões da Europa.

    O Manchester City, primeiro time a se sagrar tetracampeão do Campeonato Inglês, vem em seguida, com quatro postulantes --Rúben Dias, Phil Foden, Erling Haaland e Rodri.

    Pela primeira vez em 20 anos, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não fazem parte da lista de indicados. Desde que o português foi indicado pela primeira vez, em 2004, ao menos um dos dois esteve presente na seleção.

    O argentino é o maior vencedor do prêmio, com oito taças, incluindo a de 2023. O luso vem na sequência, com cinco. Na categoria feminina, concorrem ao prêmio a atacante Gabi Portilho, do Corinthians, e a zagueira Tarciane, do Houston Dash, dos Estados Unidos.

    Ambas foram vice-campeãs dos Jogos Olímpicos de Paris sob o comando do técnico Arthur Elias, que também concorre à Bola de Ouro na categoria de treinador de equipes femininas.

    Na categoria de jovem revelação da temporada, Savinho, 20, que trocou recentemente o Girona pelo Manchester City, está entre os indicados. A votação para escolher os melhores em cada categoria é feita por por jornalistas dos cem países mais bem posicionados no ranking de seleções da Fifa (Federação Internacional de Futebol).

    Na edição deste ano, pela primeira vez, a premiação será feita em conjunto por France Football e Uefa (União das Associações Europeias de Futebol). A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 28 de outubro, no Théâtre du Châtelet, em Paris.

    Confira abaixo a lista de indicados:

    Melhor jogador

    Ademola Lookman (Atalanta/Nigéria)

    Alejandro Grimaldo (Bayer Leverkusen/Espanha)

    Antonio Rüdiger (Real Madrid/Alemanha)

    Artem Dovbyk (Girona/Ucânia)

    Bukayo Saka (Arsenal/Inglaterra)

    Cole Palmer (Chelsea/Inglaterra)

    Dani Carvajal (Real Madrid/Espanha)

    Dani Olmo (RB Leipzig/Espanha)

    Declan Rice (Arsenal/Inglaterra)

    Dibu Martínez (Aston Villa/Argentina)

    Erling Haaland (Manchester City/Noruega)

    Federico Valverde (Real Madrid/Uruguai)

    Florian Wirtz (Bayer Leverkusen/Alemanha)

    Granit Xhaka (Bayer Leverkusen / Suíça)

    Hakan Çalhanoglu (Inter de Milão/Turquia)

    Harry Kane (Bayern de Munique/Inglaterra)

    Jude Bellingham (Real Madrid/Inglaterra)

    Kylian Mbappé (PSG/França)

    Lamine Yamal (Barcelona/Espanha)

    Lautaro Martínez (Inter de Milão/Argentina)

    Martin Odegaard (Arsenal/Noruega)

    Mats Hummels (Borussia Dortmund/Alemanha)

    Nico Williams (Athletic Bilbao/Espanha)

    Phil Foden (Manchester City/Inglaterra)

    Rodri (Manchester City/Espanha)

    Rúben Dias (Manchester City/Portugal)

    Toni Kroos (Real Madrid/Alemanha)

    Vinicius Junior (Real Madrid/Brasil)

    Vitinha (PSG/Portugal)

    William Saliba (Arsenal/França)

    Melhor jogadora

    Ada Hegerberg (Noruega/Lyon)

    Aitana Bonmatí (Espanha/Barcelona)

    Alexia Putellas (Espanha/Barcelona)

    Alyssa Naeher (Estados Unidos/Chicago Red Stars)

    Barbra Banda (Zâmbia/Orlando Pride)

    Caroline Graham Hansen (Noruega/Barcelona)

    Ewa Pajor (Polônia/Barcelona)

    Gabi Portilho (Brasil/Corinthians)

    Giulia Gwinn (Alemanha/Bayern de Munique)

    Glodis Viggosdottir (Islândia/Bayern de Munique)

    Grace Geyoro (França/PSG)

    Khadija Shaw (Jamaica/Manchester City)

    Lauren Hamp (Inglaterra/Manchester City)

    Lauren James (Inglaterra/Chelsea)

    Lea Schüller (Alemanha/Bayern de Munique)

    Lindsey Horan (Estados Unidos/Lyon)

    Lucy Bronze (Inglaterra/Chelsea)

    Mallory Swanson (Estados Unidos/Chicago Red Stars)

    Manuela Giugliano (Itália/Roma)

    Marie-Antoinette Katoto (França/PSG)

    Mariona Caldentey (Espanha/Barcelona)

    Mayra Ramírez (Colômbia/Chelsea)

    Patri Guijarro (Espanha/Barcelona)

    Salma Paralluelo (Espanha/Barcelona)

    Sjoeke Nüsken (Alemanha/Chelsea)

    Sophia Smith (Estados Unidos/Portland Thorns)

    Tabitha Chawinga (Zâmbia/Lyon)

    Tarciane (Brasil/Houston Dash)

    Trinity Rodman (Estados Unidos/Washington Spirit)

    Yui Hasegawa (Japão/Manchester City)

    Troféu Kopa -- jovem revelação

    Alejandro Garnacho (Argentina/Manchester United)

    Arda Güler (Turquia/Real Madrid)

    João Neves (Portugal/Benfica e PSG)

    Karim Konaté (Costa do Marfim/RB Salzburg)

    Kobbie Mainoo (Inglaterra/Manchester United)

    Lamine Yamal (Espanha/Barcelona)

    Mathys Tel (França/Bayern de Munique)

    Pau Cubarsí (Espanha/Barcelona)

    Savinho (Brasil/Girona e Manchester City)

    Warren Zaïre-Emery (França/PSG)

    Troféu Yashin -- melhor goleiro

    Andriy Lunin (Ucrânia/Real Madrid)

    Diogo Costa (Portugal/Porto)

    Emiliano Martínez (Argentina/Aston Villa)

    Gianluigi Donnarumma (Itália/PSG)

    Giorgi Mamardashvili (Geórgia/Valencia)

    Gregor Kobel (Suíça/Borussia Dortmund)

    Mike Maignan (França/Milan)

    Ronwen Williams (África do Sul/Mamelodi Sundowns)

    Unai Simón (Espanha/Athletic Bilbao)

    Yann Sommer (Suíça/Inter de Milão)

    Técnico do ano -- Equipes masculinas

    Carlo Ancelotti (Itália/Real Madrid)

    Gian Piero Gasperini (Itália/Atalanta)

    Lionel Scaloni (Argentina/seleção argentina)

    Luis de la Fuente (Espanha/seleção espanhola)

    Pep Guardiola (Espanha/Manchester City)

    Xabi Alonso (Espanha/Bayer Leverkusen)

    Técnico do ano -- Equipes femininas

    Arthur Elias (Brasil/seleção brasileira)

    Emma Hayes (Inglaterra/seleção norte-americana)

    Filipa Patão (Portugal/Benfica)

    Jonatan Giráldez (Espanha/Barcelona)

    Sarina Wiegman (Holanda/seleção inglesa)

    Sonia Bompastor (França/Chelsea)

    Clube do ano -- masculino

    Bayer Leverkusen (Alemanha)

    Borussia Dortmund (Alemanha)

    Girona (Espanha)

    Manchester City (Inglaterra)

    Real Madrid (Espanha)

    Clube do ano -- feminino

    Barcelona (Espanha)

    Chelsea (Inglaterra)

    Gotham FC (Estados Unidos)

    Lyon (França)

    PSG (França)

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    Brasil será sede da Copa do Mundo feminina de 2027

    Será a décima edição da Copa do Mundo feminina

    Modificado em 17/09/2024, 15:52

    Gianni Infantino, presidente da Fifa, exibe escolha da sede

    Gianni Infantino, presidente da Fifa, exibe escolha da sede (Fifa)

    Pela terceira vez na história, o Brasil será a sede de uma Copa do Mundo. Nesta sexta-feira (17), durante o congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em Bancoc, na Tailândia, a candidatura brasileira superou a proposta conjunta apresentada por Bélgica, Alemanha e Holanda e foi escolhida para receber a edição feminina do torneio em 2027.

    A versão masculina da Copa do Mundo já foi sediada pelo Brasil duas vezes: 1950 e 2014. Ao todo, 207 associações filiadas à Fifa estavam aptas a participarem da votação. O Brasil recebeu 119 votos, contra 78 dos europeus.

    Será a primeira vez que o Mundial das mulheres será realizado na América do Sul. Pesou a favor do Brasil o legado deixado pela Copa do Mundo de 2014, sobretudo os estádios construídos para a ocasião. "Parabéns ao Brasil. Vamos agora organizar a melhor Copa do Mundo da história no Brasil", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

    Em relatório publicado pela entidade máxima do futebol há pouco mais de uma semana, no qual a entidade avaliava os principais aspectos levados em consideração na escolha da sede, como estádios, acomodação e centro de mídia, o país alcançou nota 4, em uma escala de 0 a 5, enquanto a candidatura conjunta europeia recebeu 3,7.

    Estádios
    Os dez estádios indicados pela candidatura brasileira, que foram erguidos ou reformados para receber jogos da Copa de 2014, tiveram nota 3,7. Os 13 estádios dos países europeus receberam avaliação de 3,4.

    O Brasil entrou na disputa contando com as cidades, e os respectivos estádios, de Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Fortaleza (Castelão), Manaus (Arena Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena Pernambuco), Salvador (Fonte Nova), São Paulo (Neo Química Arena) e Rio de Janeiro (Maracanã) - o estádio carioca foi indicado para receber a abertura, no dia 24 de junho, e a final, no dia 25 de julho.

    O Beira-Rio, do Internacional, está entre os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Até o momento, não foi discutida a possibilidade de uma substituição. Em seu discurso após a escolha do Brasil, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, mencionou a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e prometeu que o estado receberá um centro de desenvolvimento de futebol para as mulheres.

    "A tragédia e a catástrofe por condições climáticas no Rio Grande do Sul, onde muitas vidas se foram e muitas famílias estão desabrigadas. Essa conquista aqui hoje, de o Brasil sediar pela primeira vez uma Copa do Mundo feminina, nós queremos que o trabalho que vai ser desenvolvido possa também ser de fortalecimento para o futebol feminino brasileiro, sul-americano e, principalmente do Rio Grande do Sul, onde deverá ter um grande centro de desenvolvimento do futebol feminino", disse o dirigente.

    Mobilidade
    Para Valesca Araújo, responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento, a utilização dos principais estádios do país impulsiona o desenvolvimento da modalidade. "É essencial levar o futebol feminino para os melhores estádios e centros de treinamento que temos no país. Uma vez que adentre esses espaços, não há mais como voltar atrás", afirmou.

    Valesca declarou que, apesar das longas distâncias entre cada uma das sedes propostas pelo Brasil, foi apresentado um calendário regionalizado para cada grupo da competição. "O calendário leva em consideração os climas de cada região para conforto das atletas e o tamanho dos deslocamentos, pela sustentabilidade ambiental."

    Com a utilização dessas arenas, segundo o plano apresentado à Fifa, o principal gasto para o torneio de 2027 será com estruturas provisórias, como a montagem de tendas para receber convidados e imprensa e para a realização de reuniões.

    De acordo com os cálculos da candidatura brasileira, esses gastos devem somar US$ 13,3 milhões (cerca de R$ 65 milhões). O financiamento, de novo, segundo o plano apresentado, virá por meio de parceiros e patrocinadores da Fifa e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), sem a utilização de verba pública.

    Serão dez cidades brasileiras que vão abrigar os 64 jogos da Copa. Em 2014, foram 12 municípios. A redução tem como objetivo reduzir os deslocamentos e melhorar a logística para equipes e torcedores.

    Além do Mundial há uma década, o Brasil recebeu nos últimos anos os Jogos Pan-Americanos, em 2007, os Jogos Olímpicos, em 2016, e a Copa América, em 2019 e 2021.

    Visibilidade
    A entidade máxima do futebol mundial também levou em consideração o apoio do governo federal para o Brasil receber a competição. No entendimento do Ministério do Esporte, um evento com essa magnitude representa uma ferramenta para dar visibilidade ao futebol feminino no país e ampliar seu desenvolvimento.

    Na Tailândia, o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA). A CBF também considera o evento uma oportunidade para ampliar as possibilidades para meninas e mulheres que estejam considerando uma carreira no futebol.

    "Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento", afirmou Ednaldo Rodrigues

    As mulheres terão a chance de alcançar um feito inédito para o país, que nunca venceu um Mundial como anfitrião. Em 1950, a seleção brasileira masculina perdeu a partida decisiva para o Uruguai. No Mundial de 2014, ficou apenas na quarta colocação geral, depois de histórica goleada sofrida diante da Alemanha nas semifinais, por 7 a 1, e de nova derrota na disputa do terceiro lugar, diante da Holanda, por 3 a 0.

    A seleção feminina ainda busca o seu primeiro troféu. O melhor resultado das mulheres brasileiras até hoje foi um vice, na edição de 2007, quando foram superadas pela Alemanha, na edição realizada na China.

    Será a décima edição da Copa do Mundo feminina. A primeira foi em 1991, na China, palco também do evento em 2007. Outros países que receberam o Mundial foram a Suécia (1995), os Estados Unidos (1999 e 2003), a Alemanha (2011), o Canadá (2015) e a França (2019). Na edição mais recente, Austrália e Nova Zelândia organizaram o campeonato de forma conjunta, em 2023.

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    Copa 2034 cai no colo da Arábia Saudita após definição da Fifa sobre 2030

    Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia

    Modificado em 19/09/2024, 01:17

    Troféu da Copa do Mundo

    Troféu da Copa do Mundo
 (Divulgação / Fifa)

    O projeto da Arábia Saudita é sediar a Copa do Mundo de 2034. E o país surge como um dos favoritos para isso.

    Os sauditas anunciaram nesta quarta-feira (4) a intenção de lançar a candidatura ao Mundial de 2034.

    A Fifa definiu que as candidaturas para 2034 só podem ser de países da Oceania e da Ásia, confederação da qual a Arábia Saudita faz parte.

    Entre os asiáticos, há um apoio amplo ao projeto dos sauditas. O movimento é similar ao que aconteceu com a candidatura do Qatar para 2022.

    Assim, a Arábia Saudita larga como favorita na disputa para sediar a Copa 2034.

    O QUE OS SAUDITAS QUEREM

    O movimento saudita acontece após a Fifa confirmar que a Copa do Mundo de 2030 será majoritariamente em Portugal, Espanha e Marrocos ---com jogos de abertura em Uruguai, Argentina e Paraguai.

    O projeto da Arábia Saudita para o futebol envolve a monarquia local. Neste ano, já houve o investimento volumoso nos clubes locais, resultando na contratação de vários jogadores que estavam no futebol europeu ---Neymar e Benzema são alguns deles. Cristiano Ronaldo já estava lá antes.

    A Copa do Mundo é a meta para servir como auge do projeto chamado de Visão 2030, que pretende catapultar o país em diversas áreas, como economia e estrutura ---e o esporte cumpre o papel de trabalhar a imagem dos sauditas.

    Os sauditas têm boa relação com a Fifa. O país será sede do Mundial de Clubes 2023 e vai receber a Copa da Ásia de 2027.

    O plano da Arábia Saudita para a Copa envolve uma candidatura sem a parceria de outros países, como acontecerá em 2026 (Estados Unidos, México e Canadá) e no formato aprovado para 2030 (envolvendo seis países de três continentes).