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Taça das Favelas Goiás define os campeões de 2024

Decisões da 5ª edição do torneio terá clássico Quilombola no masculino e duelo entre times de Goiânia na decisão feminina

Modificado em 04/11/2024, 08:56

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema (Fábio Lima)

Vitrine entre jovens que tentam realizar o sonho de jogarem futebol, a Taça das Favelas Goiás define neste sábado (21) os campeões dos torneios masculino e feminino. Com transmissão da TV Anhanguera, a 5ª edição da competição terá suas decisões disputadas no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), a partir das 14 horas. A entrada é gratuita e os portões vão ser abertos a partir das 12 horas.

Neste ano, do lado feminino há um confronto entre equipes de Goiânia. O Gentil Meireles busca o tricampeonato consecutivo. O desafio será diante do Novo Mundo, que busca seu primeiro caneco. Este duelo será disputado a partir das 14 horas.

No masculino, o campeão será inédito. Pela primeira vez, inclusive, o confronto na decisão será entre comunidades quilombolas. A partir das 15h15, o Quilombola Boa Nova enfrenta o Quilombola Diadema na segunda final do dia.

A Taça das Favelas é um torneio que reúne sonhos e histórias de pessoas apaixonadas pelo futebol. Lucigleise Lima, de 28 anos, é lateral direita e uma das fundadoras do Novo Mundo, que está em sua primeira final na competição.

Ela trata o esporte como diversão, neste momento. Mãe de seis filhos, com idades entre 3 e 13 anos, a atleta do Novo Mundo disputou a Taça das Favelas de 2022, quando defendeu o Jardim Guanabara, e está em sua segunda participação no torneio.

"Eu moro no Novo Mundo há sete anos e, junto com a Milka (companheira de time), nos juntamos com algumas meninas do Vila Morais e montamos o time. O Alex (treinador da equipe) é primo da Milka e conversamos com ele sobre a ideia de assumir o comando da equipe, deu certo", comentou Lucigleise Lima sobre a criação da equipe.

Algo em comum em destaques do Gentil Meirele e Novo Mundo é a rotina pesada que não envolve apenas futebol. Thais Vitória, de 19 anos, é meia-atacante da equipe bicampeã da Taça das Favelas.

Ela, assim como Lucigleise, não vive exclusivamente do futebol. As duas trabalham e conciliam rotina profissional e esportiva, com treinos e jogos.

Thais Vitória, por exemplo, mora em São Luís de Montes Belos e treina no Aliança, que também disputa o Campeonato Goiano feminino. Pelo menos duas vezes por semana, ela encara 1h30 de carro para vir a Goiânia treinar e disputar jogos pela equipe, que forma a base do finalista Gentil Meirelles.

"Treino todos os dias. Segunda, quarta e sexta na minha cidade com um treinador particular, terça e quinta no Aliança", explicou Thais.

A atleta ainda concilia sua rotina de treinos e jogos com o emprego na prefeitura da cidade do interior e tem o sonho de ser jogadora de futebol profissional.

Ambas dizem que o sentimento é de orgulho por disputarem a decisão do torneio neste ano. "Hoje, poder representar o setor que eu moro, minha comunidade, é algo sem palavras. Não consigo descrever a emoção que sinto neste momento", declarou Lucigleise Lima.

Final Quilombola

Pela primeira vez em cinco edições, a Taça das Favelas terá um clássico quilombola na decisão. O duelo vai ocorrer na disputa masculina, entre Quilombola Diadema, de Teresina de Goiás, e Quilombola Boa Nova, de Professor Jamil. Este duelo tem previsão de ocorrer, a partir das 15h15, depois da decisão feminina.

As comunidades estão separadas por quase 600 km e possuem jovens que carregam a vontade de um dia atuarem profissionalmente no futebol. Ariel Ribeiro da Costa, do Quilombola Diadema, e Vitor Siqueira de Souza, volante do Quilombola Boa Nova, são exemplos.

Ariel começou a jogar futebol há oito anos (ele tem 16) e sonha em seguir carreira como profissional.

Ele estava na van da equipe Quilombola Diadema que há um mês se envolveu em um acidente, que resultou na morte de duas pessoas.

A tragédia ocorreu no dia 23 de agosto e envolveu a van que levava o time para Goiânia e uma picape, na GO-118, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Os dois motoristas morreram e três jogadores da equipe ficaram feridos.

Por esta razão, o troféu da final masculina desta edição será intitulado como "Natal Pereira da Silva", em homenagem ao motorista da van que levava a equipe do Quilombola Diadema.

Antes dos jogos, o time costuma fazer um minuto de silêncio antes das partidas, em homenagem ao motorista. Após o acidente, dois atletas deixaram a equipe, por receio das viagens longas e frequentes.

Ariel Ribeiro comentou que a equipe sentiu muito a perda de Natal Pereira, de 62 anos, e que isso incentiva a equipe a conquistar o troféu. "Nós perdemos um amigo, um companheiro. Ele nos deu força para continuar com o nosso objetivo e honrar ele", frisou o jogador.

Vitor Siqueira de Souza também sonha com uma oportunidade de viver do esporte. Com 15 anos, o atleta do Quilombola Boa Nova chega a sua terceira participação na competição -- em 2022 ele foi banco e titular no ano passado e neste ano.

Essa será a segunda final da Taça das Favelas consecutiva do jogador pela comunidade Quilombola Boa Nova. Em 2023, a equipe foi vice-campeã após ter sido superada pelo Orlando de Morais, no estádio Antonio Accioly.

O jogador garantiu que a equipe está preparada e confiante para a decisão deste ano. "Dessa vez será diferente e vamos trazer o título", afirmou o jovem da comunidade Quilombola Boa Nova.

Para Vitor, participar da Taça das Favelas é uma oportunidade de visibilidade, não só para os atletas que estão em campo, mas para a própria comunidade.

Ariel concorda que a Taça das Favelas se tornou uma vitrine no Estado. "Um impacto de nível nacional, onde nós todos podemos ter uma grande oportunidade de ser visto no esporte", opinou o jogador do Quilombola Diadema.

A Taça das Favelas em 2024 teve 324 partidas entre as séries A e B, nas categorias masculino e feminino. Mais de 25 mil atletas participaram da competição desde as fases iniciais. Ao todo, 232 comunidades estiveram envolvidas.

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema

Clássico no masculino coloca frente a frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema (Fábio Lima)

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Homem é condenado a 78 anos de prisão por torturar e assassinar jovens no sul do Tocantins

Homicídios foram registrados em setembro de 2023 durante disputa entre facções. Vítimas foram encontradas dentro de uma casa, amordaçadas e amarradas.

Fórum de gurupi (TJ/Reprodução)

Fórum de gurupi (TJ/Reprodução)

Fabricio Kenner Pereira dos Santos foi condenado a mais de 78 anos de prisão pelos crimes de tortura e homicídios. Segundo a Justiça, ele teria praticado os crimes em razão de disputa de poder entre as organizações criminosas.

A decisão foi assinada pelo juiz de direito Jossanner Nery Nogueira Luna, que presidiu o Tribunal do Júri na comarca de Gurupi. Segundo o documento, Fabricio foi condenado pelos homicídios e tortura de Eduardo Correia Lima, de 19 anos, e Marcelo Santos Silva, de 16 anos.

A advogada Ludmila Borges Soares, que representa Fabricio Kenner, disse que ele reconheceu a participação nos homicídios, assumindo a responsabilidade pelos atos. No entanto, negou a prática dos crimes de tortura e de participação em organização criminosa que, no entendimento da defesa, não encontram respaldo nos autos. A defesa informou que recorreu da sentença. (Veja a íntegra completa no fim da reportagem)

Os crimes aconteceram no dia 15 de setembro de 2023. Conforme a sentença, Fabrício Kenner foi sentenciado a uma pena de 78 anos e oito meses de reclusão e ao pagamento de dias-multas de 35 anos. O juiz também determinou ao réu pagar uma indenização de R$ 100 mil às famílias de Eduardo e Marcelo, pelos danos morais.

O julgamento aconteceu na tarde desta segunda-feira (17), na comarca de Gurupi. Fabricio Kenner irá responder em regime fechado na Unidade Penal de Gurupi, onde está preso desde o dia 21 de setembro de 2023.

Torturados e mortos

O corpos foram encontrados na tarde desta sexta-feira (15) (Divulgação/ Polícia Civil)

O corpos foram encontrados na tarde desta sexta-feira (15) (Divulgação/ Polícia Civil)

Eduardo Correia Lima, de 19 anos, e Marcelo Santos Silva, de 16, foram encontrados mortos dentro de uma casa em Gurupi, após os dois terem fugido do Centro de Internação Provisória do município.

Na época, PM disse que realizava um patrulhamento pelo setor Bela Vista, quando foi informada de que integrantes de uma facção criminosa haviam saído correndo de uma casa. A suspeita era de que havia alguém ferido ou morto na residência, frequentada por usuários de drogas.

Os policiais foram ao local, chamaram os moradores, mas ninguém respondeu. A equipe entrou na casa e viu que a porta estava aberta. No quarto dos fundos, foram encontrados os dois corpos.

Os corpos de Eduardo e Marcelo estavam amordaçados e amarrados, com ferimentos no tórax e no pescoço.

A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) disse também que dia antes do crime, três adolescentes havia fugido do cumprimento de medida socioeducativa no Centro de Internação Provisória (Ceip-Sul),

Porém, apenas um dos jovens envolvidos na fuga se entregou e os outros dois foram encontrados mortos, pela Polícia Militar.

Prisão

Fabricio Kenner Pereira dos Santos foi preso, suspeito de torturar e matar dois adolescentes que haviam fugido do Centro de Internação Provisória de Gurupi. A Polícia Civil disse que Fabricio filmou as mortes e postou o vídeo na internet.

A prisão foi feita no dia 21 de setembro, pela equipe da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Gurupi), em uma casa no centro da cidade.

Segundo o delegado José Júnior, responsável pelas investigações, outro homem suspeito de participar do crime, já tinha sido preso logo depois do crime.

O delegado ainda afirmou que o motivo seria por causa de uma briga entre facções criminosas.

As investigações indicam que a motivação foi em decorrência da rivalidade entre organizações criminosas, já que as vítimas, que eram de uma facção rival, foram capturadas pelos autores depois de terem se evadido das dependências do CEIP/SUL, onde cumpriam medida socioeducativa de internação".

Íntegra completa da nota da defesa

A defesa de Fabrício Kenner Pereira dos Santos vem a público manifestar seu posicionamento acerca da sentença proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Gurupi/TO, que impôs a ele uma pena de 78 anos e 8 meses de reclusão.

Durante todo o julgamento, Fabrício colaborou de forma respeitosa e transparente, respondendo a todas as perguntas formuladas tanto pelo Ministério Público quanto pelo Juízo, sem se furtar a esclarecer os fatos. No plenário, reconheceu sua participação nos homicídios, assumindo a responsabilidade por seus atos. No entanto, negou veementemente a prática dos crimes de tortura e de participação em organização criminosa, imputações que, no entendimento da defesa, não encontram respaldo nos autos.

A sentença proferida impôs uma pena excessiva e desproporcional, desconsiderando aspectos fundamentais da individualização da pena e impondo um rigor punitivo exacerbado e dissociado da razoabilidade que deve nortear o sistema penal. A defesa entende que a pena aplicada extrapola os limites da proporcionalidade, ultrapassando o necessário para cumprir a função da Justiça, que deve ser pautada pelo equilíbrio entre responsabilização e equidade.

Diante disso, a defesa já manifestou formalmente seu interesse em recorrer, buscando corrigir as distorções na dosimetria da pena e, principalmente, afastar as condenações que não se sustentam diante das provas produzidas no processo.

Reiteramos nossa confiança nas instâncias superiores para que realizem uma análise criteriosa do caso, garantindo que Fabrício seja punido de maneira justa, pelos atos que efetivamente cometeu, sem penalizações exacerbadas ou acréscimos indevidos que comprometam a lisura do julgamento.

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Anápolis decide conquista inédita contra o Retrô-PE

Após vitória na ida, Galo da Comarca visita o Retrô-PE e pode conquistar primeiro troféu nacional em sua história

Modificado em 04/11/2024, 08:47

Longe de casa, em um palco de Copa do Mundo, o Anápolis busca seu primeiro título nacional. Neste domingo (29), a partir das 16 horas, o Galo da Comarca enfrenta o Retrô-PE pelo jogo de volta da decisão da Série D. O duelo será disputado na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata-PE

Após vitória de 2 a 1 na partida de ida, o Anápolis joga pelo empate para conquistar o que pode ser o título mais importante da história do clube.

Ambos garantiram o acesso à Série C 2025, ao lado dos semifinalistas (Itabaiana-SE e Maringá-PR) e terão outro calendário no próximo ano, na Terceirona nacional, com pelo menos 19 partidas a serem disputadas.

No futebol goiano, o Anápolis é o terceiro clube que garante acesso e chega à final da Série D: antes, foram o Crac (vice em 2012) e a Aparecidense (campeã em 2021).

Como ganhou a partida em casa, o Anápolis tem três opções para garantir o título: a vitória, o empate ou até uma derrota, desde que seja por um gol de diferença e que, depois, na disputa por pênaltis, possa garantir o triunfo.

O Retrô-PE, conhecido como Fênix, foi fundado em 2016 e já se estabelece como um clube emergente no futebol pernambucano, capaz de medir forças com Sport, Santa Cruz e Náutico.

Para reforçar esta condição, nada melhor do que ser campeão nacional. Para isso, precisa de um triunfo por dois ou mais gols de diferença, para tirar a diferença goiana, ou bater o Galo da Comarca por um gol de frente, para levar a decisão às penalidades e nela também superar o adversário visitante.

A possibilidade de pênaltis é única -- será necessária caso o Retrô-PE vença por um gol de diferença.

Na Série D, que começou com 64 clubes, as penalidades fizeram parte da trajetória dos dois finalistas a partir da 2ª fase (mata-mata).

O Anápolis, para garantir a principal meta (o acesso), venceu o Iguatu-CE (5 a 4 nas quartas de final). Para obter o direito de ser finalista, eliminou o Maringá-PR (5 a 4). Nas duas situações, as vitórias se deram fora de casa. O Galo da Comarca aprendeu a cantar no terreiro alheio, a ser um visitante que gosta de aparecer sem avisar o dono da casa.

Os jogos distantes de Anápolis foram decisivos para o clube na Série D. Além de superar fora o Iguatu-CE e o Maringá-PR, o Galo da Comarca viveu duas situações fundamentais na condição de visitante.

No revés (1 a 0) para o Itabuna-BA, demitiu o técnico Hemerson Maria e efetivou o auxiliar ngelo Luiz como treinador, que liderou o Galo da Comarca até a final. Nas oitavas de final, venceu o Cianorte-PR (2 a 1) e fora e teve de jogar pelo empate em Anápolis (1 a 1) para passar de fase.

As decisões por pênaltis marcaram mais ainda o Retrô-PE. Na 2º fase, superou o campeão da Série D de 2022, o América-RN (7 a 6). Nas oitavas, eliminou o Manauara-AM (4 a 1), depois carimbou o acesso com outro triunfo nas penalidades sobre um dos favoritos, o Brasiliense-DF 3 a 2) e passou à final com vitória nos pênaltis (4 a 3) no Itabaiana-SE (4 a 3).

Foram quatro fases, quatro decisões na bola parada nas quais brilharam a estrela e a competência do goleiro Darley, enquanto o Anápolis primou pelo aproveitamento nas cobranças (não errou nenhuma vez) e a presença do goleiro Wellerson.

O campeão neste domingo vai festejar o título da Série D depois de cinco meses de caminhada -- o Retrô-PE começou o torneio no dia 27 de abril, quando ficou no empate sem gols com o CSE-AL. No dia seguinte (28 de abril), o Anápolis perdeu para o Brasiliense-DF (1 a 0).

No princípio, eram 64 participantes e só restaram os dois. Isso é uma prova da dimensão de ser finalista e lutar por um título nacional.

Neste domingo, é o dia de saborear a cereja no bolo. Ou melhor, ao vencedor cabe a honra de bordar sobre o escudo uma estrela, que pode ser dourada, de campeão da Série D. É a ambição do Anápolis, que conquistou um Goianão (1965), a Copa Goiás (1967), duas vezes a Divisão de Acesso (1990 e 2012), alguns torneios menores. Um troféu, com a chancela da CBF, cairá muito bem no espaço vazio da galeria do clube.

A missão está com a comissão técnica, o treinador ngelo Luiz e os 22 jogadores que estão relacionados para a final.

ngelo Luiz não terá dois jogadores importantes: o lateral Léo Azevedo e o atacante Gonzalo Fornari, suspensos. O meia Pedro Thomas, opção em boa parte da competição, está contundido e só deve voltar em 2025.

Os substitutos devem ser o experiente artilheiro Marcão (autor de 110 gols no futebol goiano, marca que faz dele o maior goleador em atividade em Goiás) e o volante e o meia Matheus Vinícius, novamente improvisado na lateral.

Pela primeira vez, Anápolis jogará em Pernambuco

O Anápolis, à medida que se tornou um dos participantes da Série D do Brasileiro nos últimos anos, foi conhecendo novos centros do futebol nacional, onde enfrentou adversários até então inéditos e que fez também o clube ter um calendário de jogos não só em nível regional como, ainda, nacional. A final deste domingo (29), na Arena Pernambuco, marca a primeira presença do Galo da Comarca em terras pernambucanas.

Assim, o time tricolor expande a marca, mostra que está vivo e que pretende ser um clube acostumado a jogar fora.

A partir da 2ª fase da Série D de 2024, o Galo da Comarca enfrentou adversários da Bahia (Itabuna), Paraná (Cianorte e Maringá), Ceará (Iguatu) e, neste domingo, fecha o roteiro diante do Retrô-PE -- ambos nunca haviam se enfrentado, até domingo passado (22), quando o Anápolis venceu por 2 a 1 no Estádio Jonas Duarte.

Na 1ª fase, a disputa foi regional: times do Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e Goiás (Iporá e Crac).

A primeira participação do Anápolis, em torneios de nível nacional, foi em 1966. Campeão do Estadual do ano anterior (1965), o Galo da Comarca se tornou o primeiro clube do interior goiano a disputar a Taça Brasil, depois reconhecida pela CBF como Campeonato Brasileiro. A equipe tricolor enfrentou o Rabello-DF e o Americano-RJ.

Na década de 1980, o clube disputou o Brasileiro 1981, a chamada Taça de Prata -- a Anapolina, arquirrival local, foi vice-campeã. No Grupo 6, o Anápolis não passou de fase e enfrentou Anapolina, União-MT, Gama-DF, Leônico-BA, Bahia e Atlético-GO.

Alguns anos depois, em 1986, o Galo ficou no Grupo 6 do que seria a Série B daquela época, jogando contra os paulistas Internacional-SP, Juventus e Santo André, Mixto-MT, Ubiratan-MS, Uberlândia e América (ambos de Minas Gerais) e Itumbiara.

No próximo ano, na Série C, o Anápolis mudará a logística. Terá de disputar 19 jogos na 1ª fase da competição -- já sabe que enfrentará o Retrô-PE, Maringá-PR, Itabaiana-SC, além dos clubes que não estão na fase final da Série C nem foram rebaixados.

Entre eles, estão Náutico, CSA-AL, Figueirense-SC, Tombense-MG, Confiança-SE, ABC-RN, Caxias-RS, Floresta-CE e quatro equipes que vão sobrar da fase semifinal da Série C (as que não conquistarem o acesso à Série B).

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Em desvantagem, Goiás tenta reverter a situação dentro de casa para avançar na Copa do Brasil

Time esmeraldino enfrenta São Paulo no jogo de volta. Na ida, perdeu de 2 a 0

Modificado em 17/09/2024, 17:24

Vagner Mancini, durante primeiro treino com o Goiás

Vagner Mancini, durante primeiro treino com o Goiás (Rosiron Rodrigues / Goiás)

Na estreia do treinador Vagner Mancini sob o comando esmeraldino, o Goiás enfrenta o São Paulo pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, nesta quinta-feira (8), a partir das 20 horas, na Serrinha. Depois de perder por 2 a 0 na ida, no Morumbis, o alviverde goiano busca reverter a desvantagem para conquistar a classificação às quartas.

(Confira, no fim do texto, onde assistir, escalações e arbitragem)

O Goiás terá de construir uma virada inédita em sua história na Copa do Brasil para avançar de fase. Ao longo das 32 participações, o Goiás esteve em cinco ocasiões no atual cenário de estar em desvantagem por dois gols. Em nenhuma, o time esmeraldino conseguiu reverter a diferença para seguir na competição.

Nesse cenário, o Goiás foi eliminado por Democrata-MG (1995), São Paulo (2012), Botafogo-PB (2014), Ituano (2015) e Grêmio (2018). Em todas essas edições, o esmeraldino perdeu a ida por 2 a 0. Nos jogos de volta contra Democrata e Ituano, o Goiás até venceu por 1 a 0 e 3 a 1, respectivamente, mas saiu eliminado pelo agregado e devido ao gol fora de casa.

A projeção na atual edição para o Goiás é devolver a diferença de dois gols contra o São Paulo para levar a decisão para os pênaltis. Se ganhar por três ou mais gols de vantagem, o time esmeraldino vira o confronto e avança às quartas de final no tempo regulamentar.

O Goiás está em crise na temporada e tem tido problemas para vencer. Nos últimos 11 jogos, foram apenas dois triunfos - nenhum por dois gols de diferença (2 a 1 contra o América-MG e 3 a 2 diante do Guarani). Nesta sequência, a equipe goiana sofreu gols em todas as ocasiões.

O técnico Vagner Mancini, que fará a sua estreia pelo Goiás após deixar o Atlético-GO com uma campanha de cinco derrotas, dois empates e nenhuma vitória, terá o desfalque do volante Marcão, expulso no jogo de ida das oitavas de final, e de Edson, entregue ao departamento médico.

O atacante Paulo Baya é dúvida, após sair com dores do jogo contra o Novorizontino. A tendência é que Ángelo Rodríguez ganhe uma oportunidade no setor ofensivo. Além disso, Juninho e Thiago Galhardo retornam como opções.

No lado do São Paulo, o lateral direito Igor Vinícius segue fora devido a um alto risco de sofrer lesão, e o meio-campista Galoppo continua se recuperando de dores no pé. Por isso, será poupado pelo treinador Luis Zubeldía.

Além da vaga para as quartas de final da Copa do Brasil, os clubes que conquistarem a classificação garantem mais um total de R$ 4,515 milhões aos cofres.

FICHA TÉCNICA

Oitavas de final da Copa do Brasil - Volta

Jogo: Goiás x São Paulo Data: 08/08/24
Horário: 20 horas
Local: Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia (GO)
Onde assistir: Amazon Prime Video (streaming)

Árbitro: Paulo César Zanovelli da Silva (MG)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG)
VAR : Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira (MG)

Goiás: Tadeu; Dieguinho, David Braz, Messias e Sander; Nathan Melo, Wellington e Régis; Welliton, Edu (Thiago Galhardo) e Ángelo Rodríguez (Paulo Baya). Técnico: Vagner Mancini.

São Paulo: Rafael; Rafinha (Moreira), Arboleda, Alan Franco e Welington; Luiz Gustavo (Liziero) e Bobadilla; Lucas, Luciano e Ferreira; Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

Ingressos: 200 reais (Tobogã), cadeiras e setor de visitantes esgotados; meia-entrada para torcedores com a camisa do Goiás

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Seleção feminina de futebol terá nova chance de revanche contra os Estados Unidos

Brasil passa pela Espanha com show de bola e vai enfrentar Estados Unidos na decisão olímpica do futebol feminino

Modificado em 17/09/2024, 17:22

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico

Priscila, atacante da seleção brasileira, comemora gol do Brasil sobre a Espanha na frente da goleira Cata Coll durante a semifinal do torneio olímpico
 (Gaspar Nóbrega/COB)

Pela terceira vez na história, Brasil e Estados Unidos vão se enfrentar na decisão do torneio olímpico de futebol feminino. Em Paris, as brasileiras terão uma nova chance de revanche, já que as americanas estão em vantagem: elas venceram as finais nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.

A possível vingança das brasileiras teria um sabor especial para Marta, de 38 anos, única jogadora do atual plantel canarinho que disputou as duas finais anteriores.

Em sua possível despedida da seleção brasileira, a jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo busca o que seria seu primeiro título no maior palco do esporte. Além das duas medalhas de prata, ela também foi vice-campeã mundial em 2007, numa campanha em que o Brasil eliminou os EUA na semifinal, e acabou derrotado na decisão pela Alemanha.

Marta torceu muito por essa classificação, afinal só assim para ela ter a chance de se despedir em grande estilo já que ela acabou expulsa na última partida da fase de grupos, justamente contra a Espanha, e não pôde atuar contra França e Espanha, respectivamente, pelas quarta de final e pela semifinal.

Há 20 anos, na primeira vez em que brasileiras e americanas duelaram na final olímpica, o Brasil perdeu por 2 a 1. Quatro anos depois, a derrota foi pelo placar mínimo, 1 a 0.

Só de avançar à final, contudo, a equipe canarinho conseguiu manter uma escrita neste século. Desde os Jogos de Atenas-2004, o futebol sempre voltou para casa com, pelo menos, uma medalha: Atenas-2004 (prata no feminino), Pequim-2008 (prata no feminino e bronze no masculino), Londres-2012 (prata no masculino), Rio-2016 (ouro no masculino) e Tóquio-2020 (ouro no masculino).

Jogadoras

As jogadoras da seleção brasileira exaltaram a força do elenco montado por Arthur Elias após conquistarem a vaga para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024. O Brasil goleou a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6), e voltou à decisão após 16 anos.

Angelina afirmou que o grupo "fez acontecer". A meio-campista parabenizou o restante da equipe e destacou a confiança que o time adquiriu após se classificar contra a França nas quartas de final.

Duda Sampaio destacou o "desafio" que veio desde a primeira fase complicada. A jogadora do Corinthians afirmou que, mesmo diante dos desafios, o elenco sempre acreditou que poderia chegar à final.

Tarciane também citou a importância da fase de grupos complicada. A zagueira falou sobre a imposição do Brasil contra França e Espanha no mata-mata.

Como foi a semi

O Brasil não tomou conhecimento e atropelou a Espanha por 4 a 2, na semifinal. Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin marcaram os gols brasileiros. Paralluelo (duas vezes) descontou para as espanholas.

Marta, suspensa, não jogou. A jogadora cumpriu o segundo jogo de suspensão após a expulsão contra a mesma Espanha, na fase de grupos. Ela já não havia jogado contra a França, nas quartas de final.

O Brasil passou da fase de grupos como um dos melhores terceiros colocados. A seleção venceu a Nigéria, mas perdeu para Japão e Espanha nos outros dois jogos. Nas quartas de final, as comandadas de Arthur Elias despacharam a França, dona da casa, vencendo por 1 a 0. Agora, passaram pela Espanha.