No comando do quarteto goianiense do Campeonato Goiano de 2025, dois técnicos são estreantes no Estadual, um é o atual campeão, mas agora está em outro clube, e outro tem a maior experiência entre eles, só que por um time do interior. Atlético-GO, Goiânia, Goiás e Vila Nova entram na disputa com técnicos contratados neste final de ano e que farão suas estreias justamente na 1ª rodada.

(No fim do texto, confira perfil de todos os técnicos do Goianão 2025)

Luan Carlos, do Goiânia, é o mais experiente de todos os participantes da próxima edição quando o assunto é o Goianão. O treinador vai para a sua 4ª disputa da elite estadual, após liderar o Goianésia em 2020, 2021 e 2024. Em 2020, foi finalista da competição, quando o Azulão do Vale perdeu, nos pênaltis, o título para o Atlético-GO.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/rafael-guanaes-diz-n-o-ter-medo-de-press-o-e-define-atletico-go-como-maior-desafio-da-carreira-1.3214446" target="_blank">Rafael Guanaes diz não ter medo de pressão e define Atlético-GO como maior desafio da carreira</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/jair-ventura-retorna-ao-goias-e-diz-que-clube-tem-de-pensar-em-coisas-grandes-1.3214443" target="_blank">Jair Ventura retorna ao Goiás e diz que clube "tem de pensar em coisas grandes"</a></div>

Aos 32 anos, Luan Carlos é o mais jovem dos técnicos do Goianão de 2025, apesar de já ter dez anos de carreira na função - seu primeiro trabalho como técnico foi aos 23 anos. Ele começou no futebol profissional aos 15, como auxiliar de rouparia do Novo Horizonte, time de sua cidade natal, Ipameri.

Luan Carlos é um dos únicos treinadores goianos do Estadual do ano que vem, ao lado de Ângelo Luiz, do Anápolis. Com uma ideologia de jogo ofensivo, com valorização da posse de bola e muita autonomia para os jogadores, ele afirma que seu intuito como treinador é estimular a criatividade dos atletas.

“Estamos com um elenco forte, mesclando experiência e juventude. Acredito que, na montagem de um elenco, a principal palavra é complementaridade. Ou seja, atletas que consigam se complementar em suas características uns com os outros. Sabemos que o Campeonato Goiano é bem disputado e rápido. Estamos focados nesta pré-temporada. Nosso objetivo é alcançar a vaga na Copa do Brasil”, projetou Luan Carlos.

Jair Ventura, que voltou ao Goiás e assumir a equipe nesta sexta-feira (27), vai para a sua 2ª participação no Goianão. É o atual campeão do torneio, após faturar o título de 2024 com o Atlético-GO. Agora, o treinador comandará o alviverde em 2025. O técnico também esteve no futebol goiano em 2022, pelo Goiás, e em 2023, pelo Atlético-GO, mas nesses anos chegou depois da disputa do Estadual.

Na intenção de defender o próprio título do Goianão e conquistá-lo por outro time, que não é campeão estadual desde 2018, Jair Ventura chega como o nome mais conhecido do Campeonato Goiano de 2025. Em sua carreira, já comandou Botafogo, Santos, Corinthians, Sport, Chapecoense e Juventude.

O atual tricampeão do Campeonato Goiano é o Atlético-GO, que busca o tetra inédito no ano que vem, mas com novo treinador. Após o fim melancólico de temporada na Série A, em que o time fez campanha ruim e terminou rebaixado para a Série B, o Dragão acertou a contratação de Rafael Guanaes para comandar a equipe no próximo ano. Rafael Guanaes, que, como Jair Ventura, foi apresentado nesta sexta-feira (27), entrará como estreante no Goianão.

O profissional iniciou a carreira de treinador em 2010 e, pela primeira vez, comandará um clube goiano. Em seu currículo, soma passagens por Joseense (SP), União São João (SP), São Carlos (SP), Monte Azul (SP), Votuporanguense (SP), Athletico-PR, Sampaio Corrêa, Tombense e Novorizontino, além de ter sido auxiliar no Cruzeiro. Desde 2023, Rafael Guanaes estava no Operário (PR).

Outro estreante no Goianão é o técnico do Vila Nova, que anunciou Rafael Lacerda após o desfecho da Série B. O treinador possui uma curta carreira até aqui, que teve início em 2019. Passou por Caxias (RS), Aimoré (RS), Amazonas, ABC e Barra (SC). Pelo Amazonas, o treinador conquistou o acesso inédito para a Série C, em 2022.

No ano passado, novamente marcou seu nome na história do Amazonas ao conquistar o título da Série C e garantir mais um acesso inédito, desta vez para a Série B. Após deixar a equipe no início da temporada, Rafael Lacerda retornou e manteve o clube de Manaus na 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro. O objetivo agora é levar o Tigre ao título estadual, o que ocorreu pela última vez no clube em 2005.

<h2>Fora da capital, quase todos são estreantes</h2>

Entre as oito equipes de fora da capital que disputarão o Campeonato Goiano de 2025, apenas uma tem um técnico natural do estado de Goiás, e a maioria tem treinadores que participarão do Goianão pela primeira vez na função.&nbsp;O POPULAR&nbsp;conversou com todos eles, que projetaram seus respectivos objetivos no torneio.

Sete desses oito treinadores não nasceram em Goiás. A única exceção é Ângelo Luiz, natural de Anápolis e que treinará o time de sua cidade natal.

O técnico começou sua carreira profissional como jogador no próprio Galo da Comarca e, em 1991, disputou o Campeonato Goiano pela equipe. “Quando parei de jogar, queria continuar no meio do futebol. É uma coisa que estava no meu sangue, fui incentivado pelos meus pais desde criança”, comentou.

Identificado com o Anápolis, Ângelo Luiz chega para sua segunda oportunidade como treinador principal. A primeira foi em 2010, pelo Sinop (MT). Após essa experiência, ele sentiu que ainda não estava preparado para o desafio. Depois de 15 anos como preparador físico e quatro como auxiliar, ajudou a levar o Anápolis ao acesso para a Série C, nesta temporada, e se sente motivado para classificar sua equipe ao mata-mata do Goianão.

“Sou um profissional de personalidade equilibrada. A minha ideologia é de ter personalidade forte, insinuante, uma equipe que propõe o jogo e seja proativa e resiliente nos momentos mais difíceis da partida”, descreveu.

Outra exceção entre os técnicos do interior no Goianão de 2025 é Augusto Fassina, do Goianésia. Ele é o único que não disputará o torneio como estreante neste Estadual - em 2023, comandou o Inhumas nos últimos cinco jogos.

Depois de conseguir títulos de base, como a Copa Goiás Sub-20 de 2022 pelo Atlético-GO, e acessos com o Inhumas, para a elite do Campeonato Goiano, e com o Tupy de Jussara, para a Divisão de Acesso, ambos em 2024, Augusto Fassina assumiu o desafio de liderar o Goianésia em 2025.

“Dentro do perfil de trabalho, gosto muito que meu time jogue, que seja organizado e com muita disposição. Podem esperar um time muito competitivo e que vai lutar até o fim pela vitória”, declarou o treinador.

Felipe Moreira e Gian Rodrigues, do Goiatuba e da Jataiense, respectivamente, compartilham algumas coisas em comum: ambos nasceram no estado de São Paulo e possuem uma longa história com o futebol.

Felipe Moreira começou como atleta na Ponte Preta, mas sofreu uma lesão séria no joelho e não pôde continuar no mesmo nível. Filho de Marco Aurélio Moreira, ex-meia campeão do Brasileirão de 1985 com o Coritiba, Felipe começou a carreira como auxiliar em 2004 e convive com o esporte desde que nasceu.

“O que me motiva é dar sequência ao trabalho que meu pai fez no mundo em que eu vivo desde que nasci, praticamente”, comentou Felipe Moreira. Entre suas conquistas até aqui como técnico, conseguiu classificações com Inter de Limeira e Santo André ao mata-mata do Paulistão e esteve à frente da Ponte Preta nas melhores campanhas da história do clube nos pontos corridos da Série A, em 2015 e 2016.

Gian Rodrigues é filho de dirigente conhecido do interior de São Paulo, entre as décadas de 1970 e 1980. O seu pai, Joaquim Rodrigues, foi presidente do Aparecida (SP) e diretor de futebol do Esportiva (SP), dois clubes que já foram extintos.

O treinador, que já foi mascote e atuou nas categorias de base, fez estágios com Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior e iniciou a carreira na base do Guaratinguetá, quando foi vice-campeão paulista sub-20.

“Muito feliz por estar abrindo um mercado em Goiás. Queremos fazer um campeonato de nível de excelência alto, muito focado em transferir isso para o campo. É fazer uma pré-temporada bem feita para entrar na competição no nível que a gente deseja. Fiquei muito feliz pelo encontrei aqui (na Jataiense)”, descreveu.

No Crac, único time do interior com dois títulos do Goianão, em 1967 e 2004, Alexandre Lopes será o responsável por tentar recolocar a equipe nos holofotes. Ele já disputou o Goianão como jogador em 2001, pelo Goiás, mas fará sua estreia como treinador na competição.

No clube de Catalão desde 2024, o técnico declarou que sempre prepara o time com a maior intensidade possível e que tem em mente, inicialmente, fazer uma boa fase classificatória pelo Leão do Sul para chegar ao mata-mata.

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Técnicos do Goianão 2025: quarteto da capital reúne experiente, estreantes e atual campeão

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Estadual

Nesta terça-feira (21), o Vila Nova confirmou que o clássico contra o Goiás, pela 6ª rodada do Goianão, será disputado no Serra Dourada.&nbsp;O time colorado já havia manifestado publicamente a vontade de realizar o clássico com a presença das duas torcidas, mas isso não está assegurado.

A partida está prevista para o dia 2 de fevereiro, um domingo, e teve o seu horário alterado para as 18 horas - anteriormente, o jogo seria às 16 horas. A mudança ocorreu para inaugurar a nova iluminação do Serra Dourada.

A obra relativa à troca de iluminação foi realizada pela empresas Ricco Construtora e a Silicon Energy, com contrato assinado em fevereiro deste ano junto à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). O valor das obras são de R$ 12.718.080,60.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/serra-dourada-deve-receber-vila-x-goias-mas-presenca-de-duas-torcidas-e-remota-1.3222125" target="_blank">Serra Dourada deve receber Vila x Goiás, mas presença de duas torcidas é remota</a></div>

A decisão para o clássico voltar a ter a presença das duas torcidas não depende apenas do desejo público do Vila Nova, das opiniões do Goiás e do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos de Futebol (GFUT), ou do trabalho de segurança do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos da Polícia Militar (BEPE).

Há uma sentença judicial homologada, originada por um acordo em 2018 entre todos os envolvidos, que determina a obrigação de torcida única nos clássicos entre esmeraldinos e colorados.

Uma mudança só vai ocorrer por meio de um novo acordo, que terá de ser homologado na Justiça. Todas as partes envolvidas precisam entrar em acordo para que ocorra a alteração deste cenário.

O Goiás não quis se pronunciar sobre o assunto. Assim, a possibilidade do clássico ter as duas torcidas permanece remota por causa do pouco tempo hábil até a data do jogo.

Vila Nova confirma que clássico contra o Goiás será no Serra Dourada

Goianão

O lateral esquerdo Lucas Lovat celebrou sua rápida adaptação ao futebol brasileiro e acredita que o Goiás pode melhorar a performance no Campeonato Goiano. O time esmeraldino ainda não venceu após dois jogos e vai enfrentar o Goiânia no clássico desta quarta-feira (22), na Serrinha, em busca da primeira vitória no Estadual.

Lucas Lovat passou sete anos no futebol europeu, entre passagens pela Eslováquia e Rússia. Ele chegou a Goiânia no último dia 8, foi reserva e estreou na derrota para o Goiatuba (2 a 1). No empate sem gols com o Crac, o lateral já assumiu a condição de titular.

<div class="p-readmore-box" dir="ltr"><a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/em-estreia-no-goian-o-abecat-vence-o-goiania-1.3220872" target="_blank">Em estreia no Goianão, Abecat vence o Goiânia</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/goian-o-inhumas-estreia-com-vitoria-enquanto-crac-e-anapolis-empatam-1.3220508" target="_blank">Goianão: Inhumas estreia com vitória, enquanto Crac e Anápolis empatam</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/goias-deve-ter-base-que-terminou-2024-como-titular-na-estreia-do-goiano-1.3219792" target="_blank">Goiás deve ter base que terminou 2024 como titular na estreia do Goiano</a></div>

“Todas as equipes que jogam contra a gente são organizadas. Goiatuba e Crac fizeram bons jogos. O futebol hoje em dia está nivelado, é decidido por detalhes. Acredito que podemos performar mais”, analisou o lateral esquerdo do Goiás.

“A minha adaptação com certeza foi muito rápida, tem mérito do grupo de jogadores e da comissão que me acolheram com muito carinho. Eu trabalho forte para suprir as expectativas e não só agradar o torcedor, mas para ter uma performance boa que nos ajude a conquistar os objetivos”, acrescentou o jogador sobre sua rápida adaptação em seu retorno ao Brasil.

Nos jogos contra Goiatuba e Crac, Luvas Lovat mostrou que será um dos cobradores de lances de bola parada pelo Goiás. Ele cobrou faltas nas duas partidas. “- Não só eu, como também meus companheiros (treinam cobranças de falta). Eu trabalho todos os dias na questão das faltas e dos chutes de fora da área. É uma qualidade que eu tenho e procurei fazer isso durante os jogos”, completou o jogador esmeraldino.

Com Lucas Lovat, o Goiás volta a campo nesta quarta-feira para desafiar o Goiânia. O clássico entre esmeraldinos e alvinegros será disputado na Serrinha, a partir das 19h30, pela 3ª rodada do Campeonato Goiano.

Lateral diz que Goiás pode "performar mais" e comemora adaptação

Pré-jogo

O clássico entre Vila Nova e Goiás, pela 6ª rodada do&nbsp;Campeonato Goiano, no dia 2 de fevereiro (um domingo), deve ser no estádio Serra Dourada. O clube colorado, mandante da partida, solicitou à Federação Goiana de Futebol a alteração do local no dia 6 de janeiro. Vontade manifestada pelo Tigre, a possibilidade do duelo contar com as duas torcidas é remota.

A decisão para o clássico voltar a ter a presença das duas torcidas não depende apenas do desejo público do Vila Nova, das opiniões do Goiás e do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos de Futebol (GFUT), ou do trabalho de segurança do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos da Polícia Militar (BEPE). Há uma sentença judicial homologada, originada por um acordo em 2018 entre todos os envolvidos, que determina a obrigação de torcida única nos clássicos entre esmeraldinos e colorados.

Uma mudança só vai ocorrer por meio de um novo acordo, que terá de ser homologado na Justiça. Todas as partes envolvidas precisam entrar em acordo para que ocorra a alteração deste cenário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/atletico-conquista-a-primeira-vitoria-no-goian-o-1.3221787" target="_blank">Atlético conquista a primeira vitória no Goianão</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/em-estreia-no-goian-o-abecat-vence-o-goiania-1.3220872" target="_blank">Em estreia no Goianão, Abecat vence o Goiânia</a>&nbsp; 
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Existem dois caminhos que podem ser seguidos para que clássicos com duas torcidas voltem a ocorrer, segundo o promotor Sandro Barros, do GFUT.

A mais rápida é uma das partes interessadas ingressar com pedido de liminar, que, se for acatado pela Justiça, pode permitir que o clássico volte a ter as duas torcidas de maneira provisória, já que a liminar poderia ser derrubada.

“Com a liminar, é possível, mas o ideal seria uma ação de revisão da sentença. O método consiste em juntar todas as partes para desconstituir a decisão julgada. É um processo com trâmites demorados e precisa da mesma posição de todos os envolvidos”, acrescentou o promotor Sandro Barros sobre a segunda alternativa, que é defendida pelo Vila Nova.

Neste momento, o clube colorado não pretende ingressar com pedido de liminar para que o clássico do próximo dia 2 de fevereiro tenha as duas torcidas. “Não faremos qualquer ação judicial nesse sentido. Entendemos que essa construção deve ser feita de forma compartilhada e em comum acordo com as instituições”, reforçou o advogado do Vila Nova, Paulo Henrique Pinheiro.

O Goiás não quis se pronunciar sobre o assunto. Assim, a possibilidade da partida entre Vila Nova x Goiás, no dia 2 de fevereiro, pelo Goianão, ter as duas torcidas permanece remota por causa do pouco tempo hábil até a data do clássico.

“Imagino que para o clássico da 6ª rodada é muito prematuro, não daria tempo de planejar uma volta das duas torcidas. Defendo essa situação. Futebol tem que voltar a ter as duas torcidas, o Serra Dourada precisa voltar a ter esses grandes jogos e espetáculos”, defendeu o presidente da FGF, Ronei Freitas.

Em menos de duas semanas, um novo acordo com todas as partes teria de ocorrer. No cenário em que todos concordem com o retorno das duas torcidas, a decisão teria de ser analisada e sentenciada pela Justiça. Não há nenhuma reunião coletiva prevista para debater o assunto.

“Até hoje, essa sentença não foi derrubada. Recentemente, tivemos uma reunião com o promotor Sandro, do GFUT. Ele se mostrou categórico em não recomendar duas torcidas (por causa da sentença). É uma discussão entre clubes, MP-GO e federação. A PM é mera executora. Nós não opinamos a respeito disso. Se esses três entes chegarem à decisão de que vai ter o clássico com as duas torcidas, nós vamos fazer o policiamento da melhor forma possível e garantir segurança para as duas torcidas”, acrescentou o Tenente-Coronel Alex de Siqueira, do BEPE.

A decisão para que clássicos entre esmeraldinos e colorados sejam disputados com torcida única começou no ano de 2017. No dia 19 de setembro, o MP-GO, por meio do GFUT, protocolou uma ação civil pública na Justiça com o pedido para que os clássicos passassem a ter a presença apenas de torcedores do time mandante.

O pedido foi negado pela Justiça, que recomendou redução de público (16 mil no total, sendo 8 mil de cada equipe). O Vila Nova recorreu da decisão e, no dia 7 de outubro, às vésperas do clássico, no dia 14 daquele mês, o juiz Roberto Horácio Rezende deferiu o pedido do clube colorado e definiu que o duelo entre as equipes no 2º turno da Série B seria com a torcida do time mandante (do Vila Nova).

Em 2018, no dia 2 de março, em uma reunião entre Goiás, Vila Nova, GFUT e representantes da Federação Goiana de Futebol (FGF), do Serra Dourada, da Agência Goiana de Obras (Agetop), da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, houve acordo para a manutenção da torcida única nos clássicos entre colorados e esmeraldinos.

Esse acordo foi sentenciado pelo juiz Élcio Vicente da Silva, no dia 9 de outubro de 2018, pela 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual. A decisão permanece e só será alterada quando houver um novo acordo entre todos os envolvidos.

<h2>Uso do Serra Dourada</h2>

Uma reunião entre a Secretaria de Esporte e Lazer do Estado de Goiás (Seel), que administra o Serra Dourada, e o Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos de Futebol (GFUT) ocorreu no último dia 9 de janeiro, e o estádio está liberado para ser utilizado mesmo em meio à suspensão do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as partes. O clássico entre Vila Nova x Goiás, no dia 2 de fevereiro, deve ser disputado no principal palco do futebol goiano.

O secretário de esportes Rudson Guerra apresentou os laudos do estádio (engenharia, Corpo de Bombeiros, segurança e vigilância sanitária). Alguns deles, do Corpo de Bombeiros e segurança, precisaram ser atualizados. Isso ocorreu entre o final do ano passado e início de 2025. Os outros já tinham sido atualizados.

“Houve a reunião com a Seel, eles apresentaram todos os laudos. Tudo está liberado para a realização de jogos (no Serra Dourada)”, afirmou o promotor Sandro Barros, do GFUT.

“Levamos os laudos do Serra Dourada (para o GFUT). Em relação ao TAC, o Estado está cumprindo fielmente. O Serra Dourada está apto para receber jogos, esperamos receber o clássico no dia 2 de fevereiro e ter o estádio lotado”, acrescentou o secretário de esportes Rudson Guerra.

O Vila Nova solicitou no início de janeiro a alteração do local do clássico com o Goiás para o Serra Dourada. A partida está marcada para o OBA na tabela, mas o local passa por reforma e o estádio utilizado pelo Tigre no Goianão atualmente é o Olímpico.

O próximo passo é a comunicação entre a Seel e GFUT junto à Federação Goiana de Futebol para que a alteração seja oficializada - o pedido por parte do clube colorado foi feito no dia 6 de janeiro. Isso deve ocorrer nos próximos dias, já que restam menos de duas semanas para o jogo da 6ª rodada do Campeonato Goiano.

No final do ano passado, o GFUT pediu esclarecimentos à Seel sobre a possibilidade do estádio receber jogos do Estadual durante o período da suspensão do TAC entre as partes. A suspensão ocorreu em maio de 2024 a pedido da Seel, por causa do processo do Estado de ceder o estádio à iniciativa privada e transformá-lo em uma arena multiuso.

A reunião no último dia 9 de janeiro resolveu as “pendências” entre Seel e GFUT para que o estádio pudesse ser liberado para jogos no Goianão.

No regulamento do Campeonato Goiano, há dois itens que falam sobre o uso do estádio. O inciso 1º do artigo 10 fala em uso obrigatório do Serra Dourada nos jogos de ida e volta da final, se dois times da capital chegarem à decisão. Já o artigo 23 diz que equipes da capital podem pedir transferência para o principal palco do futebol goiano em qualquer fase do Goianão.

Serra Dourada deve receber Vila x Goiás, mas presença de duas torcidas é remota

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O Atlético-GO conquistou a primeira vitória no Campeonato Goiano sem brilhantismo. O Dragão fez 2 a 0 sobre o Goiânia, na tarde de domingo (19), em clássico disputado sob calor no Estádio Olímpico. A equipe atleticana fez valer a superioridade no primeiro tempo, quando fez os dois gols - Rhaldney (pênalti) e Janderson (chute cruzado na área) - no curto espaço de três minutos.

O resultado é importante para trazer tranquilidade no início de trabalho, mas a partida prova que o time precisa evoluir em tempo curto de competição e recuperação de jogadores, assim como para treinamentos.

No clássico, o meio-campo se mostrou lento na armação, o lateral direito Marcinho não atacou, e o atacante Caio Dantas ainda não deslanchou. O jogador de frente tem um débito para saldar com a torcida e passa a ter a concorrência de Willam Pottker, de 31 anos, que vem para disputar vaga no ataque atleticano. O outro contratado no setor ofensivo é Marcelinho, de 22 anos e que estava no Juventude. Ambos devem demorar mais alguns dias para serem utilizados pela comissão técnica.

O próximo desafio do Dragão será diante do invicto Crac, em Catalão, nesta quarta-feira (22). O técnico Rafael Guanaes valorizou o resultado contra o Goiânia e explicou que tenta rodar o elenco e, ao mesmo tempo, fortalecer uma ideia de equipe, de formação tática com equilíbrio e competitividade.

Guanaes também falou que os jogadores ainda sentem o ritmo de jogo com pouco tempo de treino na pré-temporada. “Fizemos um bom primeiro tempo e poderíamos fazer um placar elástico. Mas temos de construir sequência, fortalecer uma base”, reconheceu Guanaes.

O técnico explicou a mudança de cobrador de pênalti. O volante Rhaldney se encarregou de bater neste domingo (19) e abriu o placar aos 28 minutos, tirando do goleiro Rafael Pin a chance de defesa. Depois que Shaylon errou a cobrança no empate (0 a 0) com a Jataiense na última quinta-feira (16), Rafael Guanaes havia dito que o meia bateria novamente. Mas, na argumentação do treinador, o que pesa no momento da batida “é a confiança”, algo que Shaylon parece ter sentido. Desta vez, ele foi o capitão do time. O treinador passou a elencar três batedores.

“Lembro que havia falado que o Shaylon voltaria a bater (pênalti). Ele é um dos batedores, também. Quem bate o pênalti? É o Caio Dantas, é o Shaylon, é o Rhaldney. Eles são batedores, mas, naquele momento, existe uma questão de confiança”, disse o treinador atleticano sobre a opção de Rhaldney cobrar a penalidade.

Autor do gol de pênalti, Rhaldney se recuperou de gripe que o impediu de jogar na estreia e voltou bem ao time. Shaylon participou de algumas jogadas, fez o passe para Guilherme Romão no lance da penalidade e cobrou uma falta perigosa no segundo tempo.

Para Rafael Guanaes, o elenco será exigido e ele acredita na resposta positiva. “Temos elenco reduzido”, afirmou. Segundo ele, o resultado foi o mais importante no clássico.

O segundo gol do Atlético-GO, aos 31 minutos, foi aproveitando falha defensiva do Goiânia. Janderson dominou a bola que não foi interceptada pela defesa e concluiu.

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