Capitão do Goiás, o goleiro Tadeu foi o único esmeraldino a dar entrevista após a <a href="https://daqui.opopular.com.br/esporte/em-classico-polemico-vila-nova-vence-goias-no-serra-dourada-1.3226709" target="_blank">derrota para o Vila Nova por 1 a 0</a> no Serra Dourada, neste domingo (2). O jogador criticou a arbitragem de Anderson Gonçalves, que marcou um pênalti para o Tigre no primeiro tempo, lance que decidiu o clássico.

"O que a arbitragem fez aqui influenciou totalmente no jogo", resumiu Tadeu, que sofreu o gol na penalidade cobrada por Gabriel Poveda.

O técnico Jair Ventura não deu entrevista após a partida, como é habitual após todas os jogos do Goiás. Com exceção de Tadeu, os jogadores esmeraldinos deixaram o Serra Dourada dizendo que foram orientados a não dar declarações.

No X, o Goiás escreveu: "Fim de papo no Serra Dourada. Com contribuição direta do árbitro Anderson Gonçalves, equipe adversária supera o Goiás."

Tadeu disse acreditar que a atuação da arbitragem tem relação com críticas feitas após o jogo do Goiás em Anápolis. Na ocasião, pela 4ª rodada do Estadual, o alviverde venceu o Anápolis com gol de pênalti por 1 a 0. No lance, um zagueiro do tricolor foi expulso e o jogo teve três expulsões no total. O time anapolino reclamou muito de arbitragem naquele momento.

"Elogiei ele (Anderson Gonçalves) em Goiatuba mesmo com algumas decisões precipitadas. O&nbsp;que a arbitragem fez aqui influenciou totalmente no jogo. Acredito que tem a ver com o tanto de crítica que foi recebido depois do nosso jogo em Anápolis. Que os responsáveis também deem a cara a tapa, como fizeram depois do nosso jogo em Anápolis", falou Tadeu.

O goleiro do Goiás manteve o otimismo em relação à busca pelo título estadual e falou em tom de buscar a retomada após a derrota no clássico. "O&nbsp;campeonato não acaba hoje. Vamos nos reerguer e dar resposta dentro de campo, que é onde a gente vai voltar ao caminho das vitórias, continuando com o objetivo de buscar esse título", resumiu Tadeu.

O Goiás só volta a jogar pelo Campeonato Goiano no próximo fim de semana e terá mais um clássico pela frente - na Serrinha, enfrenta o Atlético-GO, no domingo (9), às 16 horas. Antes disso, estreia pela Copa Verde na próxima quinta-feira (6), às 19h30, contra o Rio Branco-ES.

Único a dar entrevista no Goiás após derrota para o Vila, Tadeu critica arbitragem: "Influenciou totalmente no jogo"

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GOIANÃO

O Goiás espera trabalhar em 2026 com orçamento próximo do que foi utilizado pelo clube neste ano, mas reconhece que o valor na próxima temporada não deve ser o mesmo. Neste ano, a equipe esmeraldina teve orçamento um pouco mais elevado por causa do pagamento da venda de 20% dos seus direitos de participação na LFU.

A direção esmeraldina ainda não divulgou o balanço de 2025 com números exatos, mas ao longo do ano mais de R$ 60 milhões passaram pelo caixa do clube. Esse número será o foco para 2026, mas o Conselho de Administração (CA) admite que pode não conseguir igualar esse aporte.

“O orçamento que temos de projeção é baseado nos últimos dois anos, estamos trabalhando para chegar próximo disso (ter pelo menos R$ 60 milhões no caixa). Não temos a garantia de que vamos chegar. Nós vamos fazer readequações e muito ainda será feito. Não queremos e não podemos perder qualidade esportiva para disputar nosso grande objetivo em 2026”, afirmou o presidente do CA Aroldo Guidão.

O dirigente adiantou que os custos mensais do Goiás vão ser reduzidos. O POPULAR apurou que a folha salarial do elenco do Goiás deve variar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. Em 2025, em média, o custo com o departamento de futebol foi de R$ 7,5 milhões por mês. “As adequações serão também salariais. Orçamento menor, despesa tem que ser menor, mas sem perder o potencial esportivo para atingir o objetivo”, disse.

O dirigente também revelou nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva, que o Conselho de Administração do Goiás faz consultas ao presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Rogério Pinheiro, quando precisa tomar decisões importantes que envolvem o Goiás.

“Ele (Paulo Rogério Pinheiro) é consultado. Pode ter certeza que sim. Eu, Aroldo, que ninguém sabe de onde vem, vou deixar pra lá e não consultar uma pessoa experiente que ama o Goiás verdadeiramente? Nós contamos com todos”, disse o presidente do CA.

Dirigente do Goiás fala sobre orçamento para 2026; veja quanto o clube vai gastar

Próxima temporada

O valor que o Grupo Construcap vai destinar para reforma e gestão do complexo Serra Dourada vai ultrapassar R$ 1,5 bilhão durante o período de 35 anos da concessão cedida pelo Governo de Goiás, segundo a empresa, que estima que já haverá aumento a partir do valor destinado apenas para a reforma no estádio, que é o principal equipamento esportivo do complexo que ainda tem o ginásio Goiânia Arena e o Parque das Crianças.

Segundo o contrato entre Construcap e o Estado, o valor mínimo para reforma é de R$ 215 milhões. “Esses valores vão aumentar. Apenas para a reforma no Serra Dourada vai superar R$ 300 milhões nos próximos dois anos. Tenho certeza que o número ao longo dos 35 anos vai passar de R$ 1,5 bilhão, e esse valor engloba tudo. Reforma, gestão e manutenção”, explicou o diretor do Grupo Construcap, Samuel Lloyd, ao JORNAL.

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Atualmente, especificamente o Serra Dourada gera prejuízo aos cofres públicos. Estudos técnicos divulgados pelo governo mostram que o local fechou no vermelho pelo menos nos últimos cinco anos com valores que variaram entre R$ 2,3 milhões a R$ 2,7 milhões negativos.

“Se eu (Construcap) tiver lucro ou não, o Estado tem direito a uma porcentagem. Essa porcentagem não é fixa. Ela varia de acordo com o desempenho da concessionária. Então, quanto melhor for a nossa operação, menor será a outorga variável. E isso significa que o governo está estimulando a gente a ter um bom atendimento à população. Quem avalia é a própria população que vai vir aqui nos jogos, nos eventos e nas atividades diárias. Ela vai falar se está satisfeita ou não. Quanto maior a satisfação, menor a penalidade, que seria a outorga variável”, comentou Samuel Lloyd.

Nova gestora do Serra Dourada espera investir R$ 1,5 bilhão

Reforma

O técnico Daniel Paulista chega ao Goiás ciente de que conviverá com pressão e cobrança por conquistas. O treinador de 43 anos tem como marca os títulos estaduais. Todos os títulos do novo comandante do clube esmeraldino foram em Estaduais. No clube goiano, esse será o primeiro desafio do profissional que assume a equipe alviverde após a demissão de Fábio Carille.

Na carreira como treinador, Daniel Paulista comandou equipes em cinco estaduais diferentes. O único que o novo técnico do Goiás não venceu foi o Paulista, quando comandou o Guarani em 2022 - a equipe bugrina foi eliminada nas quartas de final pelo Corinthians.

Todos os outros estaduais que disputou como técnico, Daniel Paulista venceu. A primeira conquista foi o pernambucano em 2017 no comando do Sport. Três anos depois, em 2020, ele foi campeão sergipano pelo Confiança.

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Daniel Paulista voltou a levantar taças nas duas últimas temporadas. Em 2024, o treinador foi campeão alagoano com o CRB e neste ano ele venceu o Campeonato Paraense à frente do Remo.

Pelo Goiás, Daniel Paulista terá a chance de ampliar suas conquistas estaduais. O Goianão será a primeira competição que o treinador vai disputar pelo clube esmeraldino, a partir do dia 11 de janeiro com a estreia na Serrinha diante do Goiatuba.

Especialista em Estaduais, Daniel Paulista chega ao Goiás ciente de que uma das exigências será vencer o Goianão - o desempenho no Estadual pode até ser fator para sua manutenção no comando da equipe. O clube esmeraldino vive seu maior jejum e não é campeão goiano desde 2018.

A irritação e cobrança de parte da torcida do Goiás também cresceu nos últimos anos por causa de vice-campeonatos (2019, 2022 e 2023 para o Atlético-GO com jogos dos títulos com mandos do Goiás) e após eliminações marcantes, como as quedas para Goiânia, nas quartas de final de 2024, e Vila Nova, na semifinal deste ano. Esta última eliminação marcou o avanço do rival colorado à final contra o Anápolis e, na decisão, o Tigre pôs fim ao jejum de quase 20 anos sem vencer o Goianão.

Esses contextos aumentam a pressão para Daniel Paulista no Goianão. Nos últimos anos, o insucesso da equipe esmeraldina no Estadual resultou em mudanças no comando técnico.

Neste ano, por exemplo, Jair Ventura foi demitido dias após a eliminação para o Vila Nova. Nos últimos anos, a lista ainda inclui os treinadores Zé Ricardo (2024), Guto Ferreira (2023) e Maurício Barbieri (2019).

Acesso

Ciente de que precisará vencer desde o início da temporada, Daniel Paulista foi contratado pelo Goiás também por sua experiência na Série B. O principal objetivo do clube esmeraldino em 2026 será o mesmo que foi neste ano e em 2024: voltar à Série A.

A Série B é a competição em que Daniel Paulista mais trabalhou como treinador. Foram sete edições com 177 jogos. Apesar do histórico, o treinador nunca conquistou o acesso à elite e pode ter essa chance em 2026 à frente do Goiás.

Daniel Paulista é treinador desde 2015 e sua primeira experiência na Série B foi em 2018 - foi o técnico do Boa Esporte em oito partidas no início da competição. O clube mineiro acabou rebaixado posteriormente na sequência da Segundona.

A única edição em que brigou pelo acesso foi na temporada de 2021 - a primeira de duas em que ele trabalhou da 1ª à 38ª rodada. Pelo Guarani, o treinador foi o 6º colocado e não conquistou o acesso após concluir a Série B com diferença de quatro pontos para o Avaí, que foi o 4º.

Naquele ano, o Goiás conquistou o acesso à elite justamente no jogo diante do time bugrino comandado por Daniel Paulista.

Nas outras edições, Daniel Paulista fez campanha de meio de tabela, como em dois casos com o CRB (9ª colocação em 2023 e 11ª em 2022). Nas temporadas de 2020 e 2024, o treinador lutou contra o rebaixamento. Na primeira ocasião, pelo Confiança (foi 15º) e na mais recente no comando do CRB (foi o 16º).

Neste ano, Daniel Paulista iniciou a Série B no comando do Remo, que subiu à Série A. O treinador deixou o clube paraense após a 10ª rodada, era o 6º colocado, e a decisão partiu do técnico, que aceitou uma proposta do Sport na Série A. Ele tinha objetivo de comandar uma possível reação do clube rubro-negro para a permanência, mas isso não ocorreu e ele foi demitido após a 30ª rodada do Brasileirão.

Daniel Paulista foi jogador e atuou como volante ao longo da carreira. Ele é cria da base do Comercial, de Ribeirão Preto, mas passou por clubes tradicionais como Santos, Corinthians, Sport e Juventude. Ele pendurou as chuteiras em 2014 após rápida passagem pelo ABC.

Goiás contrata técnico Daniel Paulista para 2026

Contratação

O ano do Goiás termina com a terceira demissão do treinador e o aumento no pagamento de multas rescisórias com esses profissionais. Fábio Carille foi demitido do comando da equipe alviverde e deve ser substituído por Daniel Paulista.&nbsp;

Carille foi o terceiro profissional demitido pelo esmeraldino em 2025. Antes dele, Jair Ventura tinha sido demitido em março e Vagner Mancini, a quem antecedeu, deixou o comando do clube em outubro.

Todas as saídas foram decisões tomadas pela direção alviverde, que rescindiu contratos antes do fim com os treinadores e essas demissões resultaram em pagamento de multas aos treinadores. Juntos, os acordos superam R$ 3 milhões. O Conselho de Administração do clube goiano fez acordos para pagamentos parcelados. Todos serão concluídos apenas em 2026.&nbsp;

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Ao técnico Jair Ventura, o valor da multa foi de cerca de R$ 830 mil - ele tinha contrato até o fim deste ano. Para Vagner Mancini, que também tinha vínculo até o fim do ano, o montante foi de R$ 1 milhão. Já para Fábio Carille o valor foi de R$ 1,4 milhão - o treinador tinha contrato até o fim de 2026.&nbsp;

A reportagem procurou o Conselho de Administração do Goiás para comentar o assunto e falar sobre a demissão de Fábio Carille, mas não obteve retorno. Nenhum dirigente concedeu entrevista desde o fim da Série B.&nbsp;

A demissão de Carille foi anunciada no último fim de semana, mas era um assunto debatido pela direção desde o fim da Série B, no final de novembro.&nbsp;

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Valores&nbsp;

O custo mensal com salário dele foi o principal fator pela saída do profissional, que recebia valor considerado elevado para os planos do Goiás para 2026. A direção pretende reduzir custos com o futebol profissional.&nbsp;

Outras decisões foram de não renovação com jogadores com salários altos, casos de Willean Lepo (também teria o custo de contratação em definitivo, pois estava emprestado) e Rafael Gava, por exemplo, e não dificultar saídas de atletas com custo elevado. Por isso as presenças do zagueiro Titi e do centroavante Anselmo Ramon para 2026, mesmo com contratos, ainda não estão 100% garantidas.&nbsp;

Fábio Carille foi o quinto treinador demitido pelo Goiás desde que o clube mudou seu estatuto e definiu um Conselho de Administração no modelo de gestão, no final de 2023.&nbsp;

Além do trio demitido neste ano, Zé Ricardo e Márcio Zanardi foram demitidos no ano passado - Mancini, na primeira passagem em 2024, foi o único que não foi demitido. Ele optou por não renovar para 2025, mas voltou ao clube goiano em abril deste ano.&nbsp;

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Daniel Paulista&nbsp;

A direção do Goiás, que ainda não oficializou a saída de Carille, pretende anunciar nesta semana a contratação do técnico Daniel Paulista. O treinador de 43 anos tem conversas avançadas com o clube e deve ser o próximo comandante da equipe. Por causa dessa troca no comando técnico, as buscas por reforços foram paralisadas no Goiás. O clube já negocia com alguns atletas, mas o diretor Michel Alves precisou alterar o foco para finalizar a negociação com um novo treinador.&nbsp;

Até aqui, o Goiás contratou apenas o lateral direito Rodrigo Soares e tem acerto encaminhado com o lateral esquerdo Nicolas, ambos com passagens pelo Atlético. O clube ainda busca ao menos um meia, um volante e pode contratar um centroavante.&nbsp;

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