Aos 43 anos, Adriano Leite Ribeiro ainda é um dos personagens mais magnéticos do futebol brasileiro, mas suas explicações para o abreviamento de sua carreira, embora simples, nem sempre são aceitas. "Meu Medo Maior", seu livro de memórias (editora Planeta, R$ 99), escrito em parceria com Ulisses Neto, pode ser a última chance de entender um homem tão amável quanto avesso a se abrir. Em 2000, aos 18 anos, o centroavante alto, canhoto e ainda reserva, foi convocado por Emerson Leão para as Eliminatórias da Copa, surpreendendo inclusive os torcedores do Flamengo. Logo Adriano foi levado ao futebol italiano, onde explodiu, atuando por Parma e Inter de Milão. O ápice europeu durou quatro anos, devido ao luto pelo pai e a um quadro de profunda depressão, razões que o trouxeram de volta ao Brasil, com a camisa do São Paulo.