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Autora de Harry Potter, J.K. Rowling é acusada novamente de transfobia por citação em livro

Em seu novo livro intitulado "Troubled Blood", escrito sob o pseudônimo Robert Galbraith, traz a história de um assassino em série que se veste de mulher para matar suas vítimas, mulheres cis

Modificado em 24/09/2024, 00:27

J.K. Rowling

J.K. Rowling (Divulgação)

A autora da série de livros "Harry Potter", J.K. Rowling, 55, está envolvida em mais uma polêmica relacionada à comunidade trans. Em seu novo livro intitulado "Troubled Blood", escrito sob o pseudônimo Robert Galbraith, traz a história de um assassino em série que se veste de mulher para matar suas vítimas, mulheres cis.

A quinta obra do best-seller que envolve o detetive Cormoran Strike está sendo lançada oficialmente nesta terça-feira (15), mas teve uma crítica negativa publicada pelo jornal britânico The Telegraph, que repercutiu na noite desta segunda e chamou atenção dos internautas. Jake Kerridge, autor do texto afirmou que a moral da história parece se resumir em "nunca confie num homem de vestido de mulher."

No Twitter, internautas, ex-fãs e ativistas da comunidade LGBTQI+ usaram a hastag "#RIPJKRowling" em protesto contra a autora, que tem um histórico conturbado sobre o assunto.

Em junho deste ano a escritora britânica foi criticada por causa de uma série de tuítes feitos por ela em resposta a um artigo de opinião do site de desenvolvimento global Devex, que deixou Rowling ressentida com a manchete "criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam".

Críticos apontaram que as visões de Rowling igualavam feminilidade à menstruação, enquanto muitos homens transsexuais menstruam, e muitas mulheres, não. Ela então, rebateu dizendo que apagar o conceito de sexo "remove a capacidade de muitos de discutir significativamente suas vidas".

As declarações da autora acabaram sendo criticadas também por atores de sua famosa franquia "Harry Potter". Daniel Radcliffe, conhecida pelo papel nos cinemas, compartilhou sua opinião nas redes sociais. "Como ser humano eu senti necessidade de dizer algo. Mulheres trans são mulheres. Está claro que precisamos apoiar as pessoas transgêneros e não-binários", postou.

No ano passado, J.K. Rowling chamou atenção no assunto após apoiar uma mulher que foi demitida por tuitar que as pessoas não podem alterar seu sexo biológico. Ela foi criticada por acrescentar uma relação homossexual à série "Harry Potter" depois que os livros foram publicados.

Geral

Combate à transfobia é tema da Parada LGBTQIAPN+ em Goiânia

Edição deste ano acontece no domingo (25), na Praça Cívica, e terá apresentações culturais e espaços para discurso e conscientização

Modificado em 19/09/2024, 00:28

Cristiany Beatriz, presidente da Unitrans: expectativa é de 100 mil pessoas

Cristiany Beatriz, presidente da Unitrans: expectativa é de 100 mil pessoas (Wildes Barbosa)

JOÃO PEDRO SANTOS

Acontece neste domingo (25) a 28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ em Goiânia. A partir do meio-dia, os participantes irão se concentrar no coreto da Praça Cívica, onde ocorrerão apresentações culturais e discursos. Também estarão disponíveis estandes e espaços para obter informações sobre educação, direitos e assistência social à comunidade LGBTQIAPN+.

O tema da edição de 2023 é "Transfobia Mata: Acolher, Proteger e Respeitar", buscando destacar a importância de políticas públicas de empregabilidade, combate à violência e apoio na conquista por direitos para estes grupos sociais. A novidade deste ano é a visão sustentável do evento, a partir de uma parceria com uma cooperativa de reciclagem para recolher todo o lixo produzido durante o evento.

Visibilidade

"Infelizmente hoje, não temos uma política de inclusão dentro dos dados coletados pelo governo para saber a estimativa da população trans em Goiás. Não há, no Censo, a pergunta 'Identidade de gênero e orientação sexual'", afirma a presidente da Associação de Pessoas Trans (Unitrans) em Goiás, Cristiany Beatriz Santos. De acordo com ela, a falta de dados faz com que estas comunidades se sintam em uma posição desfavorável na sociedade, sendo necessária a aplicação de políticas públicas para que uma visibilidade maior a elas seja concedida.

Segundo Cristiany, a luta pelos direitos das pessoas trans em Goiás tem sido árdua, em especial na área da saúde, com o processo transsexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS). "Um retrocesso que tivemos em 2022 foi com a desaplicação deste serviço para a população, que funcionava há 23 anos. Mas, em contraponto a isso, graças à resistência, somos um estado referência no quesito serviços de saúde, pois temos a política do processo transsexualizador implementada no HGG, assim como atendimento psicossocial em Senador Canedo e em Itumbiara, atendendo os municípios da região Sul", diz.

A comunidade também tem uma excelente parceria com a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), garantindo o direito à retificação de pronome e gênero, feito diretamente nos cartórios.

De acordo com a presidente da Unitrans em Goiás, um preconceito ainda latente direcionado às pessoas trans acontece no mercado de trabalho. Faltam oportunidades. "Hoje já existe uma abertura maior para essa população nas áreas de telemarketing, corte e costura e em salões de beleza. Mas a discriminação e os estereótipos criados ao redor da comunidade é o fator chave para que este mercado se feche em outras áreas", afirma. Segundo Cristiany, a fonte de renda mais frequente deste grupo social em particular acaba sendo a prostituição, que as afasta da vivência sociocultural do estado.

O Brasil lidera o ranking de países que mais matam pessoas trans. Não por acaso, a importância do tema da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ deste ano. "Um crime contra uma pessoa transexual, especialmente se for profissional do sexo, costuma não ter a investigação e a punição de seus assassinos. Isso funciona como um incentivador para que ocorra uma banalização da vida e dos corpos destas pessoas. O tema 'Acolher, Proteger e Respeitar' é exatamente o que precisamos fazer em relação a esta comunidade", relata Cristiany.

"A expectativa (para a Parada) é que tenhamos mais de 100 mil pessoas nas ruas do centro de Goiânia, a um só grito de orgulho. Orgulho de sermos o que somos, de podermos vivenciar nossa identidade, e de poder reivindicar, nessa festa política, mais saúde, educação, trabalho e segurança pública aos nossos gestores e parlamentares", finaliza.

400 mortes por ano

"A morte de LGBTs no Brasil, por serem LGBTs, gira em torno de 400 por ano. Aqui em Goiás, é em torno de 15 por ano", diz o policial rodoviário federal Fabrício Rosa, um dos organizadores do evento. De acordo com um dossiê divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Goiás é um dos 10 estados que mais assassinaram pessoas trans entre 2017 e 2022, com 33 homicídios. Além disso, o documento também revela que, dos 131 assassinatos cometidos em território nacional no ano passado, a região Centro-Oeste possui o terceiro maior percentual destes crimes, com 13% do total, ou seja, 17 casos.

Segundo as pesquisas da Antra, a maior parte das vítimas no País se encontra na faixa etária de 13 a 29 anos e são mulheres trans negras e pobres, que não costumam ter relação direta, afetiva ou social com o assassino. O dossiê informa que homens trans, pessoas transmasculinas e não-binárias têm 38 vezes menos chances de serem assassinados do que as mulheres trans. A fonte de renda mais frequente das vítimas costuma ser a prostituição, fato que acaba prejudicando a investigação criminal, devido aos estigmas e preconceitos negativos que pesam sobre estas comunidades.

Marcha

Às 16h, os participantes da Parada irão iniciar uma marcha pelas principais avenidas do Centro de Goiânia: a Araguaia, a Paranaíba e a Tocantins. A organização do evento tem como prioridade a segurança e o bem-estar de quem irá participar, implementando medidas em conjunto com a Polícia, o Corpo de Bombeiros, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e outras autoridades locais.

Além disso, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) garantiu um reforço na operação dos ônibus nos Terminais Isidória e Praça da Bíblia, fazendo a conexão com a Praça Cívica. (João Pedro Santos é estagiário do GJC em convênio com a UFG)

RONOGRAMA

O quê: 28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ - Transfobia Mata!: Acolher, Proteger, Respeitar

Data: domingo, 25 de junho

Local: Coreto da Praça Cívica

Horário : Concentração a partir das 12 horas, caminhada às 16h

12h - Concentração (trios elétricos começam a funcionar)
14h30 - Falas no palco
16h - Começa a caminhada (Av. Araguaia, Paranaíba, Tocantins)
18h - Retorno à Praça Cívica

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'Harry Potter' pode ganhar novos filmes, apesar de polêmicas com JK Rowling

De acordo com a revista americana The Hollywood Reporter, a única coisa que faltaria para novos capítulos da franquia começarem a ser desenvolvidos é a autorização de JK Rowling

Modificado em 20/09/2024, 06:17

'Harry Potter' pode ganhar novos filmes, apesar de polêmicas com JK Rowling

(Divulgação)

"Harry Potter" está na mira de Hollywood para voltar às telas com novos filmes -com o bruxinho original, não dentro da saga "Animais Fantásticos". É o que disse o novo CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, numa reunião com acionistas nesta quinta (3).

De acordo com a revista americana The Hollywood Reporter, a única coisa que faltaria para novos capítulos da franquia começarem a ser desenvolvidos é a autorização de JK Rowling, autora dos livros e detentora dos direitos autorais sobre os personagens.

"Nós vamos nos dedicar a franquias. Nós não fazemos um filme do Super-Homem há 13 anos. Nós não fazemos um 'Harry Potter' há 15. Os filmes da DC e de 'Harry Potter' foram responsáveis por muitos dos lucros da Warner Bros. nos últimos 25 anos", afirmou Zaslav, citando ainda "O Senhor dos Anéis", cujos direitos de adaptação para os cinemas seguem com o estúdio, apesar da nova série do Amazon Prime Video.

A lógica de buscar franquias com potencial para um grande retorno financeiro segue a cartilha que Zaslav apresentou ao assumir o cargo, após a recente fusão entre a WarnerMedia e a Discovery, Inc.

Sua permanência como CEO é vista de forma crítica por muitos fãs e especialistas, principalmente depois que ele anunciou que o longa "Batgirl", apesar de finalizado, não seria mais lançado para driblar impostos que recairiam sobre ele.

O plano de Zaslav é cortar cerca de US$ 3,5 bilhões, ou R$ 17,6 bilhões, em despesas, principalmente por meio de impostos cobrados sempre que um novo conteúdo é lançado. No horizonte também está uma fusão entre as plataformas de streaming das duas empresas que deram origem à Warner Bros. Discovery, HBO Max e Discovery+, que foi antecipada para o início de 2023 na mesma reunião desta quinta.

Parece arriscado, no entanto, investir tempo e dinheiro em novos filmes da mente de JK Rowling. A autora está há anos no centro de uma polêmica que a acusa de transfobia, e muitos dos fãs de "Harry Potter" e ativistas vêm pregando boicotes a suas obras.

Outro entrave seriam os números da franquia "Animais Fantásticos", bem abaixo daqueles feitos pela saga original do bruxinho, em especial por causa das críticas mornas ou ruins que vem recebendo há três filmes.

De qualquer forma, a declaração de Zaslav, por ter sido feita num encontro para acionistas, parece mais fundamentada em planos reais do que em promessas vazias.

Geral

Ambulatório para atender população trans é alvo de crítica de vereador em Senador Canedo

Unidade de atendimento foi inaugurada no dia 29 de julho no município e deve atender população LGBTI+ de 25 cidades

Modificado em 20/09/2024, 03:52

Vereador João Daniel (PSC) diz que "não é contra pessoas, mas contra ideias"

Vereador João Daniel (PSC) diz que "não é contra pessoas, mas contra ideias" (Reprodução / Instagram)

A inauguração do Ambulatório Regionalizado do Processo de Afirmação de Gênero (ARPAGESC), em Senador Canedo, foi inaugurado no dia 29 de julho para oferecer serviços médicos, que incluem clínica geral, endocrinologia, assistência social e psicológica para a população LGBTQI+. No entanto, o atendimento voltado para essa comunidade foi alvo de críticas na Câmara Municipal local pelo vereador João Daniel (PSC). Durante sessão ordinária na última terça-feira (9), o vereador afirmou que o dinheiro público do município não deveria ser destinado a procedimentos de mudança de sexo.

"Eles querem fazer troca de sexo, por que não vão fazer com o dinheiro deles? Por que têm que usar dinheiro público para fazer isso? Por que nossa gestão não vai atrás de políticas públicas para trazer outros recursos para o município?", questionou o vereador.

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Uma publicação compartilhada por João Daniel Cardoso (@danielcardosobeni)

A cirurgia de mudança de sexo faz parte da lista de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a portaria nº 1.707, publicada em 2008. Na norma diz que se deve "levar em consideração a integralidade da atenção, não restringindo nem centralizando a meta terapêutica no procedimento cirúrgico de transgenitalização, promovendo um atendimento livre de discriminação".

Em 2013, a portaria nº 2.803 redefiniu e ampliou o Processo Transexualizador no SUS com objetivo de "aprimorar a rede de atenção à saúde e a linha de cuidado de transexuais e travestis".

Amanda Souto, que é mulher trans e coordenadora da área jurídica da Aliança Nacional LGBTI+ lamenta as falas do parlamentar. "Fico muito triste com essa situação, porque revela um despreparo dos vereadores sobre essa questão. Não sabem o que estão falando e usam falas preconceituosas para instigar o pânico moral na sociedade", afirma.

Ela ressalta que a transexualidade, assim como a homossexualidade, já foram descartadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como doenças, como sugeriu o vereador durante seu discurso. "Quando a gente fala de algo que não é doença, não existe cura ou terapia de conversão, não existe cura gay. Inclusive elas são proibidas no Brasil", explica.

De acordo com Amanda, há três resoluções do Conselho Federal de Psicologia que proíbem esse tipo de prática. São elas: a resolução nº1 de 1999, que trata de pessoas homossexuais; nº1 de 2018, que fala de pessoas transexuais; e a resolução nº 8 de 2022, que fala das pessoas bisexuais e pansexuais, que não se atraem por um gênero só.

Em sua fala, o vereador diz que a gestão municipal deveria usar da "expertise e da vontade de ir atrás desses assuntos para trazer outros recursos", um deles seria para a maternidade de Senador Canedo ficar pronta mais rápido.

"A questão da transexualidade no SUS é reconhecida desde 2008. Temos os ambulatórios trans, que são regulamentadas pela portaria 2.083 de 2013 e desde que esses ambulatórios existem, cirurgias eletivas nunca pararam de funcionar, todo o SUS funciona como sempre, dando atendimento integral e universal a todas as pessoas", ressalta.

Ela ainda reforça que o Brasil é signatário dos Princípios de Yogyakarta, nos quais são reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O número 17 desses princípios declara que é direito da população LGBTQI+ o padrão mais alto de saúde e determina que os estados devem facilitar o acesso daquelas pessoas que estão buscando modificações corporais relacionadas a reassignação de gênero e sexo ao atendimento e tratamento e apoio competentes e não discriminatórios", pontua.

"Temos de ter noção que há muitos instrumentos nacionais e internacionais que tratam dessa questão, e não é simplesmente opinião de um vereador que nem deveria estar legislando sobre essa questão que já está disciplinada no Ministério da Saúde", acrescenta.

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou pelo enquadramento da homofobia e transfobia como tipo penal definido na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989). O chamado racismo social é punível com até cinco anos de reclusão.

Resposta

Por meio de nota, João Daniel disse que reafirma sua "posição de defesa dos princípios administrativos em que o atendimento na área de saúde deve ter prioridade". Segundo ele, "é sabido" que Senador Canedo está "em déficit de atendimentos básicos".

"Fomos, portanto, surpreendidos com o emprenho em se estabelecer políticas públicas de saúde junto às minorias enquanto outras também minorias estão sofrendo em filas de espera em busca de cirurgias, tratamentos e procedimentos igualmente importantes para a sociedade".

Denúncia

Um coletivo formado por diversas associações e pessoas LGBTQI+, nos quais estão incluídas a Aliança Nacional LGBQI+ e a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (Renosp), estão encaminhando uma petição contra a fala do vereador e vão denunciar as falas no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), da Polícia Civil de Goiás.

"Uma fala terrível e que nos coloca no lugar de demoníacos, porque faz referência a Sodoma e Gomorra, nos coloca no lugar da medicalização quando faz referência à psiquiatras", comenta Fabrício Rosa, policial rodoviário federal LGBTI+ e um dos diretores da Renosp LGBTI+, à frente das denúncias contra João Daniel.

"Pessoas trans ficam em depressão, têm ansiedade e uma série de questões psicológicas quando elas não têm tratamento hormonizador, quando não passam pela cirurgia quando desejam", acrescenta.

Ambulatório

De acordo com a Rafaela Damasceno,assistente social e responsável técnica pelo ambulatório, "o serviço não faz e nem fará cirurgias, as pessoas que desejarem algum tipo de intervenção cirúrgica serão encaminhadas para a Rede existente, para o HGG (Hospital Geral de Goiânia)".

Ela ainda informa que o Ambulatório Regional do Processo de Afirmação de Gênero de Senador Canedo irá oferecer o Serviço Ambulatorial do Processo Transexualizador para pessoas travestis e transexuais aos 25 municípios da regional em saúde, que são: Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Caldazinha, Cezarina, Cristianópolis, Cromínia, Edealina, Edéia, Hidrolândia, Indiara, Jandaia, Leopoldo de Bulhões, Mairipotaba, Orizona, Piracanjuba, Pontalina, Professor Jamil, São Miguel do Passa Quatro, Senador Canedo, Silvânia, Varjão Vianópolis e Vicentinópolis.

Geral

Estudantes de escolas públicas escrevem poemas e têm livro autoral publicado

Projeto foi inspirado no tema reciclar e conta com 150 poemas de alunos de Guapó e de Goiânia

Modificado em 20/09/2024, 00:55

Projeto teve como proposta motivar a consciência ambiental e despertar o artista e escritor nos estudantes.

Projeto teve como proposta motivar a consciência ambiental e despertar o artista e escritor nos estudantes. (Divulgação/Jack Vieira)

Os alunos do Centro De Ensino Em Período Integral (CEPI) Professora Liodósia Serra Ramos, do município de Guapó, e da Escola Municipal Carlos Eurico de Camargo Alves, de Goiânia, participaram do Projeto Sementes ao Vento-Criando Poetas, que reuniu poemas escritos por eles durante o semestre para publicação no livro Semente ao Vento. O projeto foi inspirado no tema reciclar. Os estudantes escreveram 150 poemas.

Participaram 74 de Guapó e 80 de Goiânia. Durante as aulas de redação literária, foi apresentado aos alunos os elementos e características de um poema. E nas atividades, eles leram Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Elias José, Marlene Couto, e muitos outros.

O projeto teve como proposta motivar a consciência ambiental e despertar o artista e escritor nos estudantes. Além das aulas, eles aprenderam sobre a arte em grafite no estêncil, conceitos sobre reduzir, reutilizar e reciclar, e palestras sobre educação ambiental que completaram o aprendizado.

Garrafas pets, latas, potes de sorvetes, entre outros materiais foram transformados para novos usos, como vasos onde as crianças plantaram mudas e levaram para casa, vivenciando o ciclo de reutilização.

Tereza Carvalho, responsável pela execução do projeto, contemplado pelo edital da Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Cultura (Secult) e governo federal, relata que o livro foi entregue aos alunos durante o evento de encerramento, que aconteceu no último final de semana.

Em Guapó, o projeto foi concluído no dia 4 de maio, com a entrega dos livros leituras de poemas, exposição das produções dos alunos das oficinas de grafite no estêncil e reciclagem e a doação de mudas plantadas pelos alunos.

Já em Goiânia, a Escola Municipal Carlos Eurico de Camargo Alves, no Parque Santa Rita, foi finalizada no último sábado (11), e foi aberta ao público.

Thaynara Mesquita é estagiária de Jornalismo do convênio GJC/Uniaraguaia