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Charles III é o novo rei; saiba quem foram Charles I e Charles II

Sucessor da rainha Elizabeth II diz que morte da mãe será “profundamente sentida” por todo o Reino Unido

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 03:30

Novo rei do Reino Unido: Charles III

Novo rei do Reino Unido: Charles III (Reprodução)

O novo rei da Inglaterra teve a opção de escolher seu nome. Ao optar por Charles 3º, o monarca dá sequência à uma linhagem que remonta ao século 17 e que foi responsável por aumentar o poderio britânico.

Charles 1º foi rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1625 e 1649, ano em que foi executado.

Ele era o segundo filho do rei Jaime I da Escócia, mas, depois que seu pai herdou o trono inglês, em 1603, mudou-se para a Inglaterra, onde passou grande parte de sua vida. Charles foi entronado após a morte do pai.

À época, a Inglaterra vinha de uma crise econômica por investir mais dinheiro do que podia em seu Exército, que lutou contra e venceu a Espanha numa guerra em 1558.

Charles 1º, tão logo virou monarca, assinou um documento que proibia a Coroa de convocar o Exército ou tomar medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento. Ele também estendeu uma cobrança de impostos de navios, que valia somente para a área litorânea, para toda a Inglaterra.

Acreditando - assim como o seu pai - que o soberano era designado por Deus para comandar o império, dissolveu e convocou o Parlamento diversas vezes. Também tentou impor aos escoceses a prática do anglicanismo, sendo que a maioria era presbiteriana.

Foi decapitado por traição à pátria e por governar como tirano, em 30 de janeiro de 1649.

Filho sobrevivente de Charles 1º, Charles 2º foi rei da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia entre 1660 e 1685. O tempo em que ficou no poder é conhecido como o período da Restauração, pois representou a pacificação da Inglaterra após as guerras civis entre católicos e protestantes. Também significou o fim de um período republicano no país.

Seu reinado foi marcado pelo aumento da colonização e do comércio na Índia, nas Índias Orientais e na América - os britânicos tomaram Nova York dos holandeses em 1664 - e por atos de navegação que garantiram o futuro do Reino Unido como potência marítima.

Enfrentou ainda a Peste Negra, em 1664, quando um quarto da população de Londres à época morreu. Em seguida, um grande incêndio forçaria a reconstrução de parte da cidade.

Ele fez várias tentativas para formalizar a tolerância a católicos, mas foi forçado a recuar diante de um Parlamento fortemente hostil.

Embora Charles 2º tivesse vários filhos ilegítimos com várias amantes, não teve nenhum com sua esposa, Catarina de Bragança. Seus esforços para se tornar um governante absoluto o levaram a entrar em conflito com o Parlamento, que ele dissolveu em 1681. Desde então, até sua morte, em 1685, governou sozinho.

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Coroação da rainha Elizabeth 2ª, em 1953, teve Churchill e Assis Chateaubriand

Modificado em 19/09/2024, 00:21

Coroação da Rainha Elizabeth II, em 1953, na Abadia de Westminster

Coroação da Rainha Elizabeth II, em 1953, na Abadia de Westminster (Getty Images)

O Reino Unido volta a receber uma espécie de pot-pourri do poder global neste sábado (6). Nos últimos dias, aterrissaram em Londres centenas de chefes de Estado, primeiros-ministros e famílias reais para assistir à coroação do rei Charles 3º, 70 anos depois da última cerimônia do tipo na monarquia mais famosa do mundo.

A expectativa é de que estejam presentes todos os representantes e líderes religiosos da Commonwealth --associação de 56 países que, quase em sua totalidade, fizeram parte do Império Britânico no passado. O Brasil será representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou nesta sexta (5) em Londres. Estão na lista ainda celebridades como o cantor Lionel Richie, e especula-se que o casal David e Victoria Beckham possa aparecer.

Em 2 de junho de 1953, a rainha Elizabeth 2ª passou pelo ritual, mais de um ano após a morte de seu pai e na primeira coroação televisionada. No dia seguinte, a Folha de S.Paulo noticiou que, sob as árvores do trajeto por onde passou a procissão da rainha, havia funcionários da emissora pública BBC, enfermeiros e vendedores de refrigerante, sanduíches, chicletes, binóculos e laranjas.

Winston Churchill, premiê britânico na ocasião, foi um dos convidados a prestigiar a cerimônia. O estadista esteve no poder durante a Segunda Guerra Mundial, quando Reino Unido e aliados enfrentaram a Alemanha nazista de Adolf Hitler, e foi o responsável por criar a expressão "cortina de ferro" para descrever a divisão que se criaria na Europa após o conflito.

O jornal descreve ainda a passagem de tropas de Belize, Ilhas Malvinas, Hong Kong, Gibraltar, Jamaica, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Bermudas. "O cortejo dos primeiros-ministros da Commonwealth foi muito maior do que na última coroação. O palácio precisou pedir emprestados aos estúdios de Sir Alexander Korda [diretor de cinema britânico] os 'broughams' [carruagens] que faltavam para os novos membros: Índia, Ceilão [Sri Lanka] e Paquistão", apontou a Folha de S.Paulo.

A princesa Marie Louise, neta da rainha Vitória, também estava na coroação --a quarta de que participava aos seus 80 anos. Compareceu ainda Jawaharlal Nehru, líder do movimento da independência da Índia, país que em 1953 completava seis anos de emancipação. Na época, ele era premiê indiano, cargo que inaugurou na nação e no qual permaneceu até 1954.

Getúlio Vargas, então no seu segundo período na Presidência do Brasil, enviou o senador e magnata da comunicação Assis Chateaubriand para representar o país, e o empresário presenteou a rainha com um jogo de tiara, colar, pulseira e brincos com pedras de águas marinhas. A soberana usaria o conjunto em diversas ocasiões, inclusive quando recebeu Lula para um banquete no Palácio de Buckingham, em 2006.

A coroação de seu pai e antecessor, George 6º, no dia 12 de maio de 1937, teve a presença da própria rainha, então aos 11 anos, e de figuras como Yasuhito, príncipe Chichibu do Japão. Ele era neto de Meiji, o Grande, imperador japonês entre 1867 e 1912 --período de grandes transformações em que o país deixou de ser uma nação feudal e se abriu para o mundo como uma potência.

A festa, registrou a Folha de S.Paulo, tinha mais de um milhão de pessoas e clima de carnaval, em contraste com os "tradicionalmente insensíveis" rostos britânicos. Onipresentes em multidões desde então, já participavam da cerimônia também os vendedores ambulantes, que ofertavam chocolates, folhetos com a programação do dia, fotos das princesas e rudimentares periscópios para quem quisesse enxergar melhor.

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Coroação do rei Charles 3° terá Coldplay, Harry Styles e Ed Sheeran na playlist

Modificado em 19/09/2024, 00:20

Coroação do rei Charles 3° terá Coldplay, Harry Styles e Ed Sheeran na playlist

(Divulgação)

A cerimônia de coroação do rei Charles 3° será recheada de hits pop, com músicas que vão de "Treat People With Kindness", do cantor Harry Styles, passando por "A Sky Full of Stars", da banda Coldplay, e "Celestial", de Ed Sheeran.

A playlist oficial do evento foi divulgada pelo Spotify e inclui também "We Are the Champions", do Queen, Let's Dance, de David Bowie, e "Slave to the Rhythm", de Grace Jones. Ao todo, 27 canções fazem parte da lista.

O Palácio de Buckingham, porém, teve dificuldades para encontrar artistas que aceitassem participar do evento.

Celebridades e cantores importantes do Reino Unido foram convidados para comparecer à celebração, mas recusaram o convite. Harry Styles, Adele e Elton John estão entre alguns nomes que disseram não para o convite.

Galeria Coldplay começa maratona de shows no Brasil Veja como foi a primeira apresentação da turnê 'Music of the Spheres Tour' em São Paulo https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1760036860041998-coldplay-comeca-maratona-de-shows-no-brasil *** Outros artistas escalados que não vão se apresentar na coroação é o grupo Spice Girls, Ed Sheeran e Robbie Williams.

Apesar das consecutivas negativas dos artistas, nomes como Lionel Richie, Olly Murs, o grupo Take That (sem Robbie Williams, que saiu da formação) e Dannii Minogue confirmaram presença. Veja abaixo a playlist oficial da coroação:

The Beatles: "Come Together"

Boney M.: "Daddy Cool"

Coldplay: "A Sky Full of Stars"

David Bowie: "Let's Dance"

Ed Sheeran: "Celestial"

Elbow: "One Day Like This"

Electric Light Orchestra: "Mr. Blue Sky"

Ellie Goulding: "Starry Eyed"

Emeli Sandé: "Starlight"

George Ezra: "Dance All Over Me"

Grace Jones: "Slave to the Rhythm"

Harry Styles: "Treat People With Kindness"

Kate Bush: "Running Up That Hill (A Deal with God)"

Madness: "Our House"

Micheal Bublé: "It's a Beautiful Day"

Pet Shop Boys: "All Over the World"

Queen: "We Are the Champions"

Jeff Beck, Rod Stewart: "People Get Ready"

Sam Ryder: "Space Man"

Spandau Ballet: "Gold"

Spice Girls: "Say You'll Be There"

Take That: "Shine"

The Kinks: "Waterloo Sunset"

The Proclaimers: "I'm Gonna Be (500 Miles)"

The Who: "Love Reign O'er Me"

Tom Jones: "Green Green Grass of Home"

Years & Years: "King"

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Rainha Elizabeth 2ª é sepultada ao lado do príncipe Philip após 11 dias de cerimônias

Enterro aconteceu na capela de St. George, nos arredores do Castelo de Windsor

Modificado em 20/09/2024, 03:05

Símbolo da monarquia, Elizabeth 2ª ocupou o trono por sete décadas e faleceu serenamente, segundo o comunicado oficial.

Símbolo da monarquia, Elizabeth 2ª ocupou o trono por sete décadas e faleceu serenamente, segundo o comunicado oficial. (Royal.uk)

A rainha Elizabeth 2ª foi sepultada, na tarde desta segunda-feira (19), ao lado de seu marido, o príncipe Philip - morto no ano passado. O enterro aconteceu na capela de St. George, nos arredores do Castelo de Windsor, após 11 dias de sua morte.

"A rainha foi enterrada junto com o duque de Edimburgo, na Capela Memorial do Rei George VI", disse o comunicado da família real britânica.

Multidões saíram às ruas do Reino Unido para se despedir uma última vez da monarca. Os eventos marcam os últimos ritos de um longo adeus iniciado no último dia 8, quando foi anunciada a morte da soberana, aos 96 anos.

As demonstrações de luto começaram naquele mesmo dia, com o povo britânico deixando flores, cartas, pôsteres e até ursinhos de pelúcia nos portões de várias residências da família real. Depois, a protocolar jornada do corpo da rainha do local de sua morte, em Balmoral, na Escócia, foi acompanhada de perto pelo público até a sua chegada à capital inglesa, na terça passada.

O caixão foi exibido por cinco dias no Salão de Westminster, e milhares de britânicos enfrentaram filas gigantescas por uma chance de homenagear pessoalmente a soberana. Era ali que o corpo da rainha repousava até as 6h40 desta segunda quando, ao ser erguido pelos chamados carregadores reais, deu-se início ao funeral de Estado.

Como em procissões anteriores, o caixão foi coberto por uma bandeira com o estandarte real, a Coroa Imperial do Estado e um arranjo com flores de vários jardins da realeza ---sustentável a pedido do rei Charles 3º, historicamente engajado no ativismo ambiental. A novidade era um cartão visível entre as plantas e assinado pelo monarca, com os dizeres "em memória amorosa e dedicada".

O ataúde foi colocado sobre uma carruagem da Marinha Real, e 142 marinheiros escoltaram o trajeto do coche entre o salão e a abadia de mesmo nome. Atrás dele, estavam os quatro filhos da rainha, o rei Charles e seus irmãos, Anne, Andrew e Edward. E dois dos netos de Elizabeth, os príncipes William e Harry, que participavam de sua primeira cerimônia fúnebre oficial desde a morte da soberana.

A maioria dos membros da realeza presentes usava uniformes. As exceções eram o príncipe Harry, que renunciou aos seus títulos militares ao romper com a família real no ano passado, e o príncipe Andrew, que no início do ano foi acusado de abusar de uma adolescente envolvida no esquema de tráfico sexual de Jeffrey Epstein.

Na entrada da abadia, juntaram-se ao cortejo a rainha consorte, Camilla; a esposa de William e princesa de Gales, Kate Middleton; e a mulher de Harry e duquesa de Sussex, Meghan Markle.

Os dois filhos mais velhos de William, o príncipe George, 9, e a princesa Charlotte, 7, também participaram da procissão, marcando a primeira vez que bisnetos de um monarca desempenharam uma função oficial em um funeral de Estado. Segundo a imprensa britânica, a decisão tinha como objetivo mostrar a estabilidade da Coroa, uma vez que George se tornou o segundo na linha de sucessão com a morte de Elizabeth. Já os filhos de Harry e Meghan, de 3 e 1 ano, não compareceram.

O caixão da rainha encontrou os cerca de 2.000 convidados para o evento, cem deles chefes de Estado como Joe Biden e Emmanuel Macron, já sentados em seus lugares.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também estava presente, e voltou a falar com dezenas de apoiadores que o aguardavam ao se dirigir à cerimônia pela manhã. Irritado com questionamentos sobre o ato eleitoral que promoveu na véspera ---e pelo qual foi criticado nacional e internacionalmente---, o presidente voltou a chamar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ladrão e a criticar investigações que apuram esquemas de corrupção envolvendo sua família.

O funeral foi liderado pelo reverendo David Hoyle, e líderes religiosos e políticos fizeram leituras, incluindo a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. Também houve sermão do arcebispo de Canterbury, Justin Welby.

"Nossa falecida majestade declarou, na transmissão do seu 21º aniversário, que toda sua vida seria dedicada a servir a nação. Raramente uma promessa como essa é tão bem cumprida", disse Welby. Ele também citou uma fala da rainha durante o período de isolamento social causado pela pandemia. "A transmissão da falecida majestade durante a quarentena da Covid-19 terminava com 'nos encontraremos novamente'. Uma palavra de esperança. Todos os que seguem o exemplo da rainha, e inspiram confiança e fé em Deus, podem dizer com ela: 'Nos encontraremos novamente'."

Perto do fim das solenidades, às 11h58 (7h58 em Brasília), a cerimônia foi interrompida, e dois minutos de silêncio foram feitos em todo o Reino Unido.

A quietude foi respeitada inclusive pelas dezenas de cidadãos que optaram por assistir ao funeral em telões erguidos em locais públicos, junto de seus compatriotas. Este foi o primeiro funeral de Estado a ser televisionado no país, numa síntese simbólica das intensas transformações pelas quais o mundo passou durante o longo reinado de Elizabeth ---ela também foi a primeira soberana a ter sua coroação transmitida pela TV.

Depois do funeral, o caixão foi levado por marinheiros por Londres em um dos maiores cortejos militares já vistos em Londres, com dezenas de membros das Forças Armadas trajando figurinos cerimoniais. Eles marchavam de acordo com a melodia fúnebre tocada pela banda marcial ao mesmo tempo em que o Big Ben marcava os minutos ao fundo.

Ao redor, o público escalava postes e subia portões e escadas para tentar avistar a procissão. Alguns usavam roupas formais, como ternos e vestidos pretos, enquanto outros vestiam moletons e roupas de ginástica.

A procissão foi encerrada com a chegada do corpo de Elizabeth 2ª ao Arco de Wellington, monumento construído no Hyde Park no século 19 para comemorar as vitórias do Reino Unido contra Napoleão. Dali, o caixão viajou em um carro fúnebre até o Castelo de Windsor, a oeste de Londres, onde a rainha seria enterrada ao lado de seu marido, Philip. A rota foi mais uma vez acompanhada de perto pelo povo, que batia palmas e jogava flores sobre o veículo.

Uma última cerimônia oficial ainda foi realizada em Windsor, na Capela de Saint George. Ao final dela, a congregação cantou o hino nacional em sua forma atualizada, God Save The King, ou "Deus Salve o Rei" ---a versão personalizada para Charles da frase que dá título ao hino nacional britânico e que se tornou uma espécie de slogan da monarquia.

O enterro de fato foi restrito aos membros da realeza, um dos raros momentos dos vários dias de cerimônia em que a família teve sua privacidade preservada.

Quando Diana morreu, em 1997, uma das imagens que correram o mundo foi a de Charles e seus dois filhos ainda adolescentes olhando cabisbaixos o caixão com o corpo da princesa.

Quando, no ano passado, o príncipe Philip morreu aos 99 anos em meio à mais grave pandemia do século, foi a imagem de Elizabeth em luto, sozinha na capela do Castelo de Windsor, que comoveu os britânicos.

Agora que o Reino Unido deu seu último adeus à rainha mais duradoura de sua história, talvez a imagem que fique é a de seu filho, o novo rei, parecendo tentar conter as lágrimas.

Funeral de Elizabeth 2ª juntará líderes democráticos e ditadores; saiba quem vai

Modificado em 27/05/2023, 20:24

Funeral de Elizabeth 2ª juntará líderes democráticos e ditadores; saiba quem vai

(Reprodução Reuters)

Além dos milhões de ingleses que prometem parar a capital inglesa para chorar a morte de sua soberana, cerca de 500 chefes de Estado devem prestar pessoalmente suas condolências à família real no funeral da rainha Elizabeth 2ª na próxima segunda (19).

Entre os que já confirmaram presença estão o presidente americano, Joe Biden, acompanhado da primeira-dama, e o dirigente brasileiro, Jair Bolsonaro, que no mesmo dia voa para Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

Além deles, comparecem ainda os presidentes Emmanuel Macron (França), Frank-Walter Steinmeier (Alemanha), e Yoon Suk-Yeol (Coreia do Sul), além de líderes de vários dos países da Commonwealth, como Justin Trudeau (Canadá), Jacinda Ardern (Nova Zelândia) e Droupadi Murmu (Índia).

A realeza europeia, que em muitos casos tem elos de sangue com a família real britânica, também marca presença. Os monarcas da Bélgica, dos Países Baixos e da Noruega, anunciaram que estarão no funeral, e até o rei emérito da Espanha, Juan Carlos, deve furar o exílio para ir à cerimônia.

Do outro lado do globo, vêm Naruhito e Masako, o casal imperial japonês, em sua primeira viagem internacional desde que ascenderam ao trono. É uma rara aparição da imperatriz, que se retraiu da vida pública duas décadas atrás.

Alguns dos convites de certa forma surpreenderam a comunidade internacional, por se destinarem a líderes de ditaduras ou regimes autoritários. Foram chamados, por exemplo, o chinês Xi Jinping, o norte-coreano Kim Jong-un e o nicaraguense Daniel Ortega. Enquanto o primeiro enviará para o evento seu vice Wang Qishan, os outros dois serão representados por funcionários de suas respectivas embaixadas. O turco Recep Tayyip Erdogan também foi convidado e deve comparecer ao funeral pessoalmente.

Os que amargam a exclusão da lista são sobretudo os países alvos de sanções impostas por Londres ou por seus aliados no Ocidente. É o caso da Rússia, de Mianmar e de Belarus -o Irã, penalizado por causa de seu programa nuclear, é uma exceção a essa regra, e será representado por embaixadores. Síria e Venezuela, que não mantêm relações diplomáticas com o Reino Unido, também não foram chamados, assim como o Afeganistão, sob domínio do Talibã.

Já os que conseguiriam um lugar no disputado evento terão de se deslocar juntos para a abadia de Westminster na segunda (19), em algum tipo de transporte coletivo a ser oferecido pela família real e cujo ponto de encontro é o Hospital Real, no oeste de Londres. A expectativa é de que o feriado pare a capital inglesa, com milhões de pessoas nas ruas e interrupção de trânsito em vias públicas centrais.

Antes disso, no domingo (18), os chefes de Estado comparecem a uma recepção oficial organizada pelo rei Charles e a rainha consorte, Camilla, no Palácio de Buckingham. Os convidados também poderão visitar o local onde repousa o corpo da rainha, no Salão de Westminster.