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'Cidade Invisível' resgata folclore brasileiro para adultos e o apresenta a público internacional

Os personagens fazem parte da nossa mitologia, que assombra há séculos a imaginação dos brasileiros

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:32

Marco Pigossi foi protagonista da série Cidade Invisível

Marco Pigossi foi protagonista da série Cidade Invisível (Netflix/Reprodução)

Gerações de brasileiros cresceram com o Sítio do Pica-Pau Amarelo, lendo os livros de Monteiro Lobato ou assistindo às numerosas adaptações para a TV. E não são poucos os que acreditam que o Saci-Pererê, a Cuca e outras figuras fantásticas, recorrentes nas aventuras de Emília, Pedrinho e Narizinho, tenham sido criados pelo escritor paulista.

Esses personagens, é claro, fazem parte do nosso folclore --ou da nossa mitologia, como defendem alguns. Resultado da mistura de crenças indígenas, africanas e portuguesas, eles assombram há séculos a imaginação do Brasil, mas, no século 20, foram relegados ao universo infantojuvenil.

"Cidade Invisível", que estreou na Netflix no dia 5 de fevereiro, chegou para ressignificar essas criaturas e lançá-las no mundo moderno. Carlos Saldanha, o criador da série, afirma que se inspirou em produções internacionais como "American Gods", que introduz deuses e semideuses em contextos contemporâneos, sem a menor cerimônia.

Saldanha se consagrou com diretor de filmes em animação de enorme sucesso, como "O Touro Ferdinando" e as franquias "Rio" e "A Era do Gelo". Recebeu duas indicações ao Oscar. Antes de "Cidade Invisível", nunca havia trabalhado num projeto em live-action, com atores em frente às câmeras.

A primeira temporada tem apenas sete episódios, dirigidos por Júlia Pacheco Jordão e Luis Carone. Mirna Nogueira foi a chefe da equipe de roteiristas, que trabalhou em cima de uma trama desenvolvida por Carolina Munhóz e Raphael Draccon. Carlos Saldanha aparece nos créditos como criador e produtor executivo.

O protagonista é Eric Alves, um fiscal ambiental --o terceiro papel de Marco Pigossi em uma série da Netflix, depois de participações na australiana "Tidelands" e na espanhola "Alto Mar", e o primeiro em português. O ator mostra que está fazendo falta na Globo: sua atuação madura, perfeitamente calibrada, transmite a dor de um homem que passa por uma enorme perda logo no primeiro capítulo, e aos poucos descobre o segredo que envolve seu passado.

Crimes misteriosos vêm acontecendo no Rio de Janeiro, quase sempre na decadente --e extremamente fotogênica-- região central da cidade. Um boto cor de rosa, um animal dos rios amazônicos, é encontrado morto na praia do Flamengo. Depois de colocado na caçamba de uma caminhonete, o bicho assume forma humana. Intrigadíssimo, Eric segue as pistas e penetra, sem querer, na cidade invisível do título da série: um mundo povoado por seres fabulosos, que passam despercebidos no cotidiano da metrópole.

Este mundo é liderado informalmente pela Cuca, de aparência muito diferente do réptil de peruca loura a que nos acostumamos. Alessandra Negrini traz sensualidade e poder para essa versão feminina e brasileira do bicho-papão, usando até a cantiga "Nana Nenê" para seduzir suas vítimas. Também é ótima a sacada de fazer o Saci (Wesely Guimarães) usar uma prótese, para disfarçar a ausência de uma perna.

Mas o destaque do elenco é mesmo Fábio Lago, que literalmente pega fogo como o Curupira. O personagem só se revela em toda sua glória na reta final da temporada, para um desfecho apoteótico.

São muitas as qualidades, mas "Cidade Invisível" não é perfeita. Há uma certa barriga entre os episódios dois e quatro. Pouca coisa acontece, e o espectador fica ansioso para ver logo as criaturas em ação. O ritmo engrena do quarto capítulo em diante, deixando um belo gancho para a segunda temporada.

Que, aliás, ainda não foi confirmada, mas é bastante provável que isto aconteça em breve. "Cidade Invisível" chegou ao primeiro lugar entre os programas da Netflix mais vistos no Brasil, e está entre os Top 10 de 40 países, de Portugal a Omã. Parece que a plataforma finalmente conseguiu produzir uma série brasileira de repercussão mundial.

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Gata do Daqui

Juliana Paes revela angústia por viver vítima de estupro

Modificado em 17/09/2024, 16:32

Juliana Paes revela angústia por viver vítima de estupro

(Vinicius Mochizuki)

Juliana Paes, de 45 anos, revelou ter ficado extremamente emocionada com as gravações de "Pedaço de Mim", nova série brasileira da Netflix. Na trama, a atriz carioca vive Liana, uma mulher vítima de violência sexual. Ela confessou que a trama a colocou em uma situação de angústia e que o papel é um dos mais desafiadores de sua carreira.

"Eu chegava em casa após algumas gravações com um buraco dentro de mim. As dores de Liana são tão fortes, tão latentes e tão atuais, que 'Pedaço de Mim' tirou um pedaço de mim também", declarou Paes.

"Acho que eu nunca vivi uma personagem que tenha me colocado num lugar de tanta angústia", acrescentou.

Ju interpreta uma terapeuta ocupacional, que enfrenta situações dolorosas, como a descoberta da infidelidade do marido Tomás (Vladimir Brichta) e uma gravidez fruto de um estupro. A gestação ainda traz mais uma surpresa: ocorre um fenômeno extremamente raro chamado superfecundação heteroparental. No caso dela, grávida de gêmeos, um dos bebês é filho do marido, e o outro, do violentador. A série com cara de novela vem batendo recordes e está entre as mais vistas de língua não-inglesa no streaming.

(Vinicius Mochizuki)

(Vinicius Mochizuki)

(Vinicius Mochizuki)

Geral

Netflix adia plano de restringir senhas após ver 'reação de cancelamento'

Modificado em 19/09/2024, 00:25

Netflix adia plano de restringir senhas após ver 'reação de cancelamento'

(Reprodução)

A Netflix adiou o lançamento de sua nova política de restrição ao compartilhamento de senhas após ter observado uma "reação de cancelamento" em países onde a medida foi implementada. O atraso impactou as projeções da companhia para o próximo trimestre, o que decepcionou o mercado.

A empresa anunciou nesta terça-feira (18) que espera receita de US$ 8,24 bilhões para o período entre abril e junho, crescimento de 3%. Analistas consultados pela agência Reuters, porém, projetavam US$ 8,48 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve crescimento de 3,7% na receita, com US$ 8,16 bilhões, e conseguiu 1,75 milhão de novos assinantes, levemente abaixo das expectativas do mercado.

As ações da empresa nos EUA chegaram a cair 10% em negociações pós-pregão, depois da divulgação, mas recuperaram as perdas e fecharam com alta de 1,4%.

Inicialmente, a restrição ao compartilhamento de senhas seria implementada em larga escala pela companhia no fim de março, mas foi adiada para o próximo trimestre. "Acreditamos que isso resultará em um melhor resultado tanto para nossos membros quanto para nossos negócios", diz a Netflix.

A medida já está em vigor em países como Canadá (onde houve aumento no número de assinaturas), Nova Zelândia, Espanha e Portugal, e a empresa diz estar "satisfeita com o resultado". A Netflix afirma, porém, que observa uma "reação de cancelamento" de assinaturas em mercados onde a restrição é lançada, o que impacta o crescimento de assinantes no curto prazo.

Apesar disso, o gigante do streaming projeta crescimento no número de usuários, à medida que pessoas que utilizam logins emprestados façam suas próprias assinaturas. Diz, ainda, que está confiante de que irá bater suas metas financeiras para este ano.

Com as novas regras, a conta do usuário só poderá ser usada em uma única residência, que será configurada como "localização principal" para permitir que pessoas que morem juntas tenham acesso. Uma nova seção, batizada de "gerir acessos e dispositivos", vai possibilitar que se gerencie quem terá acesso à conta.

Ainda não há previsão para lançamento da medida no Brasil.

APÓS 25 ANOS, EMPRESA VAI ENCERRAR SERVIÇO DE ALUGUEL DE DVDS

A Netflix também anunciou nesta terça que vai encerrar o DVD.com, serviço de aluguel de DVDs que deu início à companhia e revolucionou o modelo de negócios de locadoras tradicionais há 25 anos.

Fundado em 1997, o gigante do streaming começou como uma locadora de DVDs onde o usuário escolhia o filme e recebia o disco por correio em casa. Competindo com fitas VHS, que ainda dominavam o mercado, o produto favorecia a logística por seu tamanho e peso, inovando em relação às concorrentes.

"Nosso objetivo sempre foi fornecer o melhor serviço para nossos membros, mas como o mercado de DVDs continua diminuindo, isso vai se tornar cada vez mais difícil", diz a Netflix. "O DVD abriu caminho para o streaming, garantindo que muito do que foi iniciado continuará por muito tempo no futuro".

Os últimos discos serão enviados aos usuários no dia 29 de setembro.

Em 2022, a Netflix perdeu um terço de seu valor de mercado e encerrou o ano com 231 milhões de assinantes, aumento de apenas 8 milhões. Os piores resultados em uma década marcaram o fim do crescimento contínuo do gigante do streaming, que agora busca novas formas de fortalecer o negócio, como a restrição ao compartilhamento e um plano mais barato com anúncios.

Com essa duas novas fontes potenciais de receita, a Netflix parou de dar projeções aos investidores sobre o número de novos assinantes.

Após o anúncio de resultados do quarto trimestre de 2022, o então presidente-executivo da Netflix, Reed Hastings, renunciou ao cargo que ocupava desde a fundação companhia, como parte de uma reformulação.

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Gata do Daqui

Julia Konrad estrela séries em três idiomas diferentes

Modificado em 19/09/2024, 00:20

Julia Konrad estrela séries em três idiomas diferentes

(Dessa Pires)

Neste ano, Julia Konrad, de 32 anos, poderá ser vista falando três idiomas distintos em três séries diferentes para três plataformas de streaming concorrentes. Na segunda temporada de 'Cidade Invisível' (Netflix), ela interpreta a ativista brasileira Gabriela, falando o português nativo. Enquanto isso, em 'Dom' (Prime Video), ela vive uma agente da Interpol que fala espanhol. Já em 'Rio Connection', que chegará ao Globoplay daqui uns dias, dará vida a uma personagem cujo idioma nativo será o inglês.

"Às vezes eu me embanano toda", brinca a atriz, natural de Recife (PE). Por ter crescido em Buenos Aires, na Argentina, ela diz que, às vezes, se sente "mais argentina do que brasileira". Alfabetizada em três idiomas, Julia ainda se formou em artes cênicas em Nova York (EUA).

"Essa mudança de chavinha de um projeto para o outro, de um idioma ao outro, adiciona camadas a mais nessas construções e deixa os personagens mais redondos. Sempre almejei uma carreira internacional, entre Brasil, Argentina e Espanha. Me sinto mais preparada para fazer qualquer papel", afirma.

(Dessa Pires)

(Divulgação Glamour)

(Bruna Valença)

(Divulgação Hering)

(Julia Rodrigues)

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Gata do Daqui

Letícia Spiller leva numa boa as perguntas sobre como mantém sua beleza

Modificado em 19/09/2024, 00:07

Letícia Spiller leva numa boa as perguntas sobre como mantém sua beleza

(Guilherme Lima)

"Como você faz para se manter jovem?" "Qual o segredo da sua boa forma?" Às vésperas de completar 50 anos, Letícia Spiller tinha tudo para estar farta de ouvir a mesma pergunta. Mas leva na boa.

"São mais de três décadas de trabalho", lembra a atriz. "Tenho uma vida feliz, com escolhas das quais me orgulho. Então, quando vem elogio, eu agradeço", assume a loira, conhecida por estar sempre em contato com natureza e por manter hábitos saudáveis. "Sempre me cuidei, acho que estou colhendo os resultados", afirma a carioca.

Na vida profissional, Spiller vive uma boa fase, após o fim do contrato com a Globo, em 2021. "Tenho uma história linda e sólida com a TV Globo e tenho certeza de que, em breve, terei algum trabalho na TV aberta. Enquanto isso, surgiram diversos trabalhos com esse novo modelo de contrato", comemora.

Ela terminou de gravar a série "A História Delas" (Star+), ainda sem data de estreia, e também estará na segunda temporada da série "Cidade Invisível" (Netflix), prevista para ficar disponível neste primeiro semestre.

Atualmente, Leticia pode ser vista em "O Rei do Gado" (1996) - reprisada no Vale a Pena Ver de Novo (TV Globo). Na época em que essa novela foi gravada, ela esperava o primeiro filho, Pedro, fruto da relação com Marcello Novaes. "Eu estava muito radiante grávida e ter um trabalho eternizando aquele momento foi lindo", lembra.

(Guilherme Lima)

(Divulgação Merz Aesthetics)

(Ricardo Tavares)

(Loungerie)

(Reprodução Instagram)