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Em mansão, filho de João Doria dá festa de aniversário com direito a fonte de catuaba

A noite contou ainda com show do MC Pikeno, autor do hit Sou da Favela, Ela É do Asfalto e com o anfitrião no palco improvisado para cantar outro sucesso do funkeiro

Modificado em 27/09/2024, 01:05

Em mansão, filho de João Doria dá festa de aniversário com direito a fonte de catuaba

(Reprodução/ Instagram )

No inicio do mês o filho do atual prefeito de São Paulo João Doria, comemorou a chegada de seus 23 anos em grande estilo. De lá para cá, circulam fotos da festa badalada de João Doria Neto realizada na mansão da família, nos Jardins paulistas.

O destaque da noite ficou por conta de uma fonte de catuaba. Isso mesmo! A bebida alcoólica brasileira conhecida pelas propriedades afrodisíacas tem feito sucesso entre os jovens e jorrou a noite toda. Uma estátua no jardim foi adaptada para servir os cerca de 200 convidados.

O aniversário foi animado por DJs e teve como ponto alto um show do MC Pikeno, autor do hit Sou da Favela, Ela É do Asfalto. O filho do prefeito é amigo do funkeiro e os dois frequentam a mesma turma.

Na festa, o anfitrião subiu no palco improvisado para cantar outro sucesso de Pikeno, Amiga Parceira.

As bebidas eram servidas em copos com um símbolo de um uísque tradicional "Johnnie Walker", em alusão ao apelido do jovem, Johnny.

(Reprodução/ Instagram )

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Com visual diferente, Anitta faz 'chuva de dólares' em festa

Cantora aparece em stories do Instagram jogando as notas para cima

Modificado em 20/09/2024, 03:42

Com visual diferente, Anitta faz 'chuva de dólares' em festa

(Reprodução)

A cantora Anitta, de 29 anos, surgiu em seus Stories do Instagram com um novo visual e fazendo uma "chuva de dólares" enquanto dançava. Em vídeos compartilhados na madrugada desta sexta-feira (2), ela aparece jogando as notas para cima em uma festa.

A artista apareceu usando um vestido preto decotado, vazado na frente e dos lados, sendo coberto por amarrações do tecido. Além disso, ela usava uma peruca de cabelos castanhos com franja. Recentemente, ela precisou chamar um cabeleireiro para salvar seu visual após cortar o cabelo com Gkay.

Recentemente, ela foi flagrada meio desnorteada após ter vencido o VMA 2022 na categoria Melhor Clipe Latino com "Envolver". Um vídeo que mostra uma reação diferente da artista tem repercutido nas redes sociais e arrancado risadas da própria brasileira.

Na confraternização depois do evento, ela aparece com um copo de bebida na mão e faz alguns movimentos meio desconexos antes e ficar totalmente paralisada. Obviamente que não demorou muito para viralizar.

Segundo Anitta, ela tinha visto algo surpreendente acontecer e ficou chocada, por isso teve essa reação. "É assim que sua estátua fica no Madame Tussauds quando o museu fecha", brincou Whindersson Nunes. "Você é a melhor pessoa. Sensacional, eu ri tanto com esse vídeo", postou uma fã.

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Doria desiste de candidatura à Presidência após ficar isolado no PSDB

'Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve', afirmou o ex-governador durante pronunciamento nesta segunda-feira (23)

Modificado em 20/09/2024, 00:12

Doria em visita ao Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, na sexta-feira (20)

Doria em visita ao Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, na sexta-feira (20) (Diomício Gomes/O Popular )

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (23) que desiste de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, cedendo a pressões da cúpula do seu partido, que pretende anunciar apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS) e consolidar uma candidatura única da chamada terceira via.

"Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Saio com sentimento de gratidão e a certeza de que tudo o que fiz foi em benefício de um ideal coletivo, em favor dos paulistanos, dos paulistas e dos brasileiros", disse em seu discurso.

"Hoje, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano", afirmou.

Desistência

O anúncio, feito em tom grave, na casa alugada para seu comitê de campanha, nos Jardins, contraria a postura de Doria e de seus aliados nos últimos dias, que vinham negando a possibilidade de abrir caminho para a emedebista.

Dirigentes do PSDB não acreditavam que haveria acordo com Doria e apostavam até na judicialização do imbróglio. O tucano chegou a sinalizar que buscaria a Justiça Eleitoral para garantir que o PSDB lhe desse legenda com base no fato de ter vencido prévias em novembro passado.

Doria afirmou nesta segunda que "o Brasil precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos", em estocada nos líderes das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

"Saio com o sentimento de gratidão e a certeza de que tudo o que fiz foi em benefício de um ideal coletivo, em favor dos paulistanos, dos paulistas e dos brasileiros", disse o tucano, que exaltou bandeiras de seu governo, como a viabilização de vacinas contra a Covid-19.

"Peço desculpas pelos meus erros. Se me excedi, foi por vontade de acertar. Se exagerei, foi pela pressa em fazer com perfeição. Se acelerei foi pela urgência que as ações públicas exigem", pontuou.

Carreira na política

Doria relembrou sua história na política e a carreira na iniciativa privada, com menções também ao pai, João Doria, que foi deputado federal cassado no golpe militar de 1964.

Ele discursou com um painel da bandeira do Brasil ao fundo e acompanhado pelos aliados mais próximos e pela esposa, Bia Doria. Foi aplaudido por correligionários e chorou ao fim da fala de cerca de dez minutos.

Após o pronunciamento, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a decisão do ex-governador comprova que ele não colocou seu projeto pessoal acima do país e disse que o tucano terá o papel que quiser nestas eleições.

Araújo indicou que o partido dará seguimento à coligação com MDB e Cidadania, mas evitou dizer que Tebet já está escolhida, embora esse seja o acerto entre os partidos. O dirigente afirmou que o PSDB deve indicar um vice para a chapa.

O PSDB deve deliberar apoio a ela em reunião da executiva nesta terça-feira (24). MDB, PSDB e Cidadania têm um acordo para lançar uma candidatura única da chamada terceira via ---e, na semana passada, uma pesquisa encomendada pelos partidos indicou que a emedebista era mais viável do que o tucano.

Depois do anúncio do tucano, a senadora divulgou uma nota em que afirmou que "Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado", destacou sua "luta pela vacina" e disse que conversará com ele para receber sugestões para seu programa de governo.

"O Brasil é maior do que qualquer projeto individual. Vamos trabalhar para unir todo o centro democrático. Gostaria muito de ter o PSDB e o Cidadania junto conosco", disse Tebet.

Ainda na nota, ela afirmou ser preciso aguardar a decisão das direções partidárias. "Vamos unir o país e tratar de sua reconstrução moral, institucional e política. O povo tem pressa e precisamos semear esperança".

Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, apesar de Doria ter vencido as prévias do PSDB em novembro passado, a cúpula do partido vinha seguindo um roteiro para derrubar sua pré-candidatura com base no acordo firmado com MDB e Cidadania.

Além disso, Doria enfrentou concorrência do ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), que ensaiou uma pré-campanha presidencial apesar de ter sido derrotado nas prévias do partido.

Até aliados de Doria admitiram que sua pré-candidatura havia ficado insustentável depois que mesmo a bancada paulista do PSDB, que o apoiou nas prévias, passou a operar contra Doria.

Tucanos afirmam que isso inclui o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que em entrevistas recentes defendeu o acordo com o MDB e uma candidatura competitiva da terceira via. A pré-campanha de Rodrigo vem tentando se descolar de Doria. Já auxiliares do governador negam que ele faça parte de uma conspiração contra o antecessor.

Na última terça-feira (17), a maior parte da executiva do PSDB, em reunião, avaliou que Doria prejudicaria os demais candidatos do partido, o que ampliou a expectativa de que o ex-governador paulista desistisse ---algo que seus aliados sempre negaram.

Doria já havia ameaçado desistir de concorrer ao Planalto ---em 31 de março, chegou a dizer a aliados que não renunciaria ao Governo de São Paulo, o que prejudicaria os planos eleitorais de Rodrigo.

Na época entrou em curso uma operação para salvar o vice. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma carta reafirmando a escolha do PSDB por Doria. O ex-governador voltou atrás acreditando em uma vitória política ---disse que o recuo fora estratégia. Com Rodrigo empossado, o papel não valia mais nada.

Enquanto parte do PSDB defende o apoio a Tebet, outra ala ainda prega uma candidatura própria ---desde que não seja a de Doria. A aposta é a de que o MDB acabará rifando Tebet, o que abriria espaço para a candidatura tucana.

Doria e seus aliados, minoritários no partido, vinham rebatendo os argumentos pró-Tebet com base nas pesquisas que o mostram à frente numericamente da senadora. Além disso, ressaltam que o ex-governador tem um legado a mostrar, que inclui a vacina contra a Covid-19, e venceu prévias que custaram R$ 12 milhões de verba pública.

Para o entorno do ex-governador, o PSDB deveria deixar a escolha entre Doria e Tebet para mais adiante, antes das convenções previstas para julho e agosto ---o que lhe daria mais tempo para crescer nas intenções de votos.

Líderes do PSDB, no entanto, rejeitam adiar ainda mais a definição de um nome e veem Doria estacionado nas pesquisas.

O tucano marcou 4% na última pesquisa Ipespe contra 2% de Tebet --o levantamento foi financiado pela XP. A enorme distância de Lula (PT, 44%) e Jair Bolsonaro (PL, 32%) evidencia o drama da terceira via e coloca em perspectiva o enredo da crise tucana.

Vencedor de duas eleições seguidas, em 2016 e 2018, e vitorioso em três prévias tucanas, Doria acumula alta rejeição entre eleitores e, por isso, é visto como tóxico pela cúpula do PSDB. Outros nomes tucanos que disputarão governos estaduais e vagas no Congresso têm pregado contra sua candidatura.

Além disso, como gosta de lembrar, Doria sempre enfrentou resistência no PSDB. Em 2016, sua candidatura à Prefeitura de São Paulo foi apoiada inicialmente apenas por Geraldo Alckmin (PSB), que hoje é um desafeto do tucano e se considera traído pelo afilhado.

Doria venceu em primeiro turno e, em 2018, deixou a prefeitura para concorrer ao Governo de São Paulo, sendo também vencedor da corrida. O fato de ter deixado o cargo, no entanto, prejudicou a imagem do tucano entre paulistanos.

A chegada na política como antipolítico, a empreitada para expulsar Aécio, a tentativa de presidir o PSDB e a associação com Bolsonaro são episódios que deram a Doria a má fama no partido.

O estilo trator também vigorou nas prévias, com acusações de compra de votos e de filiações intempestivas, além da vantagem da máquina tucana paulista. Isso explica, para parte dos tucanos, porque Doria ganhou, mas não levou.

De lá pra cá, os tropeços se seguiram --rompimento com Araújo, o quase recuo na renúncia, um jantar em que a terceira via deu o cano e finalmente a ameaça de judicialização.

Geral

Doria diz querer Alckmin no PSDB e não comenta a respeito da aliança de ex-aliado com Lula

Alckmin já anunciou que está de saída do partido, mas aguardou as prévias para isso; ele apoiou o candidato derrotado, Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul

Modificado em 21/09/2024, 00:20

O Governador de São Paulo, João Doria, é o presidenciável do PSDB para 2022

O Governador de São Paulo, João Doria, é o presidenciável do PSDB para 2022 (Sérgio Lima / Poder360)

Agora presidenciável do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (29) que gostaria que o ex-governador Geraldo Alckmin permanecesse no PSDB.

Alckmin já anunciou que está de saída do partido, mas aguardou as prévias para isso -ele apoiou o candidato derrotado, Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul.

"Gostaria que ele permanecesse no PSDB, mas essa é uma decisão soberana do governador Geraldo Alckmin", disse.

Questionado sobre o fato de Alckmin poder ser seu adversário nas urnas, como vice do ex-presidente Lula (PT), Doria afirmou que preferia não comentar esse tema.

Doria afirmou ainda que é cedo para se comprometer a ser candidato a vice numa chapa com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

Doria afirmou ter "profundo respeito por Sergio Moro" e que agendou com ele uma conversa após sua viagem aos Estados Unidos, marcada para esta semana, de quarta (1º) a sábado (4). O governador de São Paulo disse ainda ter marcado conversas com outros presidenciáveis, mas não mencionou nomes.

"Agora é hora de união, do com diálogo e do entendimento, primeiro dentro do PSDB e depois com partidos podem compor essa frente democrática", disse em entrevista à imprensa.

Doria afirmou ainda que pretende romper sua rejeição com o eleitorado fazendo campanha. "É se apresentar, dialogar, debater, olhar nos olhos das pessoas e visitar o Brasil", disse. O governador afirmou que, aos fins de semana, a partir de janeiro, vai rodar o país.

Na entrevista à imprensa, Doria afirmou que anunciará seis nomes de sua equipe econômica até o fim da próxima semana. "Não teremos 'posto Ipiranga', todos os seis serão protagonistas", disse, ressaltando que um dos nomes é o secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, e que três integrantes serão mulheres.

Doria voltou a dizer que gostaria de ter uma mulher como candidata a vice-presidente.

O governador de São Paulo venceu as prévias presidenciais do PSDB no sábado (27), por 54% contra 44,7% de Leite.

Doria afirmou que logo antes da entrevista, estava falando ao telefone com Leite, a quem elogiou como "brilhante, competente e dedicado". "Todos nós estaremos juntos a partir de agora", disse.

O governador afirmou ter combinado uma conversa com Leite quando voltar dos EUA e disse ter sido um equívoco a notícia de que teria convidado Leite para coordenar sua campanha à Presidência da República.

No domingo (29), Doria afirmou à Folha de S.Paulo ter convidado Leite para integrar o comando de sua campanha, "em uma posição de protagonismo".

Leite, no entanto, afirmou à reportagem que não se vê numa posição de coordenação da campanha presidencial de Doria.

"Permaneço no PSDB, mas não me vejo coordenando uma campanha presidencial, pois serei governador até o último dia do meu mandato e não imagino poder coordenar algo desta dimensão nacional estando focado nos problemas e soluções do meu estado", disse.

Reforçando a avaliação de aliados do gaúcho de que a união em torno de Doria é tarefa muito difícil, Leite fez questão de marcar sua distância do governador paulista.

"Além disso, penso que deve haver uma sinergia entre candidato e coordenador que seja maior do que o simples fato de estarem no mesmo partido. Imagino que o governador Doria busque alguém afinado com sua forma de pensar e fazer política, para além de uma visão meramente partidária", completou.

"Eu não fiz esse convite, eu convidei Eduardo para dialogar e ele aceitou", disse Doria, ressaltando que gostaria que Leite tivesse "um papel de protagonismo na campanha do PSDB, na nossa campanha, na campanha de todos nós".

"Mas não a coordenação, eu jamais faria esse convite, não porque faltem méritos. Mas ele é governador do Rio Grande Do Sul, ele volta a fazer seu papel. [...] Fisicamente ele fica no Rio Grande do Sul e precisamos de um coordenador que fique próximo do candidato", disse Doria.

"Ele terá protagonismo sim, mas isso será objeto de conversa no nosso retorno da viagem", completou. O presidenciável elogiou também o presidente do PSDB. "Não é fácil tomar a decisão de fazer prévias a nível nacional, foi um gesto de grandeza e coragem de Bruno Araújo", disse.

Doria evitou demonstrar apetite pelo controle do PSDB, que deve fazer convenção em maio de 2022 para definir um novo presidente. O governador paulista não confirmou se vai pleitear o posto e desconversou.

A respeito da permanência ou não, no PSDB, do deputado Aécio Neves (MG) e de outros tucanos considerados bolsonaristas, que são rivais internos de Doria, o governador também evitou responder, dizendo que o assunto cabe a Araújo.

Antes da entrevista coletiva na tarde desta segunda, um jingle de Doria ecoava na sede do PSDB paulista. A letra fala em "João Doria trabalhador" e "João Doria vacinador", além de "pai da vacina".

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Moro parabeniza Doria por vitória no PSDB, e tucano sugere encontro

As conversas devem acontecer nas próximas semanas e os tucanos participarão

Modificado em 21/09/2024, 00:20

Moro parabeniza Doria por vitória no PSDB, e tucano sugere encontro

(Sérgio Lima / Poder360)

Ex-juiz da Lava Jato e pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro parabenizou na noite de sábado (27) o governador de São Paulo, João Doria, por ter vencido as prévias do PSDB.

Segundo relatos, a conversa foi breve, por mensagem de telefone, e Doria convidou o ex-ministro para um encontro. Os dois ficaram de acertar uma data mais à frente.

A proposta ocorre em meio a uma tentativa do tucano de se aproximar dos candidatos da chamada terceira via, que busca votos dos que rejeitam tanto o presidente Jair Bolsonaro (hoje sem partido, mas rumo ao PL) quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além de Moro, estão no alvo de Doria o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

No mês passado, Doria, Mandetta e Moro se reuniram num jantar em São Paulo. Nenhum acerto eleitoral saiu do encontro, apesar de ter sido um importante gesto de aproximação.

Moro e Mandetta foram ministros de Bolsonaro e saíram do governo brigados com o chefe do Executivo. O primeiro deixou a Justiça alegando tentativa do presidente de interferir na Polícia Federal , o que levou à abertura de inquérito após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em depoimento à PF no começo do mês, Bolsonaro admitiu ter solicitado a troca no comando da organização ao seu então ministro e disse que Moro teria condicionado a mudança à sua indicação para uma vaga no STF. O ex-ministro nega.

Já Mandetta deixou o governo após uma sucessão de disputas com o Planalto devido a postura negacionista de Bolsonaro frente à pandemia.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, uma ala da União Brasil (resultado da fusão do PSL-DEM, que ainda precisa ser validada pela Justiça) defende que o futuro partido apoie o ex-juiz da Lava Jato na disputa pela Presidência da República em 2022.

O pré-candidato do Podemos jantou com deputados do PSL na semana passada. No DEM, a cúpula do partido não descarta um apoio ao ex-juiz, caso ele mostre viabilidade eleitoral.

Doria foi escolhido no último sábado (27) por seus correligionários para se lançar como o nome do partido à Presidência. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ficou em segundo lugar.

O gaúcho também recebeu uma mensagem de Moro, que parabenizou-o pelo "bom combate" e disse ter muito respeito pelos dois tucanos.

O governador de São Paulo ganhou as prévias por 53,99% contra 44,66% de Leite. O terceiro concorrente, ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, obteve 1,35%.

O resultado pôs fim a uma disputa acirrada que rachou o partido, com direito a pane no aplicativo de votação e trocas de acusações.

O partido, que já esteve na Presidência da República e chegou a todos os segundos turnos nas últimas eleições, com exceção de 2018, vem enfrentando crise sem precedentes.

A legenda rachou nos últimos anos e pode passar por uma nova debandada depois de um processo de prévias considerado traumático por tucanos.

Segundo integrantes da terceira via, a primeira missão de Doria será tentar minimizar as fissuras geradas pela disputa interna e reaglutinar forças em torno de seu nome no partido.

Ainda que sejam feitos gestos de aproximação, eles também dizem acreditar que o PSDB atrasou na escolha do seu candidato e chega como coadjuvante na disputa.

As conversas devem acontecer nas próximas semanas e os tucanos participarão, desde que não tentem impor candidatura, dizem interlocutores dos demais candidatos. Em especial, por causa do tamanho eleitoral que o PSDB passou a ter.

Na polarizada disputa de 2018, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, obteve apenas 4,72% dos votos, a despeito de sua experiência na política e da robusta coligação com oito partidos.

Mesmo com a entrada do PSDB na disputa, dirigentes partidários do centrão veem como improvável que uma candidatura de centro decole.

A aposta dessas legendas é que a eleição será definida entre Bolsonaro e Lula, mesmo que os candidatos da terceira via consigam, de alguma forma, se unir em torno de um nome.