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Filme sobre Flordelis, lançado há 10 anos, agora constrange atores de seu elenco estrelado

Produção contou com nomes como Reynaldo Gianecchini, Fernanda Lima, Deborah Secco, Cauã Reymond, Bruna Marquezine, Rodrigo Hilbert, Letícia Sabatella, Letícia Spiller e Marcello Anthony

Modificado em 24/09/2024, 00:32

Reynaldo Gianecchini topou pegar em armas para viver um gerente do tráfico carioca em "Flordelis - Basta uma Palavra para Mudar"

Reynaldo Gianecchini topou pegar em armas para viver um gerente do tráfico carioca em "Flordelis - Basta uma Palavra para Mudar" (Felipe Gaspar / Divulgação)

Tony Goes

Reynaldo Gianecchini. Fernanda Lima. Deborah Secco. Cauã Reymond. Bruna Marquezine. Rodrigo Hilbert. Thiago Martins. Letícia Sabatella. Letícia Spiller. Marcello Anthony. Alinne Moraes. Ana Furtado. A lista vai em frente, reunindo quase três dezenas de atores famosos, muitos deles do primeiríssimo time.

Mas não se trata de uma novela da Globo, nem de um especial comemorando os 70 anos da televisão brasileira. Toda essa turma aparece no filme "Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar", lançado em 2010 sem maior repercussão.

O longa --ou, mais precisamente, seu trailer-- ressurgiu esta semana, quando a missionária e deputada federal (PSD-RJ) Flordelis dos Santos Souza foi acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros em junho de 2019.

Apesar da constelação de celebridades, trata-se de uma produção modesta, quase amadora. A edição arrastada do trailer, que tem mais de cinco minutos de duração (o padrão habitual é inferior a três minutos) mostra que seus responsáveis não são do ramo. Os nomes de alguns atores aparecem grafados incorretamente ("Marquesine", "Reinaldo").

Por fim, a música xaroposa e as atuações "edificantes", sem a menor sutileza, deixam claro o objetivo: o filme é uma peça de propaganda destinada a arrebanhar fiéis para a Comunidade Evangélica Ministério Flordelis, a igreja fundada pelo então casal na zona norte do Rio de Janeiro.

Nenhum dos atores cobrou cachê. Alguns dizem ter trabalhado um único dia, e conhecido Flordelis no momento das filmagens. Todos acreditavam estar contribuindo para um importante projeto social.

Se esquecermos por um momento o que aconteceu depois, o trailer de "Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar" pode ser analisado como uma cápsula da cultura pop brasileira. É sintomático do nosso racismo estrutural que um filme voltado para as camadas mais humildes da população tenha apenas duas atrizes negras em seu elenco principal: Chris Vianna e Isabel Fillardis. Chega a ser engraçado ver Reynaldo Gianecchini ou Rodrigo Hilbert, com suas carinhas de quem foi tratado a vida toda a leite com pera, posando de perigosos traficantes.

Por outro lado, Flordelis esbanjou prestígio ao reunir tantas estrelas para uma obra descaradamente chapa-branca, em que ela interpreta a si mesma --ou melhor, uma versão idealizada de si mesma, como iríamos descobrir uma década mais tarde.

Este tipo de filme não é raro no Brasil. Outro exemplo recente é o documentário "João de Deus: O Silêncio é uma Prece", que estreou em 2017 e foi retirado de circulação um ano depois, quando o suposto médium foi desmascarado como o abusador de centenas de mulheres.

Os dois casos ilustram o perigo, para um artista, em embarcar num projeto laudatório para alguém ainda em vida --especialmente se o homenageado for ligado a uma religião. Esse tipo de obra costuma custar muito dinheiro e, onde há muito dinheiro, também aumentam as chances de haver maracutaia.

Enquanto diversos membros da imensa família de Flordelis vão sendo presos e a própria deputada se protege atrás da imunidade parlamentar, os atores que participaram de "Basta uma Palavra para Mudar" se declaram constrangidos por terem se envolvido com um esquema sórdido. Provavelmente, daqui em diante será mais difícil que grandes estrelas concordem em aderir a títulos do gênero.

Mas é claro que o caso Flordelis clama por um outro filme. Ou talvez uma minissérie documental, como a história do próprio João de Deus já rendeu para o Globoplay. Uma história com tanto sangue, poder e dinheiro, além de tentativas de envenenamento e complicadas relações de parentesco --tudo isto, embalado por baladas gospel -- desafia a imaginação do mais delirante roteirista.

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Fernanda Torres bate 4 milhões de seguidores após indicação ao Oscar

Atriz bateu o número de seguidores após três indicações ao Oscar com o filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles

Modificado em 24/01/2025, 12:04

Atriz Fernanda Torres foi indicado como Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva.

Atriz Fernanda Torres foi indicado como Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva. (Fiorenzo De Luca)

Fernanda Torres, 59, chegou a marca de quatro milhões de seguidores no Instagram.

Na tarde desta quinta-feira (23), a atriz bateu o número de seguidores após três indicações ao Oscar com o filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles. A produção também foi indicada nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, além de Melhor Atriz pelo protagonismo da brasileira na pele de Eunice Paiva.

Em seu perfil, Fernanda, que já tem um Globo de Ouro 2025 de Melhor Atriz de Drama por sua atuação no longa, celebrou as conquistas. "A vida presta e muito. Confie! Beijo imenso, Fernanda", disse ela.

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Selton Mello integra elenco de versão de 'Anaconda' que estreia em dezembro

A estreia de "Anaconda" está prevista para 25 de dezembro

Ator Selton Mello

Ator Selton Mello (Reprodução/Redes Sociais)

O ator Selton Mello está no elenco da nova versão de "Anaconda". Em evidência com o sucesso do filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, Mello vai interpretar um cuidador de animais brasileiro.

A estreia de "Anaconda" está prevista para 25 de dezembro. Numa postagem nas redes sociais, o ator comemorou sua inclusão no elenco. "Nova fase do game, sendo feliz e me divertindo fazendo o que amo de outro jeito em outra língua, em outro continente", escreveu ele no Instagram.

Mello vai atuar com Paul Rudd, de "Homem-Formiga", Jack Black e Thandiwe Newton. Dirigida por Tom Gormican, a nova versão promete ser diferente daquela de 1997, com Jennifer Lopez e John Voight, em que uma equipe de exploradores viaja pelo rio Amazonas de barco e é caçada por um bicho gigante.

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Após críticas a 'Ainda Estou Aqui', brasileiros invadem perfis do Le Monde

Para o crítico Jacques Mandelbaum, a atuação de Fernanda Torres foi "um tanto monocórdica"

Modificado em 15/01/2025, 12:08

Fernanda Torres em atuação no filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles

Fernanda Torres em atuação no filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles (Divulgação)

Brasileiros invadiram as redes sociais do jornal francês Le Monde após uma crítica negativa ao filme "Ainda Estou Aqui".

No texto publicado no periódico, o crítico Jacques Mandelbaum avalia a atuação de Fernanda Torres como "um tanto monocórdica". Segundo ele, a personagem Eunice Paiva fez o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário".

Muitos brasileiros não ficaram satisfeitos com a publicação e lotaram os comentários do jornal nas redes sociais. "Por acaso vocês são brasileiros para definir o que é 'suavizar' a ditadura? Por acaso vocês estão aqui? Atuação sem noção? Eunice Paiva iria ter qual reação com pessoas desconhecidas e armadas dentro da própria casa? Se for pra falar do que não sabe, é melhor nem fazer review algum", disparou um internauta.

Outro ironizou: "Pão de queijo é melhor que croissant". "Tô vendo que o Brasil tem mais uma página para derrubar", brincou um terceiro.

Apesar dos comentários negativos do Le Monde, "Ainda Estou Aqui" recebeu elogios da imprensa francesa. "Um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão", defendeu a tradicional Cahiers du Cinema. O Libération escreveu: "Doze anos após seu último filme, Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". Le Figaro apontou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica. "Um filme, ao mesmo tempo, intimista e universal", declarou o Positif.

"O melhor filme do Walter Salles. Uma obra sobre a memória, sóbria e intimista, atravessada pelos fantasmas dos desaparecidos", avaliou a revista Le Nouvel Obs.

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Produtora abre inscrição para formar elenco de espetáculo musical em Goiás

Pré-seleção será realizada via formulário até 29 de janeiro. Peça teatral contratará atores/atrizes, bailarinos/as e artistas circenses.

Modificado em 17/09/2024, 15:47

Espetáculo será dirigido por Guily Machovec

Espetáculo será dirigido por Guily Machovec (Divulgação)

A produtora Lince Arte Experience está com inscrições abertas até 29 de janeiro para a pré-seleção de candidatos que formarão o elenco para o teatro musical VITA, que circula pelo interior de Goiás com dez apresentações entre abril e maio próximos. O espetáculo conta com apoio do Governo de Goiás, por meio do Fundo de Arte e Cultura (FAC), mecanismo de fomento gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

A pré-seleção será realizada via formulário . Os resultados serão divulgados até 31 de janeiro de 2024. Os(as) candidatos(as) que forem selecionados(as) para os testes presenciais serão notificados pela produção no decorrer do processo seletivo.

A produtora busca atores/atrizes, bailarinos/as e artistas circenses maiores de 18 anos que tenham disponibilidade para os ensaios (segunda a sexta-feira, durante todo o mês de março), em Alto Paraíso, e 10 apresentações (abril e maio) -- circulação pelas cidades da Chapada dos Veadeiros, Anápolis e Goiânia (a confirmar).

Direção
Dirigido por Guily Machovec, VITA tem direção musical de André Machado e coreografia de Tatiana Toyota. Guily Machovec, é diretor e roteirista cinematográfico; já trabalhou em mais de 30 espetáculos teatrais ao longo de sua carreira. Entre os nomes com os quais já trabalhou, estão Oswaldo Montenegro, Day Mesquita, Marcelo Mansfield e Miguel Briamonte. Em 2024, Guily leva aos palcos sua primeira obra como diretor, graças ao Edital de Festivais e Eventos do FAC 2023.

André Machado assinou a trilha do filme O Explorador de Saturno, premiada na Los Angeles Film Awards, e Tatiana tem uma carreira consolidada no circuito Broadway de São Paulo, participando de montagens expoentes como o musical Ney Matogrosso - Homem com H, My Fair Lady, Chicago, Evita, Nuvem de Lágrimas, O Rei e Eu, Priscilla - a Rainha do Deserto.

O espetáculo
VITA é um musical que narra a história de Jade conforme ela nasce, cresce e envelhece vendo o mundo pela mágica visão do circo. Ela vai encarar seus maiores medos, enfrentar o mundo e conhecer pessoas incríveis em seu caminho. É uma história de amor pela vida. A VIDA, pelos olhos de Jade, é um circo e é nele que ela vive da infância à morte em busca do sonho de ser a maior equilibrista que já pisou nesta arena.