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KondZilla diz que doará parte da receita de clipe polêmico a instituições médicas

O produtor musical causou polêmica ao preparar um clipe com cenas de mulheres vestidas de enfermeiras sensuais

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:33

KondZilla diz que doará parte da receita de clipe polêmico a instituições médicas

(Reprodução)

O produtor musical KondZilla causou polêmica ao dizer que preparava um clipe cujas cenas exibiam mulheres vestidas de enfermeiras sensuais. Agora, promete doar parte da receita a instituições médicas.

A imagem que viralizou na internet foi repercutida pelo Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) que classificou a foto como uma forma de erotizar a profissão. Na imagem, aparecem as cantoras Dani Russo, Mila e Tainá Costa com roupas de enfermeiras.

"O Coren-SP entende que a veiculação do videoclipe com personagens que representam a enfermagem de forma alegórica e erotizada possa prejudicar a imagem da categoria, perpetuando uma visão equivocada e já ultrapassada. Por isso, solicita às equipes que revejam a abordagem pretendida, sem sexualizar a imagem da enfermagem feminina", diz trecho da nota de repúdio do órgão.

De acordo com a assessoria de imprensa de KondZilla, o artista resolveu doar parte da receita do futuro clipe, que ainda não foi lançado, para instituições médicas. A previsão é que vá ao ar pelo YouTube no dia 5 de março.

"Faremos todos os esforços para exaltar positivamente a imagem de todos os profissionais envolvidos e teremos parte da receita como doações para instituições com iniciativas de amparo e suporte à saúde mental dos profissionais de enfermagem que estão na linha de frente desse combate à pandemia", diz trecho da nota divulgada.

De acordo com ela, a produtora de KondZilla não teve a intenção de prejudicar a imagem de qualquer profissional com o clipe, que busca ser descontraído e não tem cunho sexual. Diz que a música visa trazer mais alegria em um momento tão complicado pelo qual passamos.

"Dani Russo, uma das artistas da música, possui uma história particular com a enfermagem, chegando a cursar. E mesmo sem concluir ficou o carinho e respeito pela área e seus antigos colegas", diz.

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Mulher que negou assento a criança em avião ganha mais de 700 mil seguidores; polêmica rende memes e até propaganda

No vídeo gravado pela mãe do menino, ela reclama que Jeniffer não aceitou trocar de lugar com seu filho que, segundo ela, estava com medo e iria se acalmar ao sentar na janela

Modificado em 05/12/2024, 20:06

Mulher que negou assento a criança em avião ganha mais de 700 mil seguidores; polêmica rende memes e até propaganda

Uma polêmica em um voo fez a administradora de empresas Jeniffer Castro viralizar nas redes sociais, nesta quarta-feira (4), após aparecer em um vídeo depois de recusar trocar de assento com uma criança. O pedido havia sido feito pela mãe da criança, que também gravou as imagens com críticas à Jeniffer.

A filmagem gerou repercussão na internet e fez com que a passageira ganhasse mais de 650 mil seguidores no Instagram até esta quinta-feira (5) e algumas contas fakes com o seu nome, uma delas traz a mensagem: "Quer sentar na janelinha? - Pague!".

No vídeo, a mãe reclama que Jeniffer não aceitou trocar de assento para que a criança, que estava com medo, pudesse se sentar na janela e se acalmar.

"Ela não quis trocar com a criança que está nervosa. Só porque não quer trocar de lugar. Perguntei se ela tem alguma síndrome, alguma coisa. Se ela tivesse algum problema, a gente entenderia. Você não tem empatia com as pessoas", disse a mãe da criança do vídeo.

Apesar das críticas, a jovem não respondeu à mãe e apenas perguntou se estava sendo filmada. Mesmo assim, o registro parou em outras plataformas como X (antigo Twitter) e Instagram, onde internautas reagiram à situação.

Jennifer Castro se pronunciou na internet sobre a situação. Segundo a administradora, a família da criança tinha um assento similar ao dela, mas queriam que ela trocasse de poltrona.

Ele [a criança] estava chorando, porque queria o meu assento. A família tinha assento na janela, mas ele queria o meu e eu não troquei", escreveu, ao responder comentários no TikTok.

Uma hashtag está circulando em defesa à administradora: #TODOSCOMJENIFFERCASTRO.

Nas redes sociais, a maioria dos usuários defendeu Jennifer, que se mostrou firme ao não abandonar seu assento e, principalmente, não responder às ofensas da mãe. Outras pessoas, contudo, defendem a mãe e afirmam que o que Jennifer fez é desumano.

Diversos memes também foram postados por usuários, ironizando a situação atípica vivida pela jovem passageira.

Para aproveitar a viralização do caso, a multinacional Amazon compartilhou um trecho do filme "As Trambiqueiras" com uma cena semelhante à vivida por Jennifer no avião.

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Sem Maiara e Maraisa e Henrique e Juliano, legado de Marília Mendonça será celebrado em São Paulo

No meio de polêmicas, show será realizado neste sábado (5), no Allianz Parque, em São Paulo. Alok, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Xamã e Murilo Huff são algumas das atrações confirmadas

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Marília Mendonça: em meio a polêmica, Rainha da Sofrência ganha tributo em show em São Paulo

Marília Mendonça: em meio a polêmica, Rainha da Sofrência ganha tributo em show em São Paulo (WILL DIAS / AgNews)

Mesmo após sua precoce partida, o legado da goiana Marília Mendonça (1995-2021) segue vivo, suas músicas ressoando como hinos de amor, dor e superação. Suas letras, sinceras e profundas, continuam embalando as histórias de uma geração que encontrou nela uma voz autêntica no sertanejo. Neste sábado (5), o Allianz Parque, em São Paulo, será palco de um emocionante tributo a sua obra, reunindo grandes nomes da música para celebrar a Rainha da Sofrência. No entanto, a ausência de figuras importantes, como Maiara e Maraisa e Henrique e Juliano, será sentida, já que acompanharam Marília desde o início de sua trajetória.

A primeira notícia sobre o tributo This Is Marília, organizado pelo Spotify, provocou polêmica devido ao fato de que os nomes mais esperados da programação decidiram recusar o convite. A situação se intensificou quando a família da cantora deixou de seguir Maiara e Maraisa nas redes sociais, resultando em trocas de acusações que abalaram a relação entre elas. Em uma nota enviada à imprensa, elas explicaram a ausência. "Somos fortes e conseguimos suportar muitas dores, mas sobre essa ainda não nos sentimos capazes. Perdão, ainda temos uma ferida aberta e estar nesse palco, olhar para o lado e não ver a Marília é algo acima do suportável para nós", diz o comunicado.

O local da apresentação foi um dos principais motivos para Maiara e Maraisa não participarem da festa. Três semanas antes da morte de Marília, elas haviam se reunido no estádio para anunciar as novidades da turnê Festa das Patroas, com a qual estavam planejando rodar o Brasil em 2022 com uma super produção. "Tem muita gente questionando nossa ausência. Para quem não sabe, foi no Allianz que lançamos a tour, foi lá que sonhamos subir as três no palco e seria lá que iríamos realizar o projeto de nossas vidas", disse a dupla na nota. "Não temos dúvida que será um evento lindo e terá todo nosso apoio", completou sobre o tributo.

Os fãs também questionaram a ausência de Henrique e Juliano na homenagem. A dupla, quando já era famosa, foi a responsável por apresentar Marília para o grande público. Juntos, eles gravaram a canção Flor e o Beija-Flor, com participação da cantora, em 2016, e que soma mais de 658 milhões de visualizações no YouTube. Os irmãos afirmaram que não participariam do evento, pois todas as homenagens, segundo eles, foram feitas em vida. "É isso o que realmente importa", informou a assessoria dos cantores. Em outras entrevistas, quando questionados sobre o assunto, Henrique ainda reforçou que eles "não estavam confortáveis em fazer parte disso".

Mais uma falta sentida pelos fãs foi de Hugo e Guilherme. Uma das últimas participações especiais feitas por Marília em um trabalho de outro artista foi no registro do DVD da dupla. Em setembro de 2021, eles gravaram a canção Mal Feito. "A gente quis entender melhor sobre o evento, até por ser esse um momento de dor para quem conviveu com ela. Além disso, em nenhum momento a negativa em participar pode ser avaliada como falta de amor a Marília. Inclusive, nos colocamos à disposição de fazer, mesmo com aperto no peito, infelizmente nossa resposta foi dada num prazo impossível de se adequar aos tempos do evento", diz o comunicado postado nas redes sociais.

Programação

"Meu coração está explodindo de emoção, estou ansiosa, emocionada, desde a arrumação de malas, os preparativos, vai ser lindo, será a primeira homenagem que o Leo vai assistir para a mamãe. Vamos celebrar a vida, o legado que foi deixado. Muita gratidão com os fãs e artistas que vão participar da festa. Só alegria para a Marília Mendonça", postou nas redes sociais a dona Ruth, mãe da cantora. Na programação estão escalados Alok, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Luiza Martins, Murilo Huff, Péricles, Xamã, Yasmin Santos, Luan Pereira, Marcos e Belutti, Tierry. Zé Neto e Cristiano estavam na lista, mas cancelaram depois do acidente de Zé Neto.

Um dos shows mais aguardados do tributo é o do goiano Murilo Huff. Marília e o artista tiveram um relacionamento que durou quase cinco anos, entre 2017 e 2021. Eles oficializaram o namoro apenas em 2019. Juntos, eles têm um filho, Leo, de 4 anos. Ele, que começou a carreira como compositor, teve duas letras gravadas pela Rainha da Sofrência: Transplante, em parceria com Bruno e Marrone, e Bem Pior que Eu. "Vai ser um momento muito especial, sem dúvida, ela é digna e merecedora de todas as homenagens possíveis que a gente puder fazer e vai ser com certeza um dia emocionante, estou muito feliz em fazer parte", disse o artista em entrevista ao jornal, durante o lançamento do Caldas Country 2024.

Murilo também aproveitou para falar da importância do legado de Marília na música. "Ela foi a maior artista que o sertanejo já viu", destaca. Os números comprovam isso facilmente. No Spotify, a Rainha da Sofrência foi a primeira artista brasileira a alcançar mais de 10 bilhões de streams na plataforma e a única a ser a mais escutada por três anos consecutivos, de 2019 a 2022. Além disso, mais de 450 milhões de horas de músicas na sua voz foram ouvidas desde 2014. O hit Leão, em parceria com Xamã, por exemplo, permaneceu mais de 500 dias consecutivos no top 200. Já no YouTube, ela teve mais de 20 bilhões de visualizações.

"A Marília não somente elevou o sertanejo a outro patamar, como escancarou as portas para nós mulheres. Mudou a cena, uniu estilos, uniu pessoas, falou o que quis e fez história. A genialidade dela, na minha opinião, foi fazer isso, sem saber que estava fazendo. Ela foi humilde a ponto de transformar o cenário musical, e nunca, nem por um segundo, se gabar por isso", ressalta a cantora Luiza Martins. "Minha amiga, confidente, conselheira e a maior inspiração musical e profissional. O sentimento que predomina é o de gratidão, por ter visto de perto esse meteoro/acontecimento/evento, passar pela terra. Me sinto honrada por homenageá-la", complementa.

Carreira

Natural de Cristianópolis, a 90 km de Goiânia, Marília Mendonça nasceu no dia 22 de julho de 1995. Desde muito jovem, demonstrou um amor pela música que a levaria a se tornar uma das maiores cantoras do Brasil. Sua carreira começou de forma tímida, com apresentações em festas e pequenos eventos locais, mas logo chamou a atenção de produtores e empresários. Em 2015, lançou seu primeiro álbum de estúdio, que trouxe o sucesso Infiel e Alô Porteiro. Em 2019, ela ganhou o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja com Em Todos os Cantos. No dia 5 de novembro de 2021, ela morreu vítima de um acidente aéreo. Com o trabalho póstumo Decretos Reais, a cantora venceu novamente o Grammy, em 2023. Uma série de projetos ainda devem ser lançados nos próximos anos. A Rainha da Sofrência deixou registrada quase 100 músicas inéditas que não foram gravadas e a mãe da artista revelou que a história da artista ficará eternizada em um filme.

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Revolta do Goiás contra árbitro marca derrota em Santos

Clube esmeraldino ficou indignado com pênalti marcado para o Santos, lance que decidiu o jogo a favor do Peixe. Alviverde segue na zona de rebaixamento

Modificado em 19/09/2024, 00:37

Em disputa entre Joaquim (caído) e Lucas Halter (3), árbitro marcou pênalti para o Santos contra o Goiás

Em disputa entre Joaquim (caído) e Lucas Halter (3), árbitro marcou pênalti para o Santos contra o Goiás
 (Fernanda Luz/AGIF/Folhapress)

Indignação e revolta marcaram a reação do Goiás à derrota para o Santos, por 4 a 3, neste domingo (9), na Vila Belmiro, pela 14ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Os esmeraldinos trocaram o sentimento de euforia, após reação diante do Peixe ao empatar uma partida em que ficou perdendo por dois gols de diferença em dois momentos, por ira com a arbitragem de Bruno Arleu Araújo, que assinalou pênalti de Lucas Halter sobre Joaquin nos acréscimos do 2º tempo.

O Goiás entende que não foi a primeira vez que Bruno Arleu Araújo prejudicou a equipe e criticou a forma como a CBF lida com as punições aos árbitros que cometem erros no futebol brasileiro. O vice-presidente de futebol do Goiás, Harlei Menezes, fez um protesto endereçado ao presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, e nem quis dizer o nome do árbitro na Vila Belmiro.

"Esse cidadão que apitou o jogo aqui, que não merece ter o nome mencionado pela presidência do Goiás, vai para a casa dele, vai apitar a próxima rodada e, se tomar um ganchinho, é um ganchinho desses, nível de CBF, que conhecemos bem. E nós não, nós vamos para casa, lamber as feridas e reorganizar todo um trabalho para poder seguir nesse campeonato que, sabemos, infelizmente, está sem credibilidade", destacou.

Em situação ruim na tabela, o Goiás precisava de uma vitória sobre o Santos para sair da zona do rebaixamento e se afastar dela. No intervalo, o time esmeraldino já perdia por 3 a 1. Só que, com mudanças feitas pelo técnico Armando Evangelista, o time melhorou e buscou o empate, inclusive com um gol do estreante João Magno.

O empate, após escalada de uma situação difícil, seria um prêmio pela persistência da equipe. Só que o time esmeraldino deixou a Vila Belmiro com um sentimento muito pior.

A derrota não foi o ponto principal para explicar a posição do clube, mas a forma como ela aconteceu. No pênalti marcado por Bruno Arleu Araújo, houve disputa de ombro entre Lucas Halter e Joaquim, em bola alçada para a área. Depois da marcação, o árbitro de vídeo chamou o juiz principal para analisar o lance no vídeo e, após consulta, o árbitro confirmou a decisão que tinha tomado no campo.

Apesar das duras críticas feitas pela diretoria do clube, o sentimento que fica no Goiás é que a reclamação tem pouco efeito. O vice de futebol do clube disse que o assunto sobre o lance que resultou na vitória do Santos será comentado e debatido no fim de semana, mas será esquecido e novos erros voltarão a acontecer. "Isso deixa a gente cada vez mais enojado do que se tornou o futebol brasileiro", disse Harlei.

Lance semelhante

Após o pênalti controverso convertido por Mendoza, que selou o resultado em 4 a 3 para o Santos, um lance semelhante aconteceu no último minuto da partida. O meia Guilherme Marques cobrou escanteio e Messias bloqueou a aproximação de João Magno, que se deslocava para cabecear a bola. A comissão técnica e os jogadores reservas cobraram a revisão do lance, mas o árbitro encerrou a partida logo depois.

O empate na Vila Belmiro não seria suficiente para que o time esmeraldino deixasse a zona do rebaixamento, mas, além de deixar o Goiás mais perto da 16ª colocação, também impediria que um concorrente direto abrisse vantagem.

O Goiás volta a campo só no dia 17 de julho (segunda-feira), quando encara o Atlético-MG na Serrinha. O time esmeraldino ainda enfrenta Cruzeiro (fora), Grêmio (casa), Fortaleza (casa) e América-MG (fora) até o fechamento do 1º turno deste Brasileirão.

Geral

Deputados protocolam denúncias contra Gustavo Gayer (PL) por ataques à professora

Representações têm relação com demissão de professora de História da Arte após ela ser alvo do parlamentar nas redes sociais. Mensagem em camiseta foi usada como motivo para crítica

Modificado em 19/09/2024, 00:24

Camiseta: deputado federal Gustavo Gayer postou frase fora do contexto original

Camiseta: deputado federal Gustavo Gayer postou frase fora do contexto original (Divulgação)

Os deputados estaduais da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) protocolaram denúncias no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL). O motivo foram ofensas feitas nas redes sociais a uma professora goiana de História da Arte. Após ataques do parlamentar, a docente acabou demitida, na última quinta-feira (4).

As ofensas de Gayer à professora surgiram após ela usar uma camiseta com a frase "Seja marginal, seja herói", do artista neoconcretista Hélio Oiticica (1937-1980). O parlamentar foi o responsável por viralizar a imagem entre bolsonaristas, que foram até as redes sociais da instituição de ensino cobrar providências.

Na representação entregue à Polícia Federal, pede-se que a instituição apure a prática dos crimes de injúria, difamação e perseguição. Já nos documentos entregues ao MP-GO e MPF, é solicitado que se tomem as providências que julguem adequadas, "tendo em vista que o denunciado continua a violar reiteradamente a lei e os princípios constitucionais".

Já no pedido enviado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a bancada destaca que Gayer "viola de forma desarrazoada" o código de ética da entidade.

As denúncias foram assinadas por Mauro Rubem, Bia de Lima e Antônio Gomide. O suplente do cargo, Fabrício Rosa, também assinou o documento. Participam das denúncias o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro-GO), o Núcleo Goiás da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo) e a Associação de Egressos e Egressas da Universidade Federal de Goiás (UFG).

A professora tinha usado a camiseta para ministrar uma aula a uma turma do ensino médio, no último dia 2. Na ocasião, ela postou uma foto no Instagram pessoal usando o item. Gayer compartilhou a imagem nas próprias redes sociais e insinuou que a mulher estava ensinando os estudantes que "ser marginal" seria a mesma coisa que ser um herói. Entretanto, a obra de Oiticica, uma dos mais importantes artistas brasileiros, tem como contexto as manifestações artísticas da população que vive às margens da sociedade e é cobrada em diversos vestibulares. Na quinta, a instituição, de Aparecida de Goiânia, demitiu a profissional.

Manifestações

Amparada pelo SInpro, a educadora entrou com uma ação contra o deputado na qual pediu a exclusão dos vídeos, proibição de novas postagens, direito de resposta e dano moral. Além disso, entraram com ação na Justiça a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sindipro), a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego)
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No último domingo (7), a Associação Nacional de História - Seção Goiás (Anpuh-GO) emitiu uma nota repudiando a postura do deputado. Nesta terça-feira (9), a diretoria da Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) também se manifestou contra a demissão da professora de História da Arte.

Cassação

O advogado Dyogo Crosara explica que existe o risco da denúncia no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados render uma cassação do mandato do parlamentar. "O conselho vai fazer o julgamento político. Se eles entenderem que têm elementos suficientes para configurar a quebra de decoro, pode acontecer (a cassação)", diz. Gayer também pode receber outras penas como, por exemplo, advertências e suspensões. Caso haja uma condenação na esfera criminal, o deputado também pode perder o mandato.

No que diz respeito ao abuso da imunidade parlamentar, o advogado relembra o caso envolvendo o senador Vanderlan Cardoso (PSD), o ex-deputado federal Alexandre Baldy (Progressistas) e o senador Jorge Kajuru (PSB). Em 2019, em vídeos divulgados em redes sociais, Kajuru chamou Vanderlan de "pateta bilionário" e disse que ele "entrou na política por negócio". Em relação a Baldy, disse que ele fazia parte do esquema de jogos de azar de Goiás.

Em fevereiro deste ano, por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão de aceitar queixas-crime apresentadas por Vanderlan e Baldy pela suposta prática dos crimes de injúria e difamação. "O caso abriu um precedente. Esse tipo de conduta por parte de parlamentares é relativamente recente. O Judiciário e o Conselho vão ter de proporcionar respostas sobre como proceder", finaliza.