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Medalhista de Ouro, Bia Souza é fã de Greys Anatomy e tem grife de roupa plus size

Folhapress

Modificado em 17/09/2024, 17:26

Medalhista de Ouro, Bia Souza é fã de Greys Anatomy e tem grife de roupa plus size

(Divulgação)

Com a conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas 2024, a judoca Beatriz Souza, 26, vai receber R$ 350 mil do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como premiação e não é difícil imaginar onde ela deve investir parte desse dinheiro.

Empreendedora, Bia é sócia da cunhada, a xará Beatriz Aleixo, numa grife de roupas plus size chamada Nega Chique. A judoca decidiu criar a grife por não encontrar roupas no seu tamanho.

"É muito difícil entrar em roupa G de uma loja de departamento. As peças não entram no meu braço, por exemplo", disse ela, em recente entrevista ao canal "Podsport". "Queria muito achar roupas que coubessem em mim".

Bia ainda ressaltou ainda a falta de bom gosto da maioria das fabricantes de roupas plus size.

"Também não queria comprar nada com estampas de vovó. A minha cunhada (irmã de Daniel Souza) gostou da ideia e abrimos a sociedade".

A marca de roupas própria, com peças que fazem o seu estilo, está intimamente relacionada à sua luta contra a gordofobia.

"Na infância, eu não ligava para o que achavam do meu corpo. Mas isso mudou na adolescência. Me sentia desconfortável, porque não sabia como lidar, nem me aceitava. Foi uma fase difícil". Ela diz que as competições de judô também a ajudaram a desenvolver sua autoestima.

Natural de Itariri (SP) e criada em Peruíbe, litoral de São Paulo, Beatriz Souza foi apresentada ao judô quando tinha sete anos de idade. Seu pai, Possidônio José de Souza Neto, ex-judoca profissional, a levou para assistir a uma luta. De criança agitada, ela se transformou em uma mulher tranquila, centrada e uma das suas estratégias para manter o foco entre as lutas é assistir a séries na TV.

"A maioria das pessoas gosta de escutar música. Eu faço minha bandagem vendo série. Aqueço e assisto. Entro para lutar, volto e vejo mais".

No catálogo da judoca estão "Grey's Anatomy", drama médico dos Estados Unidos no ar desde 2005 e a saga "Harry Potter".

"Gosto de ver séries porque me deixa tranquila, relaxada. Tira aquela pressão externa", contou a campeã olímpica ao Time Brasil. Bia, sargento do Exército, é a terceira brasileira do judô a conquistar o ouro olímpico em Paris-2024, depois de Sarah Menezes, em Londres 2012, e Rafaela Silva, na Rio 2016.

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Brasil festeja melhor campanha da história nas Paralimpíadas

Foram 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Carol Santiago conquistou três ouros e duas pratas em Paris-2024

Carol Santiago conquistou três ouros e duas pratas em Paris-2024 (Marcello Zambrana/CPB)

Depois do fim das provas com brasileiros neste domingo (8) nas Paralimpíadas de Paris-2024, o Brasil festejou os recordes em sua melhor edição paralímpica da história. O país teve seu melhor desempenho na história em pódios e primeiros lugares conquistados: foram 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.

Os recordes anteriores de medalhas ocorreram em Tóquio e foram superados: o recorde de medalhas douradas, já que foram 25 ouros em Paris, contra o recorde de 22 em Tóquio. Ao todo, foram 88 pódios, pulverizando os recordes de Tóquio e do Rio de Janeiro, que tiveram 72 medalhas com o Brasil.

O Brasil também obteve medalhas em dois esportes que nunca tinham subido ao pódio antes: no tiro paralímpico, em que ganhou a prata com Alexandre Galgani, e o para-badminton, em que Vitor Tavares ganhou o bronze.

"O resultado dos Jogos foi excepcional. Campanha com 89 medalhas, que poderia ter sido ainda melhor, já que perdemos duas provas por 2 centésimos. Estou muito orgulhoso, foi irretocável. Nossa meta era ficar entre os oito, ficamos no top 5. É muita felicidade e sensação de que o trabalho vale a pena", destacou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

MODALIDADES EM ALTA
Nos esportes onde o Brasil costuma trazer um grande número de medalhas, o número aumentou: a natação foi de 23 medalhas em Tóquio-2020 para 26 em 2024. Já o atletismo, um dos carros-chefes do projeto brasileiro, foi de 28 na edição anterior para 36 em 2024.

A posição no quadro de medalhas só não foi melhor por causa de derrotas inesperadas, como o futebol de cegos, que ficou "somente" com a medalha de bronze após cinco ouros consecutivos, e algumas derrotas em esportes coletivos, como no goalball, que só teve o bronze masculino, e no vôlei sentado, que não trouxe medalhas.

Para o presidente do Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), o resultado se iniciou com um projeto de mudança estratégica na seleção dos atletas e com uma mudança na ideia do Centro, que colocou a inclusão em primeiro lugar, procurando novos atletas em todos os cantos do pais.

"Não dá para falar do resultado de agora sem falar de 2017, com o início do planejamento estratégico. Esse plano foi uma bússola ao longo dos últimos 8 anos, e foi ele quem nos guiou até aqui. Esse plano trouxe uma mudança muito importante na estratégia do CPB. Primeiro, ele traz a inclusão como centro do nosso propósito, sai da periferia, e a gente deixa de fazer a inclusão com a repercussão do esporte, e passa a ter essa inclusão na nossa missão. A gente muda também a lógica do desenvolvimento esportivo, então a gente passa a ir até os atletas, já que o CPB organizava os campeonatos e selecionava os melhores, e confirmava nossas seleções. E a gente entendeu que esse modelo havia chegado no limite, e a gente precisava mudar a lógica do desenvolvimento e ir até as pessoas."

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Goiana do tiro com arco se despede das Paralimpíadas de Paris-2024 sem medalha

Jane Karla Gögel competiu no individual e nas duplas do arco composto e caiu nas quartas de final nas duas disputas

Modificado em 17/09/2024, 17:31

Jane Karla (d) e Reinaldo Charão na disputa de duplas de Paris-2024

Jane Karla (d) e Reinaldo Charão na disputa de duplas de Paris-2024 (Silvio Avila/CPB)

Na manhã desta segunda-feira (2), a goiana Jane Karla Gögel e o gaúcho Reinaldo Charão foram eliminados nas quartas de final do tiro com arco, categoria duplas composto W2, dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Os brasileiros foram derrotados pelos iranianos Fatemeh Hemmati e Hadi Nori por 153 a 151.

Nas disputas do dia, Jane Karla e Reinaldo avançaram para as quartas de final sem confronto nas oitavas. O duelo contra a dupla da Costa Rica, Maria Riveros e Diego Arias, não aconteceu e eles passaram direto.

Esta é a 5ª participação de Jane Karla em Jogos Paralímpicos. Em Pequim-2008 e Londres-2012 a goiana disputou a competição de tênis de mesa. Já na Rio-2016 e em Tóquio-2020, a atleta competiu na modalidade de tiro com arco.

Em Paris-2024, Jane Karla chegou às quartas de final do torneio individual de arco composto do tiro com arco, mas foi eliminada pela britânica Jodie Grinham por 143 a 141.

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Paris inaugura Paralimpíadas com cerimônia 'militante'

Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, é a primeira vez que a cerimônia de abertura paralímpica ocorre fora de um estádio

Modificado em 17/09/2024, 17:21

Abertura das Paralimpíadas de Paris ocorreu fora de um estádio pela primeira vez a história

Abertura das Paralimpíadas de Paris ocorreu fora de um estádio pela primeira vez a história (Alessandra Cabral/CPB)

Uma cerimônia "militante" - na definição de seu criador, o diretor de teatro Thomas Jolly -, com uma mensagem de conscientização para a inclusão das pessoas com deficiência, abre os Jogos Paralímpicos de Paris na noite francesa de quarta-feira (28).

Menos ambiciosa que a abertura dos Jogos Olímpicos, um mês atrás, mas nem por isso pouco grandiosa, a festa foi realizada nos Champs-Elysées, principal avenida da capital francesa, e na praça da Concórdia, onde em 1793 o rei Luís 16 e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados.

Na abertura olímpica, organizada em um percurso de seis quilômetros às margens do rio Sena, Jolly tinha criado polêmica com diversas provocações, entre elas uma cantora representando a rainha decapitada. Desta vez, em suas próprias palavras, o diretor decidiu enfatizar a "concórdia" que dá nome à praça.

O nome dado por Jolly ao espetáculo, "Paradoxe", é, segundo ele, uma referência à contradição entre o heroísmo dos campeões paralímpicos e os desafios cotidianos às vezes prosaicos com que eles se deparam nas ruas -como descer uma escada para pegar o metrô.

"É a primeira vez que uma cerimônia de abertura paralímpica é realizada no centro de uma cidade, e sabemos que as cidades não são adaptadas [para pessoas com deficiência]", afirmou.

Como definiu a ministra dos Esportes e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Amélie Oudéa-Castéra, a intenção da cerimônia não é "chocar", mas "chamar a atenção".

Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, é a primeira vez que a cerimônia de abertura paralímpica ocorre fora de um estádio. Boa parte dos cerca de 4.400 atletas, representando 167 delegações e a equipe paralímpica de refugiados, desfila nos Champs-Elysées, diante de um público de cerca de 50 mil pessoas.

Os 88 atletas russos inscritos, autorizados a competir sob o nome de "atletas individuais neutros", foram impedidos de participar em razão da invasão da Ucrânia.

Beth Gomes (atletismo) e Gabriel Araújo, o Gabrielzinho (natação), campeões paralímpicos em Tóquio, três anos atrás, representam o Brasil como porta-bandeiras.

Doze tochas paralímpicas diferentes convergiram de todas as regiões da França em direção ao local da cerimônia de abertura, depois de um revezamento de quatro dias e mil participantes, iniciado no Reino Unido, em Stoke Mandeville, localidade berço do movimento paralímpico: ali, em 1948, foi realizado o embrião do que viria a se transformar nos atuais Jogos.

Entre os portadores da tocha mais famosos está o ator chinês Jackie Chan, 70, estrela de filmes de ação hollywoodianos, muito popular na França.

A mesma pira dos Jogos Olímpicos voltará a ser acesa para os Paralímpicos. Instalada em um balão e sem fogo de verdade - a "chama" é um efeito criado por vapor d'água e lâmpadas LED -, ela se tornou uma atração turística da capital francesa, no Jardim das Tulherias, entre o Museu do Louvre e o obelisco da Concórdia.

Os Jogos Paralímpicos terão 22 esportes em 19 sedes de competição, entre elas algumas das que mais impressionaram nos Jogos Olímpicos, como Versalhes (paraequitação), Grand Palais (esgrima em cadeira de rodas e parataekwondo) e Torre Eiffel (futebol de cegos).

O evento terminará em 8 de setembro, com uma cerimônia também concebida por Thomas Jolly, que será realizada no Stade de France, mesmo palco do encerramento dos Jogos Olímpicos, no último dia 11.

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Paciente do Crer representará o Brasil nos Jogos de Paris 2024

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Paciente do Crer representará o Brasil nos Jogos de Paris 2024

(Juliana Saran/Agir)

Paciente do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Adria Jesus, será uma das representantes de Goiás e do Brasil no vôlei sentado durante os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que começam nesta quarta-feira (28).

O vôlei sentado é uma modalidade que exige não apenas habilidades técnicas e agilidade, mas também uma extraordinária determinação. Adria, ao longo de sua trajetória, tem demonstrado todas essas qualidades e está preparada para exibir ao mundo o talento e a resiliência dos atletas paralímpicos brasileiros.

As Paralimpíadas de Paris seguem até 8 de setembro e servirão como um palco de destaque para Adria mostrar suas habilidades e representar com honra o espírito esportivo do Brasil. A trajetória dela é um reflexo do esforço e do compromisso necessários para alcançar o mais alto nível no esporte.

"É uma honra imensa representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Cada desafio superado até aqui foi um passo em direção a esse grande sonho. Estou muito feliz por poder levar não apenas a bandeira do nosso país, mas também todo o apoio e carinho que tenho recebido. O vôlei sentado me ensinou muito sobre resiliência e trabalho em equipe, e quero mostrar ao mundo que, com determinação e paixão, é possível alcançar qualquer objetivo", afirmou Adria.

8ª Edição do Festival de Esporte Adaptado do Crer
No dia 20 de setembro, o Crer realizará a 8ª edição do Festival de Esporte Adaptado, com o objetivo de promover a qualidade de vida e a inclusão social e física das pessoas com deficiência. O evento, que acontecerá nas instalações do hospital, reunirá atletas em tratamento na instituição.

De caráter inclusivo, o festival é uma importante ferramenta na readaptação dos pacientes, promovendo sua reintegração social e familiar. A programação da 8ª edição incluirá modalidades como Basquete em Cadeira de Rodas, Bocha Adaptada, Atletismo, Futsal, Caminhada Aquática, Natação e Takkyu Volley. Durante o evento, profissionais de educação física conduzirão as atividades esportivas, com o suporte e orientação da equipe multiprofissional do Crer.