SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Virou uma tradição anual do Oscar apontar os recordes de indicações individuais de artistas lembrados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 2023, isso não foi muito diferente.Mas ainda que nomes como John Williams e Steven Spielberg tenham voltado a marcar presença na grande festa do cinema, a edição deste ano do principal prêmio de Hollywood começa com uma série de novidades nas principais categorias. Só nas atuações, 16 dos 20 artistas nomeados nas quatro categorias da área estão na primeira indicação de suas carreiras.O caso mais gritante é o prêmio de melhor ator, que pela primeira vez em décadas tem cinco estreantes na cerimônia de indicados. Isso inclui os novatos Paul Mescal, de 26 anos, e Austin Butler, de 31 anos, mas também os veteranos Colin Farrell e Brendan Fraser. Mais impressionante, porém, é Bill Nighy, veterano inglês que chega ao Oscar apenas agora, aos 73 anos.As outras categorias não escapam do padrão. Em atriz, Ana de Armas, Andrea Riseborough e a favorita Michelle Yeoh recebem sua primeira indicação ao prêmio junto de Michelle Williams, em sua quinta nomeação, e Cate Blanchett, que já venceu em duas ocasiões. Em atriz coadjuvante, Hong Chau, Kerry Condon, Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu são as novatas que enfrentam Angela Bassett, cujo trabalho em "Pantera Negra: Wakanda para Sempre" rendeu apenas sua segunda nomeação ao Oscar.O prêmio de ator coadjuvante, por fim, conta com Barry Keoghan, Brian Tyree Henry, Ke Huy Quan e Brendan Gleeson entre as novidades na história da cerimônia. Quinto nome da lista e lembrado por "Os Fabelmans", Judd Hirsch chega a sua segunda indicação na história, 42 anos depois de chegar a primeira vez à lista por seu trabalho em "Gente Como a Gente".Além dos atores, o Oscar de 2023 ainda tem novidades nas categorias de filme, roteiro e até direção. Ruben Östlund, de "Triângulo da Tristeza", e a dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert, de "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", chegaram pela primeira vez ao Oscar em múltiplas categorias, por exemplo.Mas mais impressionante só mesmo as presenças inéditas de Jerry Bruckheimer e Kazuo Ishiguro. O segundo, vencedor do Nobel de literatura, foi lembrado na categoria de roteiro adaptado por seu trabalho no britânico "Living"; o primeiro, produtor de décadas de sucesso em Hollywood, chega só agora à cerimônia da Academia graças ao sucesso de "Top Gun: Maverick".