O vestido usado por Tatá Werneck, 37, no Prêmio Multishow 2020, será leiloado. A humorista usou as redes sociais nesta terça-feira (29) para informar que pretende destinar o dinheiro arrecadado à uma instituição carente.A decisão de leiloar o traje, segundo ela, foi a maneira que encontrou de "transformar uma situação ruim em boa". A comediante está sendo processada pela RedeTV!, por um danos morais, após fazer uma piada relacionando o valor do vestido e a emissora, durante a premiação do Multishow, que aconteceu na madrugada de 11 para 12 de novembro."Gente, não repare, eu vim de moto direto, entendeu? Eu vim assim. Peguei no varal, está molhado ainda. Isso aqui é o orçamento de uma grade da RedeTV!. Pelo amor de Deus, gente, não quero que vocês reparem", falou Tatá na ocasião.Agora, a emissora de Almicare Dallevo Júnior e Marcelo de Carvalho pede uma indenização avaliada em R$ 50 mil na Justiça. No processo, a RedeTV! diz que Tatá Werneck "fez chacota e usou de ironia para criticar grosseiramente a qualidade de toda a grade de programação e a capacidade financeira da empresa"."O vestido que eu usei gerou uma polêmica, estou sendo processada, então eu pensei como transformar uma situação ruim em uma situação boa. Já tinha sugerido isso, eu vi no Twitter, então vou leiloar esse vestido, que eu adoro muito, e vou doar o dinheiro para alguma instituição. Vou descobrir como que faz", afirmou Tatá em seu Instagram.O advogado responsável pela defesa da apresentadora do Lady Night (Multishow), Ricardo Brajterman, classificou o processo como "uma piada pronta contra a RedeTV!", em conversa com a reportagem. "A fala de Tatá não tem ofensa, agressividade, discurso de ódio ou de segregação, como havia, por exemplo, no programa Pânico, que fez a RedeTV! ser condenada em dezenas de processos", comparou. "Tatá agiu dentro dos limites constitucionais da liberdade de expressão e da liberdade artística, fazendo uma brincadeira que ela faz com todos, inclusive com suas contratantes."Recentemente, o diretor da Globo, Boninho, e Tatá alfinetaram os executivos da emissora concorrente, que tiveram seus bens bloqueados pela Justiça por causa de uma dívida da emissora estimada em R$ 137,8 milhões.Segundo o colunista Rogério Gentile, do UOL, a decisão de bloquear os bens de Dallevo Júnior e Carvalho foi tomada pela juíza Maria Rita Rebello Pinho Dias, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, em processo movido pela massa falida da Petroforte Brasileiro de Petróleo, e tem origem em empréstimos obtidos pela emissora junto ao Banco Rural. Esse crédito foi comprado do banco por uma das empresas do grupo Petroforte, que faliu.