William Bonner denuncia uso de dados do filho em fraude no auxílio emergencial
O jornalista afirma que Vinícius Bonemer não está no grupo que pode se beneficiar com o auxílio, mas, mesmo assim teve o CPF aprovado
Redação O POPULAR
21 de maio de 2020 às 15:20
Modificado em 24/09/2024, 02:56
William Bonner (Reprodução)
O jornalista e apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, informou em uma rede social, que os dados de um de seus filhos, Vinícius Bonemer, foram utilizados em uma fraude envolvendo o auxílio emergencial de R$ 600 dado pelo governo federal a pessoas em situação de risco por conta da pandemia do novo coronavírus.
"Na terça, dia 19, fui informado de que o jornal Meia Hora tinha obtido documentos do suposto registro de meu filho no programa de auxílio emergencial do governo. Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente", escreveu Bonner. "Apresentados os fatos, o jornal corretamente não publicou a matéria."
Bonner expôs o fato em seu perfil no Twitter, em que não postava mensagens desde junho de 2019, fez uma sequência de postagens explicando como tudo aconteceu e questionou a segurança do programa. "Quantos entre esses [pedidos] realmente fraudaram o programa? Meu filho não fraudou, é vítima e pode provar. Neste caso, o crime é contra ele, contra todos os que tiveram seus nomes indevidamente usados, e também contra todos os brasileiros, porque ataca os cofres públicos", afirma.
Segundo o jornalista, não é a primeira tentativa de estelionato vivida por ele e a família. "Estelionatários têm usado há 3 anos o nome e do CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras". No entanto, para ele, este caso é mais grave por se tratar de dinheiro público.
O jornalista afirma que seu filho não está no grupo que pode se beneficiar com o auxílio, mas, mesmo assim teve o CPF aprovado. "Quem quer que viesse a usar o nome, o CPF e dados pessoais dele deveria receber como resposta ao pleito um 'não'. Mas, pelo que vimos ao consultar o site do Dataprev, o pedido de auxílio feito por um fraudador foi aprovado", disse.
Bonner encerra a sequência de posts explicando que já tomou as medidas legais necessárias. "De nossa parte, apresentaremos nova queixa-crime. Da parte dos gestores do auxílio emergencial, esperamos apuração rápida da fraude, para que se resguardem o patrimônio público e a confiança dos cidadãos nos mecanismos de controle desse programa. E para que o controle eficaz do programa não prejudique ainda mais aqueles cidadãos que realmente precisam do auxílio neste momento tão doloroso" concluiu.
Fisiculturista é alvo de buscas da Polícia Civil suspeito de crimes eletrônicos e fraude com boletos
Um pendrive contendo evidências de crimes foi apreendido pela Polícia Civil. Suspeito teria aberto uma conta digital com dados de uma ex-companheira
Brenda Santos
20 de março de 2025 às 10:05
Modificado em 20/03/2025, 16:15
Viatura da Polícia Civil (Reprodução/SSP-TO)
A Polícia Civil de Araguaína, região norte do estado, cumpriu mandado de busca e apreensão contra um fisioculturista de 35 anos suspeito de aplicar golpes virtuais. A investigação teve início após a denúncia de que ele teria utilizado os dados de uma ex-companheira para abrir uma conta digital sem o seu conhecimento.
Na ação, um pendrive foi apreendido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o dispositivo apreendido continha evidências que apontam para a prática de outros crimes, incluindo a adulteração e o desvio de boletos bancários.
Conforme apurado, o suspeito modificava os dados dos documentos antes de enviá-los a terceiros, redirecionando os valores pagos para contas sob seu controle.
O material apreendido na quarta-feira (19) possibilita que a Polícia Civil aprofunde as investigações para identificar outras possíveis vítimas e verificar se outras pessoas participaram dos crimes.
Detran suspende 30 instrutores de motocicletas e investiga mais cinco por fraudes em aulas práticas
Segundo o Delegado Waldir, presidente do departamento, alunos e autoescolas também estão sendo investigados
Isadora Sátira
26 de fevereiro de 2025 às 07:16
Presidente do Detran-GO, delegado Waldir Soares (Isadora Sátira / O Popular)
O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) suspendeu por tempo indeterminado 30 instrutores de motocicleta, e investiga mais cinco, envolvidos em fraudes em aulas práticas. Segundo o Delegado Waldir, presidente do departamento, alunos e autoescolas também estão sendo investigados.
Instrutores de aulas práticas de motocicleta estavam realizando a abertura e o fechamento de aulas de forma irregular. Eles registravam as fotos de abertura dentro de suas residências, em carros, fumando durante a foto e utilizando de forma errada o acesso ao Portal de Sistemas de outros instrutores para forjar a realização das aulas, segundo o presidente.
Tem que ter no mínimo 20 aulas práticas; Cem por cento delas foram aulas de motocicletas, o que torna mais grave, considerando que o maior índice de acidentes é de motociclistas, o que implica na má formação dos alunos", disse o delegado em coletiva.
Segundo o Detran, 5 mil aulas de motocicletas são realizadas por dia, cada uma com 50 minutos de duração. Atualmente, cinco servidores realizam a fiscalização das fotos enviadas pelos instrutores e alunos. Foram encontradas irregularidades em municípios como Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Formosa, Hidrolândia, Trindade e Alexânia.
É um jogo de ganha ganha, pois ganha o instrutor que recebe por hora e ganha o aluno que já tem habilidade e não frequentava as aulas; se a autoescola tiver menos de 60% de avaliação ela pode ser descredenciada também", disse o delegado Waldir.
Segundo o presidente do Detran, devido à gravidade da situação, os instrutores podem responder criminalmente devido a falsificação ideológica.
Pena de um a cinco anos por falsidade ideológica, podendo aumentar em um terço, imediata suspensão do credenciamento, e suspensão definitiva dos quadros de credenciados do Detran", disse.
Foram encontradas também, segundo o presidente, casos onde os instrutores usavam um aparelho celular para tirar foto de uma outra foto em outro celular para tentar burlar o sistema. O Detran-GO tem adotado uma postura rigorosa quanto ao desvio de conduta, segundo o presidente.
Ex-presidente da Goinfra é preso em operação contra fraude milionária em contrato, diz polícia
Lucas Vissoto foi preso no âmbito da operação "Obra Simulada", que investiga uma fraude milionária em contrato da Goinfra com uma empresa privada do Distrito Federal referente à manutenção de prédios públicos
Maiara Dal Bosco
28 de janeiro de 2025 às 09:43
Modificado em 28/01/2025, 13:55
Ex-presidente da Goinfra Lucas Vissoto foi preso em operação da Polícia Civil (Cristiano Borges)
O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) Lucas Vissoto foi preso pela Polícia Civil (PC) nesta terça-feira (28), no âmbito da operação "Obra Simulada", segundo informou a própria PC. A Polícia Civil investiga uma fraude milionária em contrato da Goinfra com uma empresa privada do Distrito Federal referente à manutenção de prédios públicos nos anos de 2023 e 2024. Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão temporária em Goiânia, Anápolis e Distrito Federal. Até às 8h desta manhã, além do ex-presidente, outras sete pessoas foram presas.
O DAQUI não conseguiu contato com a defesa de Lucas Vissoto até a última atualização desta reportagem.
Segundo apurado pela repórter Fabiana Pulcineli, os nomes dos alvos da operação são:
José Francisco Alves Pereira
Marcus Emmanoel Chaves Vieira
Luiz Romildo de Mello
Francisco Roni da Rosa
Cíntia Marta Ataides Vieira
Rosana Crisóstomo Ribeiro
Weslley Crisóstomo Nogueira da Silva
Marcus Emmanoel Chaves Vieira Junior
Francisco Roni da Rosa Junior
Lucas Alberto Vissoto Júnior
Adriano Mendes Ribeiro
Thiago Carim Bucker
Gabriel Tertuliano
Vitor Angrisani Berquó Ramalhão
Thayana Torres Avelar Nasser da Veiga
O DAQUI não conseguiu localizar as defesas dos investigados até a última atualização desta reportagem.
Em nota, o Governo de Goiás afirmou que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo do Estado, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias. " O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem) .
Segundo a Polícia Civil, o ex-presidente da Goinfra vai responder pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e fraudes em licitações e contratos administrativos. A PC informou que não vai detalhar qual a participação dele na fraude que é investigada para preservar as demais investigações que estão sendo realizadas, inclusive no Distrito Federal.
Conforme mostrou a reportagem, Lucas Alberto Vissoto Júnior foi exonerado do cargo de Presidente da Goinfra em decreto do governador Ronaldo Caiado no mês de abril de 2024. A saída, registrada como "a pedido", ocorreu após cancelamentos de licitação e de contrato, diante de suspeitas de irregularidades e sobrepreço, conforme também revelou a reportagem.
Operação
Segundo a Polícia Civil, são apurados diversos crimes na formalização e execução de um contrato administrativo celebrado entre a Goinfra e uma empresa privada sediada no Distrito Federal no valor de R$ 27,8 milhões. As irregularidades chegaram ao conhecimento da polícia por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da PC na Seinfra.
Os prejuízos causados inicialmente aos cofres públicos, referentes aos pagamentos indevidos, estão estimados em R$ 10,4 milhões, mas não incluem, entretanto, o valor que o Estado ainda terá para reconstruir as estruturas que foram demolidas e não reerguidas pela empresa contratada.
A PC detalhou que ficou evidenciado que a empresa contratada obteve diversos pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras ou serviços fossem suficientemente realizados para que os pagamentos fossem justificados. Há, ainda, fortes indícios de superfaturamentos nas intervenções.
Como o nome da empresa contratada não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dela até a última atualização deste texto.
Investigações
As investigações apontaram que o respectivo contrato foi completamente descaracterizado, uma vez que, apesar de inicialmente ter sido firmado para a realização de simples serviços de reforma e manutenção predial, acabou se transmudando, indevidamente, em contrato de obras e serviços de engenharia, o que possibilitou a grande elevação dos preços do contrato por aditivos realizados posteriormente.
A PC apurou que, durante a execução do contrato, houve casos de demolições totais de estruturas, apenas para justificar a emissão de notas fiscais e possibilitar pagamentos indevidos à contratada, ocorrendo fraudes em procedimentos de medições e em "atestes" das notas ideologicamente falsas emitidas pela empresa, mediante a participação de ex-membros da Diretoria de Gestão Integrada da Goinfra, gestores e fiscais do contrato.
A Polícia Civil revelou que outra pretensão contratual da Goinfra, no valor de R$ 271,8 milhões, gerida pelos mesmos investigados que integravam a referida diretoria da Estatal, e que foi suspensa pelo TCE em abril de 2024, também está sendo alvo de operação, já que a análise do Tribunal evidenciou um sobrepreço de mais de R$ 62 milhões.
Conforme a investigação, há, ainda, fortes evidências de lavagem de dinheiro, uma vez que o fluxo financeiro, irregularmente obtido pelos pagamentos antecipados à empresa contratada, convergia para outras empresas sediadas no Distrito Federal, todas ligadas a familiares e amigos de um sócio oculto da empresa contratada. Além disso, há o registro de diversos saques realizados diretamente na "boca do caixa", logo depois dos pagamentos irregulares feitos pela Goinfra.
A PC apurou que a empresa contratada já havia sido alvo de apuração no estado do Tocantins, onde o Tribunal de Contas Estadual evidenciou dano aos cofres públicos decorrente de superfaturamento, sobrepreço e inexecução contratual de obras públicas. A mesma empresa é alvo de diversos processos no Distrito Federal.
Nota do Governo de Goiás
"Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:
- Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.
- A atual gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público. A gestão não 'passa pano' para ninguém e não há possibilidade de segunda chance.
- O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor.
Operação prende suspeitos de fraude milionária em contrato na Goinfra para manutenção de prédios públicos
Polícia Civil cumpre 114 mandados judiciais, sendo 15 de prisão temporária
Maiara Dal Bosco
28 de janeiro de 2025 às 09:22
Modificado em 28/01/2025, 17:18
A operação "Obra Simulada", deflagrada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta terça-feira (28), investiga uma fraude em contrato na Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) referente à manutenção de prédios públicos. A estimativa é que o prejuízo aos cofres públicos ultrapasse R$ 10 milhões. A PC cumpre, ao todo, 114 mandados judiciais em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal (DF), sendo 15 de prisão temporária. Até as 8h, oito pessoas foram presas.
Segundo apurado pela repórter Fabiana Pulcineli, os nomes dos alvos da operação são:
José Francisco Alves Pereira
Marcus Emmanoel Chaves Vieira
Luiz Romildo de Mello
Francisco Roni da Rosa
Cíntia Marta Ataides Vieira
Rosana Crisóstomo Ribeiro
Weslley Crisóstomo Nogueira da Silva
Marcus Emmanoel Chaves Vieira Junior
Francisco Roni da Rosa Junior
Lucas Alberto Vissoto Júnior
Adriano Mendes Ribeiro
Thiago Carim Bucker
Gabriel Tertuliano
Vitor Angrisani Berquó Ramalhão
Thayana Torres Avelar Nasser da Veiga
Em nota, a defesa do Marcus Emmnoel Chaves Vieira disse que "aguarda autorização para ter acesso pleno aos documentos da investigação e ressaltou acreditar no Poder Judiciário, a fim de se garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório".
O Daqui não conseguiu localizar as defesas dos outros investigados até a última atualização desta reportagem.
Em nota, o Governo de Goiás afirmou que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo do Estado, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias. " O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem) .
Segundo a Polícia Civil, são apurados diversos crimes na formalização e execução de um contrato administrativo celebrado entre a Goinfra e uma empresa privada sediada no Distrito Federal nos anos de 2023 e 2024, no valor de R$ 27,8 milhões. As irregularidades chegaram ao conhecimento da polícia por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da PC na Seinfra.
A PC detalhou que ficou evidenciado que a empresa contratada obteve diversos pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras ou serviços fossem suficientemente realizados para que os pagamentos fossem justificados. Há, ainda, fortes indícios de superfaturamentos nas intervenções.
Como o nome da empresa contratada não foi divulgado, O DAQUI não conseguiu localizar a defesa dela até a última atualização desta reportagem.
Policiais durante operação "Obra Simulada" em Goiás e no DF (Divulgação/Polícia Civil)
Ao todo, a Polícia Civil cumpre 15 mandados de prisão (Divulgação/Polícia Civil)
Os prejuízos causados aos cofres públicos estão estimados em R$ 10,4 milhões (Divulgação/Polícia Civil)
Investigações
As investigações apontaram que o respectivo contrato foi completamente alterado, uma vez que, apesar de inicialmente ter sido firmado para a realização de simples serviços de reforma e manutenção predial, acabou se transformando, indevidamente, em contrato de obras e serviços de engenharia, o que possibilitou a elevação dos preços do contrato por aditivos realizados posteriormente.
A PC apurou que, durante a execução do contrato, houve casos de demolições totais de estruturas, apenas para justificar a emissão de notas fiscais e possibilitar pagamentos indevidos à contratada, ocorrendo fraudes em procedimentos de medições e em "atestes" das notas ideologicamente falsas emitidas pela empresa, mediante a participação de ex-membros da Diretoria de Gestão Integrada da Goinfra, gestores e fiscais do contrato.
A Polícia Civil revelou que outra pretensão contratual da Goinfra, no valor de R$ 271,8 milhões, gerida pelos mesmos investigados que integravam a referida diretoria da Estatal, e que foi suspensa pelo TCE em abril de 2024, também está sendo alvo de operação, já que a análise do Tribunal evidenciou um sobrepreço de mais de R$ 62 milhões.
Conforme a investigação, há, ainda, fortes evidências de lavagem de dinheiro, uma vez que o fluxo financeiro, irregularmente obtido pelos pagamentos antecipados à empresa contratada, convergia para outras empresas sediadas no Distrito Federal, todas ligadas a familiares e amigos de um sócio oculto da empresa contratada. Além disso, há o registro de diversos saques realizados diretamente na "boca do caixa", logo depois dos pagamentos irregulares feitos pela Goinfra.
A PC apurou que a empresa contratada já havia sido alvo de apuração no estado do Tocantins, onde o Tribunal de Contas Estadual evidenciou dano aos cofres públicos decorrente de superfaturamento, sobrepreço e inexecução contratual de obras públicas. A mesma empresa é alvo de diversos processos no Distrito Federal.
Sede da Goinfra, órgão localizado no Conjunto Caiçara, em Goiânia. (Divulgação/Goinfra)
Mandados
Além dos 15 mandados de prisão, estão sendo cumpridos 32 mandados de afastamentos de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático; 26 ordens de bloqueios de bens e valores; sete de proibição de frequência a determinados lugares - sede da Goinfra; dez determinações de proibição de contratar com o poder público - empresas envolvidas e 24 mandados de busca e apreensão.
Os investigados responderão na justiça pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e fraudes em licitações e contratos administrativos.
Nota do Governo de Goiás
"Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:
- Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.
- A atual gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público. A gestão não 'passa pano' para ninguém e não há possibilidade de segunda chance.
- O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor.