IcMagazine

Gata do Daqui

Chrissy Teigen narra dificuldade em ensinar sobre racismo e privilégio

“Há livros que li quando me tornei mãe que explicam aos meus filhos situações difíceis e traumáticas, mas é muito difícil ensiná-las sobre seu privilégio", diz a modelo

Modificado em 24/09/2024, 00:26

Chrissy Teigen narra dificuldade em ensinar sobre racismo e privilégio

(Divulgação / Instagram)

Chrissy Teigen, de 34 anos, contou em entrevista à revista Marie Claire sobre como ela e o marido, o cantor John Legend, de 41 anos, procuram ensinar os filhos sobre racismo e privilégios ao mesmo tempo. O casal é pai de Luna Simone, de 4 anos, e Miles Theodore, de 2 anos, e está à espera do terceiro herdeiro.

"Há livros que li quando me tornei mãe que explicam a eles situações difíceis e traumáticas. Mas é muito difícil ensiná-las sobre seu privilégio. Mas independentemente de dinheiro ou status, eles sempre terão sua cor de pele", afirmou a modelo e apresentadora.

"Nós apenas tentamos falar com eles como pequenos adultos, dizendo em palavras que eles entendam, deixando claro que é muito sério, e deixando que eles façam quantas perguntas precisarem", acrescentou ela.

Chrissy refletiu ainda sobre o futuro e as experiências do marido, como homem negro, que já passou por casos de racismo. "Quando se tratar de eles serem tratados de forma diferente por causa da cor da pele, vou pedir a John para me ajudar com isso porque, embora sejam asiáticos e brancos também, sua cor de pele é negra", argumentou.

(Divulgação / Instagram)

(Divulgação / Revista Glamour)

(Divulgação)

IcEsporte

Esporte

Luighi diz que racismo em jogo do Palmeiras deixa cicatrizes

Jogador levou uma cusparada, denunciou xingamento de "macaco" ao árbitro da partida e chorou no banco de reservas

Modificado em 07/03/2025, 08:31

undefined / Reprodução

O atacante Luighi, do Palmeiras, se manifestou nas redes sociais após ser alvo de racismo na partida da equipe sub-20 contra o Cerro Porteño, nesta quinta-feira, pela Libertadores da categoria (assista acima a entrevista dada pelo jogador após o jogo) .

"Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? É a pergunta que espero não ser necessária ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando", disse Luighi, no Instagram.

Figueiredo e Luighi foram alvos de ataques. O primeiro deles viu um torcedor - que estava com uma criança no colo - imitar um macaco em sua direção enquanto passava pela lateral do campo.

Luighi levou uma cusparada, denunciou xingamento de "macaco" ao árbitro da partida e chorou no banco de reservas. Ele desabafou na entrevista após o jogo e se revoltou com a falta de uma pergunta sobre o episódio. A entrevista foi feita por um prestador de serviço da transmissão oficial da Conmebol, que é instruído protocolarmente a perguntar sobre o jogo, segundo apurou o UOL. O atleta voltou a ir aos prantos.

"É sério isso? Vocês não vão perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? É sério? Até quando a gente vai passar isso? Me fala... até quando a gente vai passar isso? O que fizeram comigo foi um crime, pô. Vocês vão perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF, sei lá. Você não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? Você não ia perguntar sobre isso. O que fizeram foi um crime comigo, pô. A gente é formação. Aqui é formação, pô. A gente está aprendendo aqui", disse Luighi, na saída de campo.

O Palmeiras divulgou nota condenando os atos racistas e disse que "irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos".

Já a Conmebol afirmou, também em nota, que "medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área".

O Palmeiras venceu o jogo por 3 a 0. Riquelme Fillipi marcou dois gols, e Erick Belé anotou o outro. O time paulista chegou aos seis pontos e se isolou na liderança do grupo após a segunda rodada.

Trechos da entrevista que o atacante Luighi deu após o jogo onde sofreu racismo. (Reprodução/Globo Esporte)

Trechos da entrevista que o atacante Luighi deu após o jogo onde sofreu racismo. (Reprodução/Globo Esporte)

Nota do Palmeiras

É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da CONMEBOL. A Sociedade Esportiva Palmeiras presta toda solidariedade aos atletas do clube que estão disputando a Libertadores Sub-20 no Paraguai e comunica que irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos.

Racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes!

As suas lágrimas, Luighi, são nossas! A Família Palmeiras tem orgulho de você!

Nota da Conmebol

A CONMEBOL rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área.

IcMagazine

Famosos

Gisele Bündchen dá à luz primeiro filho com Joaquim Valente

Gisele e Joaquim estão juntos desde 2023, e confirmou o namoro em março do ano passado

Joaquim Valente e Gisele Bündchen durante um passeio de bicicleta na Flórida em julho do ano passado

Joaquim Valente e Gisele Bündchen durante um passeio de bicicleta na Flórida em julho do ano passado (MEGA/GC Images)

O primeiro filho de Gisele Bündchen com o professor de jiu-jitsu Joaquim Valente nasceu.

Não se sabe a data de nascimento, o nome ou o sexo do bebê. Gisele e Joaquim teriam decidido esperar o nascimento para descobrir se é menino ou menina. As informações são do TMZ.

Gisele Bündchen assume namoro com professor de jiu-jítsu

A modelo e o filho passam bem. Ela deu à luz recentemente, segundo o site.

Gisele já é mãe de dois filhos, frutos do casamento com Tom Brady. Ela é mãe de Benjamin, 14, e Vivian, 11. O bebê que acaba de nascer é o primeiro filho de Joaquim.

Gisele e Joaquim estão juntos desde 2023

Gisele confirmou o namoro em março do ano passado. "Essa é a primeira vez que estou saindo com alguém que foi meu amigo primeiro. É algo muito diferente, é muito honesto e é muito transparente", disse, em entrevista ao New York Times.

Ela estaria namorando Joaquim desde junho de 2023. Segundo a revista People, Gisele e Joaquim inicialmente quiseram "ir devagar" mantendo o romance em segredo.

Geral

Golpe da modelo: Grupo é preso em hotel de luxo suspeito de dar golpe em mais de 100 mulheres com promessa de carreira

Segundo polícia, quatro mulheres e um homem irão responder pelos crimes de tentativa de estelionato qualificado e associação criminosa

Modificado em 03/02/2025, 15:58

Um grupo de cinco pessoas foi preso em um hotel de luxo, no Setor Oeste, em Goiânia, no domingo (2). Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), eles são suspeitos de aplicarem um golpe utilizando uma agência de modelos com sede em São Paulo. O delegado Humberto Teófilo contou que o grupo atraía as vítimas, por meio de anúncio patrocinado nas redes sociais, com a promessa de participação em um comercial para uma famosa marca de cosméticos.

O POPULAR entrou em contato com a defesa dos suspeitos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Os presos são quatro mulheres, de 41, de 29, de 26 e de 25 anos; e um homem de 26 anos. Todos com documentos de São Paulo. Uma das mulheres, Cintia Aparecida Rafael Pinto da Silva, de acordo com o delegado, foi identificada como proprietária da agência.

À polícia, os suspeitos alegaram que contrataram uma pessoa para gerir as redes sociais e que não "sabiam do teor e que não tinham ciência de tudo isso." O delegado ressaltou que as vítimas eram mulheres com idades entre 40 e 60 anos, além de adolescentes.

As pessoas iam até eles, e eram oferecidos os serviços, faziam os contratos, mas com destaque de que nada seria garantido de que elas seriam modelos e fazer propagandas", acrescentou Teófilo.

O delegado indica que os golpes eram praticados em Goiânia, Anápolis, Brasília e São Paulo. Uma das vítimas, uma cuidadora de idosos de 55 anos, que estava no local quando a polícia efetuou as prisões, narrou que viu o anúncio da agência quando navegava pela internet e clicou na propaganda. Automaticamente, ela foi direcionada para um "chat" e de lá convidada a enviar uma mensagem para um número de WhatsApp.

A conversa entre a cuidadora de idosos e um suposto contato com a agência, que se apresentou como a "produtora de elenco", seguiu normalmente, sendo informado os valores de cachês de R$ 500 a R$ 3.900 mil. Na sequência, foi feito o agendamento de um ensaio fotográfico no hotel onde os suspeitos foram presos.

Ao chegar ao local, a vítima revelou que foi atendida por uma das suspeitas, que confirmou ser o local de seleção de participantes para o comercial, lhe entregou uma ficha para que preenchesse e pediu para aguardar para realizar o ensaio fotográfico.

No hotel, Humberto Teófilo ressaltou que três vítimas foram identificadas, duas mulheres e um adolescente de 13 anos, que estavam aguardando para ensaios de fotos. Além disso, segundo o delegado, outros três contratos foram encontrados assinados por duas idosas, uma de 63 anos e outra de 60, no dia da diligência.

Chegando ao local, as vítimas tiravam fotos, se maquiavam, mas eram surpreendidas com a venda de produtos que jamais seriam entregues, tal como um 'book'. Mais de 100 mulheres caíram no golpe e gastaram aproximadamente mil a R$ 3 mil", estima Teófilo.

Foram presos na ação policial quatro mulheres e um homem com documentos de São Paulo (Divulgação/PC-GO)

Foram presos na ação policial quatro mulheres e um homem com documentos de São Paulo (Divulgação/PC-GO)

As duas idosas teriam pago R$ 3 mil e R$ 1,2 mil, respectivamente, pelos kits da agência. A terceira era uma mulher que não teve a idade revelada, mas que teria pago R$ 1,2 mil para o grupo. Durante as investigações, Teófilo destaca que outros contratos de mais de 90 pessoas foram apreendidos com o grupo.

O POPULAR entrou em contato com a agência de modelos e com a marca de cosméticos para se manifestarem sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

O delegado pontua que os suspeitos devem responder pelos crimes de tentativa de estelionato qualificado e associação criminosa.

A PC-GO informou que a imagem de Cintia Aparecida Rafael Pinto da Silva está de acordo com os termos da lei nº 13.869/2019 e com a portaria nº 547/2021, "visto que a referida publicação poderá auxiliar no surgimento de novas vítimas".

Geral

'Sua preta, imunda, nordestina, pobre': operadora de telemarketing sofre injúria racial de cliente durante atendimento

Estudante de administração, a vítima trabalha oferecendo empréstimos para aposentados pelo telefone. O caso ocorreu em Trindade

Modificado em 11/01/2025, 14:46

undefined / Reprodução

"Sua preta, imunda, nordestina, pobre, telefonista." Essas são algumas das ofensas racistas e xenofóbicas que uma assistente de telemarketing de 29 anos sofreu ao atender um cliente na terça-feira (7) (ouça os áudios acima) .

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Há alguns meses, a estudante de administração Vitória*, mãe de duas meninas, trabalha em uma empresa como correspondente bancária, oferecendo empréstimos para aposentados, na cidade de Trindade, a cerca de 25 km de Goiânia.

Ao g1, Vitória explicou que as ligações aos clientes cadastrados no sistema da empresa são efetuadas de forma automática --- "uma atrás da outra".

Ao final de cada chamada, ela precisa preencher os dados da ligação em uma tabela, informando, por exemplo, se o cliente se recusou a atendê-la. Caso ela não realize o procedimento, o sistema volta a ligar para a mesma pessoa.

O número do protocolo de atendimento também é enviado para o WhatsApp de cada cliente pelo celular corporativo de Vitória.

Na terça à tarde, a jovem estava no meio do expediente, fazendo mais uma ligação, quando um homem a atendeu. Contudo, no cadastro, a linha estava em nome de uma mulher. O homem ficou bravo com o engano e passou a xingá-la.

"Eu queria falar com a Delfina, que é o nome da cliente que estava cadastrado. Ele falou assim: 'Que desgraça, vagabunda, sua piranha. Vai dar seu c* e começou a me xingar'. [No início da ligação,] eu já envio o protocolo no WhatsApp, é automático. Como trabalho como correspondente bancária, a foto do perfil é a minha. Eu fiquei muito desesperada, porque ele estava me xingando muito, e eu fui apagar o protocolo [enviado] para ele", contou.

Após xingá-la, o agressor desligou o telefone. Como Vitória estava preocupada em apagar o número de protocolo enviado pelo WhatsApp, ela não tabulou os dados, e o sistema voltou a ligar para o homem.

"Ele atendeu de novo. Já tinha aberto a mensagem e visto a minha foto [no WhatsApp]. E começou a me chamar de preta. Na hora que ele falou que eu era preta, eu respondi: 'Você sabe que isso que você está falando cabe um processo. Você não pode ficar chamando as pessoas de preto assim desse jeito'. E aí eu já desliguei", contou Vitória.

A discussão e as ofensas continuaram pelo WhatsApp por áudio. A jovem, então, escreveu para o agressor que iria atrás de seus direitos e que "ele mexeu com a pessoa errada", além de reafirmar que "é preta, sim" e que "se acha linda".

Segundo a assistente de telemarketing, o homem enviou vários áudios com falas de teor racista, xenofóbica e gordofóbica, além de afirmar durante a conversa que era de Santa Catarina e "loiro de olho verde".

"Você está falando com uma pessoa inteligente, que sabe exatamente como você é. Mais uma preta, pobre, imunda, podre, que fica ligando 50 vezes por dia. Há dois anos vocês ficam me ligando. Sua imunda [...] Você é horrível. Além de horrível por dentro, horrível por fora. Você é um lixo de gente. Sua pobre teleatendente, vergonhoso o tipo de trabalho que você faz", gritou o agressor em um dos áudios.

"Eu moro no meu apartamento lindo, aqui numa cidade linda do Sul. Tenho olho claro. Sou gato. A tua fala, sinto dó de você. Não passa de uma psicologia básica e imunda de gente pobre. Vai estudar e quem sabe assim você consegue discutir com alguém que tenha um pouco mais de conhecimento, tá, sua preta imunda", ainda disse o homem.

Ao final das ofensas, o agressor apagou os áudios e bloqueou o número da vítima. Vitória contou que desabou e chorou muito, sendo acolhida pelos colegas de trabalho.

"Eu fiquei chorando bastante, nunca tinha escutado isso antes. É muito ruim a gente escutar isso, ser chamada de preta e pobre. As pessoas acham que só porque a gente é preta a gente não tem capacidade, a gente nunca vai conseguir nada, a gente não é ninguém [...] Ele realmente acha que acabou comigo com as palavras, e realmente acabou, né? Afeta o meu psicológico", desabafou Vitória.

A jovem procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência por injúria racial na Delegacia de Trindade. Ela procura por Justiça para que, no futuro, o mesmo não aconteça com suas filhas.

Delegacia Regional da Polícia Civil de Trindade (Reprodução/Secom Goiás)

Delegacia Regional da Polícia Civil de Trindade (Reprodução/Secom Goiás)

Ao g1, advogado de defesa, José Luiz Oliveira Júnior, afirmou que o caso de Vitória não é isolado e é um reflexo da sociedade e do tempo que vivemos.