Três a cada 10 habitantes em Goiás são pessoas que vieram de outras unidades federativas, oriundos sobretudo do Distrito Federal, Minas Gerais e Maranhão. O Estado tem se consolidado nas últimas décadas como um dos estados mais atrativos para migrantes brasileiros.

A chegada desses novos moradores decorre, na maior parte, por motivações econômica e educacional, com trabalhadores em busca de vagas de emprego com melhores salários e estudantes atraídos por instituições de ensino reconhecidas nacionalmente. Contudo, fatores como facilidade de acesso a serviços públicos básicos, como saúde, educação, segurança e moradia, também impactam no processo de escolha.

Dados do Censo 2022, divulgados em junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão dimensão ao fluxo migratório a Goiás e mostram que o estado é o segundo que mais recebe migrantes brasileiros, atrás apenas de São Paulo. Do total de 7 milhões de habitantes no território goiano, 2 milhões nasceram em outros estados. Desta forma, a pesquisa censitária também demonstra que o estado é, proporcionalmente à população, o quarto com mais migrantes, que totalizam 28,9%.

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<h2>Dinâmica</h2>

A atratividade de migrantes a Goiás não é de agora, mas, nos últimos anos, tem havido alterações na dinâmica. Para se ter ideia, em 1991, mineiros representavam 34,4% do total dos que aqui chegavam, ocupando o topo da lista das unidades federativas com maior fluxo. No Censo de 2022, contudo, representava 14,1%. No contraponto, pessoas oriundas do Distrito Federal, que reuniam 7,1% na década de 90, subiram para primeira posição, com 16,7%. A lista é completada por maranhenses, baianos, tocantinenses, paraenses, piauienses, paulistanos, cearenses e pernambucanos.

Nascida em Buriticupu, no interior do Maranhão, Irenilde Alves, de 39 anos, chegou a Goiânia em 2023, após iniciar um relacionamento e receber uma proposta para recomeçar a vida na capital goiana, onde ele – também maranhense – já residia há mais de uma década. Ela conta que o desejo de se mudar começou ainda em 2016, pela falta de condições financeiras, sobretudo após o pai de seus três filhos ir embora. Contudo, com as crianças ainda pequenas, adiou. “Tinha o sonho, mas coloquei na gaveta. Dois anos atrás, encontrei uma pessoa, e terminei de completar o que já tinha sonhado há muitos anos atrás”, resume.

Irenilde conta que o interesse pela mudança especialmente a capital goiana, naquela época, ocorreu porque um “conhecido de infância tinha mudado para cá, e vi que ele estava bem, trabalhando”. Logo após ter se fixado na capital, deu entrada em um lote onde começou a construir a própria casa onde reside hoje, na região Noroeste. Ali, montou também um negócio próprio trabalhando com aquilo que já tinha de experiência: cozinhar. “As oportunidades que estou encontrando aqui, para mim, está sendo maravilhoso”, descreve.

<h2>Expansão do agro gerou emprego</h2>

Há anos estudando a migração em Goiás, o doutor em Geografia Humana e professor do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Eguimar Chaveiro, explica que a dinâmica no Estado começou a partir da década de 1970, com a expansão do agronegócio na região Centro-Oeste. E com a criação de novos postos de trabalho, migrantes brasileiros são atraídos para ambiente rural – e posteriormente, para as grandes cidades. “A partir da década de 1990, começa a ter maior força na migração”, cita.

Ele aponta que a capital goiana, a exemplo, tem atraído migrantes pela economia predominante: de serviços. E o mesmo tem ocorrido em outras localidades, como no Entorno do Distrito Federal. A região comporta moradores que residem em território goiano, tendo um custo de vida mais acessível, mas que se deslocam a Brasília para trabalhar.&nbsp;

28,9% dos moradores de Goiás são migrantes

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CENSO IBGE

<img attr-cid="policy:1.3286610" attr-version="policy:1.3286610:1752148637" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3286610/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Imagem mostra a proporção de incêndio em fábrica de fertilizantes, em Rio Verde (Reprodução/TV Anhanguera e Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Um trabalhador morreu durante um incêndio em uma fábrica de fertilizante às margens da BR-060, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele foi encontrado sem vida dentro de um elevador industrial, após cair de cerca de 20 metros de altura.

Em nota publicada nas redes sociais, a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), responsável pela unidade, lamentou a morte do funcionário, solidarizou-se com familiares e amigos e informou que está prestando o suporte necessário e colaborando com as investigações.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/bmw-pega-fogo-em-avenida-de-goiania-video-1.3285543" target="_self">BMW pega fogo em avenida de Goiânia; vídeo</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/seca-liga-alerta-para-queimadas-1.3277454" target="_self">Seca liga alerta para queimadas</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/incendio-atinge-ginasio-de-esportes-em-campinas-1.3267322" target="_self">Incêndio atinge ginásio de esportes, em Campinas</a></div>

O incêndio ocorreu por volta das 17h30 desta quarta-feira (9). Quando os bombeiros chegaram, havia focos de incêndio na parte superior do elevador, cuja estrutura já estava comprometida e de difícil acesso. A vítima, além da queda, foi exposta ao calor intenso e à fumaça.

De acordo com os socorristas, o corpo foi resgatado após o controle parcial das chamas e a estabilização da estrutura, com o auxílio de um guindaste e técnicas especializadas de resgate em altura. No total, foram utilizados 27 mil litros de água no combate ao fogo, provenientes das viaturas e da reserva de incêndio da própria fábrica.

A Polícia Científica esteve no local para realizar a perícia, e a Polícia Civil apura as causas do incêndio.

<img attr-cid="policy:1.3286611" attr-version="policy:1.3286611:1752148744" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3286611/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (39).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
No total, foram utilizados 27 mil litros de água no combate ao fogo, segundo os bombeiros (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

<h2>Nota da Comigo na íntegra:&nbsp;</h2>

A COMIGO informa que, com pesar, recebe a confirmação de óbito de uma das vítimas do incêndio ocorrido na misturadora de fertilizantes.&nbsp;

A Cooperativa está oferecendo todo o suporte necessário e colaborando com as autoridades competentes para esclarecer as circunstâncias do acidente. Ressalta ainda que seguirá acompanhando de perto todos os desdobramentos referente ao ocorrido.&nbsp;

Neste momento, a COMIGO se solidariza com os familiares, amigos e entes da vítima, e se coloca a disposição para qualquer ajuda necessária.&nbsp;

Trabalhador morre durante incêndio em fábrica de fertilizante

RIO VERDE

A Prefeitura de Goiânia e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) vão firmar um novo contrato, que deve ter seus termos construídos dentro da política de reorganização financeira. O presidente da companhia, coronel da Polícia Militar Cleber Aparecido dos Santos, disse, nesta quarta-feira (9), que a previsão é de que o documento seja assinado em setembro, dentro da perspectiva de uma “nova Comurg” e também da saída da empresa da condição de dependência financeira em relação à administração municipal.

A reportagem apurou que entre as principais mudanças em estudo está a ampliação do escopo de serviços que podem ser prestados pela Comurg e a precificação destas atividades.&nbsp;

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhanguera sobre esse assunto:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/prefeito-de-goiania-planeja-deixar-contas-da-comurg-no-azul-13745877.ghtml" target="_self">Prefeito de Goiânia planeja deixar contas da Comurg no azul</a></li>
</ul>

A informação é que existem casos em que a companhia é chamada para realizar um serviço (limpeza de prédio público que passou por reforma, por exemplo), mas não cobra por não ter previsão em contrato. A leitura é que, de forma geral, os termos do novo contrato devem endurecer regras contra desvios de recursos e evitar que a empresa seja prejudicada.

O contrato atual foi assinado durante a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD). Em termo aditivo publicado no Diário Oficial do Município em 20 de agosto de 2024, houve prorrogação do contrato até outubro de 2025. O objetivo da nova gestão é elaborar o novo contrato antes.

<h2>Dinheiro</h2>

O último empenho da Prefeitura à Comurg por prestação de serviço foi de R$ 78 milhões, registrado no Portal da Transparência em abril. Do total, R$ 13 milhões foram pagos. O empenho é referente a abril, maio e junho (cerca de R$ 26 milhões por mês).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/comurg-define-data-para-demiss-o-de-667-servidores-aposentados-1.3284924" target="_self">Comurg define data para demissão de 667 servidores aposentados</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/prefeitura-de-goiania-anuncia-demiss-o-de-quase-700-servidores-aposentados-da-comurg-1.3281108" target="_self">Prefeitura de Goiânia anuncia demissão de quase 700 servidores aposentados da Comurg</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/acertos-custar-o-r-40-milh-es-1.3281242" target="_self">Acertos custarão R$ 40 milhões</a></div>

Entre os serviços prestados atualmente pela empresa ao Paço estão roçagem; limpeza de nascentes, de espaços onde ocorrem feiras e eventos, entre outros; plantio de grama e árvores; e manutenção de praças e canteiros.

<h2>Dependência</h2>

De acordo com o coronel Cleber, a administração continua com o plano de firmar um termo de ajustamento de gestão (TAG) com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) para reverter decisão da corte, de 2024, que confirmou a dependência financeira da Comurg em relação ao Paço.&nbsp;

A determinação do TCM, até o momento, é que as contas da Prefeitura de 2025 sejam julgadas levando em consideração as informações contábeis da Comurg (como dívidas e despesas com pessoal).

<cite>Vai estar dentro desse TAG todo esse contexto de mudança e transformação que o prefeito falou aqui, para que, a partir agora, desse ano, a empresa já tenha condições de ter receita suficiente para poder se manter equilibrada”, afirmou o presidente.&nbsp;</cite>

<cite>Para nós, é muito importante, agora, todo esse ganho de eficiência e inovação, porque a Comurg vai trabalhar com preço de mercado para poder competir de igual para igual com qualquer empresa”.</cite>

Comurg e Paço terão novo contrato com mais serviços

Prestação de serviços 

O <a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/usuario-do-transporte-coletivo-pode-usar-bicicleta-eletrica-do-terminal-ate-casa-1.3267506" target="_self">serviço de compartilhamento de bicicletas em Goiânia</a>, previsto para ter iniciado em junho, foi adiado e agora não tem data definida para o seu começo. O projeto-piloto seria realizado no Terminal Recanto do Bosque, na região Noroeste da capital, e o bicicletário em que os veículos seriam colocados também já estava sendo construído em maio.

Na mesma época, estavam sendo feitos os testes com o sistema dos QRCodes que seriam plotados nas bicicletas e o aplicativo da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). Porém, a negociação entre o fornecedor dos veículos e a RMTC não prosperou, e a programação para o fornecimento do serviço está sendo replanejada.

<ul>
	<li>Ouça entrevista do prefeito Sandro Mabel para a CBN:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/cbn-goiania/goiania-tera-bicicletas-compartilhadas-eletricas-integradas-ao-transporte-coletivo-1.3266592" target="_blank">Goiânia terá bicicletas compartilhadas elétricas integradas ao transporte coletivo</a></li>
</ul>

Segundo o consórcio das empresas concessionárias da RMTC (RedeMob), responsável pela implantação dos serviços, como das bicicletas compartilhadas, o projeto do City Bike terá uma nova data ainda em análise.&nbsp;

"Houve um problema com o fornecedor das bicicletas elétricas e tão logo isso seja resolvido, será anunciada uma nova data para o início do projeto piloto. Portanto, o início do City Bike está adiado temporariamente para, quando estiver pronto para ser entregue a população, o será feito seguindo os mais altos padrões de qualidade e segurança, e será um marco para a mobilidade ativa na nossa capital”, informa.

<h2>Nova data</h2>

O projeto está sendo feito em conjunto com a Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), que confirmou que o adiamento ocorreu “devido a um problema com o fornecedor das bicicletas elétricas”.

<cite>Uma nova data está em análise e será anunciada assim que o sistema estiver pronto para ser entregue à população. O programa será um marco na mobilidade ativa da cidade, incentivando o uso de modais sustentáveis e acessíveis”, garante a SET.</cite>

O projeto seria um retorno das bicicletas compartilhadas em Goiânia, um serviço que já existiu na capital entre 2016 e 2021, mas em outra configuração. Na época, a empresa detentora dos veículos disponibilizava-os por um tempo aos usuários, a partir de estações espalhadas pela cidade.

O serviço não tinha qualquer relação com o sistema de transporte coletivo e as estações estavam localizadas, em sua maioria, em praças e parques. Além de receber dos usuários pelo tempo de uso das bicicletas, o serviço também tinha um patrocinador, que auxiliava no custeio e manutenção.

O projeto, no entanto, foi visto como irregular pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), por não ter tido uma regulamentação e chamamento público de empresas, o que favoreceu para o seu fim, embora já apresentasse desgastes, como menor usos e cadastros. Desta vez, a ideia é vincular o compartilhamento das bicicletas com o transporte coletivo.

<h2>Até 12 horas</h2>

A intenção é que os passageiros dos ônibus possam completar seu trajeto até em casa ou trabalho com as bicicletas, o que hoje é feito, na maioria das vezes, a pé, mas há também o uso dos transportes de aplicativo ou mesmo caronas.

Até por isso, a proposta é que as bicicletas possam ficar por até 12 horas com os usuários, ou seja, será possível ir do terminal para a casa com o veículo e só devolver no dia seguinte, com retornar ao trabalho ou escola, por exemplo.

A iniciativa seria a partir do Terminal Recanto do Bosque, onde há linhas do BRT Norte-Sul, para iniciar o projeto-piloto e, depois disso, expandir para outros locais da cidade. Havia a previsão de que os próximos locais seriam nas praças Cívica, no Centro, e Tamandaré, no Setor Oeste. O projeto teria um total de 150 bicicletas elétricas movidas a bateria.

Retorno das bicicletas compartilhadas em Goiânia é adiado

Mobilidade

Contabilizando até o início deste mês, o total de casos de <a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/sindrome-respiratoria-aguda-grave-mata-402-pessoas-em-goias-1.3283048" target="_self">síndrome respiratória aguda grave</a> (Srag) em Goiás já se assemelha ao registrado em todo o ano passado. Neste ano foram 7 mil registros em todo Estado no primeiro semestre; nos 12 meses de 2024, foram menos de 7,5 mil casos.

A alta taxa de incidência da condição nas últimas semanas, associada à baixa cobertura vacinal e à pressão por leitos de internação, tem preocupado gestores públicos. Somente na rede estadual, 163 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) foram destinados exclusivamente ao tratamento de pacientes com a síndrome.

A Srag abrange casos de infecções que evoluem com comprometimento da função respiratória, levando à hospitalização. Dentre os principais agentes etiológicos responsáveis pelas ocorrências, estão os vírus influenza, causador da gripe; SARS-CoV-2, que causa a Covid-19; o vírus sincicial respiratório (VSR); e o rinovírus.

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhanguera sobre casos de Srag:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/anapolis-lidera-ranking-de-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-em-goias-13632396.ghtml" target="_blank">Anápolis lidera ranking de casos de síndrome respiratória aguda em Goiás</a></li>
</ul>

Neste ano, entre os 7.069 pacientes registrados com a condição, 1.510 tiveram o agravamento pelo VSR; 1.230, pelo influenza; 722, pelo rinovírus; e 315, por Covid-19. A maior parte, que abrange 2.379 dos casos, não teve o organismo responsável pela doença especificado.

<h2>Aumento</h2>

Os dados, que integram o painel da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), também mostra um aumento de pacientes com Srag por influenza nos últimos anos, enquanto a Covid-19 segue sendo menos responsável pelo agravamento dos quadros clínicos.&nbsp;

Em 2024, quando 7.477 foram registrados, 960 eram por Covid-19; 941, por rinovírus; 905 por influenza; e 891, por VSR. Um ano antes, com 8.586 ocorrências, 1.817 eram por Covid-19, enquanto 612 por influenza – além de 861 por vírus sincicial respiratório e 448 por rinovírus.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/sindrome-respiratoria-aguda-grave-mata-402-pessoas-em-goias-1.3283048" target="_self">Síndrome Respiratória Aguda Grave mata 402 pessoas em Goiás</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/secretario-de-saude-diz-que-fake-news-atrapalham-vacinac-o-contra-gripe-em-goias-1.3283383" target="_self">Secretário de Saúde diz que fake news atrapalham vacinação contra gripe em Goiás</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/goiania-tera-26-pontos-de-vacinac-o-no-primeiro-sabado-de-cada-mes-anuncia-prefeitura-1.3284615" target="_self">Goiânia terá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês, anuncia prefeitura</a></div>

Mesmo com a redução de Srag por Covid-19, o aumento de casos por outros vírus nas 27 semanas epidemiológicas, contabilizadas até o último dia 5, fez Goiás ter quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando 4.325 pacientes foram confirmados com a condição grave.&nbsp;

Dessa forma, houve um aumento de 63% no comparativo entre os dois anos. E, em relação ao número de pedidos para internação, também houve alta: de 8.011 entre janeiro e junho de 2024, passou para 10.676 solicitações no primeiro semestre de 2025.

Os quadros com agravamento e, portanto, com pedidos de internação, atingem principalmente crianças com menos de 2 anos, e idosos com mais de 60 anos. Esses dois grupos foram responsáveis, respectivamente, por 2.731 e 1.524 dos casos já registrados neste ano, ou seja, por 60% do total.&nbsp;

Já entre os óbitos, que somam 434 até o momento, mais da metade ocorreu em pacientes com mais de 60 anos, com 285 ocorrências. No ano passado, das 820 mortes, 478 foram de enfermos nessa faixa etária.&nbsp;

Médica infectologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Marina Roriz explica que as crianças e idosos são os mais acometidos por terem, as primeiras, o sistema imunológico não desenvolvido totalmente e, os últimos, esse sistema estar enfraquecido.

Secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis também lista a cobertura vacinal insuficiente como um ponto de preocupação. Hoje, em Goiás, 40% do público alvo recebeu o imunizante contra a influenza. Na capital, 43%. O ideal, contudo, é de 95%.

<h2>Emergência</h2>

O governo estadual decretou, no dia 30 de junho, estado de emergência em relação à Srag. A medida foi adotada após ter sido observada, durante sete semanas epidemiológicas consecutivas, uma taxa de incidência de casos acima da média esperada.&nbsp;

Com o decreto, em vigor por 180 dias, ficam autorizadas ações excepcionais, como aquisição de insumos e materiais, contratação de serviços e trabalhadores, bem como remanejamento de servidores.&nbsp;

Além disso, permite que seja solicitado ao Ministério da Saúde incentivo financeiro para custeio de leitos de internação utilizados no atendimento de adultos.