Geral

A pele precisa de atenção especial no inverno

Estação do ano exige cuidados redobrados, mas também é uma melhor época para tratamentos estéticos

Modificado em 17/09/2024, 16:33

A pele precisa de atenção especial no inverno

(Freepik)

Estamos no inverno, estação do ano quando a umidade do ar baixa e as temperaturas ficam mais frias. Tais fatores levam à diminuição da transpiração corporal, o que faz com que a pele fique mais seca. Nesta época também é comum tomarmos banhos mais quentes, que provocam uma remoção da oleosidade natural da pele de forma mais intensa.

Com tudo isso, a dermatologista Priscila Chaves, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca os cuidados necessários. "A primeira orientação é relacionada ao banho. Deve-se evitar banhos com água quente, demorados, excesso de sabonete ou buchas, isso piora o ressecamento da pele. Ao sair do banho, utilize cremes hidratantes", pontua ela.

Outro ponto que incomoda muitas pessoas no inverno é o ressecamento dos lábios. "O uso regular de hidrantes labiais ajuda a evitar. Às vezes, se a irritação for intensa, pode ser necessário avaliar a necessidade de medicamentos", esclarece a médica.

Com temperaturas mais brandas diminuímos o consumo de água e a baixa hidratação também prejudica a pele. "É preciso lembrar que mesmo estando mais frio, precisamos ingerir bastante água. Para saber a quantidade ideal para você, basta multiplicar o seu peso por 35 e o resultado é a quantidade de ml que você deve ingerir por dia", salienta a especialista.

Estética
O inverno também é uma boa época para realizar alguns tratamentos dermatológicos devido às temperaturas mais amenas e o sol menos intenso, facilitando que o paciente evite a exposição solar. Além disso, durante os meses mais frios, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados, cobertas, indo menos à praia e piscinas e, assim, expõem-se menos ao sol. Outro ponto é que iniciando os cuidados agora a chance de estar com tudo no verão é maior.

Priscila Chaves destaca os procedimentos que são mais favorecidos nesta estação. "Essa época de clima mais ameno e menos incidência solar possibilita a realização de laser mais profundos, que levam a maior descamação da pele e também os peeling (ácidos que renovam a pele)". Contudo, a dermatologista faz uma atualização desse costume. "Com o avanço da tecnologia, conseguimos tratar a pele com segurança durante todo o ano".

Quem tira férias nessa época do ano e pretende viajar, a especialista explica que é preciso informar ao médico para optarem pelo procedimento adequado. "A maioria dos tratamentos hoje não exigem afastamento das atividades diárias. Porém, quando falamos de tratamentos que podem ficar com alterações transitórias como inchaço, roxo e descamação da pele, o ideal é aguardar de 15 a 30 dias para fazer uma viagem", detalha.

Geral

Dona de clínica é indiciada por morte de servidora pública após procedimento no rosto em Goiânia

Quésia Rodrigues Biangulo Lima foi indiciada por homicídio por dolo eventual, uma vez que, segundo a Polícia Civil, ela não tinha os medicamentos e os equipamentos necessários para dar suporte para a vítima e o socorro demorou a ser solicitado

Modificado em 31/01/2025, 12:25

Danielle Mendes Xavier de Brito morreu após sofrer reação alérgica grave, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória (Reprodução e Divulgação/Polícia Civil)

Danielle Mendes Xavier de Brito morreu após sofrer reação alérgica grave, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória (Reprodução e Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil (PC) concluiu as investigações sobre a morte da servidora pública Danielle Mendes Xavier de Brito após a realização de um procedimento estético no final de novembro de 2024. A dona da clínica que realizou o procedimento, Quesia Rodrigues Biangulo Lima, foi indiciada por homicídio por dolo eventual, outros crimes contra a relações de consumo e saúde pública e pela fraude processual qualificada, uma vez que as imagens das câmeras de segurança da clínica foram destruídas.

O POPULAR entrou em contato com a defesa de Quesia Rodrigues Biangulo Lima na manhã desta sexta-feira (31), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Anteriormente, a defesa de Quesia afirmou que ela "em todo tempo colaborou com as investigações e prestou auxílio à sua paciente bem como à família" (leia íntegra ao final da reportagem) .

Segundo a delegada Débora Melo, a causa da morte de Danielle foi anafilaxia, o que significa uma reação alérgica grave. A delegada detalhou que mudou a tipificação do homicídio de culposo - quando não há intenção, para dolo eventual - que, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ocorre quando o agente não quer atingir determinado resultado, mas assume o risco de produzi-lo, uma vez que Quésia não tinha os medicamentos e os equipamentos necessários para dar suporte para Danielle e o socorro demorou a ser solicitado.

A investigadora ressaltou que Danielle chegou à clínica para fazer uma avaliação de um procedimento estético e acabou se convencendo a realizar uma aplicação de hialuronidase. Segundo a PC, ela informou que era portadora de asma - que tem uma maior propensão a ter um quadro alérgico grave, que foi o que aconteceu posteriormente.

Logo após a aplicação, a Daniele já começou a passar mal sem conseguir respirar direito e não havia na clínica os medicamentos básicos para prestar socorro. Não havia desfibrilador e nem equipamentos par ventilação manual", afirmou Débora Melo.

A delegada ressaltou também que as testemunhas disseram que Danielle agonizou bastante até que o socorro especializado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros chegassem.

"A Polícia concluiu que demorou pelo menos 25 minutos entre a aplicação e a chamada do socorro. Durante a chamada do Samu, a Danielle já estava em parada cardiorrespiratória. Por isso a tipificação do homicídio foi alterada", pontuou a delegada.

Entenda o caso

À esquerda Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona da clínica de estética, onde a servidora realizou um procedimento estético. A direita o suposto produto usado no procedimento (Reprodução/Redes Sociais/ Polícia Civil)

À esquerda Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona da clínica de estética, onde a servidora realizou um procedimento estético. A direita o suposto produto usado no procedimento (Reprodução/Redes Sociais/ Polícia Civil)

De acordo com a delegada Débora Melo, no dia 30 de novembro, por volta das 9h da manhã, a servidora foi até a clínica de estética, onde realizou o procedimento é, quase que imediatamente após a aplicação da enzima hialuronidase, a paciente teve uma reação alérgica grave.

Na ocasião, Quesia e outros funcionários tentaram realizar os primeiros socorros e fazer a reanimação. "Aparentemente, chegaram a realizar uma traqueostomia na paciente", informou a delegada. No entanto, segundo a investigadora, a clínica não tinha a estrutura necessária em casos de emergência. Após realizarem os primeiros socorros, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a paciente encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde o quadro se agravou e ela morreu no domingo (1º).

"Nós constatamos que, no local, a autuada e a clínica não possuíam os equipamentos básicos de atendimento. Para o caso de um choque anafilático, necessita que haja epinefrina e não havia. Para o caso de uma parada cardiorespiratória, necessita que haja um desfibrilador e não havia", pontuou a delegada.

Irregularidades

Segundo a delegada, o caso foi apurado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), que encontrou diversas irregularidades na clínica. A Polícia Científica e a Vigilância Sanitária de Goiânia fizeram uma vistoria no local e encontraram elementos em desacordo com a legislação sanitária, medicamentos vencidos, sujidades e produtos que não têm registro na Anvisa, segundo a polícia.

"Foram verificadas inúmeras irregularidades sanitárias: medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar que não poderiam estar nesse local, itens cirúrgicos como bisturís, gazes que não haviam sido esterilizados, material sujo. Enfim, várias questões de falta de higiene, falta de cuidados sanitários. Isso é uma situação que expõe o consumidor a risco, expõe a segurança das pessoas", disse a delegada.

Foto mostra produtos vencidos em 2022 encontrados na clínica onde mulher que morrer fez procedimento estético (Divulgação / Polícia Civil)

Foto mostra produtos vencidos em 2022 encontrados na clínica onde mulher que morrer fez procedimento estético (Divulgação / Polícia Civil)

Prisão

Quésia Rodrigues foi presa no dia 2 de dezembro e passou por uma audiência de custódia, momento em que teve a prisão mantida pela Justiça.

Além de atuar na clínica, a suspeita ainda vende cursos relacionados a esses procedimentos, segundo a delegada. "Além de executar os procedimentos, ela também comercializa, capacita outras pessoas a executarem esses procedimentos", disse a delegada Débora Melo.

Sobre a vítima

Danielle Mendes Xavier de Brito era servidora da Secretaria Municipal de Saúde e trabalhava como assessora da diretoria do Cais Vila Nova. Ela tinha 44 anos e era mãe de dois filhos: um adolescente de 16 anos e um jovem de 18.

Desabafo

A irmã de Danielle Mendes Xavier de Brito, fez um desabafo sobre a perda da irmã. Ana Elise Coelho afirmou que está arrasada e disse que o que aconteceu com Danielle é 'inacreditável'.

"É inacreditável o que aconteceu, é surreal. A menina sai linda de casa para fazer uma avaliação para fazer um procedimento quando entrasse de férias, de uma coisa específica, não era para mexer no rosto. Segundo a delegada Débora Melo, ela foi convencida a fazer o procedimento", afirmou.

Ana Elisa também relatou como têm sido os últimos dias na ausência de Danielle. "Estamos tentando ir levando, um dia de cada vez. Mas está todo mundo meio sem acreditar, a gente parece que está em um filme. Vai demorar, porque ela não estava doente, ela não ia fazer nenhum procedimento, ela foi fazer uma consulta. É uma dor muito grande", destacou.

(Colaborou Nielton Soares)

Notas:

Defesa

"Goiânia-GO, 03 de dezembro de 2024.

A defesa da Sra. Quésia Rodrigues Biangulo Lima realiza alguns esclarecimentos em relação aos fatos noticiados pelos meios de comunicação. Incialmente a defesa esclarece aos meios de comunicação bem como a toda sociedade goiana e clientes que, a Dra. Quésia é uma profissional devidamente qualificada e habilitada para realizar a atividade que desenvolve em sua clínica, ela possui formação acadêmica em Biomedicina e enfermagem, o que lhe autoriza a realizar os procedimentos estéticos em questão.

O Conselho Federal de Biomedicina por meio de suas resoluções, já esclareceu sobre a possibilidade do Biomédico realizar tais procedimentos, inclusive com a aplicação de preenchimentos injetáveis (ácido hialurônico), Toxina Botulínica, Fios de Sustentação, Procedimento Estético Injetável para Micro vasos, assim não há que se falar em exercício ilegal ou irregular da profissão.

Diferente do noticiado pela Autoridade Policial, a Clínica no período em que realizou todos os atendimentos em suas clientes estava devidamente regular, possuindo autorização de funcionamento bem como alvará da vigilância sanitária.

Com relação aos medicamentos utilizados nas pacientes da Clínica, todos possuem autorização para serem comercializados, tanto que são adquiridos por meio de empresas devidamente constituídas que possuem autorização para fabricação com emissão de nota fiscal e recolhimento de imposto.

É necessário dizer que deve-se observar antes de qualquer pré-julgamento, que as informações encontram-se distorcidas com o único fim de manter uma prisão irregular e sem fundamento para tal.

A Dra. Quesia em todo tempo colaborou com as investigações, prestou auxilio à sua paciente bem como à família, sendo que esta informação está clara nos autos.

A defesa informa ainda que, com a evolução das investigações estará à disposição para esclarecer novamente à imprensa e a sociedade sobre os desdobramentos, visando restabelecer a verdade do ocorrido.

Por derradeiro cabe dizer que, os defensores legalmente autorizados à prestarem esclarecimentos sobre o caso são apenas subscritores, assim, qualquer informação advinda de outro Advogado dever ser por hora ignorada.

JOSÉ PATRÍCIO JUNIOR OAB-GO 26.706

ANTONIO CELEDONIO NETO OAB-GO 38.786"

Conselho Regional de Biomedicina

"O Conselho Regional de Biomedicina -- 3ª Região (CRBM-3) informa que tomou conhecimento do caso pela imprensa e apura as circunstâncias. Os procedimentos cabíveis serão tratados conforme as Resoluções e o Código de Ética do Profissional Biomédico.

A referida profissional biomédica tem habilitação em Biomedicina Estética e está devidamente regulamentada no Conselho.

O CRBM-3 lamenta o ocorrido e manifesta sua solidariedade à família da vítima"

Geral

Irmã de servidora que morreu após procedimento estético desabafa: 'É inacreditável o que aconteceu'

Danielle Mendes Xavier de Brito sofreu uma reação alérgica grave que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória ainda na clínica

Danielle Mendes Xavier de Brito morreu após sofrer reação alérgica grave, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória (Reprodução e Divulgação/Polícia Civil)

Danielle Mendes Xavier de Brito morreu após sofrer reação alérgica grave, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória (Reprodução e Divulgação/Polícia Civil)

A irmã de Danielle Mendes Xavier, servidora que morreu após realizar um procedimento estético em Goiânia, fez um desabafo sobre a perda da irmã. Ana Elise Coelho afirmou que está arrasada e disse que o que aconteceu com Danielle é 'inacreditável'. Danielle sofreu uma reação alérgica grave que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória ainda na clínica, no Parque Lozandes, em Goiânia, no último dia 30.

É inacreditável o que aconteceu, é surreal. A menina sai linda de casa para fazer uma avaliação para fazer um procedimento quando entrasse de férias, de uma coisa específica, não era para mexer no rosto. Segundo a delegada Débora Melo, ela foi convencida a fazer o procedimento", afirmou.

Ana Elisa também relatou como têm sido os últimos dias na ausência de Danielle. "Estamos tentando ir levando, um dia de cada vez. Mas está todo mundo meio sem acreditar, a gente parece que está em um filme. Vai demorar, porque ela não estava doente, ela não ia fazer nenhum procedimento, ela foi fazer uma consulta. É uma dor muito grande", destacou.

Dona da clínica tentou fazer visita

A dona da clínica em que Danielle realizou o procedimento estético, Quesia Rodrigues Biangulo Lima, tentou visitar a vítima no hospital, segundo a irmã de Danielle.

"Ela [a dona da clínica] esteve dois dias no Hugo [Hospital de Urgências de Goiás]. No sábado ela foi com minha irmã, e esteve lá o tempo todo, até a hora que eu fui embora. No domingo, ela falou comigo ao longo do dia e esteve lá para tentar visitar", afirmou Ana Elise Coelho.

O POPULAR entrou em contato com a defesa de Quesia Rodrigues Biangulo Lima na manhã de quarta-feira (11), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Anteriormente, a defesa de Quésia afirmou que ela "em todo tempo colaborou com as investigações e prestou auxílio à sua paciente bem como à família" (leia íntegra ao final da reportagem) .

À reportagem, Ana Elisa relatou como foi a conversa entre ela e Quésia no hospital.

"Quando eu fui ao encontro dela para avisar que ela não poderia entrar, ela disse 'nossa menina está boa, né?' e eu falei 'não, nossa menina está morta'. Nessa hora ela se desesperou e eu falei que precisava voltar para acompanhar os protocolos. Ela insistiu para que eu arrumasse para ela entrar, mas logo depois a polícia chegou e a chamou", contou.

A irmã de Danielle também contou que Quésia pediu perdão para ela. "À noite ela estava lá [no hospital] me esperando. Ela chorou, me abraçou, pediu perdão. Falou que não tinha intenção nenhuma. Quando os aparelhos foram desligados na segunda-feira, ela também me mandou mensagens", ressaltou Ana Elise.

Entenda o caso

À esquerda Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona da clínica de estética, onde a servidora realizou um procedimento estético. A direita o suposto produto usado no procedimento (Reprodução / Redes Sociais / Polícia Civil)

À esquerda Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona da clínica de estética, onde a servidora realizou um procedimento estético. A direita o suposto produto usado no procedimento (Reprodução / Redes Sociais / Polícia Civil)

De acordo com a delegada Débora Melo, responsável pela investigação, o procedimento foi realizado na manhã do último dia 30 e a mulher morreu no domingo (1º), no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Na ocasião, a vítima teria ido pela primeira vez até a clínica da biomédica e enfermeira, Quesia Rodrigues Biangulo Lima, para uma avaliação e orçamento, mas foi convencida a fazer o procedimento, uma aplicação da enzima hialuronidase.

O procedimento, de acordo com a PC, foi realizado por Quésia Rodrigues que foi presa em flagrante nesta segunda-feira (2) e a clínica foi interditada. Segundo a delegada do caso, a prisão aconteceu por conta de irregularidades percebidas na clínica. O POPULAR confirmou, na quarta-feira (11), que Quésia Rodrigues segue presa.

Quase imediatamente após a aplicação da hialuronidase, a paciente teve uma reação alérgica grave, segundo a delegada. Na ocasião, Quésia e outros funcionários tentaram realizar os primeiros socorros e fazer a reanimação. "Aparentemente, chegaram a realizar uma traqueostomia na paciente", informou a delegada. No entanto, segundo a investigadora, a clínica não tinha a estrutura necessária em casos de emergência.

Foto mostra produtos vencidos em 2022 encontrados na clínica onde mulher que morrer fez procedimento estético (Divulgação / Polícia Civil)

Foto mostra produtos vencidos em 2022 encontrados na clínica onde mulher que morrer fez procedimento estético (Divulgação / Polícia Civil)

A suspeita é que o produto utilizado era manipulado e não tinha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O nome do produto não foi divulgado. Segundo o Conselho Regional de Biomedicina, "o biomédico com habilitação em estética só pode realizar procedimentos previstos em Normativas e nas Resoluções de número 307 e 241, do Conselho Federal de Biomedicina".

"Qualquer produto de uso de saúde, qualquer produto injetável no corpo humano, precisa ser estudado e avaliado pela Anvisa para que seja feita uma avaliação do grau de risco daquele produto", disse a delegada.

Segundo a delegada, o caso foi apurado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), que encontrou diversas irregularidades na clínica. A Polícia Científica e a Vigilância Sanitária de Goiânia fizeram uma vistoria no local e encontraram elementos em desacordo com a legislação sanitária, medicamentos vencidos, sujidades e produtos que não têm registro na Anvisa, segundo a polícia.

"Foram verificadas inúmeras irregularidades sanitárias: medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar que não poderiam estar nesse local, itens cirúrgicos como bisturís, gazes que não haviam sido esterilizados, material sujo. Enfim, várias questões de falta de higiene, falta de cuidados sanitários. Isso é uma situação que expõe o consumidor a risco, expõe a segurança das pessoas", disse a delegada.

Conforme Débora Melo, a profissional foi presa em função das irregularidades percebidas na clínica. Sobre a morte, foi instaurado um outro inquérito, inicialmente registrado como homicídio culposo, segundo a delegada. A responsabilidade dela sobre o caso será concluída após investigação e perícia da substância injetada no corpo da paciente.

Quésia Rodrigues deve ser indiciada pelos crimes de execução de serviço de alta periculosidade, exercício ilegal da medicina e oferecer produto ou serviço impróprio ao consumo.

Quem é a vítima?

Danielle Mendes Xavier de Brito era servidora da Secretaria Municipal de Saúde e trabalhava como assessora da diretoria do Cais Vila Nova . Ela tinha 44 anos e era mãe de dois filhos: um adolescente de 16 anos e um jovem de 18.

Nota defesa Quésia

"Goiânia-GO, 03 de dezembro de 2024.

A defesa da Sra. Quésia Rodrigues Biangulo Lima realiza alguns esclarecimentos em relação aos fatos noticiados pelos meios de comunicação. Incialmente a defesa esclarece aos meios de comunicação bem como a toda sociedade goiana e clientes que, a Dra. Quésia é uma profissional devidamente qualificada e habilitada para realizar a atividade que desenvolve em sua clínica, ela possui formação acadêmica em Biomedicina e enfermagem, o que lhe autoriza a realizar os procedimentos estéticos em questão.

O Conselho Federal de Biomedicina por meio de suas resoluções, já esclareceu sobre a possibilidade do Biomédico realizar tais procedimentos, inclusive com a aplicação de preenchimentos injetáveis (ácido hialurônico), Toxina Botulínica, Fios de Sustentação, Procedimento Estético Injetável para Micro vasos, assim não há que se falar em exercício ilegal ou irregular da profissão.

Diferente do noticiado pela Autoridade Policial, a Clínica no período em que realizou todos os atendimentos em suas clientes estava devidamente regular, possuindo autorização de funcionamento bem como alvará da vigilância sanitária.

Com relação aos medicamentos utilizados nas pacientes da Clínica, todos possuem autorização para serem comercializados, tanto que são adquiridos por meio de empresas devidamente constituídas que possuem autorização para fabricação com emissão de nota fiscal e recolhimento de imposto.

É necessário dizer que deve-se observar antes de qualquer pré-julgamento, que as informações encontram-se distorcidas com o único fim de manter uma prisão irregular e sem fundamento para tal.

A Dra. Quésia em todo tempo colaborou com as investigações, prestou auxilio à sua paciente bem como à família, sendo que esta informação está clara nos autos.

A defesa informa ainda que, com a evolução das investigações estará à disposição para esclarecer novamente à imprensa e a sociedade sobre os desdobramentos, visando restabelecer a verdade do ocorrido.

Por derradeiro cabe dizer que, os defensores legalmente autorizados à prestarem esclarecimentos sobre o caso são apenas subscritores, assim, qualquer informação advinda de outro Advogado dever ser por hora ignorada.

JOSÉ PATRÍCIO JUNIOR OAB-GO 26.706

ANTONIO CELEDONIO NETO OAB-GO 38.786"

Morre influencer e empresária Lili Spada, aos 42 anos

Lilian Martins Gomes estava enfrentando um problema de saúde, que não foi especificado por sua equipe

Lili Spada, 42 anos

Lili Spada, 42 anos (Reprodução / Redes Sociais)

Lilian Martins Gomes, mais conhecida como Lili Spada, morreu aos 42 anos.

A influencer e empresária de estética estava enfrentando um problema de saúde, que não foi especificado por sua equipe.

A influenciadora Mari Menezes, amiga e cliente de Lili, disse que a empresária foi diagnosticada com um tumor recentemente, mas não deu mais detalhes. "O céu acordou em festa e nós aqui em luto! Uma amiga minha tão especial hoje se foi, nem consigo acreditar! A vida é um sopro, mesmo, aproveite hoje, fale o quanto você ama hoje porque, quando você menos espera, as pessoas se vão. Ela sempre cuidou tão bem de mim, era muito saudável e, do nada, descobriu um tumor. Meus sentimentos eternos, Ercole Spada Neto (marido de Lili). Vocês para sempre serão vivos em nossos corações", declarou a influencer.

Dani Souza, empresária de Lili, também se despediu. "Você partiu. Não estou conseguindo acreditar nisso! Que dor horrível estou sentindo! Você sempre existirá assim no meu coração. Te amo muito, amiga", lamentou, mostrando também um vídeo onde as duas se abraçam em um dos encontros na clínica de Spada.

No dia 20 de novembro, a equipe de Lili anunciou que a influencer estava enfrentando um "momento difícil" relacionado à saúde. "Olá, pessoal, passamos por aqui para compartilhar uma atualização importante. A Lili está passando por um momento delicado de saúde e, por isso, precisará se afastar das redes sociais por tempo indeterminado. Ela sempre foi muito transparente com vocês e mantém todo o carinho por cada pessoa que acompanha sua jornada. Neste momento, o foco está totalmente em sua recuperação. Contamos com a compreensão de todos e pedimos que enviem energias positivas e orações para ela. Agradecemos imensamente por todo o apoio e por fazerem parte dessa comunidade tão especial. Com carinho, Equipe Lili Spada", dizia a nota.

A empresária era dona do centro de estética Lili Spada Hidrolipo e sócia do Centro Brasileiro de Hidrolipo, maior do setor na América Latina. "Em razão do falecimento de Lili Spada, estaremos fechados até o dia 6 de dezembro. Retornaremos às atividades na segunda-feira, dia 9 de dezembro. Nossos corações estão em luto", dizia o comunicado divulgado pelo Centro.

O corpo de LIli foi velado e sepultado no Funeral Morumbi, em São Paulo, na última quarta-feira (4).

Geral

HDT recomenda cuidados essenciais com a pele durante tempo seco

A baixa umidade pode intensificar o ressecamento da pele, causando aspereza, descamação, irritações e dermatites, além de outras infecções bacterianas

Modificado em 17/09/2024, 17:22

HDT recomenda cuidados essenciais com a pele durante tempo seco

(Divulgação)

Nas últimas semanas, a umidade do ar em Goiás tem variado entre 12% e 21%, considerados níveis de atenção e alerta, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

A dermatologista do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Nayana Aveiro, explica que a combinação do tempo seco e a baixa umidade provoca o ressecamento da pele, causando irritações e dermatites. Em casos mais graves, pode levar a infecções bacterianas secundárias, como o impetigo.

Nesse período, a médica destaca que é importante manter a pele bem hidratada. Ela recomenda o uso de hidratantes espessos e sem perfume. "Hidratantes com perfume frequentemente contêm muitos aditivos e álcool, tornando-os mais semelhantes a perfumes do que a verdadeiros hidratantes", explica.

A especialista salienta que, embora os hidratantes com ureia sejam eficazes e acessíveis, eles podem causar ardência em pessoas com dermatite ou pele sensível. Para otimizar a absorção, o ideal é aplicá-lo enquanto a pele ainda está úmida, após o banho.

Nayana Aveiro também alerta para práticas que podem agravar o ressecamento da pele, como tomar banhos muito quentes, por exemplo, pode ser prejudicial. O melhor é optar por banhos mornos e rápidos. Ficar muito tempo debaixo d'água não hidrata a pele, pelo contrário, remove a proteção natural, como a camada de gordura que ajuda a prevenir o ressecamento. A médica recomenda ainda evitar o uso de buchas, em especial as vegetais, que agridem mais a pele.

Para quem tem pele oleosa, a recomendação é a hidratação com produtos específicos, principalmente aqueles em gel. Além disso, usar umidificador de ar em casa. "Essas práticas não só beneficiam a pele, mas também a respiração", enfatiza a médica do HDT.

Ela observa que se mesmo seguindo essas orientações a pele continuar extremamente ressecada, causar desconforto ou surgirem coceiras persistentes, é aconselhável consultar um dermatologista. "O profissional pode fornecer recomendações mais precisas e tratamentos para cada caso", destaca.