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Alergia pode desencadear em asma

Nesta terça, 7 de maio, é dia dessas doenças. Especialista explica como prevenir e tratá-las

Modificado em 17/09/2024, 16:24

Alergia pode desencadear em asma

(Freepik)

A asma é uma doença heterogênea caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas, cujos principais sintomas são tosse, sensação de chiado no peito, fôlego "curto" e falta de ar. Segundo o Ministério da Saúde, é estimado que 23,2% da população brasileira conviva com asma. Com a população brasileira de 214,3 milhões, estima-se que mais de 49 milhões de pessoas têm a condição.

Já a alergia é a reação exagerada e equivocada do nosso sistema imunológico contra alguma substância inofensiva. Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) mostram que até 30% das pessoas no Brasil possuam alguma alergia.

"As alergias podem ser divididas em respiratórias, de pele e doenças alimentares. A depender de alguns fatores como idade podem ser mais incidentes ou não, a exemplo das doenças respiratórias e alimentares que acontecem mais na primeira infância", destaca a alergista e imunologista Patrícia Rodrigues Ferreira Marques, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia.

Neste ano, o dia que ressalta ambas as doenças coincidiu. A primeira terça-feira do mês de maio é lembrada como o Dia Mundial de Combate à Asma e o Dia Nacional de Prevenção da Alergia - em 7 de maio. Outro ponto que une essas enfermidades é que a asma mais comum é a alérgica, que pode ser desencadeada por inalação de alérgenos, como poeira, ácaros, mofo e também a asma causada por agentes irritantes, fumaça, produtos de limpeza, perfume, entre outros.

"Os estudos científicos indicam que nossas vias aéreas são compostas de mucosas muito semelhantes. O paciente que tem doença inflamatória alérgica pode ter rinite, asma, dermatite e ou conjuntivite alérgica", explica a alergista Patrícia Marques. "Como a asma é uma doença que tem componente genético, pessoas de qualquer idade podem ser acometidas. Existem peculiaridades de cada faixa etária", completa a especialista.

Sobre a prevenção da asma alérgica ela orienta. "O paciente com asma, por ser doença inflamatória crônica, deve ser orientado a fazer a higiene do ambiente onde vive e evitar contato com locais poluídos ou com fumaça. As aglomerações de pessoas também podem aumentar o risco de infecção para eles", salienta.

A imunologista detalha que a intensidade da doença vai influenciar a forma de tratar. "Uma avaliação médica irá detectar qual a gravidade, a qual é levada em consideração para o tratamento medicamentoso que podem ser corticoide tópicos, broncodilatadores e até imunobiológicos".

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Saúde na Praça alerta para prevenção da doenças respiratórias

Evento acontece nesta quarta-feira, 19 de junho, na Praça Abrão Rassi, em frente ao HGG

Modificado em 17/09/2024, 16:10

Saúde na Praça alerta para prevenção da doenças respiratórias

(Freepik)

Nesta quarta-feira (19) o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) realizará mais uma edição do projeto Saúde na Praça, na Praça Abrão Rassi, em frente ao hospital. O evento, em alusão ao Junho Violeta - Campanha de Prevenção de Doenças Respiratórias, tem como objetivo alertar sobre doenças como DPOC -- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tuberculose e câncer de pulmão.

Durante a ação, a população terá acesso gratuito a atendimento multidisciplinar, com serviços de aferição de pressão, teste de glicemia e exame de espirometria, que auxilia no diagnóstico de distúrbios respiratórios. Os atendimentos ocorrerão durante toda a manhã, das 7h às 12 horas. Profissionais capacitados das áreas de enfermagem, fonoaudiologia, nutrição, fisioterapia e psicologia estarão presentes para oferecer orientações sobre a saúde pulmonar, uso do tabaco, sinais e sintomas de doenças pulmonares comuns e formas de prevenção.

Atividades educativas e interativas serão realizadas, incluindo o jogo "Pulmões em Ação", com estações sobre conhecimentos básicos, doenças pulmonares, sintomas, diagnóstico e prevenção. Os participantes poderão testar seus conhecimentos em um quiz rápido com opções de respostas em cada estação. Além disso, uma peça anatômica semelhante a um pulmão humano estará disponível para demonstração aos presentes.
Projeto Saúde na Praça
O Saúde na Praça é um projeto do HGG realizado desde 2017, com ações periódicas organizadas pela equipe médica da unidade. O objetivo é promover ações de conscientização, prevenção de doenças e orientações para a melhora da qualidade de vida da população. Todos os serviços são oferecidos de forma gratuita na Praça Abrão Rassi, que fica em frente ao hospital e foi adotada como palco para a iniciativa, com o intuito de ampliar o acesso da população aos serviços de saúde do HGG.
Serviço: Saúde na Praça -- Junho Violeta - Campanha de Prevenção de Doenças Respiratórias
Data : 19 de junho
Horário : 7h às 12 horas
Local: Praça Abrão Rassi, em frente ao HGG

Geral

Junho Violeta alerta sobre doenças respiratórias em Goiás

Atividades, orientações e até exame serão realizados de forma gratuita para população no Órion Complex

Modificado em 17/09/2024, 15:52

Junho Violeta alerta sobre doenças respiratórias em Goiás

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As doenças respiratórias são as que podem afetar estruturas ou órgãos do sistema respiratório, como nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão. Elas acometem tanto as vias aéreas superiores quanto as inferiores, classificando-se em dois grandes grupos: agudas e crônicas. O que as diferencia é justamente o período de duração de cada uma e quanto tempo é necessário para realizar o tratamento. Devido a importância dessas enfermidades o Governo de Goiás instituiu no ano passado a campanha Junho Violeta, para prevenção delas.

Para destacar o junho violeta o Órion Business & Health Complex, em parceria com a Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia (SGPT) e as Ligas Acadêmicas de Pulmão, realiza entre os dias 17 e 21, uma semana de atividades para conscientizar a população sobre as doenças respiratórias.

"As mais comuns são a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mais conhecida como enfisema pulmonar, e o tabagismo. Além disso, existem outras doenças, que são as infectocontagiosas, como gripes, rinosinusitis, resfriados, pneumonia e a tuberculose. Outras menos frequentes são as fibroses pulmonares", pontua a pneumologista Fernanda Miranda.

A ação, que tem apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), acontecerá diariamente, das 9h às 16h. As pessoas que passarem entre as recepções dos centros clínicos do Órion Complex receberão materiais educativos, orientações, poderão participar de diversas atividades e ainda realizar, também gratuitamente, o exame de espirometria.

"Também chamado de prova de função pulmonar, é um exame essencial para o diagnóstico e acompanhamento das doenças respiratórias não infecciosas. Como ele medimos a capacidade pulmonar e podemos avaliar como está a função do pulmão", explica a médica.

A espirometria poderá ser feita por qualquer pessoa a partir dos 6 anos, mas a indicação é para quem estiver com sintomas respiratórios e tabagistas. "É realizado utilizando um aparelho chamado pneumotacógrafo, semelhante a um tubo, que é capaz de medir a velocidade do ar que entra e sai do corpo do paciente", detalha a especialista. O teste demora cerca de 30 minutos para ser feito e o laudo com o resultado será enviado à pessoa em até 48 horas.

Fernanda Miranda salienta ainda como é a dinâmica da espirometria. "Para realizar o exame, o indivíduo deve estar sentado e usar um clipe nasal para evitar que o ar entre ou saia pelo nariz. O aparelho é colocado na boca, sob orientações do técnico, o paciente deve puxar o ar para dentro e expirar várias vezes até atingir os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade do teste".
Serviço: Campanha Junho Violeta
Data : 17 a 21 de junho
Horário : Das 9h às 16h
Local: Órion Complex, na Avenida Portugal, no Setor Marista
Gratuito

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Goiás está entre os 5 estados com aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave

Médico infectologista explica que o tempo seco e baixa umidade que prevalecem no estado favorecem o aumento de problemas respiratórios

Modificado em 19/09/2024, 01:04

Médico infectologista recomenda que vacinas sejam mantidas em dia

Médico infectologista recomenda que vacinas sejam mantidas em dia
 (Fábio Lima)

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram sinais de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Goiás. Segundo a Fiocruz, a tendência para o número de casos, a longo prazo, é de crescimento.

O médico infectologista Boaventura Braz explica que a chamada SRAG compreende várias doenças e possibilidades de diagnósticos. Segundo ele, o tempo seco e baixa umidade que prevalecem no estado favorecem o aumento de problemas respiratórios.

"Quando estamos em momento em que temos ambiente muito seco, isso, de modo geral, já leva as pessoas a terem problemas respiratórios e facilita que sejam adquiridas doenças transmissíveis. Há vários vírus que são facilitados por esse processo de irritação que é provocado nas vias respiratórias. Podemos ter tanto aumento da própria influenza quanto de outros vírus

O especialista destaca que, neste período do ano, é imprescindível que os cuidados com a saúde sejam redobrados, principalmente com relação à hidratação e à vacinação. Segundo ele, no caso de idosos, o risco de doenças como a pneumonia aumenta.

"Tanto do ponto de vista de pessoas de mais idade, é importante redobrar os cuidados do ponto de vista das vacinas, ver se não está faltando vacina da gripe, pneumonia, contra a Covid. Tanto para essa faixa etária (60+), quanto para as demais, é essencial se hidratar de forma persistente e usar máscara sempre que possível, sobretudo em ambientes fechados", afirmou.

IcMagazine

Famosos

Especialistas explicam se há relação entre a queda de temperatura e o aumento de casos de gripes

Segundo pneumologista, as aglomerações de pessoas estão entre os fatores principais para a transmissão de vírus, somadas ao fato de que, com o clima frio, a tendência é manter os ambientes com janelas e portas fechadas

Modificado em 24/09/2024, 01:54

Maria do Carmo Garcia: “Quando sinto falta de ar nessa época, já corro logo para o hospital, com medo de pneumonia. Já tive umas três vezes”

Maria do Carmo Garcia: “Quando sinto falta de ar nessa época, já corro logo para o hospital, com medo de pneumonia. Já tive umas três vezes” (Divulgação)

A baixa temperatura chegou até os goianos nos últimos dias. A frente fria tem previsão de permanecer por mais alguns dias, com o termômetro podendo marcar até 8º C. Quando a temperatura cai, Maria do Carmo Garcia, de 87 anos, sofre mais com os problemas respiratórios e trata logo de se agasalhar bem. Na hora de dormir, dois cobertores já ficam de prontidão para passar a noite. "Não posso ficar em correntes de ar nem ligar ventilador, muito menos ar-condicionado, senão eu gripo", conta. A primeira providência que toma quando o frio chega é simples: não sair de casa.

Dona Maria do Carmo atribui a facilidade de contrair gripes à idade, mudanças climáticas e aos problemas de saúde ligados à respiração que possui, como bronquite e asma, que acabam provocando consequências maiores para as gripes que eventualmente contrai. "Quando sinto falta de ar nessa época, já corro logo para o hospital, com medo de pneumonia. Já tive umas três vezes", revela.

A temperatura em si não provoca as gripes e resfriados, como explica a pneumologista Eliane Consuelo. "Naquela velha história de 'não pode sair na friagem que você vai pegar gripe':, o clima não é o agente infeccioso; não é o frio que causa a doença", diz. "Tanto a gripe quanto o resfriado são causados por diferentes tipos de vírus. No caso da gripe, o mais comum é genericamente chamado de influenza. O que ocorre quando as temperaturas estão mais baixas é uma maior disseminação desses vírus", explica. A gripe causada pelo vírus influenza possui altas taxas de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de óbitos.

Os sintomas clínicos da gripe são mais intensos que os de um resfriado. "Muita dor no corpo, febre e mal-estar geral são mais comuns, podendo ser acompanhados de coriza e espirro igual ao resfriado", explica Eliane. "O resfriado tem duração média de três dias e se restringe às vias aéreas superiores, com espirros e dor de garganta", diz.

As aglomerações de pessoas estão entre os fatores principais para a transmissão desses vírus, somadas ao fato de que, com o clima frio, a tendência é manter os ambientes com janelas e portas fechadas. "O fato de estarmos em ambientes mais fechados, com pouca ventilação, diminui a dispersão de vírus e bactérias, facilitando a infecção por meio das pequenas partículas que saem no espirro, na tosse e na fala." Portanto, sem a presença desses microrganismos, não há gripe nem resfriado.

Essa transmissão pode ocorrer tanto pelo ar quanto pela manipulação de objetos e superfícies que estão com essas partículas depositadas. "Ao respirar aquele ar, a pessoa inala as partículas presentes. A transmissão pode ocorrer também de forma indireta; alguém espirra ou tosse e deposita essas partículas, chamadas de fômites, em uma superfície. Outra pessoa leva a mão até ali e depois ao rosto, tocando o nariz, boca ou olhos."

Além do ambiente, as infecções respiratórias no inverno e em tempos mais frios podem aumentar pelo fato de as pessoas se agasalharem mais. "Com a queda da temperatura, precisamos nos aquecer, realizando um processo de vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos), que dificulta a circulação do sangue e das defesas naturais do corpo", explica a médica.