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Após 2 anos, temporada do Araguaia deve receber 1,5 milhão de turistas

Só em Aruanã, o prefeito diz esperar mais de 400 mil pessoas, após dois anos de hiato na pandemia

Modificado em 20/09/2024, 00:51

Rio Araguaia em Aruanã: destaque entre os municípios da região, que também esperam grande público

Rio Araguaia em Aruanã: destaque entre os municípios da região, que também esperam grande público (Marcello Dantas)

Depois de dois anos, há expectativa de recorde de público na temporada do Araguaia deste ano. Segundo o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, há a previsão de que 1,5 milhão de turistas passem pelos municípios que são banhados pelo rio. Só em Aruanã, o prefeito Hermano Carvalho (UB) diz esperar mais de 400 mil pessoas.

A temporada de julho, quando praias do Rio Araguaia costumam atrair turistas, foi cancelada em 2020 e 2021 por conta da pandemia da Covid-19. O retorno em 2022 depois desse hiato é o que motiva a expectativa de recorde de público.

"As pessoas estão muito conectadas com a fé, e aí temos o exemplo de Trindade, e com a natureza. Tanto que Goiás atingiu o destaque no crescimento do turismo no Brasil muito pela natureza, e o Araguaia representa muito isso", analisa.

A abertura oficial da temporada foi realizada na noite desta sexta-feira (1º), em Aruanã, principal município do circuito de julho. Também recebem turistas os municípios de Mundo Novo, Aragarças, Britânia, Nova Crixás, São Miguel do Araguaia e Baliza.

Prefeito de Aruanã, Hermano Carvalho diz que o município estima 1 milhão de turistas por ano. "Só na temporada do Araguaia são 400 mil. Mas é uma expectativa, nada de número oficial", afirma.

Secretário de Turismo, Cultura e Juventude de Britânia, Cláudio José Vasconcelos, afirma que o município espera receber entre 10 mil e 15 mil turistas em julho. No entanto, segundo ele, o movimento no Araguaia, que geralmente é no distrito de Itacaiu, de Britânia, deve atrair mais turistas para Aruanã.

Vasconcelos afirma que a maior expectativa, porém, é para um campeonato de jet ski, que vai ser realizado nos dias 8 e 9 de julho, em Britânia. De acordo com o secretário, os hotéis já estão lotados. "Movimenta o comércio todo, não só alimentos, mas tudo", diz.

Arrecadação

Nem o estado nem os municípios souberam precisar a expectativa de arrecadação para o período. "Mas a movimentação do comércio em geral, não só de hotéis, mas também postos, supermercado,s é muito grande. A gente vai fazer uma pesquisa para saber esses números", explica Amaral.

O titular da Goiás Turismo lembra que não só os municípios que são banhados pelo Araguaia, mas as cidades vizinhas, pelas quais as pessoas passam durante o trajeto, acabam se beneficiando do aumento do fluxo, devido a eventuais paradas para comprar comida ou abastecer, por exemplo. Ele reforça, porém, que não tem o número do faturamento econômico previsto para a temporada.

O prefeito de Aruanã, sem precisar números, defendeu que os municípios gastam ao invés de arrecadar. "Gasto com limpeza de praia, de lixo domiciliar, que é altíssimo. O número de coleta de lixo domiciliar é quase 20 vezes maior do que nos dias normais. A prefeitura gasta com embelezamento da cidade, arborização, com uma infinidade de situações", argumenta.

Carvalho afirma que a arrecadação pública se dá pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pago pelo comércio, que vai para o estado e depois é repassado para os municípios. "É muito complexo, então não dá nem para entrar em uma situação dessa, porque não é um dinheiro que entra no caixa da prefeitura de imediato", diz, sem mencionar os impostos municipais.

Governo

Segundo o presidente da Goiás Turismo, o estado fez uma parceria com os municípios envolvidos na temporada para auxiliar na preparação. "Nós coordenamos todo o trabalho das secretarias. Já faz 90 dias que eu estou focado nisso", diz.

Amaral afirma que a Goiás Turismo ajudou na parte estrutural. "Que é palco, banheiro, iluminação. Estamos com o trabalho das cadeiras infláveis, que é para pessoas com deficiência entrarem no rio", diz.

O presidente destaca que o órgão não está investindo, porém, em shows artísticos. "Tem muita polêmica e, por uma opção nossa, a gente não paga shows, mas a gente pensa no macro da festa", explica.

De acordo com informação divulgada pelo governo nesta semana, além da Goiás Turismo, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMGO) terão atividades em quase toda a extensão do rio.

A Semad vai atuar com estandes e agentes in loco para repassar orientações aos turistas para que não haja depredação dos recursos naturais. No combate à pesca predatória serão realizadas ações de orientação e o serviço de emissão de carteirinha para aposentados e isentos.

O Programa Juntos pelo Araguaia (JPA) também será levado. Lançado em 2019, o projeto de recuperação ambiental conta com previsão de investimentos de cerca de R$ 43 milhões.

Também foram enviados 258 bombeiros militares para atuar em oito postos em Aragarças, Itacaiu, Aruanã, São José dos Bandeirantes (distrito de Nova Crixás), Luís Alves (distrito de São Miguel do Araguaia) e Faina. As ações fazem parte da Operação Férias Turista Seguro, que tem o objetivo de evitar mortes por afogamento.

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Pescadores pegam Piraíba de mais de 2 metros e 120 quilos no Rio Araguaia

Guia de pesca garantiu que após a pesca, o animal foi devolvido para o rio

Modificado em 06/03/2025, 20:26

Guia de pesca e duas famílias pescaram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Guia de pesca e duas famílias pescaram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Um guia de pesca pescou juntamente com duas famílias, na terça-feira (4), um peixe de 120 kg e 2,20 metros no Rio Araguaia, Nova Crixás, região sudeste do estado. Segundo o biólogo, Hélder Lúcio Rodrigues, o animal é da espécie Piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) ou popularmente conhecido como "filhote" pode ser encontrado ainda maior na Bacia Tocantins-Araguaia, podendo ultrapassar os 150 kg.

Segundo Josevaldo Camargo, guia de pesca, fisgar o peixe foi uma surpresa, pois eles ficam espalhados em diversos pontos. Ele afirma que estava acompanhando as famílias e saiu sem intuito nenhum de encontrar o animal.

Guia de pesca e duas famílias encontram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Guia de pesca e duas famílias encontram Piraíba (Divulgação/ Redes Sociais)

Após decidirem soltar a linha e começar a pesca esportiva, que durou um pouco mais de uma hora, encontraram a piraíba de mais de dois metros. A turma se juntou e levou cerca de 50 minutos para tirar o peixe da água. O guia de pesca garantiu que o soltaram logo em seguida.

A gente conseguiu tirar esse peixe.Tiramos as fotos, fizemos os vídeos e logo fizemos a soltura dele também, que é o mais importante."

Homem morre afogado no Rio Araguaia no interior do Tocantins Homem morre afogado em lago dentro de condomínio

Ainda segundo o biólogo, a piraíba é um dos maiores peixes encontrados na região do Rio Araguaia, juntamente com o Pirarucu (Arapaima gigas). A piraíba é considerada a segunda maior espécie de peixe de água doce do Brasil.

Por meio de nota, o Programa Araguaia Vivo destacou.

O Programa Araguaia Vivo tem monitorado a pesca no Araguaia, registrando dados sobre os peixes pescados ao longo da temporada de pesca, com a participação de guias parceiros."

E pontuaram ainda que esses animais têm um ciclo de vida complexo e são muito dependentes da conservação do rio. A piraíba viva é muito mais valiosa para a saúde do ecossistema e para as pessoas que usufruem do Rio Araguaia.

Segundo a equipe da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, não existe nenhum registro que evidencie os maiores peixes pescados no Rio Araguaia.

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Padre condenado por estuprar jovem em Goiás é preso

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, Ricardo Campos Parreiras deverá cumprir nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado

Modificado em 15/02/2025, 20:29

À esquerda o momento em que a Polícia Militar prende o padre em Aruanã. À direita o padre Ricardo Campos.

À esquerda o momento em que a Polícia Militar prende o padre em Aruanã. À direita o padre Ricardo Campos. (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes sociais)

O padre que foi condenado pela Justiça de Goiás em 2023 por estuprar um jovem em Nova Crixás, região norte de Goiás, foi preso em Aruanã, no noroeste goiano. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), após informações no mandado de prisão de que qualquer autoridade policial poderia prender o padre Ricardo Campos, a PM-GO efetuou a prisão do mesmo na manhã deste sábado (15).

O POPULAR entrou em contato com a defesa de Ricardo Campos por meio de uma mensagem neste sábado (15) às 13h, mas até a última atualização desta reportagem não tive retorno.

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Ricardo Campos Parreiras deverá cumprir nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Segundo a PM, assim que o padre foi pego, os policiais conduziram Ricardo ao hospital para um relatório médico e logo depois ele foi entregue a Polícia Penal de Mozarlândia, no norte de Goiás. Segundo a polícia, o padre está à disposição da justiça.

Em entrevista à TV Anhanguera, o jovem que sofreu o estupro, João Victor Canelas de Accioly, disse que se sente aliviado e que com a ajuda de amigos e familiares ele conseguiu se reerguer.

É uma sensação de alívio tremenda porque são anos atrás de botar o Ricardo atrás das grades; eu passei por vários momentos de depressão, larguei faculdade, fui demitido de um emprego porque não conseguia render realmente no trabalho, minha cabeça só pensava nisso; muito apoio psicológico, de amigos e familiares a gente consegue se reestabelecer e botar a vida para seguir", disse.

Relembre o caso

O estudante fez uma denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde mora, contando que foi estuprado em fevereiro de 2017, na Casa Paroquial. O processo, então, foi encaminhado para a Comarca de Nova Crixás.

À época, com 18 anos, o estudante viajou com o avô para ajudar em um trabalho missionário em Nova Crixás. Devido à idade avançada do parente, o jovem dirigia o carro dele para visitar várias cidades da região norte de Goiás. Quando chegaram a Nova Crixás, ele conheceu o padre Ricardo Campos e ficou hospedado na casa do pároco por cerca de cinco dias.

Enquanto estive na casa, ele ficava puxando conversa e tentando se aproximar. Na última noite que dormi no local, ele me chamou na sala quando saí do banho. Achei estranho, porque era de noite, meu avô estava dormindo, mas fui lá conversar com ele", contou.

O jovem relata que se sentou em uma ponta do sofá e o padre na outra. Assim, ficaram fisicamente afastados. Durante a conversa, de acordo com o rapaz, o pároco inseriu temas sexuais.

Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé atrás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco", ponderou o jovem.

De acordo com o jovem, quando a suposta droga começou a fazer efeito, o padre iniciou a aproximação física. O rapaz relata que ele pegou três vezes em seu órgão genital e depois o mandou ir para o quarto, com a ressalva de deixar a porta trancada.

Só lembro de acordar no outro dia com o short folgado e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes senti muita dor. Tenho certeza de que fui drogado e estuprado por ele", lamentou.

O padre havia sido preso na época, mas respondia o processo em liberdade até a decisão final.

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Operação prende suspeitos de furtar R$ 1,5 milhão em defensivos agrícolas de fazenda em Aruanã

Força-tarefa entre Polícia Civil e Polícia Militar foi realizada para localizar os suspeitos, que foram presos

Defensivos Agrícolas estavam em galpão, em Goiânia

Defensivos Agrícolas estavam em galpão, em Goiânia (Divulgação/Polícia Civil)

Uma operação da Polícia Civil (PC) em conjunto com a Polícia Militar (PM) prendeu quatro suspeitos de furtar R$ 1,5 milhão em defensivos agrícolas de uma fazenda em Aruanã, no noroeste goiano. As investigações começaram com o Batalhão Rural da Polícia Militar, que teve contato com a ocorrência e, a partir disso, se iniciou uma força-tarefa para localizar e identificar os suspeitos.

Como o nome dos suspeitos não foi divulgado, O DAQUI não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

Segundo o delegado Eric Meneses, a partir das investigações foi possível identificar os veículos usados no furto e abordar os suspeitos.

"Um deles confessou e indicou outro [suspeito] e o galpão onde estavam os defensivos agrícolas. As equipes foram até o local e lá encontraram os defensivos deste e de outros furtos", afirmou.

Sobre os quatro presos, a PC detalhou que um deles foi identificado como líder. De acordo com o delegado, o respectivo suspeito é especializado neste tipo de furto e estava foragido da Justiça do Rio Grande do Sul, onde já havia sido condenado. Por esse motivo, segundo o investigador, o homem usava nome falso para não ser preso. A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão pelos crimes que ele praticou no Rio Grande do Sul e ele teve a prisão convertida para preventiva em Goiás.

Com relação a forma de agir dos suspeitos, Eric Meneses afirmou que eles têm uma maneira estruturada de atuar e que contam também com um destino fora de Goiás. "Eles identificam o local e fazem o furto. Tem a divisão de tarefas entre os integrantes, como por exemplo, quem vai transportar e quem vai ser responsável pelo local de armazenamento. Depois, há o destino final que é próximo a Goiás", explicou o delegado.

O investigador detalhou que os suspeitos vão responder, inicialmente, pelos crimes de receptação qualificada, crime ambiental e uso de documento falso.

(Colaborou Nielton Soares)

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Rio Araguaia transborda, encobre poste e alaga ruas no interior de Goiás

Segundo a defesa civil do município, durante esta semana eles já estiveram em todas as áreas de risco para verificar a situação dos moradores locais

Modificado em 26/01/2025, 14:10

Casas encobertas após transbordamento do Rio Araguaia em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia (Reprodução/TV Anhanguera)

Casas encobertas após transbordamento do Rio Araguaia em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia (Reprodução/TV Anhanguera)

Ruas e casas ficaram encobertas com o transbordamento do Rio Araguaia durante as fortes chuvas nesta última semana na região de Luiz Alves, no norte de Goiás, a 40 km de São Miguel do Araguaia. Segundo a defesa civil do município, durante esta semana eles já estiveram em todas as áreas de risco para verificar a situação dos moradores locais.

Realmente algumas casas estão sob água, a água já passou, já cobriu, só que eles (os moradores) já tiraram os móveis deles; a gente ofereceu auxílio, mas eles já estão na casa de parentes, não estão mais lá no local", disse o Sargento Déliton Gomes, coordenador operacional da Defesa Civil.

Segundo a Defesa Civil, em uma região mais para baixo de Luiz Alves, conhecida como Viúva, é onde está mais afetado.

É para baixo, descendo o rio, a uns 20 ou 30 quilômetros para baixo, que está mais séria a situação; A gente esteve lá no local, o Corpo de Bombeiros fez a ocorrência, já orientou o pessoal para sair de lá; todos, ou pelo menos a maioria já saiu", disse ele.

Em entrevista, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, disse que nesta semana as chuvas foram um pouco mais estáveis, mas mesmo assim ainda tiveram regiões com tempestades.

Mesmo assim nós temos muita água ainda correndo, e lá (no rio Araguaia) a dinâmica é muito diferente, é um rio grande, mais espraiado; então ele vai subindo e vai espalhando", disse ele.

Ainda segundo o gerente, os rios contribuintes do Rio Araguaia, como o Rio Crixás-Açu, ajudam a manter o nível dele mais alto.

Em boletim divulgado pelo Cimehgo neste domingo (26), as atualizações mostram que o Rio Araguaia apresenta níveis bons.

(Colaborou Gabriela Macêdo, repórter do g1 Goiás)

Nível da estação hidrológica de Bandeirantes, no Rio Araguaia (Reprodução/Cimehgo)

Nível da estação hidrológica de Bandeirantes, no Rio Araguaia (Reprodução/Cimehgo)