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Aproveite o tempo de seca para acelerar sua obra

Confira cinco dicas para garantir uma obra célere, econômica e sem muita dor de cabeça.

Modificado em 17/09/2024, 17:32

Aproveite o tempo de seca para acelerar sua obra

(Freepik)

Tradicionalmente o período de estiagem é o mais indicado para as etapas iniciais de uma obra de construção, como a fundação, alvenaria e todas as outras que envolvem a parte externa de uma edificação. Quem dá a dica é o diretor da rede de lojas de materiais de construção Irmãos Soares e da Essence Acabamentos, Robson Soares.

Segundo ele, a ausência de chuva ajuda a evitar problemas como a erosão do solo e a dificuldade da secagem do concreto. Além disso, durante o período de estiagem é mais fácil o transporte e manuseio dos materiais de construção, garantindo com que as etapas críticas, como a fundação e a estrutura, sejam realizadas sem interrupções.

"Muitos encarregados de obras intensificam o trabalho neste período de estiagem, que aqui em Goiás costuma ir até o fim de outubro, porque a umidade trazida pelo clima chuvoso de fato pode atrapalhar algumas etapas das construção, como os serviços de terraplanagem, concretagem e até a pintura externa", esclarece Robson, que dá outras dicas a seguir para uma obra célere e econômica, sem muitos contratempos, confira:

1- Escolha de fornecedores confiáveis : Opte por fornecedores que ofereçam materiais de qualidade, com garantia e bom prazo de entrega. Além disso, uma dica complementar do gerente de compras da Irmãos Soares, Raphael Monteiro, é escolher produtos que seguem normatizações, que garantem a segurança que é necessária para os insumos. Segundo ele, isso trará tranquilidade quanto a garantia e suporte quando for necessário, além de economia, visto que produtos que seguem normativas oferecem melhor rendimento evitando desperdício. Converse com seu fornecedor a respeito do atendimento às normas de qualidade dos produtos.

2 - Contratação de mão de obra qualificada : Uma equipe bem treinada e experiente reduz desperdícios e retrabalhos. Um conselho dado por Raphael Monteiro é pedir indicações, conversar com proprietários de obras que já foram executadas pelo profissional e, se possível, ir até o local do serviço executado para se certificar da qualidade do trabalho realizado.

3 - Controle de estoque : Mantenha um controle rigoroso do estoque de materiais para evitar desperdícios e garantir que nada falte durante a obra. O gerente da rede de lojas destaca que é sempre bom ter um alinhamento entre o profissional e dono da obra/reforma para que a solicitação dos materiais chegue com antecedência, evitando a falta de produto para a realização do serviço, também é muito importante que se anote tudo que foi usado na obra.

"Essa anotação pode ser feita de forma simples em em um caderno ou até mesmo de forma mais elaborada criando uma planilha de gastos. Isso ajudará a ter ciência do custo da obra e facilitará o controle dos recursos disponíveis até a finalização do serviço", completa ele.

4 - Tecnologia : Utilize ferramentas e tecnologias que ajudem a monitorar o progresso da obra e a gestão de materiais. De acordo com Monteiro, existem aplicativos de uso gratuito para a indicação de mão de obra, tanto para grandes serviços quanto para pequenos reparos, além de ferramentas que podem ajudar a calcular as estimativas de matérias gastos na obra. Conheça alguns exemplos:

  • Getninja - Neste app, o usuário pode encontrar profissionais e contratar serviços para tudo que precisar na obra. São mais de 500 tipos de serviços oferecidos.
  • Habitissimo - Encontre profissionais de confiança: Pintores, marceneiros, arquitetos, mudanças e outros serviços de obras e reformas para o seu imóvel.
  • Reforma simples - O Reforma Simples é um app móvel que permite obter uma estimativa da quantidade e do preço dos materiais para diversos serviços de construção ou reforma.
  • 5 - Planeje a compra de materiais de construção por etapas: Esta decisão, permite ajustar o orçamento conforme a obra avança e economizar. No caso da fundação, os materiais básicos são aço, cimento e madeira. A dica para essa fase é comprar cimento de boa qualidade e verificar a procedência do aço para garantir resistência.

    Na parte da alvenaria (paredes e lajes) os materiais essenciais são cimento e argamassa, e a orientação de Robson Soares é ficar atento à proporção no preparo da argamassa e assim evitar desperdício. Já para o reboco será usado muita areia fina, cimento e cal hidratada. Para essa fase da obra a dica é usar bem a peneirada para evitar imperfeições no acabamento.

    Para o telhado haverá um grande uso de madeira, telhas ou estrutura metálica, além de pregos e parafusos. A orientação do especialista é buscar telhas que ofereçam boa eficiência em termos de durabilidade e isolamento térmico.

    Para a fase do acabamento, os itens de porcelana, como pisos, revestimentos para paredes, tintas, louças sanitárias e metais são essenciais. Para essa etapa, a sugestão de Robson é avaliar bem o custo benefício dos itens a serem comprados para a obra e fugir do barato, que no futuro sairá muito caro. "Invista em acabamentos de boa qualidade, pois são os itens que mais influenciam na estética e funcionalidade do imóvel", orienta.

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    Meia Ponte tem vazão pior que pico de 2019

    Nível diário registrado no fim de semana girava em torno de 2 mil L/s. Captação no manancial segue restrita

    Modificado em 04/11/2024, 08:47

    No Bairro São Domingos, crianças brincam no leito esvaziado do Rio Meia Ponte, perto do ponto de captação de água em Goiânia

    No Bairro São Domingos, crianças brincam no leito esvaziado do Rio Meia Ponte, perto do ponto de captação de água em Goiânia
 (Wesley Costa)

    ++GABRIELLA BRAGA++

    Mesmo após a chuva que caiu no fim de setembro, o Rio Meia Ponte segue em nível crítico. No fim de semana, a vazão diária do manancial utilizado para o abastecimento da capital goiana ficou abaixo do índice registrado nos mesmos dias em 2019, ano em que houve a última estiagem mais intensa vivida em Goiás. De sábado (5) para domingo (6), houve um leve recuo na vazão, passando de 2,2 mil litros por segundo (L/s) para 2 mil L/s.

    Após a chuva do último fim de semana de setembro, a vazão do rio começou a aumentar gradativamente, mas logo voltou a cair. Para se ter ideia, no último dia 27, quando se registrava 156 dias sem chuva na Bacia do Meia Ponte, a vazão diária estava em 2,2 mil L/s. No dia 29, logo após as chuvas, estava em 2,7 mil L/s. A vazão mais alta desde então foi registrada em 30 de setembro e em 1º de outubro: 3,2 mil L/s.

    A redução do nível de água do manancial é observada diariamente, especialmente no ponto de captação da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), no Bairro São Domingos. A companhia aponta que o abastecimento de Goiânia segue "dentro da normalidade". Entretanto, a situação só é possível por causa da produção de água do Reservatório João Leite, cujo lago forma um dos três sistemas produtores utilizados para o abastecimento público.

    Na capital, são usados recursos hídricos de dois mananciais: Meia Ponte, com captação superficial, e Mauro Borges/João Leite, com água represada. Conforme a Saneago, o Sistema Meia Ponte é responsável por 36% da produção de água. Já os outros dois sistemas abastecem o restante da cidade (64%). Outros municípios da Região Metropolitana, como Goianira e Trindade, também são abastecidos com recurso deste sistema.

    Entretanto, como o Rio Meia Ponte atingiu o nível crítico 3 --- o penúltimo mais grave --- a captação fica limitada para todas as outorgas (cessão de uso da água) no manancial, tais como o abastecimento público. A restrição na captação teve início no dia 5 de setembro, quando foi atingido o nível de criticidade caracterizado por vazão de escoamento menor de 3 mil L/s. O indicador é calculado considerando a média móvel da vazão dos últimos sete dias. Caso esse valor fique abaixo de 2 mil L/s, o nível crítico 4 é atingido e, portanto, novas limitações são impostas, ainda com risco de racionamento de água.

    Diante do cenário, a Saneago tem feito a captação mínima no Meia Ponte e recorrido à água represada do João Leite. O jornal mostrou no último dia 23 que a produção de água que era de 2 mil L/s caiu para cerca de 1,3 mil L/s. Desta forma, garante a companhia, é mantida a "vazão ecológica do rio em mil litros por segundo, pelo menos". O abastecimento nas áreas atendidas pelo Meia Ponte é complementado por meio da adutora de transição João Leite-Meia Ponte. Hoje, a adutora tem operado no limite máximo de 800 L/s.

    Presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), Gerson Neto explica que a vazão ecológica do Rio Meia Ponte, citada pela Saneago, significa o mínimo de água que deve correr pelo curso hídrico para garantir que os processos biológicos do local sejam preservados. "O rio é movimento. Se isso se interrompe, cria-se um prejuízo biológico para a parte que tirou (a água). Morrem todos os peixes, morrem os invertebrados, morre toda a biodiversidade daquele local", pontua.

    Futuro difícil para a vazão dos rios

    Neto pondera ainda que a estiagem cada vez mais "prolongada e extrema" representa "um futuro difícil para a vazão dos rios". "Estamos ameaçados de um processo de desertificação para o Cerrado. Por isso, precisamos recuperar as nascentes, as matas ciliares e manter vazão ecológica dos rios para termos resistência e demorarmos mais a sentirmos os piores efeitos. Podemos começar a ver rios (perenes) só correrem no período de chuva. E muitos mananciais aqui em Goiás estão no limite: o Rio Claro, em Jataí, o Rio Bacalhau, em Goiás, o Rio das Pedras, em Quirinópolis", exemplifica.

    A recuperação da Bacia do Rio Meia Ponte é enfatizada pelo ambientalista, com o reflorestamento de nascentes e de matas ciliares. Isso porque, para Neto, a capacidade do rio de fornecer água para o abastecimento público "já está no limite". Ele pontua ainda que tal medida é necessária, visto que "não é fácil buscar água em outro lugar". "Além de ser caro, os outros (rios) também estão sem água. E, mesmo recuperando, não há garantia de que teremos segurança (hídrica). É preciso que haja um alerta geral sobre o problema hídrico", complementa.

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    Crixás é a primeira cidade em Goiás a adotar rodízio no abastecimento de água

    Modificado em 04/11/2024, 08:59

    Estiagem obriga usuário a fazer consumo consciente de água

    Estiagem obriga usuário a fazer consumo consciente de água (Saneago/Divulgação)

    A cidade de Crixás é a primeira em Goiás a implementar o rodízio de abastecimento de água por conta da seca. Segundo a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), não chove há cerca de cinco meses no município e o Córrego Forquilha secou - principal manancial de abastecimento de água de Crixás. A Saneago chegou a elaborar um plano de rodízio para oito municípios de Goiás.

    A escala de rodízio começo0u na última segunda-feira (23). Desde então, um dia a água é liberada e no outro é desligada, ou seja, o abastecimento acontece um dia sim e outro não. Em nota, a Saneago destacou que as altas temperaturas e os recordes de baixa umidade elevaram consideravelmente o consumo de água e a recomendação à população de Crixás é de redução no consumo.

    "Até que as chuvas retornem, é imprescindível que todos diminuam seu consumo. Lembramos também sobre a importância das caixas d'água, que auxiliam na reservação domiciliar. Imóveis que contam com caixa d'água bem dimensionada são menos impactados ou sequer ficam desabastecidos", alerta a Saneago.

    Assim, a orientação da Saneago, com a falta de chuvas em outras cidades de Goiás há mais de 150 dias, é que os consumidores evitem desperdícios. Algumas dicas dadas pelo órgão são:

  • tomar banhos mais curtos;
  • regar o jardim no início da manhã ou no final da tarde;
  • usar a máquina de lavar com a maior quantidade de roupas possível;
  • reaproveitar a água da máquina para lavar a casa;
  • lavar o carro apenas se for extremamente necessário.
  • Seca em Goiás

    Apesar do abastecimento de água no estado seguir dentro da normalidade até o momento, a Saneago elaborou planos de racionamento para oito municípios goianos. A lista é formada por Goiânia, Porangatu, Nova Crixás, Mozarlândia, Arenópolis, Iporá, Caiapônia e Bom Jesus de Goiás. Destes, apenas Crixás, que não está na lista, aderiu o rodízio. A medida, segundo o órgão, é para fins de prevenção.

    Ainda conforme a Saneago, o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 44 anos. Por exemplo, o Rio Meia Ponte, um dos mais importantes de Goiás, atingiu no início de setembro o nível crítico 3, o que significa que a vazão de escoamento no manancial é menor ou igual a 3 mil L/s. A caráter de comparação, o índice mais baixo, ou seja, de menor vazão, é o 4. Além disso, o órgão tem recorrido ao Reservatório João Leite para suprir a demanda de abastecimento público de Goiânia.

    Afinal, quando vai chover?

    De acordo com a meteorologista do Inmet em Goiás, Elizabete Alves Ferreira, existe a possibilidade da tão esperada chuva chegar a partir do próximo sábado (28). Dessa forma, essa massa de ar quente e seco começa a dar uma trégua diminuindo as temperaturas entre dois a cinco graus e trazendo uma chuva com característica de início de primavera.

    "O que significa rajada de vento, trovão, também granizo, porque está muito seco, muito quente. O contraste térmico favorece esses granizos isolados e também as rajadas de vento intensas. Aquele levantamento de poeira pode acontecer de novo na região sudoeste, região de Jataí e Rio Verde. Pode ter esse levantamento de poeira, encobrindo a cidade com aquela poeira avermelhada", explica Elizabete Alves Ferreira.

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    João Leite funciona com capacidade máxima de vazão

    Rio Meia Ponte tem uso limitado para captação de água, diante do nível baixo, fazendo Saneago recorrer a reservatório. Capital sofre há cinco meses sem chuva

    Modificado em 04/11/2024, 08:58

    Reservatório formado pela Barragem do Ribeirão João Leite, no Sistema Mauro Borges, está com 88% do total, nível considerado normal para o período, segundo a Saneago

    Reservatório formado pela Barragem do Ribeirão João Leite, no Sistema Mauro Borges, está com 88% do total, nível considerado normal para o período, segundo a Saneago (Diomício Gomes)

    ++GABRIELLA BRAGA++

    Com mais de 150 dias sem chuva na Região Metropolitana de Goiânia, a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) tem recorrido ao Reservatório João Leite para suprir a demanda de abastecimento público da capital. Para isso, a adutora de integração entre os sistemas João Leite e Meia Ponte já está operando na capacidade máxima, de 800 litros por segundo (L/s). Com o uso da reserva hídrica da barragem, a capacidade atual da barragem chega a 88%.

    O Rio Meia Ponte atingiu no início de setembro o nível crítico 3 -- o índice mais baixo (de menor vazão) é o 4. O indicador do nível de segurança significa que a vazão de escoamento no manancial é menor ou igual a 3 mil L/s. Por isso, medidas são tomadas para evitar a escassez do recurso hídrico. Uma delas é a redução na captação feita pela Saneago. Segundo a companhia, o cenário fez com que a produção de água pelo Meia Ponte, que era de 2 mil L/s, caísse para cerca de 1,3 mil L/s.

    O abastecimento público em Goiânia conta hoje com três sistemas que utilizam dois mananciais: Meia Ponte, com captação superficial, e o Mauro Borges/João Leite, com água represada. Este primeiro é responsável por 36% da produção de água. Já os sistemas Mauro Borges e João Leite somam 64%. Como forma de evitar a falta d'água em épocas de seca, foi feita a interligação entre os sistemas Meia Ponte e João Leite. A barragem que reserva 130 bilhões de litros de água está, hoje, com 88% da capacidade cheia, percentual considerado normal para o período.

    A adutora de integração opera com vazão mínima, de 100 L/s, durante o período chuvoso, quando o Meia Ponte consegue atender à demanda de abastecimento. Hoje, segundo a Saneago, a adutora opera na sua capacidade máxima, de 800 L/s. O objetivo dessa operação é preservar o principal manancial durante o período de seca, quando a vazão do rio é consideravelmente reduzida. A média móvel nos últimos sete dias foi de uma vazão de 2,4 mil L/s. O risco é de que, caso reduza ainda mais e fique abaixo de 2 mil L/s, atinja o nível crítico 4 -- o mais grave.

    A partir do nível de segurança 3, a captação para abastecimento público deve ser reduzida até 1 mil L/s. Outras medidas adotadas na indústria e agricultura também são tomadas, como a limitação de 50% no uso da água, seguindo a deliberação do Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) do Meia Ponte, de 2022. A situação se repete no nível 4. Entretanto, demais ações também podem ser tomadas diante de cenários mais críticos. É o caso do plano de racionamento para a Região Metropolitana, elaborado preventivamente pela Saneago.

    "Importante ressaltar que um plano prevê várias etapas, que são acionadas à medida que a situação se intensifica, partindo desde campanhas pelo consumo consciente, até a implementação de rodízio. Ou seja, rodízio no abastecimento é a última etapa de um plano de racionamento -- e esta etapa não foi aplicada", explica a companhia, em nota. Além da capital, o Meia Ponte é responsável por parte do abastecimento de Aparecida de Goiânia (65%, com o Sistema João Leite), Goianira (23%) e Trindade (23%).

    Nos últimos anos, o nível crítico 4 foi atingido apenas em 2017 e 2019. As marcas foram alcançadas em agosto e setembro, respectivamente. Já desde 2020, o máximo de criticidade registrada ocorreu em 2021 e agora em 2024, quando se chegou ao nível crítico 3. Nos demais anos, o Meia Ponte se manteve com vazão acima de 4 mil L/s (nível 2). No ano passado, com as chuvas ocorrendo mais cedo, o manancial atingiu apenas o nível crítico 1, com vazão acima de 5,5 mil L/s.

    A Saneago aponta que ainda, como atividade rotineira, tem feito reversões de sistema em ligações atendidas até então exclusivamente pelo Meia Ponte. No último dia 16, cita, "foi realizada a reversão de duas áreas: 9,9 mil ligações retiradas do Centro de Reservação Atlântico (Meia Ponte) e integradas ao CR Pedro Ludovico (Sistema João Leite); 3,47 mil ligações retiradas do CR Ipiranga (Meia Ponte) e integradas ao CR Senac (João Leite)". A ação é uma das utilizadas pela companhia no enfrentamento ao período de seca.

    Comitê da bacia

    Conforme a presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte, Elaine Farinelli, o monitoramento da vazão do manancial é realizado constantemente, além da fiscalização feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nos casos de concessão do uso de água (outorga) para verificar se os usuários têm feito a redução na captação do recurso. Entretanto, caso seja atingido o nível crítico 4, outras medidas podem ser utilizadas.

    "Se for necessário, abrir as barragens para essa água voltar ao rio. E o que também pode acontecer é o racionamento nas residências. Enquanto a vazão for de mil litros por segundo, continua tocando sem precisar do racionamento. Mas se baixar mais, não tem água para continuar abastecendo a população. Claro que não vai ficar todo mundo sem água, tem um planejamento de como será isso. Vamos torcer para não precisar chegar a esse ponto", explica. "E, assim que começar as chuvas, já deve mudar a situação. Fica mais fácil, o rio começa a aumentar a vazão."

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    HDT recomenda cuidados essenciais com a pele durante tempo seco

    A baixa umidade pode intensificar o ressecamento da pele, causando aspereza, descamação, irritações e dermatites, além de outras infecções bacterianas

    Modificado em 17/09/2024, 17:22

    HDT recomenda cuidados essenciais com a pele durante tempo seco

    (Divulgação)

    Nas últimas semanas, a umidade do ar em Goiás tem variado entre 12% e 21%, considerados níveis de atenção e alerta, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

    A dermatologista do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Nayana Aveiro, explica que a combinação do tempo seco e a baixa umidade provoca o ressecamento da pele, causando irritações e dermatites. Em casos mais graves, pode levar a infecções bacterianas secundárias, como o impetigo.

    Nesse período, a médica destaca que é importante manter a pele bem hidratada. Ela recomenda o uso de hidratantes espessos e sem perfume. "Hidratantes com perfume frequentemente contêm muitos aditivos e álcool, tornando-os mais semelhantes a perfumes do que a verdadeiros hidratantes", explica.

    A especialista salienta que, embora os hidratantes com ureia sejam eficazes e acessíveis, eles podem causar ardência em pessoas com dermatite ou pele sensível. Para otimizar a absorção, o ideal é aplicá-lo enquanto a pele ainda está úmida, após o banho.

    Nayana Aveiro também alerta para práticas que podem agravar o ressecamento da pele, como tomar banhos muito quentes, por exemplo, pode ser prejudicial. O melhor é optar por banhos mornos e rápidos. Ficar muito tempo debaixo d'água não hidrata a pele, pelo contrário, remove a proteção natural, como a camada de gordura que ajuda a prevenir o ressecamento. A médica recomenda ainda evitar o uso de buchas, em especial as vegetais, que agridem mais a pele.

    Para quem tem pele oleosa, a recomendação é a hidratação com produtos específicos, principalmente aqueles em gel. Além disso, usar umidificador de ar em casa. "Essas práticas não só beneficiam a pele, mas também a respiração", enfatiza a médica do HDT.

    Ela observa que se mesmo seguindo essas orientações a pele continuar extremamente ressecada, causar desconforto ou surgirem coceiras persistentes, é aconselhável consultar um dermatologista. "O profissional pode fornecer recomendações mais precisas e tratamentos para cada caso", destaca.