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Área Azul em Goiânia terá venda digital por aplicativo

Após anos de tentativas falhas de terceirização, Prefeitura lança novo formato de aquisição do cartão para uso de vaga em Campinas, Centro e Região da 44

Modificado em 17/09/2024, 16:20

Área Azul na Rua 8, no Centro de Goiânia: total de vagas permanece em 1.712 no bairro, além de 1.979 em Campinas e 150 na Região da 44

Área Azul na Rua 8, no Centro de Goiânia: total de vagas permanece em 1.712 no bairro, além de 1.979 em Campinas e 150 na Região da 44 (Wildes Barbosa )

++GABRIELLA BRAGA++

A Prefeitura de Goiânia lança a partir desta sexta-feira (28) o formato digital para aquisição do bilhete do estacionamento rotativo pago, a Área Azul. A medida foi tomada após tentativas falhas de terceirização do sistema desde ao menos 2019. Em maio, o Paço anulou o processo licitatório para concessão do serviço, hoje feito pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), após recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

O sistema, desenvolvido por servidores da SMM e da Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sictec), permite que motoristas possam adquirir o bilhete por meio do aplicativo Goiânia 24 Horas. A venda será totalmente online, sem ponto de venda do bilhete impresso. Já o valor deve continuar em R$ 1,50 para uma hora, ou R$ 2,50 para duas horas. Mas, ao contrário do que era divulgado com a modernização do sistema, o total de vagas permanece em 1.979 em Campinas e 1.712 no Centro da capital, além de 150 na Região da 44.

A fiscalização conduzida por agentes de trânsito da SMM será feita através de um aplicativo interno, por onde os servidores poderão consultar a placa de cada veículo estacionado na Área Azul para verificar se o mesmo está, ou não, utilizando o serviço de forma indevida. A multa nestes casos é de R$ 195,23, além de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor. Conforme a Sictec, a expectativa é que haja "aumento da receita, já que há mais de 500 mil downloads no aplicativo Goiânia 24 horas." A pasta não cita, entretanto, qual seria a arrecadação.

Mas a ideia de migrar a compra para o meio digital não é de agora. Em 2019, a gestão do então prefeito Iris Rezende (MDB) já discutia a implantação do chamado Cartão Azul Digital, que funcionaria através do aplicativo Solução de Estacionamento Digital. Dois anos depois, em 2021, a Prefeitura projetava a nova Área Azul para o ano seguinte.

Em 2022, o POPULAR mostrou em setembro que a intenção da SMM era triplicar até o fim de 2023 o número de vagas na Área Azul, chegando a até 11 mil. Naquele mesmo ano, em novembro, a reportagem mostrou que a licitação do novo modelo ficou para o início de 2023. O edital de concessão do serviço foi divulgado em maio daquele ano, para recebimento de propostas das empresas em junho.

Ainda em maio do ano passado, o jornal havia mostrado que o número de vagas pagas seria quadruplicado em dois anos após a assinatura do contrato entre a Prefeitura e a empresa vencedora da licitação. Com a concessão do serviço no prazo de 10 anos, a expectativa era ampliar o estacionamento rotativo para até 16 mil vagas, com mais dez setores além dos que já contam com o serviço. A pasta esperava que a terceirização fosse concluída ainda em 2023, o que não se concretizou.

O processo licitatório foi alvo de recomendação do TCM-GO, em abril deste ano, para anulação do certame. Um mês depois, a Prefeitura anulou a concorrência pública. Conforme a reportagem mostrou à época, a justificativa do Paço foi de que a anulação se baseou "no princípio da autotutela administrativa, (e) visa corrigir ilegalidades e garantir a legitimidade dos atos públicos."

O jornal apurou junto a fontes no Paço que a medida feita via administração direta foi a alternativa encontrada após a anulação do certame, como uma solução imediata para resolver o problema do estacionamento nas áreas mais movimentadas da cidade, que já se arrasta há anos.

Uma nova licitação ainda é avaliada pela Prefeitura, mas sem previsão de data. A reportagem questionou à SMM sobre o estudo de um novo processo licitatório para a terceirização do serviço, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

Paço anuncia internet gratuita

A novidade no sistema de aquisição do bilhete do estacionamento rotativo pago, a chamada Área Azul, faz parte do programa Goiânia Conecta, apresentado nesta segunda-feira (24) pela Prefeitura de Goiânia.

O programa conta com 30 pontos de internet gratuita espalhadas pela cidade, sendo eles localizados no Centro da capital, nos setores Oeste, Jardim Goiás, Leste Universitário, Bueno, Pedro Ludovico e Vila Redenção. A previsão é que outros 20 pontos sejam instalados até o fim deste ano.

Confira locais com wi-fi grátis

► Rua 3 / Rua 8
► Rua 84 / Rua 86 -- Área interna Praça do Cruzeiro
► Praça Prof. Gumercindo Inácio Pereira /Centro
► Parque Flamboyant -- Lado Rua 46 / Rua 49
► Campo do Muranga -- Vila Redenção
► Praça do Ipê
► Av. Assis Chateaubriand -- Tamandaré Leste
► República do Líbano -- Tamandaré sul
► República do Líbano -- Tamandaré Norte
► Av. Anhanguera com República do Líbano
► Casa de Vidro - Jardim Goiás
► Isidória I
► Isidória II
► Terminal Paulo Garcia I
► Terminal Paulo Garcia II
► Terminal Hailé Pinheiro I
► Terminal Hailé Pinheiro II
► Parque Flamboyant
► Av. T-3 c/ Av. T-10 -- Vaca Brava
► Interna 1 -- Lago Vaca Brava
► Rua T-66 -- Vaca Brava
► Rua T-66 c/ Av T-5 -- Vaca Brava
► Av. T-15 c/ Rua T-68
► Praça Universitária

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Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

IcMagazine

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Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

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Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".