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Assassino abraçou mãe de jovem que filmou própria morte após o crime em Jataí

Diego Fonseca Borges, de 27 anos, foi preso após apresentar contradições sobre o fato. Vítima era namorada de rapaz e tinha 23 anos

Modificado em 19/09/2024, 01:21

Ielly Gabriele Alves, de 23 anos

Ielly Gabriele Alves, de 23 anos
 (Reprodução / Redes sociais)

O jovem Diego Fonseca Borges, filmado ao matar a namorada Ielly Gabriele Alves, abraçou a mãe da vítima, Olesiane Alves da Silva, após o crime. "Fiquei sabendo que ela estava no hospital através dele. No centro médico, ele me abraçou e disse 'sogra, quem fez isso com ela vai pagar'", relatou.

O caso aconteceu no sábado (4). Segundo a Polícia Militar, Diego, de 27 anos, disse que a companheira havia sido baleada por um homem em uma moto, em Jataí. Mas os militares acabaram percebendo a inconsistência da versão dele. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Diego Fonseca Borges, que aparece no vídeo atirando contra a mulher.

Para Olesiane, Diego contou, por telefone, que ele e a namorada teriam caído em uma emboscada, na qual ela foi atingida por um tiro. Um vídeo filmado por Ielly mostra quando Diego apontou a arma para ela e a baleou em Jataí, no sudoeste de Goiás.

À reportagem, a mãe de Ielly Gabriele contou que a filha se relacionou com Diego por um ano e sete meses. Ela caracterizou o namoro dos jovens como uma relação conturbada, com idas e vindas e disse que, no dia em que Ielly foi morta, ela tinha dito à mãe que iria terminar o relacionamento.

A mãe explica que a filha sabia que Diego tinha uma arma, mas diz não saber se Ielly tinha conhecimento que o jovem a estava portando naquele momento. Segundo Olesiane, a filha não falava do relacionamento com frequência, mesmo que ela tentasse ajudar.

Histórico

Ainda conforme o delegado, a tia da vítima, que apresentou o celular dela à delegacia, também contou que Ielly era vítima de violência doméstica por parte do autor. Entretanto, não há registro de denúncias contra o mesmo relacionado à vítima.

Apesar disso, as apurações apontaram que Diego já tem um histórico de violência doméstica contra uma ex-namorada. "Ele já tem passagens por roubo, injúria e lesão corporal, no contexto de violência doméstica", detalhou o delegado.

O caso

Ielly foi morta no sábado, na cidade de Jataí. O namorado dela, Diego, foi preso em flagrante, após a Polícia Militar encontrar um vídeo no celular da vítima que registrou o momento em que ela teria sido baleada.

Nas imagens é possível ver quando a vítima filma o namorado, que está segurando uma arma. Em certo momento, ele aponta a arma e dispara contra a mulher. Logo em seguida, a vítima cai e a gravação para.

Ielly foi atingida no tórax e chegou a ser levada para o Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho, mas não resistiu e faleceu.

A polícia foi acionada pelo hospital após a vítima dar entrada na unidade. De acordo com a Polícia Militar, Diego disse que os dois passavam pelo Setor Epaminondas I, quando foram abordados por uma motocicleta com dois homens e o garupa sacou uma arma e disparou duas vezes contra a vítima.

Porém, o suspeito entrou em contradições e foi levado para a delegacia. Conforme o relato da Polícia Militar, ao verificar o celular da vítima, os agentes encontraram o vídeo que mostra o disparo.

Diego foi preso suspeito por homicídio qualificado, caracterizado pela traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

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Homem é preso por esfaquear companheira e ir esperar vítima receber alta de hospital, diz PM

Vítima teve ferimentos no braço e pescoço. Equipe médica do hospital informou à Polícia Militar sobre a localização do suspeito

Modificado em 11/03/2025, 16:45

Viaturas da Polícia Militar

Viaturas da Polícia Militar (Reprodução/2º BPM)

Um homem de 36 anos foi preso por suspeita de tentar matar a própria companheira com golpes de arma branca. O crime aconteceu em Guaraí, na região centro-norte do estado. Após a agressão, o suspeito teria ficado nas proximidades do hospital esperando a vítima receber alta, segundo a polícia.

Conforme a Polícia Militar (PM), a vítima tem 40 anos e sofreu perfurações no braço e no pescoço. Ela deu entrada no Hospital Regional de Guaraí na segunda-feira (10).

A PM foi chamada pela equipe do hospital, informando que o suspeito estava nas proximidades da unidade de saúde esperando a mulher receber alta e sair. Após buscas na região, o homem foi localizado na Praça do Povo e acabou preso.

Suspeito e vítima foram levados para a Central de Flagrantes do município. Segundo a PM, o suspeito tem várias passagens pela polícia, incluindo lesão corporal, ameaça, danos, furto e descumprimento de medida protetiva.

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Três pessoas são suspeitas de registrar falso roubo de caminhão e semirreboque para receber seguro, diz polícia

Dois homens e uma mulher foram indiciados após investigação da 91ª Delegacia de Araguaçu. Eles teriam mentido em depoimentos, segundo a polícia

Viatura da Polícia Civil do Tocantins

Viatura da Polícia Civil do Tocantins (Divulgação/Polícia Civil do Tocantins)

Dois homens e uma mulher foram indiciados por suspeita de tentarem dar o 'golpe do seguro'. De acordo com a polícia, eles teriam informado, de forma falsa, o roubo de um caminhão-trator e semirreboque na TO-343, em Araguaçu, depois pedido para a seguradora para receber o dinheiro. O grupo vai responder por estelionato, falsa comunicação de crime e associação criminosa.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados por isso a reportagem não conseguiu contato da defesa.

De acordo com a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado pela 91ª Delegacia de Araguaçu após um motorista de caminhão registrar uma ocorrência de assalto na rodovia. Ele relatou que na noite de 22 de maio de 2022 foi abordado por uma caminhonete com homens armados, que o obrigaram a parar o caminhão. Ao parar, o veículo teria sido levado pelos criminosos.

Pouco tempo depois, o motorista foi até a 13ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Alvorada, e disse que caminhão trator havia sido encontrado e recuperado pela Polícia Militar na cidade de Figueirópolis, mas o semirreboque ainda estava desaparecido.

Durante a investigação foi descoberto que o mesmo veículo tinha outros dois registros de roubo: um do dia em 4 de março de 2021, em Paranaíba (MT), e outro de 4 de outubro do mesmo ano, em Jussara (GO).

A Polícia Civil ainda descobriu que na época dos primeiros roubos um homem e uma mulher se apresentaram como donos do caminhão-trator e do semirreboque. Durante as investigações do roubo no Mato Grosso, os dois teriam alegado que venderam o conjunto mecânico para uma transportadora no início de 2022.

Ainda segundo a polícia, o veículo agora está em nome de uma transportadora do Mato Grosso, que tentou pedir o seguro pelo roubo do semirreboque, mas a seguradora não liberou por haver indícios de fraude no pedido.

A investigação também descobriu que o motorista que alegou ter sido assaltado na rodovia tocantinense teria envolvimento com simulações de sinistros e pedidos de indenização fraudulentos e responde a uma ação penal na Comarca de Goiânia (GO).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Bruno Boaventura, titular da 91ª DP, explicou que a mulher e o homem mentiram com relação à venda dos veículos e por afirmarem que não conheciam o motorista. Para a polícia, filho da mulher e o motorista possuem 'vínculos criminosos'.

A polícia credita que os três fazem parte de uma associação criminosa que tinha como objetivo simular furtos e roubos de veículos para conseguir vantagens, o que caracteriza o 'golpe do seguro'.

O inquérito foi concluído com o indiciamento dos três suspeitos. O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.

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Dupla cria perfil falso de garota de programa para enganar pastor e divulga imagens íntimas dele nas redes, diz polícia

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Palmas e Paraíso do Tocantins. Segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos é ex-membro da igreja em que a vítima era pastor.

Modificado em 11/03/2025, 14:52

Viaturas da Polícia Civil do Tocantins

Viaturas da Polícia Civil do Tocantins (Reprodução/SSP-TO)

A Polícia Civil investiga um grupo suspeito de divulgar imagens íntimas de um pastor nas redes sociais. Segundo a investigação, os suspeitos teriam criado o perfil falso de uma garota de programa para enganar a vítima e depois publicaram o conteúdo obtido em páginas de notícia.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (11) em Palmas e Paraíso do Tocantins. Segundo a investigação, os suspeitos também usaram perfis de notícia para divulgar as imagens e acusar falsamente a vítima de crime (suposto assédio a garota de programa). Mesmo utilizando perfis anônimos, dois suspeitos foram identificados.

Conforme o delegado Antônio Onofre, os suspeitos têm 26 e 39 anos. Eles não tiveram os nomes divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles.

A apuração da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) apontou que um ex-membro de uma igreja em Paraíso do Tocantins, insatisfeito com a administração da instituição religiosa e com o pastor, criou o perfil falso se passando por uma garota de programa.

"Por meio desse perfil, o indivíduo enganou a vítima, convencendo-a a enviar imagens íntimas. Posteriormente, essas imagens foram divulgadas em portais de notícias na internet com o objetivo claro de desmoralizar o líder religioso e a instituição à qual ele pertence. Além disso, o autor ainda atribuiu falsamente ao líder a prática de um crime que nunca ocorreu", disse o delegado.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços do criador do perfil falso, em Palmas, e do responsável pela divulgação das imagens, que mora em Paraíso. Segundo a Polícia Civil, durante a abordagem, o criador do perfil falso confessou os crimes.

Durante a Operação Unfollow foram apreendidos dispositivos eletrônicos. O nome da operação significar 'deixar de seguir'. Os policiais também investigam a possível participação de mais pessoas no crime.

O processo será enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para adoção das medidas legais necessárias.

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Suspeito preso no caso Vitória foi desmentido pela esposa em depoimento

Suspeito afirmou à polícia que na noite de 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu, estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe dela

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrado com sinais de violência

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrado com sinais de violência (Reprodução/Redes sociais e Prefeitura de Cajamar)

Uma contradição em depoimento foi um dos fatores que levou à prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos por suspeita de envolvimento na morte de Vitória Regina Souza, 17, em Cajamar (SP).

Suspeito afirmou à polícia que na noite de 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu, estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe dela, onde ficou até o dia seguinte, e só falou com ele por mensagem.

Maicol é dono do veículo Corolla que teria sido visto no local onde Vitória desapareceu. Vizinhos afirmaram que perceberam uma "movimentação atípica" na casa do suspeito naquela noite. Uma testemunha disse que ele entrava e saía da garagem e afirmou a amigos que o carro teria "ficado bom".

"Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados", escreveu juíza em despacho. A magistrada Juliana Junqueira foi a responsável por decretar a prisão temporária do suspeito.

Outro lado: a reportagem busca contato com a defesa do suspeito. O espaço está aberto para manifestação.

Suspeito também pediu para que publicassem nas redes sociais, segundo a decisão, que seu envolvimento no caso era "fake news". A juíza escreveu que a atitude sugere tentativa de obstrução do processo, o que motivou a prisão do suspeito, já que considera que ele possa influenciar outros depoimentos do caso.

Maicol passou por audiência de custódia e exame de corpo delito, procedimento padrão em casos de prisão, no IML de Franco da Rocha (SP). Ele chegou ontem à cidade e foi levado de volta a Cajamar nesta manhã, onde vai ficar detido temporariamente.

A Polícia Civil também pediu a prisão temporária de outro suspeito, identificado como Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou. Porém, a juíza autorizou busca e apreensão na casa dos dois investigados.

Relembre o caso

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos (Reprodução/Redes sociais)

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos (Reprodução/Redes sociais)

Imagens mostram quando Vitória sai do trabalho e caminha em direção a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro. Ela entra no primeiro ônibus e manda mensagem para uma amiga como se estivesse bem, segundo o delegado Aldo Galiano.

Depois, ela pega um segundo ônibus e suspeita de dois homens. Vitória manda outra mensagem para a amiga dizendo que estava com medo de estar sendo seguida.

Vitória desce do ônibus, enquanto um dos homens continua no veículo e o outro desembarca. Esse segundo suspeito a acompanha até um ponto de ônibus próximo à casa dela, de acordo com a investigação. A partir desse momento, o Corolla é visto. Ela também fala para a amiga que dois rapazes em outro veículo, um Yaris, "mexem" com ela.

Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória, também é investigado. A polícia já sabe que ele estava próximo do local do crime no momento em que Vitória desapareceu e ignorou uma mensagem dela.

Naquela noite, ela pediu uma carona após sair do trabalho, mas Gustavo não respondeu. Normalmente, Vitória fazia o trajeto com o pai, mas o carro da família estava em uma oficina mecânica e ela teria que fazer o percurso a pé.

Em seu primeiro depoimento, Gustavo Moraes alegou que não viu a mensagem porque estava em um encontro com uma menor de idade e só acessou o WhatsApp por volta das 4h. Porém, a polícia descobriu que ele acessou o aplicativo de mensagens antes e respondeu apenas um "ok" às mensagens da família de Vitória sobre o desaparecimento.

Corpo de Vitória foi encontrado na última quarta-feira com sinais de tortura no bairro Ponunduva, zona rural de Cajamar. Ela foi degolada, estava com a cabeça raspada e tinha marcas de facada no rosto. As mãos dela estavam enroladas em um saco plástico para evitar que as unhas ficassem com algum resquício de DNA dos assassinos, afirmou o delegado Aldo Galiano.

A polícia também investiga se o PCC está envolvido com o crime. Segundo o delegado, a jovem foi encontrada com o cabelo raspado -o que é considerado um sinal deixado pela facção paulista por traição amorosa. Galiano também disse que, há quatro meses, um integrante do PCC foi preso na região onde o corpo foi encontrado.

Os policiais encontraram ontem um local para onde Vitória foi levada antes do crime, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A pasta informou apenas que o local foi periciado e "alguns objetos" foram apreendidos.